Palavras-chave: Exportação indireta; Empresas Comerciais Exportadoras; Trading Companies.



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Transcrição:

Exportação Indireta via Trading Company e Comercial Exportadora Cristiane Maria Silva Lima Patrícia Helena Andrade Patrício RESUMO A exportação é a base para o crescimento da economia, sendo a forma mais eficaz de gerar divisas para o país. Visando a intensificar tais operações, em 1987 o governo brasileiro, com o advento da Lei Kandir, equiparou as operações internas de remessa com o fim específico para exportação com as saídas diretas para o exterior. Por falta de conhecimento, diversidade de procedimentos e de legislações estaduais que regulamentam a matéria, as empresas brasileiras pouco utilizam esta modalidade e quando o fazem, em razão de erros operacionais no decorrer do processo, acabam perdendo os benefícios fiscais estendidos a esse tipo de operação. Este artigo se propõe a apresentar um estudo sobre as modalidades de exportação, enfocando mais especificamente as operações realizadas por intermédio de Empresas Comerciais Exportadoras e Trading Companies, mostrando a diferença entre os dois tipos de empresas, vantagens e desvantagens da exportação indireta, características das operações efetuadas pelas Trading Companies, benefícios fiscais às exportações indiretas e procedimentos a serem adotados, inclusive. O método utilizado no presente estudo é caracterizado como qualitativo-exploratório. Palavras-chave: Exportação indireta; Empresas Comerciais Exportadoras; Trading Companies. Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará-UFC, Pós-graduada em Comércio Exterior pela UNIFOR Graduada em Administração de Empresas pela Universidade de Fortaleza-UNIFOR, Pós-graduada em Comércio Exterior pela UNIFOR.

2 ABSTRACT Exportation is the base for the economic growth, being the most efficacious suitable way to generate foreign exchange value transactions to the economy of a country. With the intention to intensify such operations, the Brazilian government, in the year of 1987, supported by the Kandir Law, equalized the internal operations of money remittance for export purpose with the direct money remittance operations to overseas. Due to the lack of knowledge, procedures diversity and state legislation, which regulate such matters, therefore Brazilian companies rarely use this modality, and when they do, they end up by loosing the revenue taxes benefits conceded to this kind of operation by incurring in faulty procedures. The purpose of this article is to present a study of the different export modalities by focusing more specifically on the operations performed by Commercial Export Companies and Trading Companies, demonstrating the differences between them, advantages and disadvantages of indirect exporting, the characteristics of the operations performed by Trading Companies, revenue taxes benefits granted to indirect export operations and procedures to be taken. The method used on this study was characterized as a qualitative-exploratory analysis. Key Words: Indirect Exporting; Commercial Export Companies; Trading Companies. Introdução O Comércio, como meio de acumular riquezas, teve sua expansão iniciada no final da Idade Média, intensificando-se após o descobrimento da América e do caminho marítimo para as Índias. Naquela época, já se acreditava que o Estado deveria tomar as providências necessárias para aumentar o bem-estar de sua população, estimulando o comércio e a indústria, favorecendo as exportações principal maneira de incrementar o volume do comércio de metais preciosos. Nos dias de hoje é consenso comum que desenvolver economicamente o País, é uma necessidade e o comércio exterior, como instrumento pró-ativo do desenvolvimento econômico e social e fonte de geração de emprego, é prioridade

3 para o governo federal. A obtenção do superávit comercial, através do estímulo às exportações, vem sendo a principal meta dos governos ao longo do tempo. Em 1972, através do Decreto-Lei n 1.248, de 29/11/72, foram regulamentadas as operações de compra de mercadorias no mercado interno para o fim específico de exportação, dando tratamento tributário diferenciado às empresas que atendiam os requisitos do mesmo, denominadas informalmente de Trading Company. A partir da Lei Complementar n 87/96 (Lei Kandir) os benefícios das operações efetuadas através das Trading Companies foram estendidos às Comerciais Exportadoras, assim como a qualquer outra empresa utilizada como interveniente nas operações de exportação, obedecidos os procedimentos determinados nos atos normativos que regulam a matéria, tanto ao nível federal como ao estadual. Apesar de toda essa política de incentivo às exportações, essa modalidade (exportação indireta via Trading Company e/ou Comercial Exportadora), ainda é pouco utilizada. 1. Modalidades de Exportação As empresas exportadoras dispõem de dois canais de distribuição vinculados às modalidades de exportação para realizar suas vendas no exterior. São elas: 1.1 Exportação direta A exportação direta consiste na operação em que o exportador vende diretamente ao importador, sem a utilização de intermediário mercantil no Brasil. Segundo Castro (2001, p. 61): O agente de exportação não exerce qualquer influência para definir se uma exportação é direta ou indireta. Isso porque a atuação do agente de exportação não caracteriza participação mercantil na operação comercial, mas apenas prestação de serviço, ao atuar como representante do exportador perante o importador.

4 1.2 Exportação indireta As exportações indiretas, enfocadas no presente estudo, realizam-se com a participação de uma empresa mercantil no Brasil, que adquire mercadorias de indústrias ou de produtores no mercado interno, com o fim específico de exportação. Estas empresas podem ser: - Trading company; - Empresa Comercial Exportadora; - Consórcio de produtores ou exportadores; - Cooperativas; - Indústrias desempenhando atividades comerciais exportadoras. Nosso estudo abordará unicamente as operações de exportação indireta através de Trading Company e/ou Empresa Comercial Exportadora. 2. Diferenças entre Trading Company e Empresa Comercial Exportadora Tanto a Trading Company como a Empresa Comercial Exportadora são instituições que têm como objeto social a comercialização, podendo comprar produtos fabricados por terceiros para revendê-los no mercado interno ou destiná-los à exportação, assim como importar mercadorias e efetuar sua comercialização no mercado doméstico, ou seja, atividades tipicamente de uma empresa comercial. Podemos, de certa forma, entender que a diferença entre as Empresas Comerciais Exportadoras e as Trading Companies está exatamente nos requisitos exigidos pelo Decreto-Lei n o 1.248/72, ato normativo que dispõe sobre o tratamento tributário das operações de compra de mercadorias no mercado interno para o fim específico da exportação e Comunicado DECEX n o 02/99, emitido pelo Departamento de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio. Os procedimentos administrativo, comercial, operacional e fiscal de uma Trading Company são semelhantes aos de uma Empresa Comercial Exportadora. As Trading Companies normalmente são utilizadas para exportação de grandes volumes e certos conglomerados de produtos. As Comerciais Exportadoras são

5 usadas por médias ou pequenas empresas que não têm experiência no exterior e nem estrutura própria para comercialização. Atualmente, existem no Brasil, 184 Empresas Comerciais Exportadoras habilitadas como Trading Companies, distribuídas nacionalmente conforme gráfico nº 1, cuja relação se encontra disponível no site do portal do exportador. As Comerciais Exportadoras, as Trading Companies, inclusive, estão relacionadas também no Sistema de Comércio Exterior da Receita Federal SISCOMEX-Exportação- Gráfico 1: Distribuição no Brasil das Trading Companies Fonte: (www.portadoexpotaor.gov.br, link logística). Elaboração dos autores, 2004. 2.1 Trading Company No Brasil, juridicamente, não existe a expressão Trading Company como designação de companhia de comércio exterior, a qual legalmente é denominada Empresa Comercial Exportadora. A Empresa Comercial Exportadora que tenha interesse em operar como Trading Company, deverá observar os seguintes requisitos do Decreto-Lei n 1.248/72, de 29/11/72 e Comunicado DECEX n o 02/99 de 06/02/99: - Obter o Certificado de Registro Especial, emitido em conjunto, pela Secretaria de Comércio Exterior, pelo Departamento de Comércio

6 Exterior e pela Superintendência Regional da Receita Federal onde estiver localizada; - Possuir capital mínimo realizado equivalente a 703.380 Unidades Fiscais de Referência (UFIR), fixado pelo Conselho Monetário Nacional, conforme Resolução do Banco Central do Brasil n 1.928, de 26/05/92; - Constituir-se sob a forma de sociedade por ações, sendo denominadas de nominativas aquelas que se estabelecem com direito a voto; - Não haja punições, em decisão administrativa final, por infrações aduaneiras, de natureza cambial, de comércio exterior ou de repressão ao abuso do poder econômico. Cabe ressaltar que, no parágrafo único do artigo 1 o, do Decreto-Lei n o 1.248/72, são consideradas, com o fim específico de exportação, as mercadorias que forem diretamente remetidas do estabelecimento do produtor-vendedor para: - Embarque de exportação, por conta e ordem da empresa comercial exportadora; - Depósito em entreposto, por conta e ordem da empresa comercial, sob regime aduaneiro extraordinário de exportação, nas condições estabelecidas em regulamento. Os objetivos sociais de uma Trading Company são bastante amplos, pois sua linha de atuação pode ocorrer indistintamente na exportação, importação, mercado interno, agenciamento de operações e representação comercial, não se restringindo exclusivamente à exportação como muitos pensam. A Trading Company, assim como qualquer empresa que efetua operações de exportação e/ou importação, deverá credenciar seus representantes para operarem o SISCOMEX, condição indispensável que regula a emissão de seus documentos de exportação e/ou importação e estar cadastrada no Registro de Exportadores e Importadores (REI), o qual deverá ser pleiteado e somente será concedido após a obtenção do Certificado de Registro Especial emitido, em conjunto, pela SECEX/DECEX e pela Superintendência da Receita Federal do Estado onde estiver localizada a empresa.

7 2.2 Empresas Comerciais Exportadoras A constituição da Empresa Comercial Exportadora comum é regida pela mesma legislação utilizada para a abertura de qualquer empresa comercial ou industrial. A Comercial Exportadora não estabelece nenhuma modalidade de sociedade, não está vinculada à composição de capital, de registro e de movimentação mínima de valores. Pode ser, portanto, qualquer empresa que exporta, até mesmo uma indústria que também opera comercialmente na exportação, constituindo-se como qualquer outra empresa. A Comercial Exportadora deverá, como ocorre com as Trading Companies, credenciar seus representantes para operarem o SISCOMEX, condição indispensável para que possam emitir seus documentos de exportação e/ou importação e ser cadastrada no Registro de Exportadores e Importadores (REI), cuja inscrição é automática, ao ser realizada a primeira operação. 3. Vantagens e Desvantagens da Exportação Indireta Uma empresa, ao avaliar qual a melhor modalidade de exportação, direta ou indireta, deverá analisar as características de seu produto, o conhecimento do mercado-alvo, as prioridades comerciais, as estratégias e a estrutura administrativa da empresa. Poderá, também, utilizar, simultaneamente, os dois canais de distribuição, em mercados diferentes, dependendo da estratégia comercial definida. A escolha pela exportação indireta é utilizada, normalmente, por empresas de pequeno e médio porte que, isoladamente, não teriam condições de exportar seus produtos por não possuírem estrutura adequada, aporte financeiro necessário e conhecimentos específicos, tais como: estudo de mercados e suas características, riscos comerciais e fiscais, procedimentos comerciais e os necessários à contratação de transporte e seguro, formas de pagamento, financiamentos disponíveis, dificuldades com diferenças de idiomas e costumes. As grandes empresas, eventualmente, também se utilizam da exportação indireta, mas contratam empresas de maior porte operacional, comercial e financeiro, quais sejam as Empresas Comerciais Exportadoras denominadas Trading Companies. Ao optar pela exportação indireta é muito importante que o produtor/fabricante faça uma análise da qualidade cadastral da empresa com a qual se propõe a operar,

8 bem como a capacidade de que dispõem para atingir os mercados-alvo, para evitar problemas posteriores, tais como: falta de pagamento, falta do envio de documentos que comprovem a exportação, acarretando a perda dos benefícios fiscais adquiridos pelo fabricante, internamento das mercadorias recebidas com o fim de exportação, descumprimento de cláusulas existentes em contratos internacionais, comprometendo o produto do fabricante no mercado externo. 3.1 Vantagens - Gasto reduzido na comercialização do produto; - Eliminação da pesquisa de mercado com o objetivo de identificar potenciais empresas importadoras; - Eliminação dos procedimentos burocráticos e seus custos; - Redução de riscos comerciais e de movimentação de mercadoria no exterior; - Redução do custo financeiro decorrente das vendas a prazo, já que, geralmente, as comerciais exportadoras compram a vista; - Conhecimento do mercado-alvo externo pela empresa comercial, oferecendo perspectiva de antecipar o prazo para concretização de exportações de produtos pelo fabricante; - Racionalização das atividades, uma vez que a empresa produtora dedica-se exclusivamente à produção; - A empresa produtora poderá concentrar seus esforços em determinados mercados, terceirizando os demais; - São asseguradas, praticamente, às empresas produtoras, todos os incentivos à exportação disponíveis. 3.2 Desvantagens - Relação distante com o seu cliente final; - Redução da margem de lucro por não atuar diretamente no mercado externo; - Restrição da atuação da empresa em incrementar suas vendas ao mercado internacional, pois essas decisões cabem à interveniente; - Participação indireta no mercado externo, que impede a empresa produtora de avaliá-lo em detalhes, podendo impossibilitar a expansão de suas atividades internacionais assim como a expansão de sua produção; - Dependência comercial da Trading Company ou Comercial Exportadora.

9 4. Características das Operações Efetuadas pelas Trading Companies - Exportação de produtos de diferentes fornecedores, de forma consolidada; - Necessidade de menor capital de giro, devido às operações casadas; - Melhor atendimento aos clientes, por oferecer variada gama de produtos; - Redução de custos operacionais; - Estoques que permitam regularidade de fornecimento; - Atuação em diversos mercados; - As mercadorias adquiridas com o fim específico de exportação não podem sofrer nenhum processo de industrialização ou beneficiamento que modifiquem o produto adquirido. 5. Benefícios Fiscais à Exportação Indireta Com o objetivo de desenvolver e incentivar a atividade exportadora brasileira, o Governo, tanto ao nível federal como ao estadual, estendeu às operações de compras de mercadorias no mercado interno com o fim específico de exportação, os mesmos benefícios fiscais concedidos às exportações diretas. Tanto o fabricante, quanto a Empresa Comercial Exportadora e/ou as Trading Companies são amparadas pelos benefícios fiscais. É importante frisar que o fabricante/produtor só terá assegurado seus benefícios fiscais, após receber da Empresa Comercial Exportadora e/ou da Trading Company, o Memorando de Exportação, atestando que a mercadoria foi efetivamente exportada. A Empresa Comercial Exportadora e/ou Trading Company apenas fará jus aos seus benefícios após a mercadoria haver sido exportada, cuja comprovação deverá ser efetuada através da averbação do embarque no Registro de Exportação pelo fiscal aduaneiro. Na operação interna de venda do fabricante/produtor à Empresa Comercial Exportadora e/ou à Trading Company, com o fim específico de exportação, existem os seguintes benefícios fiscais: - A suspensão do pagamento do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), conforme art. 40, inciso VI do Regulamento do IPI (RIPI);

10 - A não-incidência do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), conforme Convênio ICMS n 113/96 e suas alterações e regulamento do ICMS de cada Estado; - A isenção da contribuição do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), conforme art. 14 da Medida Provisória n o 2.158-35, de 24/08/01; - A manutenção dos créditos fiscais de IPI e ICMS, originários de compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem efetivamente aplicados aos produtos remetidos à Empresa Comercial Exportadora e/ou Trading Company. Na venda/saída para o exterior de produto adquirido no mercado interno, com o fim específico de exportação por empresa comercial exportadora, Trading Company, inclusive, existem os seguintes benefícios: - A isenção do pagamento do IPI, conforme art. 18, inc. II do RIPI e do PIS e COFINS, conforme art. 14 da MP n o 2.158-35, de 24/08/01. - A não-incidência do ICMS, conforme art. 3 o, inc. III da Lei Complementar n 87/96 e regulamento do ICMS de cada estado; 6. Procedimentos a serem adotados nas Operações de Exportação Indireta Ao emitir a nota fiscal de remessa de mercadoria com o fim específico de exportação, o fabricante/produtor deverá: - mencionar a não-incidência do ICMS e a suspensão do IPI com a fundamentação legal, observando o regulamento de cada estado referente ao ICMS; - no campo informações complementares fazer constar a expressão remessa com o fim específico de exportação ; - no corpo da nota acrescentar a expressão: Mercadoria a ser exportada por intermédio de (razão social, número de inscrição estadual e CNPJ do destinatário) ; - fazer constar no corpo da nota o local de entrega da mercadoria: local de embarque de exportação ou dados identificadores do entreposto aduaneiro (endereço, número de inscrição estadual e CNPJ);

11 - quando o destinatário for uma Trading Company acrescentar no corpo da nota: operação realizada nos termos do Decreto-Lei n o 1.248, de 29/11/72, número do registro especial da Trading, valor do IPI e ICMS, bem como do PIS e da COFINS, que deixaram de ser arrecadados por força dessa operação; - observar a legislação de cada estado referente às operações de exportação indireta como: a necessidade de celebrar regime especial com a Secretaria da Fazenda do Estado do fabricante/produtor remetente da mercadoria, necessidade de visto nas notas fiscais, uma vez que cada unidade da federação adota procedimentos diferentes com o objetivo de controlar tais operações. A Empresa Comercial Exportadora/Trading Company ao emitir a nota fiscal de exportação deverá fazer constar no campo INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES : a série, o número e a data de cada Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento remetente. Outros procedimentos a serem adotados: - Ao adquirir as mercadorias no mercado interno com o fim específico de exportação, a Comercial Exportadora e/ou Trading deverá, dentro de 180 dias da data da emissão da nota fiscal de venda do fabricante/produtor, comprovar, para fins federais (IPI) ao remetente, a efetiva exportação, conforme o parágrafo 3 o, do art. 39, da Lei n o 9.532, de 10/12/97. Se a mercadoria adquirida não for exportada, sendo revendida no mercado interno ou, ainda, se ocorrer sua destruição, furto ou roubo, o IPI deverá ser recolhido pela adquirente com multa e juros, conforme determina os parágrafos 4 o e 5 o da Lei n o 9.532, de 10/12/97. A interveniente também é obrigada a recolher tanto o PIS/PASEP como a COFINS, relativos aos produtos que não foram exportados, bem como o valor equivalente ao crédito presumido. - Na esfera estadual, foi criado o documento denominado Memorando de Exportação que deverá ser preenchido pela Comercial Exportadora e/ou Trading, que deverá encaminhar a 1 a via ao fabricante/produtor até o último dia do mês subseqüente ao da efetivação do embarque da mercadoria ao exterior, acompanhado de cópia do Conhecimento de Embarque e do comprovante de

12 exportação, emitido pelo órgão competente, conforme estabelece o parágrafo 1 o da cláusula Quarta do Convênio ICMS n 113/96 e suas alterações. A comprovação da exportação, ao nível estadual, deverá ser efetivada em até 180 dias, contados da data da saída da mercadoria do estabelecimento do fabricante/produtor para os produtos manufaturados em até 90 dias para os produtos primários e semielaborados, exceto quanto aos produtos classificados no Código n 2401(fumo nãomanufaturado; desperdícios de fumo) da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias/Sistema Harmonizado, em que o prazo poderá ser de até 180 dias, a critério do fisco do Estado remetente, conforme determina a cláusula Sexta do Convênio ICMS n 113/96 de 13/12/96 e suas alterações. A critério do fisco do Estado remetente esse período poderá ser prorrogado por igual período. Não sendo comprovada a exportação, o estabelecimento remetente ficará obrigado ao recolhimento do imposto devido, com os acréscimos legais, multa, inclusive, de acordo com a legislação de cada Estado. Caso a Comercial Exportadora e/ou Trading Company efetue o recolhimento do imposto devido, o remetente ficará dispensado do pagamento da referida obrigação, por força da responsabilidade solidária. É importante frisar que, no caso da Trading Company, o fabricante entrega a mercadoria sob regime de entreposto aduaneiro, na modalidade de regime extraordinário. O prazo de permanência nesse regime é de 90 dias, conforme o art. 27 da Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal nº 79, de 11/10/2001. 7. Metodologia da Pesquisa Mondolfo, apud Vera (1978, p. 10), afirma que a pesquisa surge quando se tem consciência de um problema e se sente impelido a buscar sua solução. Partindo dessa premissa e, verificando a grande diversidade de interpretações das legislações e procedimentos estaduais, assim como a falta de conhecimento dos contribuintes, sentiu-se a necessidade de pesquisar sobre o assunto em questão. Para o cumprimento do objetivo, procedeu-se à pesquisa de caráter exploratório, ao longo do ano de 2003, através de consultas a fontes bibliográficas e documentais, tais como livros, artigos, relatórios e estatísticas públicas, revistas especializadas, regulamentos federais e estaduais sobre a matéria. Quanto à

13 natureza das variáveis, a pesquisa classifica-se como qualitativa, pois há uma predominância de análises mais dissertativas e de menos cálculos. (FORTE,2003). Os procedimentos adotados para o desenvolvimento da pesquisa envolveram os seguintes passos: - Contato com as Secretarias de Fazenda de todos os Estados do Brasil, questionando sobre a legislação existente, procedimentos administrativos e controles referentes às operações de exportação indireta através de Trading Companies ou Comerciais Exportadoras; - Consulta ao Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) sobre a interpretação do parágrafo único da cláusula Primeira do Convênio n 113/96, legislação e procedimentos a serem adotados nas operações de exportação indireta através de Trading Companies ou Comerciais Exportadoras; - Consulta ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), à Associação Brasileira das Empresas Comerciais Exportadoras (ABECE), à Associação Brasileira de Comércio Exterior (ABRACEX), à Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), ao Centro Internacional de Negócios (CIN-CE), ao Banco Central do Brasil, ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB), à Agência de Promoção de Exportação (APEX), ao Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (SEBRAE/CE), ao Portal do Exportador, à Braziltradenet e às Aduaneiras sobre toda a legislação existente sobre exportação indireta, Trading Company e Comercial Exportadora, dados estatísticos e artigos sobre a matéria; - Coleta de material sobre os assuntos na Revista Sem Fronteira, (edições do período de 1999 a 2003), e livros sobre Comércio Exterior; - Leitura e análise dos dados coletados. Análise e Conclusão Analisando o material coletado, verificamos uma carência de literatura e dados estatísticos sobre o assunto, assim como dificuldade em obter informações sobre a matéria. As dúvidas sobre a possibilidade de empresas industriais exportarem produtos fabricados por outras empresas - exportação indireta - a discussão entre a

14 diferença em exportar por meio de comercial exportadora ou por meio de Trading é freqüente, tanto para os contribuintes, como para os diversos fiscos estaduais. Conforme Camargo(2002, p. 3): a designação das empresas exportadoras tem sido o motivo de muitas confusões por parte de exportadores, evidenciando o profundo grau de conhecimento do legislador complementar sobre o assunto... (...). Devido aos equívocos do legislador complementar e do CONFAZ muitas empresas entenderam-se excluídas do benefício da não-incidência do ICMS e ainda hoje se limitam à prática de operações internas e interestaduais, quando poderiam partir para negócios internacionais. O Conselho Nacional de Política Fazendária, através do Convênio ICMS n 113/96, tentou esclarecer a dúvida, definindo Empresa Comercial Exportadora no parágrafo único da cláusula Primeira entende-se como empresa comercial exportadora a que estiver inscrita como tal, no Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior SECEX, do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo MICT. Tal definição causou mais confusão ainda entre os contribuintes e fiscos estaduais. Recentemente, por meio do Convênio ICMS n 61/2003, de 04/07/03, publicado em 10/07/03, a redação do parágrafo único, da cláusula Primeira do Convênio n 113/96, foi alterada: Para os efeitos deste convênio, entende-se como empresa comercial exportadora: I - as classificadas como trading company, nos termos do Decreto-Lei n 1.248, de 29 de novembro de 1972, que estiverem inscritas como tais, no Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior SECEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

15 II - as demais empresas comerciais que realizarem operações mercantis de exportação, inscritas no registro do sistema da Receita Federal SISCOMEX. Salientamos que a alteração do parágrafo único da cláusula primeira do Convênio n ICMS 113/96 ocorreu após as consultas efetuadas pelo fisco do Ceará, ao Conselho Nacional de Política Fazendária sobre a interpretação do parágrafo citado, assim como as consultas efetuadas às Secretarias de Fazendas de todos os estados sobre a legislação, procedimentos e controles efetuados nas operações de exportação indireta via Trading e/ou Comercial Exportadora, se havia distinção entre as operações realizadas com Trading Company e as realizadas com Comercial Exportadora e quando se consideraria uma empresa Trading Company ou Comercial Exportadora. Tais questionamentos foram provocados pelos autores deste artigo, no início de maio de 2003, quando o Estado do Ceará, ao observar que o volume dessas operações era significativo e que não possuía nenhum mecanismo de controle, nem atos normativos que regulamentassem a matéria, iniciou o processo de controle dessas operações. Através do estudo das legislações existentes, procedimentos adotados nos diversos fiscos estaduais e os dados colhidos das diversas consultas, o estado do Ceará elaborou a Instrução Normativa n 19/2003, de 25/06/2003, publicada em 04/07/2003, no Diário Oficial do Estado, que estabelece os procedimentos relativos às operações de saída de mercadorias com o fim específico de exportação. Ao nível estadual, verificou-se uma diversidade de legislação, procedimentos e instrumentos de controle. Alguns Estados, entretanto, nada possuem em seus regulamentos e atos normativos sobre a matéria e muito menos instrumentos de controle, valendo-se exclusivamente do Convênio ICMS n 113/96 e suas alterações. Observa-se, também, que a legislação federal, muitas vezes, despreza disposições dos fiscos estaduais e leva os contribuintes menos atentos à prática de infrações à legislação do ICMS.

16 O artigo visa a ser mais uma fonte de pesquisa sobre a matéria, objetivando esclarecer dúvidas com relação às operações via Trading Company e Comerciais Exportadoras, orientando sobre os procedimentos a serem adotados, tanto ao nível federal quanto ao estadual, bem como sugere que os fiscos estaduais despertem para o aprofundamento no assunto, padronizando suas legislações e procedimentos.

17 Referências Bibliográficas CAMARGO, Antônio Carlos Valim de. As Operações com empresa comercial exportadora e os riscos a que expõem o contribuinte do ICMS. Sem Fronteiras, nº 187, p. 3, jun. 2002. CASTRO, José Augusto. Exportação - Aspectos Práticos e Operacionais. 4ª ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001. Comunicado DECEX n 02/99, de 06.02.1999. Departamento de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio. Convênio Nacional n 61/2003, de 04.07.2003. Convênio Nacional n 113/96, de 13.12.1996. Decreto-Lei Nacional n 1.248, de 29.11.1972. Empresas Comerciais Exportadoras Habilitadas. Disponível em: <http://www.portaldoexportador.gov.br>. Acesso em 22.12.2003. FORTE, Sérgio Henrique Arruda Cavalcante. Manual de Elaboração de Tese, Dissertação e Monografia. Disponível em: <http://www.unifor.br>. Acesso em 22.12.2003. Instrução Normativa Estadual n 19/2003, de 25.06.2003. Diário Oficial do Estado do Ceará. Instrução Normativa n 79 da Receita Federal, de 11.10.2001. Lei Federal n 9.532, de 10.12.1997. Lei Complementar Nacional n 87/96, Lei Kandir. Normais Gerais de ICMS. Medida Provisória Federal n 2.158-35, de 24.08.2001.

18 VERA, Armando Asti. Metodologia da Pesquisa Cientifica. 4ª ed. Porto Alegre: Globo, 1978.