O IMPACTO DA MÍDIA NO DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE INFANTIL RESUMO

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Transcrição:

O IMPACTO DA MÍDIA NO DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE INFANTIL Alessandra Rosa Vieira 1 Daniela de Stefani Marques 2 Dulcelene Ap. de Lucena Freitas 3 Mariana Veloso Moreira 4 Valdirene da Silva Elias Esper⁵ RESUMO A obesidade infantil é considerada um distúrbio nutricional e metabólico, caracterizado pelo acúmulo excessivo de gordura. A obesidade na infância tem sido uma grande problema de saúde pública nos dias atuais, devido essencialmente aos maus hábitos alimentares e ao sedentarismo. Com isso, vem tendo um aumento gradativo no índice de morbidade e mortalidade de crianças, onde a mesma está associada a outras enfermidades crônicas, como por exemplo, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, entre outras. O excesso de peso se tornou um malefício cada vez mais frequente na vida contemporânea, as crianças estão muito mais sedentárias e consumindo em grandes quantidades alimentos gordurosos. A constância que a obesidade vem aumentando, gera uma grande preocupação na área da saúde, não só pelas consequências adquiridas pela obesidade, mas também pela imposição de prejuízos ocasionados ainda na infância. Tendo em vista que o estilo de vida e a formação de hábitos alimentares começa a se formar nessa fase da vida, é possível afirmar que crianças que não praticam atividades físicas, por exemplo, podem tornar-se adultos sedentários e futuramente não terem um bom índice de qualidade de vida. O fator psicossocial é um aspecto que é desencadeado pelo surgimento da obesidade nas pessoas com pouca idade. As crianças obesas têm sua autoestima bastante diminuída, sentem se rejeitadas e tendem a se isolar-se. O profissional nutricionista deve atuar na educação em saúde nutricional, Orientando a 1 Acadêmica do curso de Nutrição da Faculdade Atenas. alessandrarosavieira@hotmail.com 2 Prof. Drª. Do curso de Nutrição da Faculdade Atenas. 3 Coordenadora do curso de Nutrição e coordenadora dos estágios da Faculdade Atenas. 4 Professora e supervisora do estágio social da Faculdade Atenas. ⁵ Professora e orientadora do estágio social da Faculdade Atenas.

família sobre a importância de oferecer uma alimentação balanceada e nutritiva, desde a primeira fase da vida, direcionando ações que visem promover saúde e melhor qualidade de vida. Palavras-chave: Obesidade infantil. Maus hábitos alimentares. Exercícios físicos. ABSTRACT Childhood obesity is considered a nutritional and metabolic disorder, characterized by excessive fat accumulation. Obesity in childhood has been a major public health problem today, mainly due to poor eating habits and inactivity. And with that has had a gradual increase in morbidity and mortality in children, it is associated with other chronic diseases such as cardiovascular disease, hypertension, diabetes, among others. The Overweight became hum curse Increa singly frequent in contemporary life, as children are far more sedentary and Consuming in Large amounts Fatty foods. The constancy obesity rising, it generates a great concern in healthcare, not just for acquired consequences For Obesity By Another imposing STILL damage in childhood. Considering that the lifestyle begins to form in childhood, it is clear that children who not practice physical activities, for example, can become sedentary adults and future do not have a good index of quality of life. The psychosocial factor and an aspect that is triggered by the rise in obesity in people at an early age. Obese children have a much-diminished self -esteem, they feel rejected and tend to isolate themselves.dietitians must act in education in nutritional health, orienting the family about the importance of offering a balanced and nutritious diet from the first stage of life, directing actions aimed at promoting health and better quality of life. Keyboards: Childhood Obesity. Poor Keating Habits. Physical Exercises.

INTRODUÇÃO Atualmente uma das principais preocupações da saúde pública tem sido o grande número de crianças com sobrepeso, e com isso vem tendo um aumento gradativo no índice de morbidade e mortalidade de crianças. A obesidade infantil está fortemente associada a diversos fatores negativos tais como, o aumento de risco de doenças cardiovasculares, diabetes hipertensão arterial colesterol e outras. Mais preocupante ainda são as consequências futuras, pois a criança obesa tem uma grande probabilidade de se tornarem adultos obesos. Na infância a compreensão é mais complicado do que na fase adulta, pois está relacionada com mudanças de costumes e disponibilidade dos pais, além das crianças não conseguirem compreender quais são os transtornos que a obesidade pode causar (IZIDORO; PARREIRA, 2010) Sabe-se que a obesidade infantil é um acúmulo de tecido gorduroso causado por fatores genéticos, externos ou alterações metabólicas que acometem as crianças uma vez que elas estão cada vez inseridas em uma sociedade marcada pela modernização. A OMS (Organização Mundial da Saúde) considera a doença como uma epidemia global, resultante do estilo de vida sedentário, condição econômica, além da influenciada dos meios de comunicação nos hábitos e preferências alimentares, levando em consideração que estes estimulam as crianças a consumirem constantemente alimentos industrializados (ARAUJO, 2009) Com o estilo de vida moderno, as crianças que compreende a idade entre 2 e 6 anos, estão cada vez mais envolvidas com aparelhos eletrônicos, computadores, celulares, vídeo games entre outros, o que favorece o sedentarismo, a ansiedade, aumentando a compulsão alimentar e resultando no acúmulo do tecido adiposo (MOURA, 2010). Os hábitos alimentares das crianças tiveram mudanças significativas nos últimos anos com o aumento do consumo de refrigerantes, doces, biscoitos e bolachas industrializadas e a diminuição da ingestão de frutas, verduras, arroz e feijão, em função do uso desordenado de aparelhos eletrônicos e internet (FOGAÇA et al., 2014). A televisão é o meio de comunicação e entretenimento mais utilizado pelas crianças, o que contribui para um grande número de informações principalmente com

respeito à alimentação e produtos alimentícios oferecidos pelo mercado com enfoque nos principais desenhos animados em destaque na TV, o que influencia diretamente no aumento da obesidade infantil (MIOTTO, 2006). A prevenção da obesidade baseia-se praticamente na adoção de um novo estilo de vida, com hábitos alimentares saudáveis, atividade física, intervenção nutricional ou apoio de uma equipe multidisciplinar a fim de melhorar a qualidade de vida das crianças portadoras desta patologia (ARAUJO, 2009). METODOLOGIA Segundo Gil (2010), a pesquisa é do tipo descritivo explicativo com leitura em materiais bibliográficos que tem objetivo de verificar a importância da obra consultada para a pesquisa. O objetivo principal é aumentar o conhecimento sobre o tema e analisar o Impacto da mídia no desenvolvimento da obesidade infantil, baseando-se em artigos científicos e sites como Scielo, Bireme e Google Acadêmico. DESENVOLVIMENTO A obesidade infantil trata-se de um distúrbio nutricional e metabólico, caracterizado pelo acumulo excessivo de gordura, em tal proporção que compromete a saúde, refletindo assim um aumento de peso corpóreo e consequentemente gerando fatores negativos como: hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol elevado e o aumento de peso. E com isso ocorre o aumento gradativo no índice de morbidade e mortalidade de crianças (IZIDORO; PARREIRA, 2010). A obesidade infantil não é só um problema nutricional, mas também pode ser um reflexo do baixo poder aquisitivo dos pais, motivo pelo qual muitos permitem que seus filhos fiquem horas expostos na frente da TV, e conectados a outras formas de entretenimento como computador, celular, jogos eletrônicos, entre outros (MIOTTO et al., 2006).

No período pré-escolar, compreendido entre 2 e 6 anos de idade, a criança é muito ativa e possui qualidades cognitivas e motoras que lhe permitem explorar de modo eficiente o meio à sua volta. A facilidade tecnológica e o conforto dos meios de comunicação são fatores responsáveis pela incidência elevada da obesidade infantil (NEVES, 2010). Segundo Miotto (2006), a televisão é um dos meios de comunicação e entretenimento mais utilizado pelas crianças. O conteúdo e as mensagens contidas nos comerciais de gêneros alimentícios não são benéficos para as crianças, visto que são grandes consumidores desses produtos vinculados na mídia. Essas propagandas oferecidas na mídia influenciam na escolha errada e inadequada dos alimentos comprometendo os hábitos alimentares e incentivando o sedentarismo. Um estudo demonstrou que no período pré- escolar, os alunos que estudavam na rede pública de ensino preferiam alimentos como bolachas recheadas, salgadinhos e alimentos gordurosos para composição de seu lanche escolar. O marketing de produtos industrializados induz ao consumo demasiadamente exagerado destes, contribuindo na formação de valores e comportamentos adotados pelo consumidor infantil. As crianças são o grande alvo das propagandas que estimulam a aquisição dos produtos através dos pais (FOGAÇA et al., 2014). Borges et al (2007), mostrou que entre os alimentos consumidos diante da televisão estão os farináceos (bolachas, biscoitos, salgadinhos, pães) que são fontes de gorduras, ácidos graxos e açúcares, grandes aliados na obesidade infantil, podendo ocasionalmente atrair outras patologias como doenças cardiovasculares, dislipidemias, diabetes, pressão alta, dentre outros. Existe uma relação direta entre a influência da mídia e as escolhas alimentares das crianças. Em média, as crianças passam quatro horas diárias na frente da TV, onde são ofuscadas por produtos com personagens do momento, jogos, embalagens atraentes e chamativas. Estima-se que 88 % das crianças utilizam a televisão todos os dias, o que compromete o desenvolvimento do sedentarismo e da obesidade infantil. Ressalta-se ainda que o tempo de permanência na escola é menor em comparação ao tempo dedicado a TV, sendo 23 horas semanais de estudo por 33 horas semanais de programação televisiva (FOGAÇA et al., 2014). Os comerciais vinculados na televisão abordam sobre produtos alimentícios que possuem grande quantidade de gordura, açúcar e sal favorecendo a

aptidão das crianças por alimentos como refrigerantes, bolachas recheadas, chicletes, chocolates, sorvetes, embutidos, bolo com recheio e cobertura, salgadinhos, batata frita e pirulitos (MIOTTO, 2006). Moura (2010) declara que a Educação Nutricional é uma ferramenta importante para combater a influência negativa da mídia sobre as crianças. O nutricionista deve intervir juntamente com os pais no sentido de incentivar as crianças a adotarem hábitos alimentares e estilo de vida saudável, prática de atividade física e consumo de alimentos benéficos à saúde. O profissional de nutrição, além do apoio familiar da criança, deve contar com equipe multidisciplinar a fim de melhorar a qualidade de vida das crianças vítimas da obesidade infantil. Reis et al (2011) sugere também que orientações nutricionais, adequação de merenda escolar, nutricionistas presentes nas escolas são atitudes que precisam ser analisadas pela rede de ensino. O desafio é desenvolver ações eficientes para controlar o processo de transição nutricional numa sociedade cada vez mais tecnológico. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Obesidade infantil é uma enfermidade multicausal, e que pode seguir até a fase adulta. Nota-se que a obesidade tem sido uma das doenças que mais tem apresentado aumento de prevalência na população brasileira. Na infância o manejo pode ser ainda mais difícil do que na idade adulta, pois está relacionada à mudança de hábitos alimentares e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos que obesidade pode ocasionar. O excesso de peso, cada vez mais, vem se tornando um problema nos tempos de hoje, as crianças estão muito mais sedentárias e consumindo em grandes quantidades alimentos calóricos. É importante ressaltar que uma alimentação desequilibrada e a não atividade física são elementos causadores da obesidade infantil, muitas vezes a família não sabe como passa para a criança a importância de uma alimentação saudável e da pratica de exercícios físicos, por isso quanto mais cedo existir a mudança e uma alteração no estilo de vida sedentário, mais fácil será mudar os

hábitos da criança contribuindo para uma vida mais saudável futuramente. Diante do que foi estudado conclui-se que a hipótese foi validada.

REFERÊNCIAS ARAÚJO, Clarissa Queiroz Bezerra; TEIXEIRA, Jamilly Veríssimo Meira; COUTINHO, Larissa Cristina Queiroga Mendonça. Obesidade infantil versus modernização: uma revisão de literatura. Rev. Tema, v. 8, n. 12, pp.1-7, Campina Grande, 2009. BORGES, Claudia Regina; KHOLER, Maria Luiza; LEITE, Maysa de Lima et al. Influência da televisão na prevalência da obesidade infantil em Ponta Grossa, Paraná. Rev. Cienc Cuid Saude, v. 6, n. 3, pp. 305-311, 2007. FOGAÇA, Lidiana Malaquias; OLIVEIRA, Daniela Soares; OLIVEIRA, Thaís. Análise das propagandas de alimentos e a influência na obesidade infantil. Rev. Interciência e sociedade, v. 3, n. 2, pp. 9-16, 2014. LEMOS, Maria Cecilia. Obesidade infantil: as dificuldades da criança em relação à obediência de regras impostas por uma dieta alimentar. Rev. Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 6, n. 36, pp. 357-363, 2012. MIOTTO, Ana Cristina; OLIVEIRA, Ana Flávia. A influência da mídia nos hábitos alimentares de crianças de baixa renda do projeto Nutrir. Rev. Paul Pediatria, v. 24, n. 2, pp. 115-120, 2006. MOURA, Neila Camargo. Influência da mídia no comportamento alimentar de crianças e adolescentes. Rev. Segurança Nutricional, v. 17, n. 1, pp. 113-122, 2010 NEVES, Patrícia M. J; TORCATO, Angela C; URQUIETA, Alexandra S. Importância do tratamento e prevenção da obesidade infantil. Rev. Arq Cienc Saúde, v. 17, n. 3, pp. 150-153, 2010. REIS, Caio Eduardo; VASCONCELOS, Ivana Aragão; BARROS, Juliana Faria de N. Políticas públicas de nutrição para o controle da obesidade infantil. Rev. Paul Pediatria, v. 29, n. 4, pp. 625-633, 2011.