SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICO (SIG) DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS DO CENTRO DE PELOTAS-RS Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: SCHMIDT, Kelly Raquel; RAMOS, Maria da Graça Gomes;SANTOS, Nara Nilcéia da Silva Kelly Raquel Schmidt Maria da Graça Gomes Ramos Tania Elisa Morales Garcia Urania Pereira Sperling UFPel SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICO (SIG) DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS DO CENTRO DE PELOTAS-RS SCHMIDT, Kelly Raquel¹; RAMOS, Maria da Graça Gomes² & SANTOS, Nara Nilcéia da Silva³ ¹Acadêmica do curso de Bacharelado em Turismo UFPel/Departamento de Administração e de Turismo. Email: kel.tur@gmail.com. ²Profª Drª Maria da Graça Gomes Ramos - UFPel/Departamento de Administração e de Turismo. Email: graca@ufpel.tche.br ³ Profª Ms. Nara Nilcéia da Silva Santos - UFPel/Departamento de Administração e de Turismo. Email: nrsantos@terra.com.br INTRODUÇÃO No Brasil, nos últimos anos, vêm sendo desenvolvidas pesquisas na área do turismo utilizando o Sistema de Informação Geográfico (SIG), demonstrando sua importância para a construção de uma base de dados espacial para melhor análise na área do turismo: ecoturismo, turismo urbano, turismo cultural e histórico ou turismo na Internet, facilitando seu planejamento e gestão. Silva e Dias (2002) utilizaram a tecnologia de Geoprocessamento e SIG para criar um aplicativo chamado ECOGUIA para localizar pontos de ecoturismo no norte de Minas Gerais. Os adeptos do ecoturismo encontraram neste aplicativo uma forma prática e fácil de buscar o melhor lugar para explorar e se localizar. O ECOGUIA é uma ferramenta de SIG que faz o cruzamento dos dados citados de acordo com as necessidades do usuário. Coletar, tratar, armazenar e recuperar informações provenientes de análises sobre a ótica de um ecoturista, foram os objetivos atendidos com a implantação deste aplicativo, transformando-o em uma ferramenta de apoio à prática de atividades de ecoturismo.
Santana e Moura (2005) objetivou desenvolver um SIG analógico no mapeamento de atividades para a visitação turística do Mercado Central de Belo Horizonte-MG, destinada ao público leigo, como a gestores do espaço de visitação. Dentre os resultado os autores apresentaram um Sistema Geográfico de Informações analógico e um Sistema Geográfico de Informações (SIG) Digital. O estudo considerou duas possibilidades de público alvo: o planejador das atividades existentes, tendo como objetivo o desenvolvimento de rotas de visitação ou de ações de geomarketing, e os visitantes, que devem percorrer o ambiente de modo auto-guiado. Concluiu-se que o geoprocessamento, quando voltado para o turismo, é uma importante ferramenta no processo de preservação patrimonial navegação virtual como registro histórico e no marketing turístico no que se refere a formatação e consolidação de produtos turísticos. Em ambiente de Internet e SIG, os autores S. Dias Júnior, Bastos Júnior e Santana (2006) explicitam a Gestão da Geoinformação como um sistema de gerenciamento de Banco de Dados e aplicações Web Gis para o Turismo de Aracaju-SE desenvolvendo uma base de dados georreferenciadas de infraestrutura estrutura turística no município de Aracajú-SE, criando o GEOTUR WEBGIS Atlas Turístico de Aracajú. Os dados levantados estão servindo de base para uma análise (quantitativa e qualitativa) da distribuição espacial do turismo, como forma de contribuir para um melhor conhecimento e gestão dos atrativos turísticos que caracterizam a atividade no município. O Sistema de Informação Geográfico (SIG) é uma ferramenta muito importante no planejamento e desenvolvimento do Turismo e também uma forma de dar maior competitividade turística, visto que esse sistema é uma excelente ferramenta na agilidade na tomada de decisão e aplicação de marketing (Santos et alii, 2006) Andrade (1992) observa que turismo é o complexo de atividades e serviços relacionados aos deslocamentos, transportes, alojamentos, alimentação, circulação de produtos típicos, atividades relacionadas aos movimentos culturais, visitas, lazer e entretenimento (...) turismo é o conjunto de serviços de recepção, hospedagem e atendimento aos indivíduos e aos grupos, fora de suas residências habituais. O presente projeto desenvolveu um Sistema de Informação Geográfica (SIG) com as informações de equipamentos e serviços turísticos da área central da cidade de Pelotas/RS com o objetivo de disponibilizar essas informações ao turista através da Internet. Pelotas é o terceiro município mais populoso do estado do Rio Grande do Sul localizado na encosta do Sudeste, as margens do Canal São Gonçalo que liga as Lagoas dos Patos e Mirim, as maiores do Brasil, no extremo sul do Brasil e que apresenta diversas potencialidades para o desenvolvimento do turismo. MATERIAL E MÉTODOS Inicialmente trabalhou-se na elaboração de base cartográfica em formato CAD, delimitando-se a área central da cidade localizada no Segundo Loteamento da Zona de Preservação Histórico-Cultural de Pelotas, dividindo-o e imprimindo-o para realizar o trabalho de campo, onde foi realizada a identificação dos serviços e
equipamentos turísticos definidos anteriormente, entre eles hotéis, restaurantes, agências de viagens, bares, ambulatórios, hospitais, informações turísticas, atrativo turístico.desta coleta de informações, elaborou-se um banco de dados utilizando o software Excel, formulando uma tabela com as seguintes informações: tipo de atividade, nome fantasia, endereço, telefone, histórico, endereço eletrônico, foto, imagem e informações específicas. Posteriormente, fez-se o levantamento fotográfico a fim de fornecer maior veracidade e idoneidade das informações já contidas no banco de dados. As fotos foram tratadas e manipuladas através de um aplicativo de edição de imagem, o software AdobePhotoshop, dando maior credibilidade ao trabalho que será disponibilizado posteriormente ao turista. Depois de concluídas as etapas de coleta de informações e levantamento fotográfico, realizou-se a exportação dos arquivos para Shapefile, possibilitando assim a criação do banco de dados em ambiente SIG inserindo e criando uma única base de dados com as informações espaciais provenientes do banco de dados. Por meio desta base espacial, foram elaborados os mapas temáticos e interativos para uma melhor visualização dos equipamentos e serviços turísticos da área de estudo. Abaixo seguem as figuras 1 e 2 para uma melhor compreensão do banco de dados em ambiente SIG, apresentando os mapas temáticos e interativos, as informações disponibilizadas e as fotografias. FIGURA 1: Visualização dos mapas temáticos e espacialização dos equipamentos e serviços turísticos em ambiente SIG da área de estudo. FIGURA 2: Visualização do Hotel em ambiente SIG com informações, foto e Link para o site da internet RESULTADOS E DISCUSSÃO O projeto resultou em uma Base Cartográfica em formato Cad, do 2º Loteamento da Zona de Preservação Histórico-Cultural de Pelotas, incluindo mapas de quadras, lotes, sua numeração e nome das ruas, facilitando para uma melhor visualização do espaço de trabalho e contribuindo posteriormente para utilização de localização dos serviços e equipamentos, para futuros projetos; Banco de dados em Excel, contendo informações dos serviços e equipamentos
turísticos, que poderão ser utilizados posteriormente nos mais diversos tipos de pesquisas; Banco de dados das fotografias dos prédios onde se localizam os serviços e equipamentos turísticos do 2º Loteamento, contribuindo para um importante registro visual histórico e memorial; Banco de dados em ambiente SIG; Banco de dados dos mapas temáticos: Mapa dos Atrativos Turísticos, Atrativos Culturais, Meios de Hospedagem, Gastronomia, Agência de Viagens e Câmbio, Outros Serviços, promovendo a interação de todos os serviços e equipamentos entre turistas e pesquisadores, fornecendo subsídios para a tomada de decisões e o planejamento turístico. Com o andamento do projeto podemos observar que o levantamento fotográfico constituiu atividade fundamental para o SIG dedicado ao turismo, partindo do pressuposto de que as fotografias são um importante registro visual e memorial. Assumindo concomitantemente o papel de documento histórico, de auxiliar no endereçamento e de facilitador de visualização no ambiente de geoprocessamento (Batty, Dodge Jiang e Smith, 1998)
CONCLUSÕES Conclui-se que o Sistema de Informação Geográfico -SIG oferece ao usuário uma representação do mundo real, onde as informações do banco de dados em ambiente SIG podem ser relacionadas, tendo como base a localização geográfica. Podem assumir papel importante para apoiar políticas, projetos e ações para o conhecimento e planejamento de atividades turísticas. Ressalta-se que o geoprocessamento é uma importante ferramenta no processo de preservação e no marketing turístico, referindo-se à formatação e consolidação de produtos turísticos. Os resultados obtidos proporcionam o gerenciamento das informações georreferenciadas e posteriormente a veiculação de mapas dinâmicos e interativos constituindo uma estratégia tecnológica, permitindo o acesso de milhões de usuários na Internet a uma grande quantidade de informações turísticas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, J.V. Turismo Fundamentos e Dimensões. São Paulo. Ática, 1992. DIAS JÚNIOR, W. U.; BASTOS JÚNIOR, E. M.; SANTANA, Júlia Maria de. Gestão da Geoinformação: Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados e Aplicações WebGis para o Turismo em Aracaju-SE. In: Anais do Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, Aracajú, 2006. SANTANA,S.A. & MOURA,A.C.M.SIG analógico no mapeamento de atividades para a visitação turística do Mercado Central de Belo Horizonte. In: Anais do XXII Congresso Brasileiro de Cartografia.Rio de Janeiro:Sociedade Brasileira de Cartografia, 2005. SANTOS,N.N.S;RAMOS,M.G.G.&CAMPOS,M.T.S. Sistema de Informação Geográfico - SIG - Do Patrimônio Histórico, Cultural E Turístico Da Cidade De Pelotas- Brasil. In: Anais da I Conferência Nacional Turismo e Tecnologias de Informação Geográfica. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa e Instituto Politécnico de Coimbra, 2006. SILVA, P.P.O. & DIAS, T.C.S. Ecoguia Guia Digital de Busca e Orientação para a Prática de Ecoturismo. In: Anais I Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. Aracaju/SE, 2002.