CONSUMPTION EVALUATION OF NUTRITIONAL SUPPLEMENTS AND FAT BURNERS BY PHYSICALLY ACTIVE PEOPLE IN GYMS OF THE CITY OF SÃO PAULO.



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Science in Health maio-ago 2014; 5(2): 61-78 AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS E QUEIMADORES DE GORDURA POR PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO CONSUMPTION EVALUATION OF NUTRITIONAL SUPPLEMENTS AND FAT BURNERS BY PHYSICALLY ACTIVE PEOPLE IN GYMS OF THE CITY OF SÃO PAULO. Mylena Araújo Colusso 1 Jéssica Maida Nassif 1 Rodrigo Ippolito Bouças 2 RESUMO Atualmente a prática de exercícios físicos tem se tornado um hábito entre indivíduos de diversas idades. Está relacionada ao bem-estar, à estética corporal e à saúde. Para alcançar seus objetivos, utilizam-se substâncias que potencializam os efeitos desejados em menor tempo. Destacam-se os suplementos nutricionais e queimadores de gordura, que surgiram com o objetivo de auxiliar pessoas incapazes de suprir suas necessidades nutricionais. Uma nutrição balanceada é geralmente suficiente para um bom desempenho nas atividades físicas. Reposição com suplementos nutricionais ou utilização de produtos termogênicos destinam-se a atletas, após a comprovação de alguma deficiência específica. Frequentemente o uso dessas substâncias ocorre sem orientação adequada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o consumo de suplementos nutricionais e queimadores de gordura por praticantes de atividade física em academias de ginástica e, a partir da análise dos dados obtidos, identificar os tipos de produtos mais utilizados, finalidade do uso, frequência de consumo, fontes de orientação e possíveis efeitos colaterais. Dos 47 voluntários, 72,3% eram do sexo masculino e 27,6% feminino, sendo a média de idade de 25 anos. Dos entrevistados, 100% utilizavam suplementos nutricionais, sendo que 29,78% utilizavam mais de três tipos de produtos; 63,82% utilizando esses suplementos de 4 a 6 vezes por semana. 51,06% tinham nível superior incompleto; 95,74% praticavam musculação cujo objetivo maior foi o aumento de massa muscular (78,72%). A principal fonte de indicação foi o instrutor ou o educador físico (48,93%). Os produtos mais utilizados foram os proteicos com 76,59%, carboidratos com 42,55% e aminoácidos com 42,55%. Dos praticantes, 48,93% relataram não apresentar nenhum efeito colateral. Ficou comprovada a necessidade emergente de profissionais qualificados dentro de academias e locais de práticas esportivas a fim de suprir a carência de informações sobre o consumo desses suplementos, pois é grande a influência da mídia e dos professores de academias sobre seus alunos. Palavras-chave: Suplementos dietéticos; Gorduras na dieta; Termogênese; Academias de ginástica; Exercício. ABSTRACT Exercising became a common practice among individuals from different age group in current days. This habit is not only related to physical welfare, but also to body image and health. In order to reach their goals,some people make use of specific substances that lead to the results expected in a shorter period of time. Among these substances, nutritional supplements and fat burners are the ones which most appeal. These substances were developed to supplement people s diet, providing nutrients that are not consumed in sufficient quantity by them. The substances may be found in supermarkets, drugstores and also in TV advertisements and they are usually consumed in capsules, tablets, powder, liquids and gels. A balanced diet, with energy and nutrients, is usually enough for good exercise and performance. The consumption of nutritional supplements or thermogenic products should be destined to athletes, and only if a speci- 1 Graduadas do Curso de Biomedicina da Universidade Cidade de São Paulo, UNICID 2 Biomédico graduado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre e Doutor em Bioquímica e Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). 61

fic nutrient deficit has been noticed. In most cases, the frequent use of supplements or fat burners occurs with no appropriate orientation. Their use is encouraged by friends, colleagues, Fitness Instructors or even through information given by the media. Therefore, the aim of this paper was to evaluate the consumption of nutritional Supplements and fat burners by exercisers in fitness centers and from the analysis of the results identify which products are most used, as well as their purposes, frequency of consumption, the main influences and the possible collateral effects that such supplements may have. Key words: Dietary supplements; Dietary fats; Thermogenesis; Fitness centers; Exercise. INTRODUÇÃO O mundo atual está repleto de produtos que prometem reduzir a gordura corporal, aumentar a massa muscular, minimizar o risco de doenças ou promover alguma outra característica que melhore o desempenho esportivo. Os atletas são os principais consumidores desses produtos, ou seja, os suplementos alimentares e queimadores de gordura, e um grupo-alvo importante para a indústria multimilionária 1. A maioria das pessoas que praticam atividade física não necessita de suporte adicional de energia, pois suas necessidades de nutrientes são passiveis de alcançar pela alimentação 2. Porém, observa-se uma crescente infinidade de novos produtos, que na maioria das vezes não têm seus efeitos cientificamente comprovados e são comercializadas de forma indiscriminada, geralmente através de propagandas enganosas, capazes de induzir os consumidores a utilizarem esses recursos para atingir seus objetivos 3. Entre as questões que devem ser consideradas para a análise da utilização de um suplemento, em primeiro lugar está a sua eficácia. Devem ser consideradas as quantidades e o horário da suplementação, além das condições específicas do exercício para o qual os efeitos serão otimizados. Em segundo lugar, existe a preocupação com a possibilidade de violar o código antidoping imposto pelos órgãos governamentais que controlam o esporte. Em terceiro lugar, vem a segurança da suplementação. Esta talvez seja a questão mais importante, devendo ser, provavelmente, a preocupação número um; porém a utilização dos produtos farmacêuticos cujos efeitos colaterais são considerados prejudiciais mostra que nem sempre esse valor é considerado relevante 1. O uso de suplementos é amplamente disseminado no esporte. Avaliações da literatura publicadas sugerem que seu consumo é mais comum entre os atletas (cerca de 50%) do que entre a população em geral (35 a 40%) 1, 4. Dos atletas de elite quase 60% afirmam utilizar esses produtos. Todas essas pesquisas mostram que a prevalência total e os tipos variam de acordo com a natureza do esporte, como sexo dos atletas e o nível da competição. Segundo algumas pesquisas, 100% do culturismo e do treinamento de força recorrem a alguma forma de suplementação nutricional. Não é possível avaliar todos os suplementos nutricionais disponíveis e consumidos, nem detalhar as características de muitos deles. No entanto, alguns exemplos específicos ilustram os princípios que determinam o uso e o tipo de avaliação a serem aplicados aos suplementos 1. A classificação dos suplementos alimentares é algo ainda em estudo, mas segundo Bacurau e Navarro 5 (2001), até os dias atuais ainda não foi encontrada uma classificação exata para os diferentes tipos. Eles foram classificados em quatro categorias segundo a American Dietetic Association (ADA), a Canadian Dietetic Association (CDA) e o American College of Sports Medicine (ACSM) 6. Entre eles estão aqueles que são perigosos ou ilegais e que não devem ser utilizados como hormônio do crescimento (GH), efedrina e esteroides anabólicos; aqueles que podem funcio- 62

nar conforme alegado como creatina, isotônicos, cafeína, proteínas, géis e barras esportivas, suplementos à base de aminoácidos e bicarbonato de sódio; aqueles que podem funcionar segundo alegados, porém com evidências insuficientes de sua eficácia, como glutamina, colostro, ribose e HMB (β-hidroxi β-metilbutilrato) e aqueles que não desempenham as funções alegadas, como carnitina, coenzima Q10, triglicerídeo de cadeia média (TCM), picolinato de cromo 5. Outras substâncias utilizadas em grande quantidade por atletas e praticantes de atividade física são os alimentos termogênicos. Esses compostos apresentam uma maior dificuldade no processo de digestão pelo organismo, fazendo com que haja um maior consumo de energia e calorias direcionado a esse processo. Todos os alimentos requerem um gasto de energia pelo organismo para serem digeridos, ou seja, tendem a aumentar a temperatura corporal e acelerar o metabolismo, estimulando, assim, a queima de gordura. Portanto, agem como auxiliadores na metabolização de gorduras, transformando-as em energia disponível 7. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o consumo de suplementos nutricionais e queimadores de gordura por praticantes de atividade física em academias de ginástica e, a partir da análise dos dados obtidos, identificar os tipos de produtos mais utilizados, finalidade do uso, a frequência de consumo, as fontes de orientação e os possíveis efeitos colaterais dessa suplementação. MATERIAL E MÉTODOS Foi realizada pesquisa de análise descritiva e quantitativa para avaliação do consumo de suplemento alimentar e queimadores de gordura por praticantes de atividade física em academias de ginástica localizadas no município de São Paulo. Os praticantes de atividade física foram abordados nas academias de forma aleatória, no período vespertino e noturno, em diferentes dias. Após julgarem-se devidamente esclarecidos, por meio de uma entrevista com o pesquisador, eles responderam a um questionário previamente elaborado sobre o consumo de suplementos nutricionais e queimadores de gordura, tipos mais utilizados, orientação, indicação, finalidade de utilização e possíveis efeitos colaterais. Foram avaliados também a faixa etária, altura, peso, nível de escolaridade, tipo de exercício físico e quantidade de horas de exercício praticado. A partir do questionário devidamente preenchido, foi realizada a análise estatística dos dados obtidos e os resultados foram visualizados em tabelas e gráficos, utilizando-se o software Excel para Microsoft Windows e GraphPad Prism 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram entrevistados 47 voluntários praticantes de atividade física, sendo 72,3% do sexo masculino e 27,6% feminino, a média de idade entre os participantes foi de 25 anos, sendo 25 para os homens e 24 anos para as mulheres. Todos os 47 voluntários utilizavam algum tipo de suplemento alimentar. O índice de massa corpórea apresentado pelos participantes foi em média de 24,0 Kg/ m 2, sendo observada para as mulheres a média de 22,7Kg/m 2 e 26,6Kg/m 2 para os homens. O nível de escolaridade dos participantes foi alto, sendo que 51,06% possuíam nível superior Tabela 1. Nível de Escolaridade apresentada pelos participantes de ambos os sexos 63

Figura 1. Nível de escolaridade apresentado pelos participantes de atividade física em ambos os sexos (A), em mulheres (B) e em homens (C). 64

incompleto, 17,02% ensino superior completo e 4,25% dos participantes tinham pós-graduação. Os participantes com ensino médio incompleto totalizaram 8,51% e com ensino médio completo 17,02%. Foram poucos os participantes que possuíam baixa escolaridade. O nível de escolaridade observado para os participantes quando avaliado separadamente apresentou uma pequena variação, porém, tanto em homens quanto em mulheres, o nível de escolaridade permaneceu elevado. Os dados obtidos podem ser visualizados na Tabela 1 e Figura 1ABC. Figura 2. Quantidade de suplementos nutricionais e/ou queimadores de gordura utilizada pelos praticantes de atividade física (A), em mulheres (B) e em homens (C). 65

A quantidade de suplementos utilizada pelos participantes foi variada, porém a maioria, 29,78%, utilizava mais de três suplementos, seguida de dois suplementos com 27,65%, um suplemento com 23,40% e três com 17,02%. Porém, quando a quantidade de suplementos foi avaliada separadamente em relação ao sexo, 38,46% das mulheres utilizavam somente um tipo de suplemento, seguido de 30,76% com mais de três suplementos, 23,07% com dois suplementos e 7,69% com três suplementos. Em relação aos homens, 29,41% utilizavam mais de três suplementos. O mesmo percentual foi obtido para o uso de dois suplementos. Apenas 20,58% utilizavam três Figura 3. Frequência semanal de uso de suplementos nutricionais e/ou queimadores de gordura utilizados pelos praticantes de atividade física (A), em mulheres (B) e em homens (C). 66

suplementos e 17,64% somente um suplemento (Figura 2 ABC). Já, em relação à frequência de utilização de suplementos nutricionais, 63,82% utilizavam de 4 a 6 vezes por semana, seguido por 10,60% de 1 a 3 vezes e 5,53% utilizavam o suplemento todos os dias. Foi observada uma pequena variação em relação às mulheres com 69,23% utilizando de 4 a 6 vezes semanalmente, enquanto entre os homens, 61,76% utilizavam de 4 a 6 vezes semanalmente seguido por 29,41% com uso todos os dias (Figura 3 ABC). Figura 4. Tipo de suplemento nutricional e/ou queimadores de gordura utilizados pelos praticantes de atividade física (A), mulheres (B) e homens (C). 67

O tipo de suplemento mais utilizado pelos participantes foram produtos proteicos, representando 76,59% das respostas. O restante das respostas foi equilibrado, sendo 42,55% aminoácidos, mesma percentagem para carboidratos, 34,04% tanto para vitaminas e/ou minerais quanto para queimadores de gorduras e 6,38% utilizam outros tipos de suplementos. Das mulheres, 84,61% utilizam produtos proteicos, 38,46% aminoácidos, o mesmo número para queimadores de gordura e 23,07% carboidratos e vitaminas e/ou minerais. Dos homens, 73,54% utilizam produtos proteicos, 50% carboidratos, 44,11% aminoácidos, 38,23% vitaminas e/ou minerais, 32,35% queimadores de gordura e 8,82% fazem uso de outros tipos de suplementos (Figura 4). O tipo de atividade física praticada pela maioria dos participantes foi a musculação, representando 95,74%. Essa atividade é seguida por diversas atividades físicas como esteira de corrida, 17,02%. Outras atividades também foram relatadas, porém, pouco praticadas (Tabela 2). O mesmo foi visto quando a análise foi realizada separadamente por sexo, com a presença de uma baixa percentagem de lutas no sexo masculino (Figura 5). Desses participantes, 82,97% praticavam atividade física de 4 a 6 vezes por semana, 12,76% todos os dias e 4,25% de 2 a 3 vezes por semana. Tabela 2. Tipo de Atividade Física apresentada pelos participantes Tanto para mulheres quanto para homens, o mesmo resultado foi obtido (Figura 6). Foi observado que 82,97% dos participantes praticavam atividade física de 1 a 2 horas por dia, 8,51% praticam atividade física por mais de 2 horas e a mesma percentagem foi observada para aqueles que praticam atividade física por menos de 1 hora. Tanto para mulheres quando para homens, houve pequenas variações nos dados, porém o predomínio é de 1 a 2 horas por dia (Figura 7). Dentre os praticantes de atividades físicas, a maioria tinha como objetivo aumentar a massa muscular (78,72%), seguido pela definição muscular (40,42%), melhora do desempenho (34,04%), condicionamento físico (29,78%), emagrecimento (19,14%) e qualidade de vida e bem-estar (17,02%). Para as mulheres, o objetivo mais procurado foi de aumentar a massa muscular, representando 84,61%, seguido por definição muscular, 53,84%, emagrecimento, 30,76%, condicionamento físico, 23,07%, e 15,38% tanto para melhora do desempenho quanto para qualidade de vida e bem-estar. Já para os homens, o objetivo mais esperado, representando 76,47%, foi de aumentar a massa muscular, seguido por melhora do desempenho, 41,18%, definição muscular, 35,29%, condicionamento físico, 32,35%, qualidade de vida e bem-estar, 17,64% e emagrecimento, 14,70% (Figura 8). Em relação à fonte de indicação, 48,93% dos participantes indicaram o instrutor físico como principal fonte de indicação. Já 27,65% responderam que consomem por iniciativa própria, 25,53% por indicação de um nutricionista, 12,76% por indicação de amigos e/ou familiares, 6,38% tanto por indicação de um médico quanto por indicação de um farmacêutico e 4,25% tanto por indicação de vendedores de lojas de suplementos quanto através de jornal, TV, revista, internet. Foi observado que entre as mulheres, o valor de maior relevância foi de 69,23% representando a indica- 68

Figura 5. Tipo de atividade física realizada pelos praticantes (A), mulheres (B) e homens (C). 69

Figura 6. Frequência de atividade física realizada pelos praticantes (A), mulheres (B) e homens (C). ção por um instrutor de academia. Já nos dados observados entre os homens, os valores de maior relevância foram 41,17% representando a indicação por um instrutor de academia, 32,35% por iniciativa própria e 29,41% por indicação de um nutricionista (Figura 9). Quanto aos efeitos colaterais causados pelo consumo dos suplementos alimentares, a maioria disse que não sente nenhum efeito (48,93%), os outros mais frequentes foram suor excessivo, aumento de apetite, sede excessiva, insônia e urina excessiva, representando respectivamente, 25,53%, 19,14%, 19,14%, 8,51% e 6,38%. Entre as mulheres os efeitos mais observados foram nenhum (53,84%), sede excessiva, suor excessivo, aumento de apetite e diarreia, representando respectivamente 46,15%, 38,46%, 7,69% e 70

Figura 7. Quantidade de horas de atividade realizada pelos praticantes de atividade física (A), mulheres (B) e homens (C). 7,69%. Entre os homens, o predomínio também foi de nenhum efeito colateral (47,05%), seguido de aumento de apetite, suor excessivo, insônia, sede excessiva, urina excessiva e taquicardia, representando respectivamente 23,52%, 20,58%, 11,76%, 8,82%, 8,82% e 2,94% (Figura 10C. Na pesquisa de análise descritiva para avaliação do consumo de suplementos nutricionais e/ou queimadores de gordura por praticantes de atividade física em academias de ginástica, localizadas no município de São Paulo, foram analisados os seguintes dados: idade, sexo, índice de massa corpórea, nível de escolaridade, utilização ou não de suplementos, quantidade de suplementos utilizados diariamente, frequência semanal de consumo, tipos de suplementos mais utilizados pelos participantes, tipos de atividades físicas praticadas, frequência semanal da prática da atividade física, finalidade da utilização, fonte de indicação e possíveis efeitos colaterais. 71

Figura 8. Finalidade relatada por praticantes de atividade física (A), mulheres (B) e homens (C). 72

Figura 9. Principal fonte de indicação para o consumo de suplementos nutricionais por praticantes de atividade física (A), mulheres (B) e homens (C). 73

Figura 10. Efeitos colaterais oriundos do consumo de suplementos e/ ou queimadores de gordura apresentados por praticantes de atividade física (A), mulheres (B) e homens (C). 74

A análise da faixa etária entre os participantes variou entre 17 e 40 anos para indivíduos de ambos os sexos, com uma média de 25 anos, sendo a média de 24 anos para as mulheres e 25 anos para os homens. Os praticantes de atividade física foram constituídos, em sua maioria, por pessoas com grau de escolaridade superior incompleto, demonstrando um bom nível de instrução dos participantes. Isso tende a ser uma constante nas academias, já que outros estudos realizados com frequentadores de academia demonstraram tal característica 8. A amostra avaliada revelou que todos os praticantes de atividade física fazem uso de suplementos (100%). Esse dado mostrou-se muito alto em relação a outras pesquisas realizadas em outras academias, entretanto, indicou também ser uma tendência entre os praticantes de atividade física. Pesquisas efetuadas por Rocha e Pereira em academias do Rio de Janeiro no ano de 1998 mostraram que o consumo de suplementos era de 32% 9. Apesar da pesquisa relatada anteriormente ser realizada somente com indivíduos do sexo masculino, isso mostra que, quanto mais recente a pesquisa, maior é o número de praticantes de atividade física dispostos a utilizar algum suplemento nutricional. Ainda, foi observado que a maioria dos indivíduos avaliados consome mais de 3 suplementos diariamente e esse consumo se dá de 4 a 6 vezes por semana. Entre os diversos tipos de atividades físicas praticadas pelos participantes, a musculação foi a atividade de preferência, seguida da esteira de corrida. Podemos observar que, em relação ao sexo masculino, a atividade que mais se destacou, seguida da musculação, foi o jiu-jítsu e no sexo feminino a ginástica aeróbica. Em comparação com pesquisas realizadas por Rocha e Pereira em academias do Rio de Janeiro no ano de 1998, a musculação já era reconhecida como uma atividade física de preferências entre os atletas 9. Ainda se pode sugerir que os participantes são indivíduos ativos e, portanto, necessitam de dieta suplementada. Porém, essa dieta deve ser indicada por profissionais qualificados e não deve ser realizada pelo instrutor da academia como se observou na pesquisa, onde 48,93% dos participantes afirmaram ingerir algum suplemento a partir da indicação desses profissionais. Esse dado está de acordo com a literatura, uma vez que a principal fonte de indicação de suplementos observada foi do instrutor de academia ou educador físico 10. Esta pesquisa ainda demonstra que 25,53% dos participantes suplementam sua dieta a partir da recomendação de nutricionistas e 6,38% por médicos. Estes dados são positivos, uma vez que esses profissionais são indicados e qualificados para tal prática, o mesmo não ocorrendo com a maioria dos profissionais de educação física que não possuem o conceito de nutrição básica ou esportiva na grade curricular 11. Os produtos mais utilizados pelos participantes em geral foram produtos proteicos (76,59%), aminoácidos (42,55%) e carboidratos (42,55%). O grupo de suplementos mais citados entre os usuários brasileiros do estudo de Rocha & Pereira foi o de produtos cuja composição não foi identificada ou não se enquadrava em outro grupo, sendo citados como energizantes, estimulantes, entre outras denominações, seguidos dos produtos com composição predominante em aminoácidos e proteínas 9. A utilização de suplementos com proteínas e aminoácidos comerciais tem aumentado entre atletas e esportistas, tendo como finalidades a substituição de proteínas da dieta, aumento do valor biológico das proteínas da refeição e ainda por seus efeitos anabolizantes 12, 13, 14. O excesso de proteína pode ser prejudicial, pois sobrecarrega alguns órgãos como o fígado, responsável pela metabolização de aminoácidos, e os rins, já que grandes quantidades de subprodutos do metabolismo 75

proteico como ureia, amônia e outros produtos nitrogenados são eliminados por via urinária 15, 16. Assim, deve-se tomar cuidado na ingestão de proteínas em excesso, uma vez que a recomendação proteica para indivíduos com perfil semelhante ao estudado deve ser individualizada. Devem ser levados em conta não apenas o tipo de exercício físico praticado, como também seu estado geral de saúde 6. A pesquisa ainda mostrou que 42,55% dos participantes suplementam sua dieta com carboidratos. A razão fundamental para o desenvolvimento das várias soluções carboidratadas para o consumo antes, durante e após exercício físico é que tais bebidas podem atenuar alguns distúrbios na homeostase que ocorrem durante o próprio exercício, e, dessa forma, podem prevenir lesões e fundamentalmente aumentar o desempenho. Aumento da temperatura central, osmolaridade, frequência cardíaca, perda do volume plasmático, depleção de carboidratos provocados pelo exercício e por desidratação são, provavelmente, os distúrbios mais importantes atenuados pela ingestão dessas bebidas. Estudos realizados por Aoki e colaboradores (2003) sugerem que a suplementação com carboidratos é eficiente em relação ao desempenho. O mecanismo de ação desempenhado por esses compostos se dá no controle dos níveis de glicose sanguínea e a diminuição da velocidade de glicogenólise, mostrando, portanto um efeito positivo na ingestão desses compostos 17. Entretanto, o consumo exagerado de carboidratos pode acarretar problemas relacionados ao aumento de peso, uma vez que o excesso de carboidratos na dieta é armazenado no organismo na forma de gordura 18. Foram avaliados também os efeitos colaterais provenientes da utilização de suplementos. A maioria dos participantes afirmou que não apresentam nenhum tipo de efeito colateral. Poucos são os trabalhos que relatam efeitos negativos decorrentes da ingestão de suplementos. Alguns autores relatam problemas renais, hepáticos, diminuição do desempenho sexual, tonteira, enjoos, irritação, insônia e acne 9,19. A pesquisa realizada nas academias avaliadas em nosso estudo aponta, como principais efeitos colaterais, aumento do apetite (5,5%), suor excessivo (5,5%), urina excessiva (4,1%), sede excessiva (1,6%), insônia (1,6%), taquicardia (2,7%), diarreia (1,6%) e dores musculares (1,6%). CONCLUSÃO De acordo com estudos realizados, o aparecimento dos suplementos no mercado tem sido mais evidente e é de considerável importância a necessidade de pesquisas científicas para comprovar seus efeitos e determinar a segurança de seu uso em longo prazo. A elaboração de regulamentações sobre o assunto facilitaria a atuação dos profissionais de saúde e a educação do público em geral sobre o uso seguro e eficiente desses produtos 8. Como já foi dito, esses produtos têm sido consumidos em maior quantidade e de forma errada por pessoas que praticam exercícios ou possuem uma dieta deficiente. Porém, poucos conhecem os prejuízos que essas substâncias podem causar à saúde. São diversos os suplementos alimentares disponíveis para os praticantes de atividade física. Além das dúvidas sobre sua eficácia, não há garantia de que eles não tenham efeitos colaterais adversos à saúde. De um modo geral, os suplementos são consumidos pelos praticantes de atividade física com alguns objetivos, como melhorar o desempenho esportivo, fornecer nutrientes ao organismo, atendendo às necessidades aumentadas pelo exercício, compensar dietas ou hábitos alimentares inadequados, suprir as necessidades de vitaminas e minerais nas dietas para redução de peso, 76

reverter alguma forma de deficiência nutricional ou oferecer os nutrientes que se apresentam em quantidade insuficiente nos alimentos. De fato, alguns suplementos podem trazer benefícios para o atleta, e até mesmo para praticantes de atividade física, porém, a suplementação deve ser realizada de maneira adequada e acompanhada por profissionais competentes, que estarão aliando a suplementação à dieta, e não substituindo alimentos por suplementos. Os únicos profissionais capacitados para prescrever suplementos são os médicos, de preferência os especializados em Medicina do Esporte, e os nutricionistas, pois estes apresentam conhecimento dos diferentes tipos de suplemento utilizados hoje em dia, podendo ainda estar evitando problemas de saúde pública, já que o consumo desse tipo de produto é significante. REFERÊNCIAS 1. Maughan R, Burke L. Sports nutrition handbook: blackwell. Porto Alegre: Artmed; 2004. 2. Carvalho T. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esporte 2003 abr;9(2):42-54. 3. Clarkson PM. Suplementos nutricionais para o ganho de peso. Sports Science Exchange [Periódico on-line].1999; 22. Disponível m: http://fisiculturismo.com.br/forum/topic/1004-suplementos-nutricionais-para-ganho-de-peso-artigo/. 4. Damilano LPR. Avaliação do consumo alimentar de praticantes de musculação em uma academia de Santa Maria-RS [Monografia]. Santa Maria, RS: Centro Universitário Franciscano; 2006. 5. Bacurau RFP, Navarro F. Nutrição e suplementação esportiva. 2. ed. São Paulo: Phorte; 2001. 6. Position of the American Dietetic Association, Dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and athletic performance. J Am Diet Assoc 2000 Dec;100(12):1543-56. 7. Linhares TC, Lima RM. Prevalência do uso de suplementos alimentares por praticantes de musculação nas academias de Campos dos Goytacazes - RJ. Rev Vértices 2006 jan-dez;8(1/3):101-20. 8. Pereira RF, Lajolo FM, Hirschbruch MD. Consumo de suplementos por alunos de academias de ginástica em São Paulo. Rev Nutr 2003 set;16(3):265-72. 9. Rocha LP, Pereira MVL. Consumo de suplementos nutricionais por praticantes de exercícios físicos em academias. Rev Nutr 1998 jun;11(1):76-82. 10. Junqueira JM, Sakzenian VM, Burini RC, Maestá N. Uso de suplementos nutricionais e conhecimentos dietéticos de freqüentadores de academias de Botucatu/SP. Rev nutrição pauta 2007 jul-ago;1(1): 11. Viviani MT, Garcia Júnior JR. Análise dos conhecimentos sobre nutrição básica e aplicada de profissionais de educação física e nutrição. Rev nutrição pauta 2003 nov-dez;1(1): 12. Kreider RB, Miriel V, Bertun E. Amino acid supplementation and exercise performance. Analysis of the proposed ergogenic value. Sports Med 1993 Sep;16(3):190-209. 13. Werustky CA. Inibição da degradação protéica muscular (DPM) em atletas para suplementação de aminoácidos. Nutrição Enteral Esportiva 1993 maio;6(1):4-7. 14. Fernandes K, Vieira MLB. Aminoácidos: estruturas fundamentais ao organismo. Nutrição Enteral e Esportiva 1994 abr;3(13-5. 77

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