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Transcrição:

APRESENTAÇÃO Olá, tudo bem? Eu sou o Professor Rafael Paiva e elaborei esta apostila com o objetivo de condensar aquilo que eu acho ser o mais importante a respeito do tema Suspensão Condicional da Pena. Esta publicação não tem o objetivo de esgotar definitivamente o assunto ou problematizalo segundo as diferentes correntes doutrinárias que possam existir. Pelo contrário! O meu objetivo é te trazer com a maior simplicidade possível os temas mais importantes sobre a suspensão condicional da pena de uma forma simples e muito fácil de entender. Vou usar e abusar dos exemplos, pois acredito que eles são fundamentais no processo de aprendizagem. Os exemplos são os conceitos práticos de que nós sempre nos recordamos! Aproveite bem o material e não se esqueça de nos seguir nas redes sociais: Instagram: @paivaprof Acesse também nossa página na internet: WWW.JURIDIQUEI.COM.BR Ali vamos sempre inserir apostilas semelhantes a essa, além de quadros esquemáticos e questões cobradas em concursos públicos e exames da OAB! Contem sempre comigo! Prof. Ms. Rafael Paiva INSTRUÇÕES DE USO DA APOSTILA

É muito importante que você leia esta apostila tendo ao seu lado um bom e atualizado VADEMECUM. Sempre reitero que não há como aprender qualquer disciplina jurídica sem ler com atenção os dispositivos legais mais importantes! É preciso que você se acostume a ler a lei! Além disso, recomendo que você se utilize da nossa técnica das canetas! Durante a minha experiência docente observei como é visível e rápida a melhora no desempenho dos alunos que estudam aliando leituras leves de doutrina, leitura da lei, marcações com as canetas e prática constante de exercícios. Tenho certeza que você aprenderá muito mais assim! Para conhecer a técnica das canetas e ter outras dicas de estudo, acesse o nosso portal e tenha acesso completo e gratuito a todo o nosso conteúdo. O nosso site é: WWW.JURIDIQUEI.COM.BR

SUMÁRIO 1) SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CONCEITO ABRANGÊNCIA SISTEMA FRANCO-BELGA PREVISÃO LEGAL DENOMINAÇÃO NATUREZA JURÍDICA REQUISITOS SURSIS ETÁRIO SURSIS HUMANITÁRIO SURSIS NOS CRIMES AMBIENTAIS COMPETÊNCIA PARA CONCESSÃO ESPÉCIES DE SURSIS SURSIS INCONDICIONADO PERÍODO DE PROVA AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA RESPONSÁVEIS PELA FISCALIZAÇÃO DURANTE O PERÍODO DE PROVA REVOGAÇÃO REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA REVOGAÇÃO FACULTATIVA NECESSIDADE DE OITIVA DO CONDENADO ANTES DA REVOGAÇÃO REVOGAÇÃO X CASSAÇÃO DO SURSIS SURSIS SIMULTÂNEOS FIM DO PERÍODO DE PROVA SURSIS E OS CRIMES HEDIONDOS

SURSIS E A SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS HABEAS CORPUS

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA CONCEITO É o benefício proposto ao condenado que consiste na suspensão do processo de execução de uma pena privativa de liberdade já imposta mediante submissão deste a um período específico em que não poderá voltar a delinquir. ABRANGÊNCIA Nos termos do Artigo 80, do Código Penal, a suspensão condicional da pena apenas é cabível em casos de condenações a penas privativas de liberdade, não sendo aplicável às penas restritivas de direitos ou à pena de multa. Além disso, o sursis é considerado mais gravoso para o condenado do que a imposição de uma pena alternativa, razão pela qual o benefício em estudo apenas poderá ser aplicado quando não substituída a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos. Basicamente funciona da seguinte forma: o magistrado, no momento de proferir a sentença penal condenatória, aplica sempre uma pena privativa de liberdade e estipula o seu quantum. Havendo o preenchimento dos requisitos legais, ele pode substituir essa pena privativa de liberdade por uma pena alternativa (pena restritiva de direitos ou pena de multa), o que é considerado muito benéfico para o condenado. Existem hipóteses, entretanto, em que o juiz não pode realizar esta substituição. A consequência disso é a continuidade de imposição de uma pena privativa de liberdade. Entretanto, antes de cumprir a pena privativa de liberdade, cabe ao juiz verificar a possibilidade de suspender a execução da pena durante um certo período, que é chamado de período de prova. Concluímos assim, que a suspensão condicional da pena é praticamente o último recurso de que dispõe o condenado a fim de que de fato não tenha a sua liberdade tolhida. SISTEMA FRANCO - BELGA O Brasil adotou com relação à suspensão condicional da pena o sistema Franco- Belga no qual o réu é processado e condenado normalmente, oportunidade em que o juiz aplica uma pena privativa de liberdade.

Havendo preenchimentos dos requisitos legais previstos no Artigo 77, do Código Penal, o juiz suspende a execução desta pena (já atribuída) por um período que varia entre dois a quatro anos. O sistema adotado pelo Brasil, só para que você tenha uma compreensão mais consistente, é bem diferente daquela adotada pelos EUA ou pela Inglaterra - conhecida como sistema anglo-saxão. Neste sistema anglo-saxão, o magistrado, desde que preenchidos os requisitos legais, promove a suspensão do andamento do processo criminal antes do advento da sentença penal, ou seja, no sistema americano-inglês, a suspensão ocorre antes do término do processo, sendo que neste caso também há a previsão de um período de prova em que a conduta do réu beneficiado pela suspensão é acompanhada por um agente público chamado probation officer. PREVISÃO LEGAL A suspensão condicional da pena é prevista a partir do Artigo 77, do Código Penal. DENOMINAÇÃO A suspensão condicional da pena também recebe a denominação de sursis. Aliás, tanto nesta apostila como em textos doutrinários ou decisões judiciais é bem mais comum deparar-se com a expressão sursis. NATUREZA JURÍDICA O sursis consiste em benefício concedido ao condenado. Neste sentido, parte da doutrina entende que se trata de um direito subjetivo do condenado, desde que, é claro, estejam preenchidos os requisitos do Artigo 77, do Código Penal. Este entendimento, que por nós é compartilhado, defende que a concessão do benefício da suspensão condicional do processo não parte de uma decisão discricionária do juiz, mas sim é um direito do condenado, desde que, é claro, estejam preenchidos os requisitos legais. EXEMPLO PARA ENTENDER Para que você entenda este entendimento, imagine que João foi condenado pela prática do crime de lesão corporal dolosa grave (Artigo 129, 1º, inciso I, do

Código Penal) a uma pena privativa de liberdade de um ano de reclusão. Ele não é reincidente, ou seja, nunca sequer foi condenado pela prática de outro crime, mas não pode ser beneficiado pela substituição da pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos, pois alegou o magistrado ter sido o crime praticado mediante violência (incidindo aí a proibição constante no Artigo 44, inciso I, do Código Penal). Entretanto, as circunstâncias judiciais são favoráveis a João, que trabalha na mesma empresa a dez anos, cursa ensino superior e nunca se envolveu na prática de outro delito. Ciente destas circunstâncias, você deve ler o Artigo 77, do Código Penal, oportunidade em que chegará à conclusão de que João merece (segundo nosso entendimento, é seu direito subjetivo) ser beneficiado pela suspensão condicional de sua pena privativa de liberdade, haja vista que: I - Sua pena in concreto é menor do que dois anos; II - Não é João reincidente em outro crime (nem doloso nem culposo); III - Suas circunstâncias judiciais são favoráveis; IV - Não foi beneficiado pela substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos. REQUISITOS Como já adiantamos no exemplo do João, o benefício da suspensão condicional da pena está vinculado ao preenchimento de requisitos objetivos (ligados à pena) e requisitos subjetivos (ligados ao agente): REQUISITOS OBJETIVOS PARA O SURSIS: 1) Natureza da Pena: O sursis apenas pode ser aplicado a penas privativas de liberdade. Não há possibilidade de aplicação a penas restritivas de direitos ou a medidas de segurança. 2) Quantidade da pena: A pena aplicada não pode ser superior a dois anos para as situações comuns 1 ; 3) Não substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos: A aplicação de pena restritiva de direitos é mais benéfica ao condenado do que o benefício da suspensão condicional da pena, razão pela qual a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos afasta a possibilidade de sursis (Artigo 77, inciso III, do Código Penal). 1 A SÚMULA 499, do STF dispõe que a condenação anterior apenas à pena de multa não impede a concessão do benefício da suspensão condicional da pena

ATENÇÃO Já falamos disso lá no começo da apostila! A substituição da pena é sempre mais benéfica ao condenado. Se esta substituição não for possível é que passamos a analisar o cabimento ou não da suspensão condicional da pena. REQUISITOS SUBJETIVOS PARA O SURSIS: 1) Réu não reincidente em crime doloso: A reincidência do condenado por outro crime doloso impede a aplicação do benefício do sursis. A condenação anterior por crime culposo, por outro lado, não impede a concessão do benefício 2 ; 2) Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, bem como os motivos e circunstâncias do crime serem autorizadores do benefício: A existência de outros processo penais em face do condenado pode (mas não necessariamente deve) obstar a concessão do benefício, ainda que ele sequer tenho sido por eles julgado. SURSIS ETÁRIO É o benefício aplicável aos maiores de 70 anos de idade ao tempo da condenação. Neste caso o limite máximo de pena passa de dois anos para quatro anos de pena privativa de liberdade. EXEMPLO PARA ENTENDER Vamos explicar melhor o sursis etário com um exemplo bem simples. Imagine que Cássio, quando tinha 65 anos, praticou um crime qualquer e foi condenado, quando já tinha 70 anos, a uma pena privativa de liberdade de 03 (três) anos de reclusão. Pela regra comum do sursis, o benefício apenas poderia ser aplicado se a pena fosse de até 02 (dois) anos, mas o Artigo 77, 2º, do Código Penal (previsão legal do sursis etário) dispõe expressamente que Cássio, por ser maior do que 70 anos ao tempo da condenação (veja, o que vale é a idade ao tempo da condenação, não a da data do crime!), pode ser beneficiado pelo sursis ainda que sua pena tenha sido 2 Vide exceções a seguir (sursis etário ou sursis humanitário e sursis dos crimes ambientais)

maior do que 02 (dois) anos, pois neste caso o limite passa a ser condenação de até 04 (quatro) anos. SURSIS HUMANITÁRIO É aquele aplicável a condenados com graves problemas de saúde. Assim como o sursis etário, também é previsto no Artigo 77, 2º, do Código Penal. Neste caso o limite máximo de pena passa de dois anos para quatro anos de pena privativa de liberdade. SURSIS NOS CRIMES AMBIENTAIS Os crimes ambientais são aqueles previstos na Lei n.º 9605/98. Neste caso o limite máximo de pena passa de dois anos para três anos de pena privativa de liberdade. Trata-se de mais um caso de aplicação daquele princípio interpretativo do Direito Penal de que a lei especial tem prevalência sobre a lei comum! COMPETÊNCIA PARA CONCESSÃO O juiz da ação penal (não o da execução) é a Autoridade competente para conceder ou denegar o benefício da suspensão condicional da pena. Excepcionalmente, nos moldes do Artigo 66, inciso III, alínea "d", da Lei de Execução Penal, pode o juiz da execução conceder o benefício. Basicamente são duas as possibilidades: SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS DE COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO 1) Quando o juízo da condenação não possuir elementos probatórios suficientes para concessão ou denegação do benefício;

2) Quando sobrevier fato superveniente à condenação que possibilite a concessão do benefício antes negado pelo juízo de conhecimento. ESPÉCIES DE SURSIS SURSIS SIMPLES Aplicável nas hipóteses em que o condenado não preencher os requisitos do Artigo 59, do Código Penal (culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos, circunstâncias e consequências do crime, bem como o comportamento da vítima) e de forma injustificada não houver reparado o dano causado. Neste caso, durante o primeiro ano de suspensão o condenado deverá prestar serviços à comunidade ou submeter-se a limitação de final de semana, conforme decisão do juiz de conhecimento (Artigo 78, 1º, do Código Penal) 3. SURSIS ESPECIAL Aplicável quando as circunstâncias judiciais forem favoráveis e o acusado tiver reparado o dano causado (ou não tenha condições de fazê-lo). Neste caso não se exige nem a prestação de serviços à comunidade nem a limitação de final de semana. É o que diz o Artigo 78, 2º, do Código Penal. Pode, entretanto, haver determinação de proibição de frequência a determinados locais e de se ausentar da comarca onde reside sem autorização do juiz, além do comparecimento obrigatório mensal à sede do juízo para justificar suas atividades (Artigo 78, 2º, do Código Penal) SURSIS INCONDICIONADO 3 Além destas condições, dispõe o Artigo 79 do Código Penal que o juiz poderá estipular outras modalidades de condição, desde que sejam adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado, não podendo nunca serem vexatórias. Estas condições, entretanto, limitam-se também ao primeiro ano de prova da suspensão condicional da pena

Sendo o sursis simples ou especial, ele sempre virá acompanhado de uma condição. Definitivamente não é permitido o sursis incondicionado, pois a suspensão da pena deverá SEMPRE vir acompanhada de alguma condição. No caso do juiz da condenação, por algum motivo, esquecer-se de impor as condições na sentença penal condenatória, deverá ser proposto recurso por parte da acusação. Se, além disso, transitar em julgado sentença condenatória sem imposição das condicionantes para gozo do benefício, poderão estas condições serem impostas pelo juízo da execução. Este posicionamento, entretanto, não é pacífico na doutrina, eis que muitos afirmam não ter o juízo da condenação esta incumbência ou competência. PERÍODO DE PROVA Período de prova é o período de tempo a ser fixado na sentença penal condenatória no qual o condenado deverá ostentar bom comportamento e cumprir as condições que lhe foram impostas. Em regra o período de prova variará entre 02 (dois) a 04 (quatro) anos, nos moldes do que dispõe o Artigo 77 do Código Penal. Existem porém algumas exceções, as quais seguem expostas na planilha a seguir: CRIMES COMUNS CONTRAVENÇÕES PENAIS CRIMES AMBIENTAIS SURSIS HUMANITÁRIO 4 SURSIS ETÁRIO PERÍODO DE PROVA 02 A 04 ANOS 01 A 03 ANOS 02 A 04 ANOS 04 A 06 ANOS 04 A 06 ANOS AUDIÊNCIA ADMONITÓRIA Também chamada de audiência de advertência, é aquela realizada pelo juiz depois do trânsito em julgado da condenação onde o condenado recebe advertência a respeito do início do período de prova, que começa a ser contado da data desta audiência, e das consequências da prática de novas infrações penais dentro deste período. 4 Tanto no sursis etário como no humanitário, caso a sentença condenatória seja de até 02 anos deverá, pela aplicação do princípio da razoabilidade, ser aplicada a regra comum - período de prova de 02 a 04 anos. Entretanto, se a condenação nestes casos for superior a 02 anos (hipótese em que nem caberia o sursis comum), o período de prova será de 04 a 06 anos, segundo consta da tabela.

A audiência admonitória é prevista no Artigo 160, da Lei das Execuções Penais. RESPONSÁVEIS PELA FISCALIZAÇÃO DURANTE O PERÍODO DE PROVA A fiscalização do cumprimento das condições impostas ficará a cargo do Serviço Social Penitenciário, Patronato, Conselho da Comunidade ou Instituição beneficiada com a prestação de serviços a serem prestados pelo condenado. A supervisão desta fiscalização é de atribuição do Ministério Público e do Conselho Penitenciário, nos moldes do Artigo 158, 3º, da Lei das Execuções Penais. REVOGAÇÃO Importante que você saiba que a suspensão condicional da pena não é permanente, podendo sim ser revogada se o condenado não cumprir as condições a ele estipuladas. Nestas hipóteses, deverá o condenado cumprir a integralidade de sua pena estipulada na sentença penal condenatória, sendo certo que o período de suspensão não é obviamente contabilizado para fins de detração penal. A revogação do sursis pode ser obrigatória ou facultativa. REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA Na revogação obrigatória não existe margem de discricionariedade do magistrado, que, diante do caso concreto, deve revogar o benefício a fim de que seja dado início ao período de cumprimento da pena constante na sentença penal condenatória. A revogação obrigatória depende de decisão judicial para surtir efeitos, devendo, conforme Artigo 81, inciso I, do Código Penal, ser determinada em 03 (três) hipóteses distintas: HIPÓTESES DE REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SURSIS 1) Sobrevier condenação transitada em julgado pela prática de crime doloso: Se durante o período de prova o condenado sofrer nova condenação pela prática de outro crime (desde que doloso), deverá ser revogado o benefício do sursis. ATENÇÃO

Observe que neste caso pouco importa a data da prática do crime. Haverá a revogação do benefício mesmo se tratar-se de condenação transitada em julgado pela prática de crime anterior à concessão do benefício, pois neste caso o que importa é a data do trânsito em julgado, que deve ocorrer durante o período de prova do sursis 5. ATENÇÃO II A doutrina majoritária entende que o trânsito em julgado de sentença penal condenatória à pena de multa não autoriza a revogação obrigatória do benefício do sursis, haja vista a interpretação dada ao Artigo 77, 1º, do Código Penal. ATENÇÃO III Segundo o STJ, se após o fim do período de prova sobrevier condenação por crime doloso praticado durante este mesmo período, deverá haver a revogação automática do sursis, pois é fato que o período de prova deve ser prorrogado se o condenado beneficiado estiver sendo processado pela prática de outro crime 678. 2) Se o condenado, podendo, não efetuar o pagamento da pena de multa ou não reparar o dano causado: Com relação à inércia do condenado à reparação do dano causado com a prática do delito, é pacífico o entendimento de que esta situação acarreta obrigatoriamente a revogação da suspensão condicional da pena. Já com relação ao inadimplemento da pena de multa, a doutrina majoritária (mas não pacífica), defende ser possível nestes casos a revogação do benefício, o qual, segundo este entendimento, pode ser reestabelecido assim que ocorrer o pagamento da multa. 3) Se o condenado descumprir a condição imposta para concessão do benefício: Esta é a hipótese em que o condenado, tratando-se de sursis simples, no primeiro ano de prova viola as condições impostas no Artigo 78, 1º, do Código Penal, ou seja, descumpre a obrigação de prestar serviços à comunidade ou viola a restrição de final de semana 5 Geralmente de dois a quatro anos. 6 Este posicionamento do STJ não é pacífico, eis que parte da doutrina defende que o fim do período de prova acarreta a extinção da punibilidade do condenado beneficiado. 7 A mera instauração de Inquérito Policial não é motivo suficiente para prorrogação do período de prova 8 Além disso, tanto o STJ quanto o STF entendem que esta prorrogação, nos termos do Artigo 81, 2º, do Código Penal, é automática, não havendo necessidade de decisão judicial neste sentido.

REVOGAÇÃO FACULTATIVA Na revogação facultativa cabe ao juiz margem de discricionariedade de revogar ou não o benefício do sursis. Ela é prevista no Artigo 81, 1º, do Código Penal e é possível quando houver por parte do condenado o descumprimento de outra condição imposta (não aquelas da revogação obrigatória) ou transita em julgado condenação pela prática de crime culposo ou contravenção penal, ainda que seja a uma pena privativa de liberdade. Antes de revogar o benefício, pode o magistrado neste caso ainda prorrogar ao máximo o período de prova da suspensão condicional do processo. São duas as hipóteses de revogação facultativa: HIPÓTESES DE REVOGAÇÃO FACULTATIVA DA SURSIS 1) Descumprimento de qualquer outra condição de concessão do benefício: De início já observe que esta hipótese é diferente daquela que enseja revogação obrigatória do benefício. É possível a revogação do sursis quando houver violação: a) Da proibição do condenado de frequentar determinados locais; b) Ausentar-se sem a autorização do juiz da comarca onde reside; c) Deixar de comparecer mensalmente e pessoalmente à sede do juízo para informar e justificar suas atividades. 2) Sobrevier condenação irrecorrível pela prática de crime culposo ou de contravenção penal: Esta condenação que pode ocasionar a revogação do benefício se relaciona a um outro processo pelo que respondeu o condenado. Neste caso também é exigido o trânsito em julgado, sendo certo que se esta condenação for a uma pena privativa de liberdade a ser cumprida em regime fechado ou semi-aberto não há que se falar em faculdade de se revogar o benefício, pois nestes casos é evidente que a suspensão condicional do processo fica prejudicada. Assim sendo, concluímos que as condenações por crimes culposos ou contravenções penais que poderão dar ensejo à revogação (não obrigatoriamente) serão as penas restritivas de direitos ou as penas privativas de liberdade a serem cumpridas no regime aberto. ATENÇÃO

As penas pecuniárias sequer podem dar ensejo à possibilidade de revogação do benefício da suspensão condicional da pena. NECESSIDADE DE OITIVA DO CONDENADO ANTES DA REVOGAÇÃO Em homenagem aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, antes da revogação do benefício do sursis o juiz deve promover a oitiva do condenado a fim de que este tenha a possibilidade de se justificar. A exceção evidente é da revogação (obrigatória ou facultativa) decorrente de superveniência de trânsito em julgado de sentença penal condenatória (tanto faz se por crime doloso ou culposo), pois neste caso não há qualquer interesse na oitiva do condenado, eis que este já teve a oportunidade de se defender nos respectivos processos criminais. REVOGAÇÃO X CASSAÇÃO DO SURSIS Cassar o benefício da suspensão condicional do processo não é o revoga-lo. mesmo que A revogação do benefício, como observamos, ocorre quando o sursis foi concedido e a execução da pena efetivamente está suspensa. Já a cassação acontece quando o benefício do sursis deixa de poder ser aplicado antes do início do período de prova. São basicamente três as hipóteses de cassação do sursis: HIPÓTESES DE CASSAÇÃO DO SURSIS 1) Se o condenado não comparecer à audiência admonitória: Neste caso o benefício da suspensão condicional da pena é imediatamente cassada e o condenado deve passar a cumprir a pena que lhe foi imposta; 2) Se o condenado renunciar ao benefício: É a hipótese em que o condenado não aceita a proposta de suspensão condicional da pena, devendo neste caso cumprir a pena que lhe foi imposta;

3) Se em grau de recurso houver imposição majorada de pena privativa de liberdade: É a hipótese em que o Tribunal, analisando recurso da acusação, impõe pena privativa de liberdade maior do que aquela imposta pelo juízo de primeiro grau que supera o limite de dois anos para gozo do benefício. Neste caso o condenado deve cumprir a pena que lhe foi imposta. SURSIS SIMULTÂNEOS É perfeitamente possível que um mesmo condenado usufrua de dois benefícios de suspensão condicional da pena. Basicamente são duas as hipóteses em que esse fenômeno jurídico é possível: HIPÓTESES DE CABIMENTO DE SURSIS SIMULTÂNEOS 1) É a hipótese em que o condenado por crime doloso está em período de prova de sursis e recebe uma segunda condenação (transitada em julgado) pela prática de crime culposo ou de contravenção penal. Como se trata de situação de revogação facultativa, é perfeitamente possível que o condenado seja beneficiado pelo sursis simultâneos (um referente ao processo por crime doloso e outro referente ao processo por crime culposo ou contravenção penal). EXEMPLO PARA ENTENDER João foi condenado pela prática de um crime doloso e foi beneficiado pela suspensão condicional da pena. Foi imposto a ele um período de prova de 02 (dois) anos. No decorrer destes 02 (dois) anos João foi condenado (com trânsito em julgado) pela prática de um outro crime, desta vez culposo. Estamos diante de uma das hipóteses de revogação facultativa. Assim sendo, neste exemplo é perfeitamente possível que o magistrado mantenha o sursis pela prática do crime doloso e conceda novo sursis pela prática do crime culposo. Observe que neste caso coexistirão dois benefícios - um vinculado ao crime doloso (processo 01) e outro vinculado ao crime culposo (processo 02). 2) É a hipótese em que o condenado por crime doloso, antes de começar a cumprir o seu período de prova, é condenado (com trânsito em julgado) pela prática de outro crime doloso. Como ele ainda não é considerado reincidente, pois o primeiro processo ainda não transitou em julgado, pode obter neste segundo processo o benefício da suspensão condicional da pena. Neste caso os benefícios deverão ser

revogados se no primeiro processo houver o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, pois neste caso estará configurada a situação de reincidência. FIM DO PERÍODO DE PROVA Uma vez cumprido o período de prova sem qualquer revogação, é considerada extinta a pena privativa de liberdade, conforme dispõe expressamente o Artigo 82, do Código Penal. A sentença que reconhece a extinção da pena é meramente declaratória e retroage até o dia de encerramento incólume do período de prova. SURSIS E OS CRIMES HEDIONDOS Na prática, é quase que inaplicável o benefício da suspensão condicional da pena aos chamados crimes hediondos previstos pela Lei 8.072/90. Tal impossibilidade prática não decorre de vedação legal, mas sim do fato de que as penas previstas para os crimes hediondos são em regra maiores do que aquelas previstas para os crimes comuns, o que inviabiliza a existência dos requisitos mínimos para concessão do benefício da suspensão condicional da pena. Em razão disso, é praticamente regra que as penas impostas aos condenados por crimes hediondos supere o limite legal de dois anos para que possa ser aplicado o benefício da suspensão condicional da pena. Entretanto, ainda é possível se questionar se o instituto do sursis é compatível com os crimes hediondos. A doutrina majoritária, abarcada pelo STF, defende não ser aplicável a suspensão condicional da pena aos crimes hediondos, haja vista o tratamento mais severo estipulado pela Constituição Federal para os praticantes desta modalidade de crimes, bem como em razão do fato de que a imposição de regime inicial fechado de cumprimento de pena inviabiliza o sursis. SURSIS E A SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS A concessão do benefício da suspensão condicional da pena mantém os efeitos oriundos da condenação criminal, razão pela qual o condenado beneficiado, até o final do período de prova, terá suspensos os seus direitos políticos, conforme determina o Artigo 15, inciso III, da Constituição Federal.

HABEAS CORPUS Não cabe habeas corpus para que o condenado pleiteie concessão do benefício da suspensão condicional da pena, haja vista que a concessão do benefício demanda lapso probatório que é incompatível com a natureza do habeas corpus.

BIBLIOGRAFIA BITENCOURT, Cezar Roberto. TRATADO DE DIREITO PENAL : parte geral 1-21. ed. rev., ampl. e atual. - São Paulo : Saraiva, 2015. MASSON, Cleber. DIREITO PENAL ESQUEMATIZADO - Parte Geral - vo. 1-7ª ed. rev., atual e ampl. - São Paulo: Método, 2013. ESTEFAM, André. DIREITO PENAL, volume 1 : parte geral (arts. 1º a 120) - 4. ed. - São Paulo : Saraiva, 2015.

CONCLUSÃO Espero que esta apostila tenha te ajudado nos seus estudos!! Usem-na à vontade! Podem compartilhar com os amigos, desde que indiquem a respectiva fonte (). É um prazer enorme poder ajudar na sua aprovação e na realização dos seus sonhos! Críticas, dúvidas, elogios e sugestões são sempre muito bem vindos! Basta acessar nosso portal na internet e clicar em "FALE COM O PROFESSOR". Contem sempre comigo! Prof. Rafael Paiva