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Transcrição:

LISTA DE RECUPERAÇÃO PEDRO IVO - HISTÓRIA Questão 01) Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os Gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela. (Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.) O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade: a) a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes. b) a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas. c) a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos. d) a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação. e) a igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras. Questão 02) O trabalho escravo foi fundamental para a sustentação econômica e política tanto da Polis Grega como do Império Romano. Sobre esse assunto, é correto afirmar: a) Os escravos eram considerados fundamentais na sociedade grega e romana, participando ativamente da vida política e obtendo representação, respectivamente, na Bulé e no Senado. b) Apenas cidadãos podiam obter escravos; assim, os escravos que adquiriam seus próprios escravos ganhavam a cidadania. c) O tráfico de escravos africanos era a principal fonte de abastecimento de mão de obra, tanto na Grécia como em Roma. d) As guerras de expansão foram determinantes para o fim desses sistemas escravistas. e) Os escravos eram, na base do sistema escravista, prisioneiros de guerra e populações escravizadas, havendo também a escravidão por dívidas. Questão 03) Apesar de surgir em torno do século VIII a.c., as Pólis gregas atingiram seu apogeu nos séculos VI e V a.c. Havia muitas delas: Corinto, Tebas, Argos, Mileto, Mégara, etc. Contudo, foram Atenas e Esparta que se destacaram pelo seu predomínio. Atente ao que se diz a respeito das cidades de Atenas e Esparta do período clássico grego, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Em Esparta prevaleciam os valores ligados ao estatismo (já que os lotes de terras doados às famílias eram propriedades estatais e não privadas) e a militarização que garantia a coesão e a solidariedade entre os cidadãos. ( ) Atenas vivenciou uma variedade de organizações políticas até se tornar uma democracia, foi inicialmente uma monarquia e depois uma aristocracia. ( ) O governo democrático de Atenas era pleno, uma vez que todos os seus habitantes tinham direitos políticos e participavam ativamente das decisões sobre a cidade. ( ) As mulheres espartanas eram mais livres que as atenienses, praticavam ginástica, tinham vida familiar reduzida (o Estado educava as crianças) e administravam os recursos familiares e o comércio, já que os maridos eram soldados. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F, F, F, V. b) F, V, V, F. c) V, V, F, V. d) F, F, V, V. Questão 04) O legislador Sólon, enquanto governou a polis de Atenas, foi reconhecido por criar a eclésia (assembleia popular) e, por isso, foi considerado criador de um regime político específico na Antiguidade Clássica. Sobre esse regime, é CORRETO afirmar: a) Era chamado de democracia, ainda que somente homens livres fossem considerados cidadãos e participassem diretamente das decisões tomadas na polis. b) Era chamado de democracia, pois previa a participação de todos e estava baseado na eleição de representantes para a assembleia popular, que se reunia uma vez por ano na ágora e deliberava sobre os mais variados assuntos. c) Os estrangeiros e as mulheres maiores de 21 anos podiam participar livremente das decisões tomadas nas assembleias da polis, reforçando o conceito de democracia direta. d) Era erroneamente chamado de democracia, pois negava a existência de representantes eleitos pelo povo nas assembleias populares. e) A inexistência de escravos em Atenas levava à participação quase total da população da polis na política, o que reforçava a ideia de democracia plena. Questão 05) Conforme o historiador grego Tucídides, o estratego Péricles (499-429 a.c.) caracterizou o regime democrático do seguinte modo: Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições

de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome, como tudo depende não de poucos mas da maioria, é democracia. Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas divergências privadas; quando se trata de escolher (se é preciso distinguir em qualquer setor), não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos; inversamente, a pobreza não é razão para que alguém, sendo capaz de prestar serviços à cidade, seja impedido de fazê-lo pela obscuridade de sua condição (TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Trad. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001, p.109). Apesar dos traços apresentados, o regime democrático da Atenas clássica não englobava todas as pessoas que ali viviam. Assinale a alternativa que indica corretamente grupos excluídos da democracia na antiga Polis: a) As mulheres e os escravos, porque somente os homens livres podiam participar da Assembleia do Povo. b) Os militares e as crianças, pois como eram sujeitos a ordens superiores, não poderiam respeitar a igualdade democrática. c) A aristocracia e os estrangeiros, porque enquanto os primeiros queriam os direitos somente para eles mesmos, os povos não gregos queriam aproveitar- se do conceito de igualdade para governar também. d) Os magos e sacerdotes, pois estes defendiam que somente os deuses poderiam governar e não aceitavam a corrupção típica do âmbito político. Questão 06) Leia a letra da canção Mulheres de Atenas e analise as afirmações que seguem. Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas... (Chico Buarque & Augusto Boal, Mulheres de Atenas, 1976) Nos anos 70, Chico Buarque e Augusto Boal compuseram a canção acima para a peça Mulheres de Atenas, numa clara crítica à herança patriarcal, ao machismo e aos preconceitos de gênero que propunham papéis

sociais distintos para homens e mulheres na sociedade brasileira na Ditadura Civil-Militar. A letra aborda as práticas sociais da Grécia Antiga, sobre as quais se pode afirmar: I. A participação política era um privilégio dos homens maiores de 18 anos, filhos de pai e mãe atenienses, que tinham direito a fala e a voto nas assembleias em praça pública. II. A mulher só adquiria alguma importância pelo casamento. Fora do ambiente doméstico, quase tudo era proibido para a esposa legítima, como participar da política, da cultura e da vida social. III. A comédia Lisístrata, de Aristófanes, ilustra a força feminina através da personagem principal, que propõe uma greve de sexo às esposas legítimas como forma de forçar os homens a desistirem da guerra entre as cidades-estados, que estava enfraquecendo a Grécia frente à ameaça de invasão dos persas. IV. Na mitologia grega, as divindades femininas do Olimpo apresentavam um modelo de comportamento passivo e servil diante das divindades masculinas. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. Questão 07) Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.c., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a 'chegada dos gregos significou a introdução de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam'. Funari, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado. Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das principais tribos nativas da península balcânica. b) de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regiões com habitantes da parte sul da península balcânica. c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península balcânica sobre territórios controlados por grupos bárbaros.

d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica a conquistadores recém-chegados do norte. Questão 08) Na sua narrativa da Guerra do Peloponeso, Tucídides assim relata as práticas funerais atenienses. Desse cortejo participam livremente cidadãos e estrangeiros; e as mulheres da família estão presentes, ao túmulo, fazendo ouvir sua lamentação. Depositam-se, em seguida, os despojos no monumento público, situado na mais bela avenida da cidade, e onde as vítimas de guerra são sempre sepultadas à exceção dos mortos de Maratona: a estes, considerando-se seu mérito excepcional, concedeu-se sepultura no próprio lugar da batalha. Uma vez que a terra recobre os mortos, um homem escolhido pela pólis, reputado por distinguir-se intelectualmente e gozar de alta estima, pronuncia em sua honra um elogio apropriado; depois disto, todos se retiram. Assim têm lugar esses funerais; e, durante toda a guerra, quando era o caso, aplicava-se o costume. Citado em LORAUX, N. A invenção de Atenas. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994. p. 39. Assinale a alternativa correta a respeito da história da antiguidade grega, a partir do texto apresentado. a) Os ritos funerais na Grécia antiga eram cerimônias religiosas, destinadas apenas a conduzir ao paraíso os heróis mortos. b) Os metecos, participantes das práticas funerais, formavam parte do demos ateniense e possuíam os mesmos direitos políticos que os cidadãos da pólis. c) Todos os soldados atenienses mortos nos confrontos com Esparta, em razão do grande mérito de seus feitos, eram sepultados no próprio lugar da batalha. d) A cena descrita, ocorrida na democracia ateniense, indica o valor dado aos cidadãos mais eloquentes da cidade. e) A realização de um discurso fúnebre por alguém escolhido na massa de cidadãos de Atenas revela o caráter secundário e improvisado da cerimônia. Questão 09) Em Atenas, na Grécia Antiga, os ideais de democracia conviviam com a escravidão. Pedro Paulo Funari, em sua obra Grécia e Roma (2002) destaca que não é exagero dizer que a democracia ateniense dependia da existência da escravidão (p. 38). Nessa perspectiva, considera-se que: a) Os escravos de Atenas, em sua maioria, eram prisioneiros de guerra e seus descendentes.

b) A escravidão em Atenas era limitada, pois se prevalecia a ideia de democracia plena, em que gradativamente o sistema escravista ia desaparecendo c) Os grupos de escravos que viviam em Atenas eram provenientes de Esparta, haja vista que, Atenas e Esparta eram rivais históricos desde o século III. d) A democracia ateniense foi ímpar para pensar o sistema democrático no Brasil, após a proclamação da República, em 1822. e) Os escravos atenienses eram de origem africana, sobretudo, dos países que compõem o Sul da África. Até o século VI, o tráfico de africanos para Atenas era significativo. Questão 10) O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.c., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado. De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da pólis foi a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens. b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos. c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca. d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades culturais. e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros. Questão 11) A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um império, e do risco ligado ao ódio que aí contraístes. (Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.)

O discurso de Péricles, no século V a.c., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e enfatiza a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade democrática. b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma. c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense. d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas. e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades. TEXTO: 1 - Comum à questão: 12 Personagem frequente dos carros alegóricos, d. Pedro surgia, nos anos 1880, ora como Pedro Banana ou como Pedro Caju, numa alusão à sua falta de participação nos últimos anos do Império. Mas é só com a queda da monarquia que se passa a eleger um rei do Carnaval. Com efeito, o rei Momo é uma invenção recente, datada de 1933. No século XIX ele não era rei, mas um deus grego: zombeteiro, pândego e amante da galhofa. Nos anos 30 vira Rei Momo e logo depois cidadão. Novos tempos, novos termos. (SCHWARCZ, Lilian Mortiz. As barbas do Imperador: Dom Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 281) Questão 12) Na Grécia Antiga, o deus que correspondia às características apontadas no texto era Dionísio, em homenagem a quem eram a) sacrificadas as bacantes, virgens que simbolizavam a fertilidade e tinham a função de servir a Dionísio na eternidade para que esse garantisse fartura, prosperidade e alegria aos homens. b) realizadas celebrações chamadas de política do pão e vinho, onde diversão e farta comida eram propiciadas aos camponeses a fim de inibir possíveis revoltas. c) dedicadas anualmente as Olimpíadas, uma vez que se considerava que não havia prazer maior do que a superação, pelo homem, de seus limites terrenos. d) atribuídas vitórias obtidas nas guerras médicas por Atenas ou Esparta, cidades-estado que competiam pelo comércio de vinho e azeite com o Oriente. e) promovidas festividades regadas a vinho, comida e apresentações artísticas, que se difundiram primeiro no meio rural e depois no meio urbano, com grande prestigio popular. GABARITO:

1) Gab: D 2) Gab: E 3) Gab: C 4) Gab: A 5) Gab: A 6) Gab: D 7) Gab: B 8) Gab: D 9) Gab: A 10) Gab: E 11) Gab: E 12) Gab: E