ANO XXVI ª SEMANA DE SETEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 37/2015

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Transcrição:

ANO XXVI - 2015-2ª SEMANA DE SETEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 37/2015 ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS FOLHA DE PAGAMENTO DE EMPRESAS E EQUIPARADOS - ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS ATUALIZAÇÃO... Pág. 924 ASSUNTOS TRABALHISTAS REGISTROS PROFISSIONAIS - NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - SISTEMA INFORMATIZADO (SIRPWEB)... Pág. 951 SEGURO-DESEMPREGO PARA EMPREGADOS DOMÉSTICOS - RESOLUÇÃO CODEFAT N 754, de 26.08.2015 CONSIDERAÇÕES... Pág. 957

ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS Sumário FOLHA DE PAGAMENTO DE EMPRESAS E EQUIPARADOS Encargos Previdenciários Atualização 1. Introdução 2. Conceitos 2.1 - Previdência Social 2.2 Empregador 2.3 Empresas 2.4 Equiparados 2.5 - Empregados/Trabalhadores 2.6 Folha De Pagamento 3. Ocorrência Do Fato Gerador 3.1 - À Empresa 3.2 - Ao Segurado 4. Base De Cálculo Da Contribuição Social Previdenciária Patronal 5. Parcelas Que Não Integrantes À Base De Cálculo Previdenciário 6. Contribuições Previdenciárias Patronais 6.1 Alíquotas - CPP (20%), RAT, FAP, Terceiros/Outras Entidades e 15% 6.2 - Grau De Risco Da Atividade 6.2.1 - Obra De Construção Civil 6.2.2 Erro No Autoenquadramento 6.3 - Atividades Em Condições Especiais 6.4 - Bancos Comerciais, Bancos De Investimentos, Bancos De Desenvolvimento, Caixas Econômicas, Sociedades De Crédito, De Financiamento Ou De Investimento, Entre Outros 6.5 - Contribuições Da Pessoa Jurídica Que Tenha Como Fim A Atividade De Produção Rural, 6.6 - Associação Desportiva 6.7 - Cooperativas 6.8 - Optantes Pelo SIMPLES NACIONAL 6.8.1 - Empresas Enquadradas Nos Anexos I, II, III, V e VI 6.8.2 - Empresas Enquadradas No Anexo IV 6.8.3 - Empresas Enquadradas No Anexo V 6.8.4 - Empresas Enquadradas No Anexo VI 6.8.5 - Atividades Concomitantes 6.8.5.1- CPP Das Atividades Concomitantes 6.9 MEI - Microempreendedores Individuais 6.10 Desoneração Da Folha De Pagamento 6.11 - Entidade Beneficente De Assistência Social (EBAS) 7. Contribuições Previdenciárias Dos Trabalhadores 8. Obrigações Dos Segurados Empregado, Empregado Doméstico, Trabalhador Avulso E Contribuinte Individual 9. Prazo Para Recolhimento Das Contribuições 10. Informações Adicionais Das Empresas 10.1 - Elaboração Da Folha De Pagamento Mensal 11. GFIP/SEFIP 11.1 Obrigatoriedade 11.2 - Empresa é Responsável 11.3 - Trabalhadores Remunerados Em Mais De Uma Empresa 11.4 - Desobrigados De Entregar A GFIP 11.5 - GFIP Sem Movimento Obrigatoriedade 11.6 - Falta De Entrega Da GFIP 11.7 Preenchimento 11.8 Retificações 11.9 Simples Nacional E Do MEI 11.10 Desoneração Da Folha 12. Guarda Da Documentação 13. Decadência E Prescrição 14. Penalidades E Fiscalização 1. INTRODUÇÃO A folha de pagamento é um documento de emissão obrigatória, para todos os empregadores e estabelecimentos, o qual contém todas as informações referentes ao pagamento de salários dos empregados, entre outros, e tem efeito para fiscalização trabalhista e previdenciária. Nesta matéria será tratada a respeito dos encargos sociais de responsabilidade do empregador de empresas e equiparados, sobre a folha de pagamento dos empregados e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 2. CONCEITOS TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 924

2.1 - Previdência Social Previdência Social é um seguro social, organizado sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, mediante contribuições previdenciárias, com a finalidade de assegurar condições aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, em caso de perda de sua capacidade laborativa, por motivo de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente (Lei nº 8.212/1991, artigos 1º e 3º). 2.2 Empregador Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços (CLT, artigo 2º). E equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados (Verificar também o subitem 2.5 abaixo). 2.3 Empresas Conforme a Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 3º, seguem abaixo definições de empresas, conforme seu seguimento: a) Empresa é o empresário ou a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da Administração Pública Direta ou Indireta; b) Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores qualificados, por ela remunerados e assistidos, ficando obrigada a registrar a condição de temporário na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do trabalhador, conforme dispõe a Lei nº 6.019, de 03 de janeiro de 1974; c) Administração Pública é a Administração Direta ou Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, abrangendo, inclusive, as entidades com personalidade jurídica de direito privado sob o controle do poder público e as fundações por ele mantidas; d) Instituição financeira é a pessoa jurídica pública, ou privada, que tenha como atividade principal ou acessória a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, autorizada pelo Banco Central do Brasil, ou por Decreto do Poder Executivo, a funcionar no território nacional. 2.4 Equiparados Equipara-se a empresa para fins de cumprimento de obrigações previdenciárias (Instrução Normativa RFB n 971/2009, artigo 3º, 4º): a) o contribuinte individual, em relação ao segurado que lhe presta serviços; b) a cooperativa, conforme definida no art. 208 desta Instrução Normativa e nos artigos 1.093 a 1.096 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil); c) a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, inclusive o condomínio; d) a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; e) o operador portuário e o Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO); f) o proprietário do imóvel, o incorporador ou o dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em relação a segurado que lhe presta serviços. 2.5 - Empregados/Trabalhadores São considerados pela Previdência Social como segurado obrigatório, entre outros, toda pessoa física que exerce atividade remunerada abrangida pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) na qualidade de (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigos 4º e 6º; Decreto nº 3.048/1999, artigo 9º, e art. 12 da Lei nº 8.212/1991): TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 925

a) Empregado é toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário (CLT, artigo 3º); a.1) trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços (Lei nº 6.019/1974, artigo 2º); b) Trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do OGMO (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 263); c) Contribuinte individual são aqueles que têm rendimento através do seu trabalho, sem estar na qualidade de segurado empregado, tais como os profissionais autônomos, sócios e titulares de empresas, entre outros. E são considerados contribuintes obrigatórios da Previdência Social. (Decreto nº 3.048/1999, artigo 9º, inciso V; Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 4º, inciso IV, e artigo 9º; e Instrução Normativa RFB nº 1.027, de 20 de abril de 2010). 2.6 Folha De Pagamento A folha de pagamento é um documento elaborado pela empresa, no qual se relaciona, além dos nomes dos empregados, a remuneração, os descontos ou abatimentos e o valor líquido a que faz jus cada trabalhador. A confecção da folha de pagamento, como também a emissão, tem caráter obrigatório e deverá ser feita mensalmente, porém, não existe um modelo padrão, mas deverá conter todas as informações para fiscalização trabalhista e previdenciária. No encerramento do mês, o empregador está obrigado a elaborar a folha de pagamento, onde deverão ser apuradas todas as ocorrências necessárias tais como: salários fixos ou variáveis, horas extras (verificar os cartões de ponto), atestados médicos, faltas não justificadas, férias, rescisões, entre outros. 3. OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador da obrigação previdenciária principal e existente seu efeito, conforme informações nos subitens seguintes deste item (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 52). 3.1 - À Empresa Em relação à empresa será considerada a ocorrência do fato gerador: a) no mês em que for paga, devida ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, a segurado empregado ou a trabalhador avulso em decorrência da prestação de serviço; b) no mês em que for paga ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, ao segurado contribuinte individual que lhe presta serviços; c) no mês da emissão da Nota Fiscal ou da fatura de prestação de serviços por cooperativa de trabalho; d) no mês da entrada da mercadoria no seu estabelecimento, quando transportada por cooperados intermediados por cooperativa de trabalho de transportadores autônomos; e) no mês em que ocorrer a comercialização da produção rural; f) no dia da realização de espetáculo desportivo gerador de receita, quando se tratar de associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional; g) no mês em que auferir receita a título de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos, quando se tratar de associação desportiva que mantenha equipe de futebol profissional; h) no mês do pagamento ou crédito da última parcela do décimo terceiro salário; i) no mês a que se referirem as férias, mesmo quando pagas antecipadamente na forma da Legislação Trabalhista; TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 926

j) em relação ao segurado especial e ao produtor rural pessoa física, no mês em que ocorrer a comercialização da sua produção rural; k) em relação à obra de construção civil de responsabilidade de pessoa física, no mês em que ocorrer a prestação de serviços remunerados pelos segurados que edificam a obra. Segue abaixo os 1º e 2º do artigo 52, da IN RFB nº 971/2009: Considera-se creditada a remuneração na competência em que a empresa contratante for obrigada a reconhecer contabilmente a despesa ou o dispêndio ou, no caso de equiparado ou empresa legalmente dispensada da escrituração contábil regular, na data da emissão do documento comprobatório da prestação de serviços. Para os órgãos do Poder Público considera-se creditada a remuneração na competência da liquidação do empenho, entendendo-se como tal, o momento do reconhecimento da despesa. 3.2 - Ao Segurado Em relação ao segurado será considerada a ocorrência do fato gerador: a) empregado e trabalhador avulso, quando for paga, devida ou creditada a remuneração, o que ocorrer primeiro, quando do pagamento ou crédito da última parcela do décimo terceiro salário (observar os prazos referentes ao décimo terceiro salário e à rescisão contratual, conforme dispõem os artigos 96 e 97 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009), e no mês a que se referirem as férias, mesmo quando recebidas antecipadamente na forma da Legislação Trabalhista; b) contribuinte individual, no mês em que lhe for paga ou creditada remuneração. 4. BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PREVIDENCIÁRIA PATRONAL A base de cálculo da contribuição social previdenciária é o valor sobre o qual incide uma alíquota definida em lei para determinar o montante da contribuição previdenciária devida (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 53). As bases de cálculo das contribuições sociais previdenciárias da empresa e do equiparado são as seguintes (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 57): a) o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestam serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa; b) o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestam serviços; c) o valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços em relação a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho; d) o valor bruto da receita da comercialização da produção rural própria, se produtor rural pessoa jurídica ou da comercialização da produção própria, ou da produção própria e da adquirida de terceiros, se agroindústria; e) a receita obtida com a realização de espetáculo desportivo, no território nacional, se associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional; f) a receita obtida com o licenciamento de uso de marcas e símbolos, patrocínio, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos desportivos, se associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, inclusive aquela de que trata o inciso II do art. 2º da Lei nº 11.345, de 2006; g) quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado, inclusive o doméstico, ocorrer no curso do mês, a base de cálculo será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados. Outras remunerações que integram a base de cálculo previdenciário: TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 927

a) o salário-maternidade pago à segurada empregada também é base de cálculo para as contribuições sociais da empresa; b) a bolsa de estudos paga ou creditada ao médico-residente ou ao residente em área profissional da saúde, participantes dos programas de que trata o art. 4º da Lei nº 6.932, de 1981; c) o valor da taxa de condomínio da qual é isento de pagamento o síndico ou o administrador eleito para exercer atividade de administração condominial; d) o pagamento de remuneração ou retribuição referente: a moradia, a alimentação, o vestuário e outras prestações in natura fornecidas ao segurado empregado ou ao contribuinte individual; e) a remuneração adicional de gozo de férias anuais com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; f) o valor das diárias para viagens, quando excedente a 50% (cinquenta por cento) da remuneração mensal do empregado, integra a base de cálculo pelo seu valor total; g) aviso prévio indenizado, conforme o Decreto nº 6.727, de 12 de janeiro de 2009, está regulamentada a cobrança da contribuição previdenciária. Em se tratando de Sociedade Simples de prestação de serviços, referentes ao exercício de profissões legalmente regulamentadas, a contribuição da empresa em relação aos sócios contribuintes individuais terá como base de cálculo: a) a remuneração paga ou creditada aos sócios em decorrência de seu trabalho, de acordo com a escrituração contábil da empresa; A retirada de prolabore é o valor da remuneração paga ou creditada aos sócios, diretores, administradores de uma empresa ou os empresários, referente ao seu trabalho (Informações completas no Bol. INFORMARE nº 10/2014 - Retirada de Prolabore - Assuntos Trabalhistas). b) os valores totais pagos ou creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não houver discriminação entre a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital social, ou tratar-se de adiantamento de resultado ainda não apurado por meio de demonstração de resultado do exercício ou quando a contabilidade for apresentada de forma deficiente. O valor a ser distribuído a título de antecipação de lucro poderá ser previamente apurado mediante a elaboração de balancetes contábeis mensais, devendo, nessa hipótese, ser observado que, se a demonstração de resultado final do exercício evidenciar uma apuração de lucro inferior ao montante distribuído, a diferença será considerada remuneração aos sócios. Para a identificação dos ganhos habituais recebidos sob a forma de utilidades, deverão ser observados: a) os valores reais das utilidades recebidas; b) os valores resultantes da aplicação dos percentuais estabelecidos em lei em função do salário-mínimo, aplicados sobre a remuneração paga caso não haja determinação dos valores. Integram a base de cálculo da contribuição previdenciária do segurado e da empresa os honorários contratuais: a) pagos a assistentes técnicos e peritos, nomeados pela justiça ou não, decorrentes de sua atuação em ações judiciais; e b) pagos a advogados, nomeados pela justiça ou não, decorrentes de sua atuação em ações judiciais. Observações: Na hipótese de nomeação de advogados e peritos para atuação judicial sob o amparo da assistência judiciária, é responsável pelo recolhimento da contribuição patronal o órgão ao qual incumbe o pagamento da remuneração. Integra a base de cálculo da contribuição previdenciária do segurado e da empresa a parcela paga ao integrante de órgão ou conselho de deliberação colegiada a título de retribuição pelo seu trabalho, seja pela participação em reuniões deliberativas ou pela execução de tarefas essenciais à atividade do colegiado, tais como análise de TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 928

processos, ações na comunidade, fiscalizações em atividades subordinadas ao órgão ou ao conselho, dentre outras. 5. PARCELAS QUE NÃO INTEGRANTES À BASE DE CÁLCULO PREVIDENCIÁRIO Conforme estabelece o artigo 58 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, não integram a base de cálculo para fins de incidência de contribuições: I - os benefícios da Previdência Social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade; II - as ajudas de custo e o adicional mensal percebidos pelo aeronauta, nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973; III - a parcela in natura do auxílio alimentação; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014) IV - as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT; V - as importâncias recebidas a título de: a) indenização compensatória de 40% (quarenta por cento) do montante depositado no FGTS, como proteção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme disposto no inciso I do art. 10 do ADCT; b) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado não-optante pelo FGTS; c) indenização por dispensa sem justa causa de empregado nos contratos por prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da CLT; d) indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato, conforme disposto no art. 14 da Lei nº 5.889, de 1973; e) incentivo à demissão; f) indenização por dispensa sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede à correção salarial a que se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 28 de outubro de 1984; g) indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da CLT; h) abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT; i) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei; j) licença-prêmio indenizada; e k) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei; VI - a parcela recebida a título de vale-transporte na forma de legislação própria; VII - a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; VIII - as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% (cinquenta por cento) da remuneração mensal do empregado, ressalvado o disposto no inciso XXVIII; IX - a importância recebida pelo estagiário a título de bolsa ou outra forma de contraprestação, quando paga nos termos da Lei nº 11.788, de 2008, e a bolsa de aprendizagem paga ao atleta não profissional em formação, nos termos da Lei nº 9.615, de 1998, com a redação dada pela Lei nº 10.672, de 2003; X - a participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica; XI - o abono do PIS ou o do Pasep; TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 929

XII - os valores correspondentes ao transporte, à alimentação e à habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante de sua residência, em canteiro de obras ou em local que, por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo MTE; XIII - a importância paga ao segurado empregado, inclusive quando em gozo de licença remunerada, a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que esse direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa; XIV - as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de 1965; XV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica, relativo ao programa de previdência complementar privada, aberta ou fechada, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, o disposto nos arts. 9º e 468 da CLT; XVI - o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou daquele a ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas médico-hospitalares ou com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa; XVII - o valor correspondente a vestuário, a equipamentos e a outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local de trabalho para a prestação dos respectivos serviços; XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado, quando comprovadas; XIX - o valor relativo ao plano educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 21 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a cursos de capacitação e de qualificação profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e desde que todos empregados e dirigentes tenham acesso a esse valor; XX - os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; XXI - o valor da multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão do contrato de trabalho, conforme disposto no 8º do art. 477 da CLT; XXII - o reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de 6 (seis) anos de idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas (Lei nº 8.212, de 1991, art. 28, 9º, alínea " s" e Decreto nº 3.048, de 1999, art. 214, 9º, inciso XXIII); (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1080, de 03 de novembro de 2010) XXIII - o reembolso babá, limitado ao menor salário-de-contribuição mensal conforme Tabela Social publicada periodicamente pelo MPS e condicionado à comprovação do registro na CTPS da empregada do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição social previdenciária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de 6 (seis) anos da criança; XXIV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo ao prêmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, o disposto nos arts. 9º e 468 da CLT; XXV - o valor despendido por entidade religiosa ou instituição de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência, desde que fornecido em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado; XXVI - as importâncias referentes à bolsa de ensino, pesquisa e extensão pagas pelas instituições federais de ensino superior, de pesquisa científica e tecnológica e pelas fundações de apoio, nos termos da Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994, conforme art. 7º do Decreto nº 5.205, de 14 de setembro de 2004; XXVII - a importância paga pela empresa a título de auxílio-funeral ou assistência à família em razão do óbito do segurado; TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 930

XXVIII - as diárias para viagens, independentemente do valor, pagas aos servidores públicos federais ocupantes exclusivamente de cargo em comissão; e XXIX - o ressarcimento de valores pagos a título de auxílio-moradia aos servidores públicos federais ocupantes exclusivamente de cargo em comissão. Parágrafo único. As parcelas referidas neste artigo, quando pagas ou creditadas em desacordo com a legislação pertinente, integram a base de cálculo da contribuição para todos os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das cominações legais cabíveis. XXX - o abono único previsto em Convenção Coletiva de Trabalho, desde que desvinculado do salário e pago sem habitualidade. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014). Importante: As parcelas referidas acima, quando pagas ou creditadas em desacordo com a Legislação pertinente, integram a base de cálculo da contribuição para todos os fins e efeitos, sem prejuízo da aplicação das prescrições legais cabíveis. Artigo 57 da IN RFB nº 971/2009: 15. Não integram a base de cálculo da contribuição previdenciária da empresa os honorários de sucumbência pagos em razão de condenação judicial, integrando, contudo, a base de cálculo da contribuição do advogado contribuinte individual. 16. Integra a base de cálculo da contribuição previdenciária do segurado e da empresa a parcela paga ao integrante de órgão ou conselho de deliberação colegiada a título de retribuição pelo seu trabalho, seja pela participação em reuniões deliberativas ou pela execução de tarefas inerentes à atividade do colegiado, tais como análise de processos, ações na comunidade, fiscalizações em atividades subordinadas ao órgão ou ao conselho, dentre outras, observado o disposto nos 3º e 4º do art. 9º. 17. Não integram a base de cálculo da contribuição previdenciária da empresa os valores pagos aos serviços notariais e de registro (cartórios), judiciais e extrajudiciais, pelos atos por estes realizados, contudo, tais valores integram a base de cálculo da contribuição do respectivo titular quando enquadrado no RGPS como contribuinte individual (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014). As importâncias recebidas a título de indenizações: a) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e o respectivo adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT; b) indenização compensatória de 40% (quarenta por cento) do montante depositado no FGTS, como proteção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme disposto no inciso I do art. 10 do ADCT; c) indenização por tempo de serviço, anterior a 05 de outubro de 1988, do empregado não-optante pelo FGTS; d) indenização por dispensa sem justa causa de empregado nos contratos por prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da CLT; e) indenização do tempo de serviço do safrista, quando da expiração normal do contrato, conforme disposto no art. 14 da Lei nº 5.889, de 1973; f) incentivo à demissão; g) indenização por dispensa sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede à correção salarial a que se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 28 de outubro de 1984; h) indenizações previstas nos artigos 496 e 497 da CLT; i) abono de férias na forma dos artigos 143 e 144 da CLT; j) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados do salário por força de lei; k) licença-prêmio indenizada; e TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 931

l) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei. 6. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS PATRONAIS 6.1 Alíquotas - CPP (20%), RAT, FAP, Terceiros/Outras Entidades e 15% As contribuições sociais previdenciárias a cargo da empresa ou do equiparado, observadas as disposições específicas desta Instrução Normativa, são (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 72): a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes prestam serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de trabalho ou de sentença normativa (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 57, inciso I); b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais, que lhes prestam serviços e inclusive ao que se refere à retirada de prolabore (sócios, empresários), para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000; c) para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhes prestam serviços; c.1) 1% (um por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; c.2) 2% (dois por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado médio; c.3) 3% (três por cento), para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado grave; d) o FAP (Fator Acidentário de Prevenção) é um multiplicador do RAT (Riscos Ambientais de Trabalho), que varia de 0,5 (zero vírgula cinco) a 2 (dois) pontos, a ser aplicado às alíquotas de 1% (um por cento), 2% (dois por cento) ou 3% (três por cento) da tarifação coletiva por subclasse econômica. E esses percentuais são incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. O FAP é aplicado sobre o RAT e o resultado corresponde ao percentual de contribuição de acidente de trabalho devido pela empresa, ou seja, FAP x RAT, aí teremos o RAT ajustado; Artigo 72, 14 a 17: 14. As alíquotas das contribuições sociais referidas no inciso II do caput serão reduzidas em até 50% (cinquenta por cento) ou aumentadas em até 100% (cem por cento), em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção - FAP de que trata o art. 202-A do Decreto nº 3.048, de 1999. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014) 15, O FAP atribuído às empresas poderá ser contestado perante o órgão competente no Ministério da Previdência Social, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de sua divulgação oficial. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014). 16. O processo administrativo de que trata o 15 tem efeito suspensivo até decisão final da autoridade competente, ficando o contribuinte obrigado a informar em GFIP o FAP que lhe foi atribuído e a retificar as declarações caso a decisão lhe seja favorável. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014) 17. No caso de decisão definitiva contrária ao sujeito passivo, no processo administrativo de que trata o 15, eventuais diferenças referentes ao FAP deverão ser recolhidas no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da ciência da decisão, sendo-lhes aplicados os acréscimos legais previstos nos arts. 402 e 403. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014). Referente ao FAP, não há, até o momento, nem uma alteração na contribuição das pequenas, microempresas e do SIMPLES NACIONAL, já que elas recolhem os tributos pelo sistema simplificado, as entidades com isenção TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 932

previdenciária e também as que têm matrícula no CEI. Essas citadas têm por definição FAP = 1,00, ou seja, FAP neutro (Ato Declaratório Executivo CODAC nº 03, de 18 de janeiro de 2010). e) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da Nota Fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, relativamente aos serviços que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000; f) recolhimento destinado a outras entidades (terceiros). Nota: O recolhimento destinado a outras entidades terá a alíquota fixada de acordo com o enquadramento do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS), que deverá ser realizado pela empresa conforme sua atividade, seguindo as regras estabelecidas nos Anexos I e II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 (Instrução Normativa já atualizada). 6.2 - Grau De Risco Da Atividade A contribuição prevista no inciso II do caput (ver abaixo) será calculada com base no grau de risco da atividade, observadas as seguintes regras: ( 1º, do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009) I - o enquadramento nos correspondentes graus de risco é de responsabilidade da empresa, e deve ser feito mensalmente, de acordo com a sua atividade econômica preponderante, conforme a Relação de Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de Risco, elaborada com base na CNAE, prevista no Anexo V do RPS, que foi reproduzida no Anexo I desta Instrução Normativa, obedecendo às seguintes disposições: a) a empresa com 1 (um) estabelecimento e uma única atividade econômica, enquadrar-se-á na respectiva atividade; b) a empresa com estabelecimento único e mais de uma atividade econômica, simulará o enquadramento em cada atividade e prevalecerá, como preponderante, aquela que tem o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos; c) a empresa com mais de 1 (um) estabelecimento e com mais de 1 (uma) atividade econômica deverá apurar a atividade preponderante em cada estabelecimento, na forma da alínea b, exceto com relação às obras de construção civil, para as quais será observado o inciso III deste parágrafo. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014) d) os órgãos da Administração Pública Direta, tais como Prefeituras, Câmaras, Assembleias Legislativas, Secretarias e Tribunais, identificados com inscrição no CNPJ, enquadrar-se-ão na respectiva atividade, observado o disposto no 9º; e e) a empresa de trabalho temporário enquadrar-se-á na atividade com a descrição "7820-5/00 Locação de Mão de Obra Temporária" constante da relação mencionada no caput deste inciso; II - considera-se preponderante a atividade econômica que ocupa, no estabelecimento, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos, observado que na ocorrência de mesmo número de segurados empregados e trabalhadores avulsos em atividades econômicas distintas, será considerada como preponderante aquela que corresponder ao maior grau de risco; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014). 6.2.1 - Obra De Construção Civil A obra de construção civil edificada por empresa cujo objeto social não seja construção ou prestação de serviços na área de construção civil será enquadrada no código CNAE e grau de risco próprios da construção civil, e não da atividade econômica desenvolvida pela empresa; os trabalhadores alocados na obra não serão considerados para os fins do inciso I (ver acima). (Inciso III, do 1º, do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009) 6.2.2 Erro No Autoenquadramento Verificado erro no autoenquadramento, a RFB adotará as medidas necessárias à sua correção e, se for o caso, constituirá o crédito tributário decorrente. (Inciso IV, do 1º, do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009) 6.3 - Atividades Em Condições Especiais TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 933

Exercendo o segurado atividade em condições especiais que possam ensejar aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de trabalho sob exposição a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde e integridade física, é devida pela empresa ou equiparado a contribuição adicional destinada ao financiamento das aposentadorias especiais, conforme disposto no 6º do art. 57 da Lei nº 8.213, de 1991, e nos 1º e 2º do art. 1º e no art. 6º da Lei nº 10.666, de 2003, observado o disposto no 2º do art. 293, sendo os percentuais aplicados: ( 2º, do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009) I - sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao segurado empregado e trabalhador avulso, conforme o tempo exigido para a aposentadoria especial seja de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, respectivamente: a) 4% (quatro por cento), 3% (três por cento) e 2% (dois por cento), para fatos geradores ocorridos no período de 1º de abril de 1999 a 31 de agosto de 1999; b) 8% (oito por cento), 6% (seis por cento) e 4% (quatro por cento), para fatos geradores ocorridos no período de 1º de setembro de 1999 a 29 de fevereiro de 2000; c) 12% (doze por cento), 9% (nove por cento) e 6% (seis por cento), para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2000. II - sobre a remuneração paga ou creditada ao contribuinte individual filiado à cooperativa de produção, 12% (doze por cento), 9% (nove por cento) e 6% (seis por cento), para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2003, conforme o tempo exigido para a aposentadoria especial seja de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, respectivamente; III - sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços, emitida por cooperativa de trabalho em relação aos serviços prestados por cooperados a ela filiados, 9% (nove por cento), 7% (sete por cento) e 5% (cinco por cento), para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2003, observado o disposto no art. 222, conforme o tempo exigido para a aposentadoria especial seja de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, respectivamente. Segue abaixo os 3º e 4º do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009: A empresa contratante de serviços mediante cessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho temporário, quando submeter os trabalhadores cedidos a condições especiais de trabalho, conforme disposto no art. 292, deverá efetuar a retenção prevista no art. 112, acrescida, quando for o caso, dos percentuais previstos no art. 145, relativamente ao valor dos serviços prestados pelos segurados empregados cuja atividade permita a concessão de aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, respectivamente. A contribuição adicional de que trata o 2º (ver acima) também é devida em relação ao trabalhador aposentado de qualquer regime que retornar à atividade abrangida pelo RGPS e que enseje a aposentadoria especial. 6.4 - Bancos Comerciais, Bancos De Investimentos, Bancos De Desenvolvimento, Caixas Econômicas, Sociedades De Crédito, De Financiamento Ou De Investimento, Entre Outros Tratando-se de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, de financiamento ou de investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos ou de valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, empresas de seguros privados ou de capitalização, agentes autônomos de seguros privados ou de crédito e entidades de previdência privada abertas ou fechadas, além das contribuições previstas nos incisos I a IV do caput, é devida a contribuição adicional de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) incidente sobre a base de cálculo definida nos incisos I e II do caput do art. 57 ( 5º, do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009, Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1453, de 24 de fevereiro de 2014). 6.5 - Contribuições Da Pessoa Jurídica Que Tenha Como Fim A Atividade De Produção Rural, As contribuições da pessoa jurídica que tenha como fim a atividade de produção rural, incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de agosto de 1994, bem como as da agroindústria, incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de novembro de 2001, conforme definido nos arts. 171 e 173, em substituição às previstas nos incisos I e II do caput são as relacionadas no Anexo III ( 6º, do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009). TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 934

Observação: Informações completas verificar o Boletim INFORMARE nº 28/2015 PRODUÇÃO RURAL CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA IN RFB Nº 971/2009, em assuntos previdenciários. 6.6 - Associação Desportiva A associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional tem as contribuições previstas nos incisos I e II do caput substituídas pelas contribuições incidentes sobre a receita, conforme disposto no art. 249. ( 7º, do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009). Observação: Informações completas verificar o Boletim INFORMARE nº 34/2015 ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS Considerações previdenciárias, em assuntos previdenciários. 6.7 - Cooperativas Segue abaixo os 8º a 13 do artigo 72 da IN RFB nº 971/2009: 8º A contribuição das cooperativas de trabalho, no período de 1º de maio de 1996 a 29 de fevereiro de 2000, é de 15% (quinze por cento) do total das importâncias pagas, distribuídas ou creditadas a seus cooperados, a título de remuneração ou retribuição pelos serviços que prestam a pessoas jurídicas por intermédio delas. 9º Na hipótese de um órgão da Administração Pública Direta com inscrição própria no CNPJ ter a ele vinculados órgãos sem inscrição no CNPJ, aplicar-se-á o disposto na alínea "c" do inciso I do 1º. 10. A informação de que trata o 13 do art. 202 do RPS será prestada em conformidade com o disposto no Manual da GFIP. 11. As sociedades cooperativas de crédito estavam obrigadas a recolher a contribuição adicional estabelecida no 5º até 24 de setembro de 2007. 12. A partir de 1º de janeiro de 2008, as sociedades cooperativas de crédito devem contribuir para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) com alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) incidente apenas sobre o montante da remuneração paga, devida ou creditada a seus empregados, na forma do inciso I do art. 10 da Medida Provisória nº 2.168-40, de 24 de agosto de 2001, a que se refere o art. 10 da Lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007. 13. As contribuições devidas pela agroindústria, incidentes sobre a receita bruta da comercialização da produção, não substituem as devidas a terceiros, incidentes sobre a folha de salários, salvo a destinada ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). 6.8 - Optantes Pelo SIMPLES NACIONAL As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL estão sujeitas ao recolhimento unificado de diversos tributos, tanto de competência federal, estadual como municipal, através do documento único de arrecadação do DAS (Documento de Arrecadação do SIMPLES), exceto enquadramentos de algumas atividades. O recolhimento através do DAS dos impostos e contribuições, como no caso da Contribuição Patronal Previdenciária-CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que aborda o artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 (Artigo 13, inciso VI, da Lei Complementar nº 126/2006 e com nova redação dada pela Lei Complementar nº 128, de 2008). Observação: Matéria sobre Simples Nacional, verificar no Boletim INFORMARE nº 02/2015, SIMPLES NACIONAL Aspectos Trabalhista e Previdenciário, em assuntos trabalhistas. 6.8.1 - Empresas Enquadradas Nos Anexos I, II, III, V e VI As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL que exercerem atividades enquadradas nos Anexos I, II, III, V e VI, estão dispensadas do recolhimento previdenciário, referente à cota patronal de: 20% (vinte por cento), do RAT (1% - um por cento, 2% - dois por cento ou 3% - três por cento), o FAP até o momento é neutro sendo de 1% (um por cento) de Terceiros/Outras Entidades (alíquota variável) e também a contribuição de 15% (quinze por cento) incidente sobre o valor bruto da Nota Fiscal emitida por cooperativa, referente aos trabalhadores que prestam serviços através de cooperativa de trabalho a ME ou EPP. As empresas do SIMPLES, enquadradas nos Anexos I, II, III, V e VI a partir de janeiro de 2009, estão desobrigadas à retenção de 11% (onze por cento) em suas prestações de serviço, mediante a emissão de Nota TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 935

Fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviço (Instrução Normativa RFB n 938/2009, revogada pela Instrução Normativa n 971/2009, artigo 191). A empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL ficará responsável somente pelo desconto e repasse das contribuições previdenciárias dos trabalhadores que lhe prestarem serviços, ou seja, a parte dos segurados (empregados, contribuintes individuais e também referente aos sócios e empresários que fazem as retiradas de prolabore). 6.8.2 - Empresas Enquadradas No Anexo IV As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL, que exercerem atividades enquadradas no Anexo IV, deverão efetuar o recolhimento Previdenciário Patronal de 20% (vinte por cento), do RAT (1% - um por cento, 2% - dois por cento e 3% - três por cento), do FAP até o momento é neutro, sendo de 1% (um por cento) em Guia da Previdência Social (GPS), de acordo com as normas do artigo 22 da Lei nº 8.212/1991. As empresas optantes pelo SIMPLES estão dispensadas do recolhimento da contribuição destinada a outras entidades (terceiros), de acordo com a determinação da Lei Complementar nº 123/2006, artigo 13, 3º. Somente as empresas enquadradas no Anexo IV estão sujeitas à retenção dos 11% (onze por cento) em suas prestações de serviço, conforme Instrução Normativa citada no parágrafo anterior. A EPP ou ME optante pelo SIMPLES NACIONAL enquadrada no Anexo IV também terá a seu cargo os 15% (quinze por cento) sobre o valor total da Nota Fiscal ou fatura apresentada pela cooperativa de trabalho, verificando as possíveis deduções quando se tratar de cooperativa médica, cooperativa de transporte e cooperativa odontológica. Observação: Ressaltamos que para a retenção dos 11% (onze por cento) deverá ser verificado na Instrução Normativa RFB nº 971/2009 (Artigos 112 a 150), sobre prestações de serviços que são sujeitas a aplicação dessa retenção e também as situações em que não se aplica. 6.8.3 - Empresas Enquadradas No Anexo V As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL que obtiverem receitas, sujeitas ao Anexo V da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, devem calcular (mensalmente) a relação entre a folha de salários incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (r). O Anexo V contempla alíquotas variando entre 8% (oito por cento) e 22,9% (vinte e dois, vírgula nove por cento), conforme a apuração do fator R (Anexo V da Lei Complementar nº 128/2008) e tem um tratamento diferenciado em relação aos outros Anexos, especialmente em decorrência da necessidade de apuração desse fator. Nas receitas sujeitas à aplicação de alíquotas do Anexo V, o fator R, para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, deverá ser apurada a relação entre a folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração e a receita bruta total acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração (r), conforme demonstrado abaixo, lembrando cálculo do fator R feito mensalmente (Resolução CGSN nº 51/2008, artigo 8º). Para achar o fator R utiliza-se a seguinte fórmula: r = Folha de salários, incluídos encargos, nos 12 meses anteriores ao período de apuração Receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração Observação: Matéria completa sobre o Anexo V, verificar no Boletim INFORMARE nº 31/2014. FATOR R - CÁLCULO DO ANEXO V DO SIMPLES NACIONAL, em assuntos previdenciários. 6.8.4 - Empresas Enquadradas No Anexo VI ANEXO VI DA LEI COMPLEMENTAR No 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014), com vigência a partir de 1º de janeiro de 2015. Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no 5o-I do art. 18 desta Lei Complementar. 1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo: TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 936

(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses) Receita Bruta (em 12 meses) 2) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP arrecadadas na forma deste Anexo será realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B do Anexo V desta Lei Complementar. Importante: 3) Independentemente do resultado da relação (r), as alíquotas do Simples Nacional corresponderão ao da TABELA VI. Observação: Matéria completa sobre o Anexo VI, verificar no Boletim INFORMARE nº 11/2015 ANEXO VI SIMPLES NACIONAL FATOR (R), em assuntos previdenciários. 6.8.5 - Atividades Concomitantes Atividade concomitante é aquela realizada por trabalhador cuja mão-de-obra é empregada de forma simultânea em atividade enquadrada no Anexo IV em conjunto com outra atividade enquadrada em um dos Anexos de I, II, III, V e VI (Instrução Normativa RFB nº 971/2009, artigo 193, inciso II). As empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL que exercerem atividades concomitantes terão recolhimento previdenciário patronal proporcional à parcela da receita bruta recebida nas atividades enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006, em relação à receita bruta total recebida pela empresa. Conforme a Instrução Normativa RFB nº 971/2009, no artigo 195, a empresa deverá elaborar folha de pagamento separadamente, conforme procedimentos a seguir: a) uma para os trabalhadores destinados somente às atividades dos Anexos I, II, III, V e VI; b) uma para os trabalhadores destinados somente às atividades do Anexo IV; e c) uma para os trabalhadores que são destinados para as duas atividades, ou seja, concomitantemente a ambas as atividades. Exemplo: No caso do administrador da empresa, os empregados administrativos que trabalham para todas as atividades da empresa, os trabalhadores do faturamento, da recepção, da contabilidade, do recursos humanos, entre outras atividades. 6.8.5.1- CPP Das Atividades Concomitantes Sobre a Folha de Pagamento do Anexo I, não será devida contribuição patronal previdenciária (CPP), pois é paga através do DAS. Já sobre a Folha de Pagamento do Anexo IV, deverá haver a contribuição patronal previdenciária (CPP = 20% + RAT), exceto as contribuições às Outras Entidades/Terceiros. A tributação sobre a Folha de Pagamento das Atividades Concomitantes deve ser feita proporcionalmente à receita recebida nas atividades dos Anexos I, II, III, V e VI e às atividades do Anexo IV. Ressaltamos que nenhuma atividade tributada pelo SIMPLES NACIONAL está sujeita ao FAP, então no campo destinado a esta informação na GFIP, deve-se colocar o FAP Neutro, que é igual a 1% (um por cento). Observação: Matéria sobre Simples Nacional, verificar no Boletim INFORMARE nº 02/2015, SIMPLES NACIONAL Aspectos Trabalhista e Previdenciário, em assuntos trabalhistas. 6.9 MEI - Microempreendedores Individuais A Lei Complementar nº 123/2006, artigos 18-A, 18-B e 18-C, já com suas alterações, trouxe garantias de vários benefícios para os Microempreendedores Individuais (MEI). O empregador irá pagar sobre a folha de pagamento do seu empregado 3% (três por cento), ou seja, o CPP do empregador MEI, e descontar do empregado 8% (oito por cento) do seu salário, na guia da GPS, através do SEFIP (Ato Declaratório Executivo CODAC nº 49, de 08 de julho de 2009). TRABALHO E PREVIDÊNCIA - SETEMBRO 37/2015 937