Sistema Digestório - Intestinos e Glândulas Anexas

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Transcrição:

Sistema Digestório - Intestinos e Glândulas Anexas Profa Juliana Normando Pinheiro Morfofuncional III juliana.pinheiro@kroton.com.br O intestino se estende desde o orifício piloro do estômago até o ânus e está dividido em intestino delgado e intestino grosso. O intestino delgado se divide em duodeno, jejuno e íleo e o intestino grosso em ceco, cólons e reto. A função do intestino é de desdobrar o alimento ingerido por ação química e enzimática e absorver nutrientes para o corpo. Essas enzimas são produzidas pelo pâncreas e fígado além das glândulas presentes na parede do intestino. A ação peristáltica (movimento involuntário dos intestinos) da parede muscular intestinal mistura o alimento com as secreções das glândulas intestinais, empurrando este distalmente e eliminando, através das fezes, resíduos indesejáveis. Em geral a digestão e absorção dos nutrientes ocorrem no intestino delgado, sendo os resíduos coletados, engrossados e estocados no intestino grosso antes de sua eliminação. Mas no equino a digestão e absorção dos nutrientes ocorrem no intestino grosso, no ceco. INTESTINO DELGADO Função: digestão e absorção Digestão: carboidratos (sulco pancreático) proteínas (sulco pancreático) e gorduras(bile) Absorção direta: eletrólitos e vitaminas Delimitação: Piloro até a prega ileocecal Grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. Sustentado pelo mesentério - é um prega do peritônio em forma de leque que dá suporte ao jejuno e íleo Motilidade por movimentos peristásticos Ação nervo vago (parassimpática)- estímulo para motilidade, secreções e fluxo sanguíneo do ID Divisão Duodeno Porção Fixa Recebe os ductos colédoco (fígado) e pancreático (pâncreas) Jejuno Maior parte do intestino delgado Absorção de nutrientes Íleo Prega ileocecal Absorção

INTESTINO GROSSO Função Absorção de água e eletrólitos (sódio, cloreto, potássio, etc) Formação do Bolo fecal Ceco e cólon: Fermentação microbiana (equinos) Divisão Ceco Cólons Reto Ascendente Transverso Descendente Suprimento sanguíneo dos intestinos O suprimento sanguíneo é realizado pelas artérias mesentéricas cranial e caudal. A parte inicial do duodeno é suprida pelo ramo hepático da artéria celíaca. A artéria mesentérica cranial irriga maior parte do intestino delgado, a junção íleocecocolica e a parte medial do cólon. A mesentérica caudal irriga a região final dos intestinos (cólon descendente) Anastomoses asseguram o suprimento sanguíneo para o intestino garantindo sua sobrevivência mesmo diante da obstrução de um vaso nutridor. PARTICULARIDADES DAS ESPÉCIES Carnívoros Intestinos relativamente curtos, ocupando os antímeros D e E Jejuno: maior segmento do ID e bastante móvel No íleo encontra-se a maior parte de linfonodos agregados do intestino delgado; O ceco é curto e torcido, une-se ao íleo por uma curta prega (ileocecal); No gato é ainda menor e em forma de vírgula. Pode ser localizado à palpação (quarta vértebra lombar); Intestino grosso apresenta pouca mobilidade; O cólon descendente é considerado o segmento mais comprido do IG. É o único segmento do ID do cão que pode ser facilmente palpado;

Antímero E e D Suínos O intestino delgado + no antímero D e grosso no antímero E O íleo, próximo ao flanco esquerdo ascende para se unir ao ceco, ao qual é ligado pela prega ileocecal; A extremidade do íleo cria uma papila distinta no interior do ceco, provida de um esfíncter (refluxo de ingesta); Cólon ascendente em formato helicoidal O cólon transverso e o cólon descendente não mostraram particularidades diferenciadas;

Antímero E e D

Ruminantes ID e IG ocupam o antímero direito O duodeno origina-se abaixo das primeiras costelas; O jejuno forma muitas espirais curtas na margem livre do mesentério; O íleo é curto e sua extensão é definida pela prega ileocecal; O ceco é a porção mais larga do intestino; A rotação do ceco junto com a alça proximal do cólon ascendente é frequente (correção cirúrgica); O cólon ascendente curva-se de forma bem elaborada em espiral. Nos bovinos apresenta de uma e meia a duas voltas e em pequenos ruminantes, existem três ou quatro voltas. O cólon descente forma uma flexura sigmóide antes de continuar com o reto;

Equinos O ceco é acentuadamente grande e ocupa quase todo o antímero D; Capacidade superior a 30 litros e pode medir 1m; Faz a fermentação microbiana. Se une ao cólon descendente pela prega cecocólica O cólon ascendente está disposto em quatro segmentos paralelos, separados por três flexuras, cada uma delas com denominação individual (cólon ventral direito, flexura esternal, cólon ventral esquerdo, flexura pélvica, cólon dorsal esquerdo, flexura diafragmática, cólon dorsal direito); O cólon transverso é muito curto e afunila-se rapidamente a um calibre muito menor do cólon descendente; Cólon descendente é longo e enovelado em alças;

Aplicação Clínica Cólica Equina Qualquer condição dolorosa associada ao abdomen do equino. Causas: úlceras, dieta inadequada, infecção, obstrução por parasitas ou corpos estranhos; impactação de alimento ou de material estranho (areia); torção intestinal e alterações na motilidade intestinal Flexuras e a passagem para o cólon menor (descendente) são áreas com maior risco de obstrução pela diminuição do diâmetro da alça. Espasmódica: dor não contínua porém intensa; animal deita-se e levanta-se, rola no solo, cabeçadas e patadas, transpira abundantemente. Flatulenta: distenção do TGI por gases; dor contínua porém pouco intensa. Abdômen distendido e o animal muda constantemente de posição. Intussuscepção É a invaginação de um segmento intestinal (intussuscepto) no interior de um lúmen de um segmento adjacente ocorre normalmente em animais jovens, tendo como fator predisponente a hipermotilidade secundária a enterites virais, bacterianas ou parasitárias; neoplasias ou corpos estranhos. as intussuscepções ileocólicas são as mais comuns A obstrução do lúmen com intussuscepção pode ser completa ou incompleta Os principais sinais são vômitos, anorexia e depressão e pode-se incluir distensão abdominal, diarreia, dor e choque As obstruções intestinais devem ser tratadas cirurgicamente. O local da intussuscepção pode ser suturado à parede abdominal para se evitar recidivas.

GLÂNDULAS ANEXAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO Glândulas Salivares Glândula Parótida Glândula Mandibular Glândula Sublingual Glândula Zigomática (carnívoros) Funções da Saliva Umidifica, amacia, e forma o bolo alimentar Resfriamento por evaporação nos cães Digestão pelas enzimas: Amilase (onívoros- porcos) e Lipase (bezerros) Substância tampão em bovinos: bicarbonato de sódio e fosfato para neutralização dos ácidos formados no estômago. Os bovinos produzem de 75 a 190 litros de saliva por dia Localização: Parótida: caudal ao ramo da mandíbula Mandibular: caudal ao ramo da mandíbula (abaixo da parótida) Sublingual: abaixo da língua (Sublingual) Zigomática: abaixo da órbita Formatos + arredondado (carnívoros) para as glândulas parótidas e mandibulares e + alongadas nos herbívoros. Drenagem Ducto parotídeo (parótida), ducto mandibular (gl. Mandibular), ductos monostomáticos e polistomáticos (sublingual) Desembocadura Parótida e Zigomática: Pré-molares e molares superiores Mandibular: carúncula sublingual Sublingual: carúncula sublingual

Fígado Maior glândula do corpo Localização Região cranial do abdômen Interposto entre o diafragma e o estômago + voltado para o Antímero direito Coloração vermelho-acastanhada Funções: Função Exócrina: produção de Bile Função Endócrina: Armazenamento de glicose sob a forma de glicogênio; Armazenamento de ferro e vitaminas;

Metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios; Ação desintoxicante; biotransformação de drogas, hormônios e substâncias tóxicas Destruição de hemácias velhas ou anormais; No feto, desempenha funções hematopoiéticas; Síntese de diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; 2 faces: diafragmática e visceral Face visceral: visualização da vesícula biliar e espaço porta hepático (hilo) Lobulação: Lobo Hepático Direito (lateral e medial) Lobo Hepático Esquerdo (lateral e medial) Lobo Quadrado Lobo Caudado (processo papilar e caudado)

Cão Face V

Sistema de ductos do fígado Ductos Hepáticos : coletam a bile produzida pelo fígado e levam até o ducto cístico Ducto Cístico : leva a bile para a vesícula biliar e para o ducto colédoco Ducto Colédoco: leva a bile para o duodeno Vesícula Biliar Localização: entre o lobo quadrado e lobo D (Face visceral) Função: armazenamento e concentração da bile Forma: pêra Ausente nos equinos Suprimento sanguíneo e inervação do fígado Suprimento: artéria hepática (um ramo da artéria celíaca) e da veia porta Drenagem: veias hepáticas que desembocam na veia cava caudal A veia porta hepática é formada pela união de tributárias que drenam o estômago, intestino, pâncreas e o baço. A circulação através do fígado possui inúmeras anastomoses A inervação do fígado fica a cargo de nervos simpáticos e parassimpáticos Pâncreas 2ª maior glândula do corpo Localização: intimamente ligado ao estômago e duodeno Função: Exócrina: sulco pancreático (papilas duodenais maior e menor) Decompõe proteínas, carboidratos e gorduras Endócrina: hormônios insulina e glucagon Controlam os níveis de açúcar na circulação Insulina: hipoglicemia leva açúcar da corrente sanguínea p/ tecidos Glucagon: hiperglicemia açúcar armazenado no fígado p/ corrente sanguínea Na porção exócrina do pâncreas temos a presença de papilas que desembocarão no duodeno com suas respectivas secreções. Segue abaixo a lista e sua respectiva espécie.

Suprimento sanguíneo Artérias pancreaticoduodenais cranial (artéria celíaca) e caudal (mesentérica Cranial) As veias pancreáticas drenam para a veia porta. A glândula é suprida por nervos simpáticos e parassimpáticos Aplicação Clínica Diabetes mellitus Acomete frequentemente cães + velhos e fêmeas Altas concentrações de açúcar no sangue quando a produção de insulina pelo pâncreas torna-se insuficiente. Sinais: perda de peso, poliúria (urinar em excesso), polifagia (comer demasiadamente) e polidipsia (excessiva sensação de sede). Complicações: cataratas, cetoacidose diabética, desordens do sistema nervoso e doença renal Tratamento: Insulinoterapia e alimentação específica.

QUESTÕES DE REVISÃO 1. Como dividimos o intestino delgado e grosso? 2. Qual a delimitação (início e fim) do intestino delgado e grosso? 3. Quais são as funções do intestino delgado e grosso? 4. O que é o mesentério? Onde ele se localiza? 5. Quais são as artérias e veias que fazem o suprimento e a drenagem sanguínea dos intestinos? 6. Quais são as particularidades do intestino de cada espécie doméstica (cão, suíno, bovino, equino)? 7. Identifique através dos desenhos esquemáticos fornecidos neste roteiro cada região do intestino delgado e grosso das espécies citadas. 8. O que é a cólica equina? Quais as causas prováveis e os tipos existentes? Quais as regiões do intestino mais predisponentes a causar impactação? 9. Quais são as glândulas anexas do sistema digestório e quais as suas funções? Quais as secreções (produtos, hormônios, etc) que cada uma dessas glândulas produz? 10. Quais são as principais glândulas salivares e onde estas se localizam? Quem as drena? Qual o local de desembocadura da saliva? 11. Qual a localização e função do fígado? 12. Diferencie o fígado das espécies domésticas pela sua lobulação. 13. Quais são os ductos presentes no fígado? Qual a função de cada um deles? 14. Onde está localizado a vesícula biliar? Qual sua função? Qual a espécie onde esta estrutura é ausente? 15. Quais são as artérias e veias que fazem o suprimento e a drenagem sanguínea do fígado? 16. Qual a localização e função do pâncreas 17. Quais são as artérias e veias que fazem o suprimento e a drenagem sanguínea do pâncreas? 18. O que é a diabete mellitus? Como ela acontece? Quais os principais sinais clínicos desta doença? Quais as complicações e o tratamento utilizado?