ANO XXV ª SEMANA DE MARÇO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 12/2014

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ANO XXV - 2014-3ª SEMANA DE MARÇO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 12/2014 ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS CAT - CADASTRO DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO CONSIDERAÇÕES... Pág. 346 ASSUNTOS TRABALHISTAS ESCALA DE REVEZAMENTO CONSIDERAÇÕES... Pág. 361 SALÁRIO IN NATURA OU UTILIDADE CONSIDERAÇÕES... Pág. 371

ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS Sumário CAT - CADASTRO DA COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO Considerações 1. Introdução 2. Acidente de Trabalho 2.1 - Classificação 2.2 Equiparam-Se ao Acidente do Trabalho 2.3 - Intervalo Para Refeição ou Descanso 2.4 - Acidente Fora do Percurso Habitual 2.5 Acidente Resultar Em Morte 2.6 - Dia Do Acidente 2.7 - Caracterização - Perícia Médica do INSS 3. CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho 3.1 - Conceito 3.2 - Tipos de CAT 3.3 - Ocorrências a Serem Comunicadas na CAT 3.3.1 - Doença Profissional 3.3.2 - Comunicação de Óbito 3.3.3 - Comunicação de Reabertura 4. Obrigatoriedade da Emissão da CAT 4.1 - Empregado Aposentado 4.2 - Não Houve Afastamento do Empregado 5. Omissão Por Parte da Empresa na Comunicação da CAT 6. Registro da CAT 6.1 - Formulário Próprio da Empresa 6.2 - Responsáveis Pelo Preenchimento e Encaminhamento 6.3 Quantidades de Vias Emitidas 7. Prazo Para Comunicação do CAT a Previdência Social 7.1 Entrega Fora do Prazo 7.2 Multa por Atraso 8. Preenchimento da CAT 8.1 - Cuidados no Preenchimento 8.2 - Último Dia Trabalhado 8.3 - Quadro I (Emitente) 8.4 - Quadro II (Atestado Médico) 8.4.1 - Sem Assinatura Do Médico 8.5 - Quadro III (INSS) 9. Modelo Ou Formulário CAT 10. ORIENTAÇÕES DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO CAT 10.1 - Quadro I - Informações Relativas ao EMITENTE 10.1.1 - Quadro I.2 - Informações Relativas ao ACIDENTADO 10.1.2 - Quadro I.3 - Informações Relativas ao ACIDENTE OU DOENÇA 10.1.3 - Quadro I.4 - Informações Relativas as TESTEMUNHAS 10.2 - Quadro II - ATESTADO MÉDICO 10.3 - Quadro III - INSS 1. INTRODUÇÃO A Constituição Federal/1988, artigo 7º, inciso XXVIII, garante ao empregado seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado quando incorrer em dolo ou culpa. A CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/1967, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/1995 e regulamentada pelo Decreto nº 2.172/1997. Atualmente a Instrução Normativa do INSS/PRES nº 45, de 6 de agosto de 2010 (DOU de 11.08.2010), artigos 355 ao 359, trata sobre o CAT - Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho. A legislação previdenciária determina que o acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho e deve se referir as ocorrências de tal ou tais fatos. Nesta matéria será tratada sobre a CAT com suas considerações, procedimentos e particularidades, conforme dispõe as legislações previdenciárias. 2. ACIDENTE DE TRABALHO TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 346

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício da atividade a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010, artigo 346). Conforme a Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010 em seu artigo 347, considera-se também como acidente do trabalho a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, conforme relação constante no Anexo II do RPS, como também a doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Para concessão do auxílio acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição, ou seja, não tem carência, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando as mesmas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social. Observação: Matéria completa sobre acidente de trabalho, vide Bol. INFORMARE n 37/2013, em assuntos previdenciários. 2.1 - Classificação Os acidentes do trabalho são classificados em 3 (três) tipos: a) acidente típico (tipo 1), que é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa; b) doença profissional ou do trabalho (tipo 2); c) acidente de trajeto (tipo 3), que é aquele que ocorre no percurso do local de residência para o de trabalho ou desse para aquele, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis com o percurso do referido trajeto. Observação: Informações obtidas no site do Ministério da Previdência Social. 2.2 Equiparam-Se ao Acidente do Trabalho Equiparam-se também ao acidente do trabalho (Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010, artigo 348): a) o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; b) o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: b.1) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b.2) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; b.3) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; b.4) ato de pessoa privada do uso da razão; e b.5) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; c) a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; e d) o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: d.1) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; d.2) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; d.3) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 347

d.4) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. Se o acidente do trabalhador avulso ocorrer no trajeto do órgão gestor de mão-de-obra ou sindicato para a residência, é indispensável para caracterização do acidente o registro de comparecimento ao órgão gestor de mão-de-obra ou ao sindicato (artigo 348, 4º, IN INSS/PRES n 45/2010). 2.3 - Intervalo Para Refeição ou Descanso Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho ( 1, artigo 348 da IN INSS/PRES n 45/2010). 2.4 - Acidente Fora do Percurso Habitual Não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo segurado que, por interesse pessoal, tiver interrompido ou alterado o percurso habitual (Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010, artigo 348, 5º). 2.5 Acidente Resultar em Morte Quando do acidente resultar a morte imediata do segurado, deverá ser exigido (artigo 352, IN INSS/PRES n 45/2010): a) o boletim de registro policial da ocorrência ou, se necessário, cópia do inquérito policial; b) o laudo de exame cadavérico ou documento equivalente, se houver; e c) a Certidão de Óbito. 2.6 - Dia do Acidente Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da afastamento compulsório, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro ( 3, artigo 348 da IN INSS/PRES n 45/2010). Se o acidente do trabalhador avulso ocorrer no trajeto do órgão gestor de mão-de-obra ou sindicato para a residência, é indispensável para caracterização do acidente o registro de comparecimento ao órgão gestor de mão-de-obra ou ao sindicato ( 4, artigo 348 da IN INSS/PRES n 45/2010). Quando houver registro policial da ocorrência do acidente, será exigida a apresentação do respectivo boletim ( 6, artigo 348 da IN INSS/PRES n 45/2010). 2.7 - Caracterização - Perícia Médica do INSS A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento (Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010, artigo 349). O Decreto nº 3.048/1999, em seu artigo 337, 5, estabelece que o acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo. E reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo, na forma do 3, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito: a) o acidente e a lesão; b) doença e o trabalho; e c) a causa mortis e o acidente. 3. CAT - COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 348

A CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho está prevista na IN INSS/PRES n 45/2010, nos artigos 355 a 360. 3.1 - Conceito A CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho é um formulário ou documento que a empresa deverá preencher comunicando o acidente do trabalho ocorrido com seu empregado ou mesmo a ocorrência do agravamento de doença ocupacional, mesmo que não tenha sido determinado o afastamento do trabalho, ou seja, havendo ou não afastamento, sendo seu registro fundamental para a geração de análises estatísticas que avaliam o grau de acidentabilidade existente nas empresas e para a adoção das medidas preventivas e repressivas cabíveis. 3.2 - Tipos De CAT Conforme o artigo 355 da Instrução Normativa INSS/PRESS nº 45/2010, o acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT e deve se referir às seguintes ocorrências: a) CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato; b) CAT de reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho; ou c) CAT de comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial. 3.3 - Ocorrências a Serem Comunicadas na CAT Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante formulário Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT, as seguintes ocorrências (Lei nº 8.213/1991, artigos 19, 20, 21 e 23): a) acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho (CAT inicial); b) reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS (CAT reabertura); c) falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial, fazer o CAT comunicação de óbito. 3.3.1 - Doença Profissional No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser emitida após a conclusão do diagnóstico, conforme trata o subitem 2.7 desta matéria. 3.3.2 - Comunicação de Óbito O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão da CAT inicial ou da CAT reabertura, será comunicado ao INSS através da CAT comunicação de óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial (Artigo 357, 6º, da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010). Observação: Anexar à certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia. 3.3.3 - Comunicação de Reabertura De acordo com os 4 e 5, artigo 357 da IN INSS/PRES n 45/2010: Na CAT de reabertura de acidente do trabalho, deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura. Não serão consideradas CAT de reabertura para as situações de simples assistência médica ou de afastamento com menos de 15 (quinze) dias consecutivos. 4. OBRIGATORIEDADE DA EMISSÃO DA CAT O acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT, conforme estabelece o artigo 336 do Decreto nº 3.048/1999; artigo 22 da Lei n 8.213/1991 e do artigo 355 da IN INSS/PRES nº 45/2010. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 349

Art. 336, Decreto n 3.048/1999. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei nº 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e cobrada na forma do art. 286. Art. 22, Lei nº 8.213/1991. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Art. 355, IN INSS/PRES n 45/2010. O acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT. A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata. E a empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa. (informações obtidas no site do Ministério do Trabalho e Emprego). Observações Importantes: Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social. A CAT deve ser emitida mesmo nos casos em que não acarrete incapacidade laborativa para fins de registro e não necessariamente para o afastamento do trabalho. 4.1 - Empregado Aposentado É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente ou doença profissional ou do trabalho ocorrido com o aposentado por tempo de serviço ou idade, que permaneça ou retorne à atividade após a aposentadoria, embora não tenha direito a benefícios pelo INSS em razão do acidente, salvo a reabilitação profissional (Artigo 360 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010). Art. 360. IN INSS/PRES Nº 45/2010. As CAT relativas ao acidente do trabalho ou à doença do trabalho ou à doença profissional ocorridos com o aposentado que permaneceu na atividade como empregado ou a ela retornou, deverão ser registradas e encerradas, observado o disposto no art. 173 do RPS. Parágrafo único. O segurado aposentado deverá ser cientificado do encerramento da CAT e orientado quanto ao direito à Reabilitação Profissional, desde que atendidos os requisitos legais, em face do disposto no 2º do art. 18 da Lei nº 8.213, de 1991. O segurado aposentado deverá ser cientificado do encerramento da CAT e orientado quanto ao direito à Reabilitação Profissional, desde que atendidos os requisitos legais, em face do disposto no 2º do artigo 18 da Lei nº 8.213/1991 (parágrafo único da Instrução citada acima). 4.2 - Não Houve Afastamento do Empregado É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados ao trabalho, ainda que não haja afastamento ou incapacidade. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, determina, no seu artigo 22, que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão. A empresa é obrigada a informar à Previdência Social acidentes de trabalho ocorridos com seus funcionários, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata. A empresa que não informar acidentes de trabalho está sujeita à multa. (Site do Ministério da Previdência Social) Jurisprudência: TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 350

EMPRESA DEVE EMITIR CAT MESMO SEM AFASTAMENTO DO EMPREGADO. Ocorrendo acidente de trabalho, ainda que o empregado não se afaste de suas atividades, cabe à empresa emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), sob pena de multa. A decisão é da 7ª Turma do TRT/MG, com base em voto da Juíza convocada Maristela Íris da Silva Malheiros, ao negar provimento a recurso de empresa que protestava contra a determinação de emissão da CAT, argumentando que o fato ocorrido com o reclamante não causou nenhuma lesão ou perda de capacidade laborativa, sequer ficando caracterizado como acidente. Mas a perícia constatou que o reclamante sofreu choque elétrico em alto forno com necessidade de atendimento médico e observação, sem afastamento do trabalho. O perito concluiu também pela inexistência de nexo causal entre o acidente e a incapacidade auditiva do autor, que já apresentava essa deficiência anteriormente. Ficou, portanto, comprovado que houve, sim, o acidente alegado, sendo obrigatória a emissão da CAT. Embora o reclamante não tenha sido afastado do trabalho e não haja nexo causal com a sua perda auditiva, a emissão da CAT é necessária para fins estatísticos e epidemiológicos, de acordo com a Instrução Normativa no. 98 INSS/DC de 05.12.2003, Seção II, item 3 esclarece a relatora. Processo: (RO) 00632-2006-034-03-00-8. 5. OMISSÃO POR PARTE DA EMPRESA NA COMUNICAÇÃO DA CAT De acordo com a IN INSS/PRES n 45/2010, artigo 359, 1, na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. E no caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio acidentado ou dependente, pelo médico responsável pelo atendimento, pelo sindicato da categoria ou autoridade pública. Decreto nº 3.048/1999, artigo 336, 3º - Na falta de comunicação por parte da empresa, ou quando se tratar de segurado especial podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo. (Redação dada pelo Decreto nº 4.032/2001) E conforme o parágrafo 2 são autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os magistrados em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos Estados, os comandantes de unidades militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar). Importante: Falta da comunicação por parte do empregador não exime a empresa da responsabilidade pela falta de emissão da CAT (Decreto nº 3.048/1999, artigo 336, 4º). Na omissão por parte da empresa na comunicação do acidente, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade (magistrados, membros do Ministério Público ou pelos serviços jurídicos da União, dos estados e do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar), poderá efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdencia Social. (extraído do site do Ministério da Previdência Social) 6. REGISTRO DA CAT Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010, artigo 356 e os 1 ao 3 (conforme abaixo) dispõe sobre o registro da CAT., que poderá ser registrada em uma das APS (Agências da Previdência Social) ou pela Internet, no sítio eletrônico www.previdencia.gov.br. A CAT registrada pela Internet é válida para todos os fins perante o INSS. No ato do cadastramento da CAT por meio da Internet, o emissor deverá transcrever as informações constantes no atestado médico para o respectivo campo da CAT, sendo obrigatória a apresentação do atestado médico original por ocasião do requerimento de benefício e da avaliação médico-pericial. A CAT registrada por meio da Internet deverá ser impressa, constar assinatura e carimbo de identificação do emitente e médico assistente, a qual será apresentada pelo segurado ao médico perito do INSS por ocasião da avaliação médico-pericial. No site da Previdência Social encontra-se o aplicativo: Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) pela internet - download do programa de instalação. E este aplicativo possibilita cadastrar a "Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT" junto ao INSS, para facilitar e agilizar o registro dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Ocupacionais, pelo Empregador, havendo ou não afastamento do trabalho por parte do acidentado. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 351

A aplicação permite também imprimir o formulário da CAT em branco para preenchimento das informações do Empregador, do Acidentado, do Acidente e do Atestado Médico. O documento só será cadastrado com todas as informações preenchidas. Observação: informações obtidas no site do Ministério da Previdência Social. 6.1 - Formulário Próprio da Empresa A Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010, em seu artigo 357, 2º, estabelece que o formulário da CAT poderá ser substituído por impresso da própria empresa, desde que contenha todos os campos do modelo oficial do INSS. 6.2 - Responsáveis Pelo Preenchimento e Encaminhamento São responsáveis pelo preenchimento e encaminhamento da CAT (Artigo 358 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010): a) no caso de segurado empregado, a empresa empregadora; b) para o segurado especial, o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical da categoria, o médico assistente ou qualquer autoridade pública; c) no caso do trabalhador avulso, a empresa tomadora de serviço e, na falta dela, o sindicato da categoria ou o órgão gestor de mão-de-obra; e d) no caso de segurado desempregado, nas situações em que a doença profissional ou do trabalho manifestou-se ou foi diagnosticada após a demissão, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. Consideram-se autoridades públicas reconhecidas para tal finalidade os magistrados em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos estados, os comandantes de unidades militares do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e das Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), prefeitos, delegados de polícia, diretores de hospitais e de asilos oficiais e servidores da administração direta e indireta federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, quando investidos de função. No caso do segurado empregado e trabalhador avulso exercerem atividades concomitantes e vierem a sofrer acidente de trajeto entre uma e outra empresa na qual trabalhe, será obrigatória a emissão da CAT pelas duas empresas. ( 1º, artigo 358, IN INSS/PRES n 45/2010) É considerado como agravamento do acidente aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade da Reabilitação Profissional, neste caso, caberá ao técnico da Reabilitação Profissional comunicar à perícia médica o ocorrido. ( 1º, artigo 358, IN INSS/PRES n 45/2010) 6.3 Quantidades de Vias Emitidas A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em 4 (quatro) vias, com a seguinte destinação (Artigo 357 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010): a) 1ª via, ao INSS; b) 2ª via, ao segurado ou dependente; c) 3ª via, ao sindicato dos trabalhadores; e d) 4ª via, à empresa. Compete ao emitente da CAT a responsabilidade pelo envio das vias dessa Comunicação às pessoas e às entidades indicadas nas alíneas acima. Da comunicação do acidente através da CAT receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria (Decreto nº 3.048/1999, artigo 336, 1º). 7. PRAZO PARA COMUNICAÇÃO DO CAT A PREVIDÊNCIA SOCIAL TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 352

A empresa deverá comunicar o acidente ocorrido com o segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa (Artigo 359 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010 e artigo 22 da Lei nº 8.213/1991). Lei n 8.213, Art. 22 - A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. 7.1 Entrega Fora do Prazo De acordo com os 3 e 4, artigo 359 da IN INSS/PRES n 45/2010, a CAT entregue fora do prazo estabelecido e anteriormente ao início de qualquer procedimento administrativo ou de medida de fiscalização, exclui a multa prevista. Já a CAT formalizada nos termos do 1º deste artigo, não exclui a multa prevista. 1º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública. 7.2 Multa por Atraso Conforme o Decreto n 3.048/1999, artigo 286 e a Lei nº 8.213/91, artigo 22 determina que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão. Decreto n 3.048, Art. 286. A infração ao disposto no art. 336 sujeita o responsável à multa variável entre os limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição, por acidente que tenha deixado de comunicar nesse prazo. 1º Em caso de morte, a comunicação a que se refere este artigo deverá ser efetuada de imediato à autoridade competente. 2º A multa será elevada em duas vezes o seu valor a cada reincidência. 3º A multa será aplicada no seu grau mínimo na ocorrência da primeira comunicação feita fora do prazo estabelecido neste artigo, ou não comunicada, observado o disposto nos arts. 290 a 292". O Decreto nº 3.048/1999, artigo 336, 2º, estabelece que na falta do cumprimento do comunicado da CAT, caberá ao setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e cobrança da multa devida. 8. PREENCHIMENTO DA CAT No site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) encontra-se o aplicativo: Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) pela internet - download do programa de instalação. E este aplicativo possibilita cadastrar a "Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT" junto ao INSS, para facilitar e agilizar o registro dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Ocupacionais, pelo Empregador, havendo ou não afastamento do trabalho por parte do acidentado. A aplicação permite também imprimir o formulário da CAT em branco para preenchimento das informações do Empregador, do Acidentado, do Acidente e do Atestado Médico. O documento só será cadastrado com todas as informações preenchidas. Observação: informações obtidas no site do Ministério da Previdência Social. 8.1 - Cuidados no Preenchimento Em face dos aspectos legais envolvidos, recomenda-se que sejam tomadas algumas precauções para o preenchimento da CAT, dentre elas: a) não assinar a CAT em branco; TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 353

b) ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram devida e corretamente preenchidos; c) o atestado médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico; d) o preenchimento deverá ser feito à máquina ou em letra de forma, de preferência com caneta esferográfica; e) não conter emendas ou rasuras; f) evitar deixar campos em branco; g) apresentar a CAT, impressa em papel, em 2 (duas) vias, ao INSS, que reterá a primeira via, observada a destinação das demais vias; h) o formulário Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT poderá ser substituído por impresso da própria empresa, desde que esta possua sistema de informação de pessoal mediante processamento eletrônico, cabendo observar que o formulário substituído deverá ser emitido por computador e conter todas as informações exigidas pelo INSS. 8.2 - Último dia Trabalhado Deverá ser informada a data do último dia em que efetivamente houve trabalho do acidentado, ainda que a jornada não tenha sido completa. Lei nº 8.213/1991, artigo 23 - Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. 8.3 - Quadro I (Emitente) Referente ao quadro I (Emitente) são informações relativas ao empregador ou o responsável pelo preenchimento. Informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela emissão da CAT, sendo (Campo 1 - Emitente): a) empregador; b) sindicato; c) médico assistente; d) segurado ou seus dependentes; e) autoridade pública. 8.4 - Quadro II (Atestado Médico) Referente ao quadro II, o local que trata do atestado médico deverá ser preenchido por profissional médico. Observação: No caso de acidente com morte, o preenchimento é dispensável, devendo ser apresentada a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia. Deverá informar o local e a data do atendimento médico. E a assinatura e carimbo do médico com CRM - apor assinatura, carimbo e CRM do médico responsável. 8.4.1 - Sem Assinatura do Médico No caso do campo atestado médico que não esteja preenchido e assinado pelo médico assistente, deverá ser apresentado atestado médico original, porém nele deverá constar a devida descrição do atendimento realizado ao trabalhador acidentado, inclusive o diagnóstico com o CID (Classificação Internacional de Doenças), e o período provável para o tratamento, contendo assinatura, o número do Conselho Regional de Medicina, data e carimbo do profissional médico, seja particular, de convênio ou do SUS ( 3º do artigo 357 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 45/2010). 8.5 - Quadro III (INSS) TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 354

Referente ao quadro III, os campos são de uso exclusivo do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. 9. MODELO OU FORMULÁRIO CAT No site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) encontra-se o aplicativo: Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) pela internet - download do programa de instalação. E este aplicativo possibilita cadastrar a "Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT" junto ao INSS, para facilitar e agilizar o registro dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Ocupacionais, pelo Empregador, havendo ou não afastamento do trabalho por parte do acidentado. A aplicação permite também imprimir o formulário da CAT em branco para preenchimento das informações do Empregador, do Acidentado, do Acidente e do Atestado Médico. O documento só será cadastrado com todas as informações preenchidas. Segue um modelo abaixo: TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 355

10. ORIENTAÇÕES DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO CAT Orienta-se consultar as Instruções para preenchimento da Comunicação de Acidentes de Trabalho CAT (manual completo), no site do Ministério da Previdência Social. (www.previdencia.gov.br). 10.1 - Quadro I - Informações Relativas ao EMITENTE Campo 1. Emitente - informar no campo demarcado o dígito que especifica o responsável pela emissão da CAT, sendo: 1. empregador; 2. sindicato; 3. médico; 4. segurado ou seus dependentes; 5. autoridade pública. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 356

Campo 2. Tipo de CAT - informar no campo demarcado o dígito que especifica o tipo de CAT, sendo: 1. inicial: refere-se à primeira comunicação do acidente ou doença do trabalho; 2. reabertura: quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento da lesão (acidente ou doença comunicado anteriormente ao INSS); 3. comunicação de óbito: refere-se à comunicação do óbito, em decorrência de acidente do trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial. Deverá ser anexada a cópia da Certidão de Óbito e, quando houver, do laudo de necropsia. Observação: Os acidentes com morte imediata deverão ser comunicados por CAT inicial. Campo 3. Razão Social/Nome - informar a denominação da empresa empregadora. Observação: Informar o nome do acidentado, quando este for segurado especial. Campo 4. Tipo e número do documento - informar o código que especifica o tipo de documento, sendo: 1. CGC/CNPJ - informar o número ou matrícula no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ da empresa empregadora; 2. CEI - informar o número de inscrição no Cadastro Específico do INSS - CEI, quando o empregador for pessoa jurídica desobrigada de inscrição no CGC/CNPJ; 3. CPF - informar o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF, quando o empregador for pessoa física; 4. NIT - informar o Número de Identificação do Trabalhador no INSS - NIT, quando for segurado especial. Campo 5. CNAE - informar o código relativo à atividade principal do estabelecimento, em conformidade com aquela que determina o Grau de Risco para fins de contribuição para os benefícios concedidos em razão do grau de incidência da incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. O código CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) encontra-se no documento/cartão do CNPJ da empresa Observação: No caso de segurado especial, o campo poderá ficar em branco. Campo 6. Endereço - informar o endereço completo da empresa empregadora. Informar o endereço do acidentado, quando tratar-se de segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código de área e do DDD do município. Campo 7. Município - informar o município de localização da empresa empregadora. Informar o município de residência do acidentado, quando segurado especial. Campo 8. UF - informar a Unidade da Federação de localização da empresa empregadora. Informar a Unidade da Federação de residência do acidentado, quando este for segurado especial. Campo 9. Telefone - informar o telefone da empresa empregadora. Informar o telefone do acidentado, quando segurado especial. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código da área e do DDD do município. 10.1.1 - Quadro I.2 - Informações Relativas Ao ACIDENTADO Campo 10. Nome - informar o nome completo do acidentado, sem abreviaturas. Campo 11. Nome da mãe - informar o nome completo da mãe do acidentado, sem abreviaturas. Campo 12. Data de nascimento - informar a data completa de nascimento do acidentado, utilizando a forma (DD/MM/AAAA). Campo 13. Sexo - informar o sexo do acidentado usando 1 para sexo masculino e 3 para o sexo feminino. Campo 14. Estado civil - Informar o código que especifica o estado civil do acidentado, sendo: TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 357

1.Solteiro; 2. Casado; 3. Viúvo; 4. Separado judicialmente; 5. Outros; 6. Ignorado (quando o estado civil for desconhecido). Campo 15. CTPS - informar o número, a série e a data de emissão da Carteira Profissional - CP ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS. Observação: No caso de segurado empregado, é obrigatória a especificação do número da CP ou da CTPS. Campo 16. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da CP ou da CTPS. Campo 17. Remuneração mensal - informar a remuneração mensal do acidentado em moeda corrente na data do acidente. Campo 18. Carteira de identidade - informar o número do documento, a data de emissão e o órgão expedidor Campo 19. UF - informar a Unidade da Federação de emissão da Carteira de Identidade. Campo 20. PIS/PASEP - informar o número de inscrição no Programa de Integração Social - PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP, conforme o caso. Observação: No caso de segurado especial e de médico residente, o campo poderá ficar em branco Campo 21. Endereço do acidentado - informar o endereço completo do acidentado. Campo 22. Município - informar o município de residência do acidentado. Campo 23. UF - informar a Unidade da Federação de residência do acidentado. Campo 24. Telefone - informar o telefone do acidentado. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido de código de área e do DDD do município. Campo 25. Nome da ocupação - informar o nome da ocupação exercida pelo acidentado à época do acidente ou da doença. Campo 26. CBO - informar o código da ocupação do Campo 25 do Código Brasileiro de Ocupação - CBO. Campo 27. Filiação à Previdência Social - informar o tipo de filiação do segurado, sendo: 1. Empregado; 2. Trabalhador Avulso; 7. Segurado Especial; 8. médico residente (conforme a Lei nº 8.138/90). Campo 28. Aposentado? - informar "sim" exclusivamente quando tratar-se de aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS. Campo 29. Área - informar a natureza da prestação de serviço, se urbana ou rural. 10.1.2 - Quadro I.3 - Informações Relativas Ao ACIDENTE OU DOENÇA Campo 30. Data do acidente - informar a data em que o acidente ocorreu. No caso de doença, informar como data do acidente a da conclusão do diagnóstico ou a do início da incapacidade laborativa, devendo ser consignada aquela que ocorrer primeiro. A data deverá ser completa, utilizando quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998. Campo 31. Hora do acidente - informar a hora da ocorrência do acidente, utilizando quatro dígitos (Exemplo: 10:45). No caso de doença, o campo deverá ficar em branco. Campo 32. Após quantas horas de trabalho? - informar o número de horas decorridas desde o início da jornada de trabalho até o momento do acidente. No caso de doença, o campo deverá ficar em branco. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 358

Campo 33. Tipo informar tipo de acidente- 1 para típico, 2 para doença e 3 para trajeto. Campo 34. Houve afastamento? - informar se houve ou não afastamento do trabalho. Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados ao trabalho, ainda que não haja afastamento ou incapacidade. Campo 35. Último dia trabalhado - informar a data do último dia em que efetivamente houve trabalho do acidentado, ainda que a jornada não tenha sido completa. Exemplo: 23/11/1998. Observação: Só preencher no caso de constar 1 (sim) no Campo 33. Campo 36. Local do acidente - informar o local onde ocorreu o acidente, sendo: 1. em estabelecimento da empregadora; 2. em empresa onde a empregadora presta serviço; 3. em via pública; 4. em área rural; 5. outros. Observação: No caso 2, informar o nome e o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença. Campo 37. Especificação do local do acidente - informar de maneira clara e precisa o local onde ocorreu o acidente (Exemplo: pátio, rampa de acesso, posto de trabalho, nome da rua, etc.). Campo 38. CGC - este campo deverá ser preenchido quando o acidente, ou doença ocupacional, ocorrer em empresa onde a empregadora presta serviço, devendo ser informado o CGC ou CNPJ da empresa onde ocorreu o acidente ou doença (no caso de constar no Campo 35 a opção 2. Campo 39. UF - informar a Unidade da Federação onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional. Campo 40. Município do local do acidente - informar o nome do município onde ocorreu o acidente ou a doença ocupacional. Campo 41. Parte(s) do corpo atingida(s) - para acidente do trabalho: deverá ser informada a parte do corpo diretamente atingida pelo agente causador, seja externa ou internamente; - para doenças profissionais, do trabalho, ou equiparadas informar o órgão ou sistema lesionado. Observação: Deverá ser especificado o lado atingido (direito ou esquerdo), quando se tratar de parte do corpo que seja bilateral. Campo 42. Agente causador - informar o agente diretamente relacionado ao acidente, podendo ser máquina, equipamento ou ferramenta, como uma prensa ou uma injetora de plásticos; ou produtos químicos, agentes físicos ou biológicos como benzeno, sílica, ruído ou salmonela. Pode ainda ser consignada uma situação específica como queda, choque elétrico, atropelamento (Tratando-se de acidente do trabalho, de doenças profissionais ou do trabalho. Campo 43. Descrição da situação geradora do acidente ou doença - descrever a situação ou a atividade de trabalho desenvolvida pelo acidentado e por outros diretamente relacionados ao acidente. Tratando-se de acidente de trajeto, especificar o deslocamento e informar se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho. No caso de doença, descrever a atividade de trabalho, o ambiente ou as condições em que o trabalho era realizado. Observação: Evitar consignar neste campo o diagnóstico da doença ou lesão (Exemplo: indicar a exposição continuada a níveis acentuados de benzeno em função da atividade de pintar motores com tintas contendo solventes orgânicos, e não benzenismo). Campo 44. Houve registro policial? - informar se houve ou não registro policial. No caso de constar 1 (SIM), deverá ser encaminhada cópia do documento ao INSS, oportunamente. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 359

Campo 45. Houve morte? - o campo deverá constar SIM sempre que tenha havido morte em tempo anterior ao do preenchimento da CAT, independentemente de ter ocorrido na hora ou após o acidente. Observação: Quando houver morte decorrente do acidente ou doença, após a emissão da CAT inicial, a empresa deverá emitir CAT para a comunicação de óbito. Neste caso, deverá ser anexada cópia da certidão de óbito. 10.1.3 - Quadro I.4 - Informações Relativas Às TESTEMUNHAS Campo 46. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas. Campo 47. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 48. Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 49. UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Observação: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Campo 50. Nome - informar o nome completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato, sem abreviaturas. Campo 51. Endereço - informar o endereço completo da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 52. Município - informar o município de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Campo 53. UF - informar a Unidade da Federação de residência da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. Obs.: Telefone - informar o telefone da testemunha que tenha presenciado o acidente ou daquela que primeiro tenha tomado ciência do fato. O número do telefone, quando houver, deverá ser precedido do código DDD do município. Fechamento do Quadro I: Local e data - informar o local e a data da emissão da CAT. Assinatura e carimbo do emitente - no caso da emissão pelo próprio segurado ou por seus dependentes, fica dispensado o carimbo, devendo ser consignado o nome legível do emitente ao lado ou abaixo de sua assinatura. 10.2 - Quadro II - ATESTADO MÉDICO Deverá ser preenchido por profissional médico. No caso de acidente com morte, o preenchimento é dispensável, devendo ser apresentada a certidão de óbito e, quando houver, o laudo de necropsia. Campo 54. Unidade de atendimento médico - informar o nome do local onde foi prestado o atendimento médico. Campo 55. Data - informar a data do atendimento. A data deverá ser completa, utilizando-se quatro dígitos para o ano. Exemplo: 23/11/1998. Campo 56. Hora - Informar a hora do atendimento utilizando quatro dígitos. Exemplo: 15:10. Campo 57. Houve internação? - informar se ocorreu internação do acidentado, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não". Campo 58. Duração provável do tratamento - informar o período provável do tratamento, mesmo que superior a quinze dias. Campo 59. Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento? - informar a necessidade do afastamento do acidentado de suas atividades laborais, durante o tratamento, devendo preencher a quadrícula no campo com dígito 1 para "sim" ou dígito 2 para "não". TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 360

Campo 60. Descrição e natureza da lesão - fazer relato claro e sucinto, informando a natureza, tipo da lesão e/ou quadro clínico da doença, citando a parte do corpo atingida, sistemas ou aparelhos. Exemplos: a) edema, equimose e limitação dos movimentos na articulação tíbio társica direita; b) sinais flogísticos, edema no antebraço esquerdo e dor à movimentação da flexão do punho esquerdo. Campo 61. Diagnóstico provável - informar, objetivamente, o diagnóstico. Exemplos: a) entorse tornozelo direito; b) tendinite dos flexores do carpo. Campo 62. Classificar conforme a Classificação Internacional de Doenças - CID 10. Exemplos: a) S93.4 - entorse e distensão do tornozelo; b) M65.9 - sinovite ou tendinite não especificada. Campo 63. Observações - citar qualquer tipo de informação médica adicional, como condições patológicas preexistentes, concausas, se há compatibilidade entre o estágio evolutivo das lesões e a data do acidente declarada, se há recomendação especial para permanência no trabalho, etc. Obs.: Havendo recomendação especial para a permanência no trabalho, justificar. Fechamento do Quadro II Local e data - informar o local e a data do atendimento médico. Assinatura e carimbo do médico com CRM - deverá ser consignada a assinatura do médico atendente e aposto o seu carimbo com o número de registro junto ao Conselho Regional de Medicina - CRM. 10.3 - Quadro III - INSS Campos de uso exclusivo do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Fundamentos Legais: Os citados no texto e Manual de Instruções para Preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT da Previdência Social. ASSUNTOS TRABALHISTAS Sumário 1. Introdução 2. Descanso ou Repouso Semanal Remunerado (DSR/RSR) 2.1 Regras 2.1.1 Mulheres 2.1.2 - Comércio Varejista 2.1.3 A Cada Sete Semanas um Domingo 2.2 Fixação da Escala 3. Necessidade da Escala de Revezamento 4. Turno Ininterrupto de Revezamento 4.1 - Negociação Coletiva - Turnos de 8 (Oito) Horas 5. Tipos de Escala de Revezamento 5.1 Modelo de Escala de Revezamento 6. Intervalos 6.1 - Intervalo Para Descanso ou Alimentação 6.2 - Intervalo Entre Jornadas Diárias 7. Autorização Permanente Para Trabalhar em Dias de Repouso 8. Início do Gozo das Férias 9. Fiscalização 1. INTRODUÇÃO ESCALA DE REVEZAMENTO Considerações A jornada de trabalho ou duração do trabalho é forma do empregado participar com suas funções na empresa, sempre vinculado a um período de horas. E com direito ao descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas preferencialmente ao domingo. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 361

Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 67 determina que será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. E no parágrafo único do mesmo artigo estabelece que nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. De uma forma geral, o trabalho aos domingos e feriados não é permitido pela Legislação, porém, existem situações e atividades especiais que tem autorização para trabalhar nestes dias. As empresas legalmente autorizadas a funcionar nos domingos e feriados devem organizar Escala de Revezamento ou folga, para que seja cumprida a determinação do artigo 67 da Constituição das Leis do Trabalho e artigo 7º da Constituição Federal/1988. 2. DESCANSO OU REPOUSO SEMANAL REMUNERADO (DSR/RSR) O Decreto nº 27.048/1949, artigo 11, 4º, considera-se semana o período compreendido entre a segunda-feira e o domingo, devendo o empregador conceder aos seus empregados uma folga a cada semana, ou seja, a cada período de segunda-feira a domingo. O descanso semanal deve ocorrer após 6 (seis) dias de trabalho, recaindo no sétimo dia. Para a Legislação Trabalhista, artigo 67 da CLT e conforme determina o artigo 7º, inciso XV, da Constituição Federal/1988, o domingo é considerado o dia mais apropriado para o descanso do empregado. E todo empregado tem direito ao descanso, ou seja, ao Repouso Semanal Remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, como também os feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. O descanso semanal (DSR/RSR) foi instituído pela CLT em seu artigo 67 e pela Constituição Federal, artigo 7, inciso XV, por motivo social, e é obrigatório e necessário, pois propicia ao empregado a oportunidade de revigorar suas forças, seu ânimo, através do convívio com seus familiares e amigos, e o domingo é o dia mais benéfico para seu lazer e recreação. O DSR/RSR é de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, é um direito a todo trabalhador urbano, rural ou doméstico, e é garantido ao empregado que não faltar durante a semana sem motivo justificado, ou seja, que tenha cumprido integralmente o seu horário de trabalho na semana (Lei nº 605/1949 e CF/1988, artigo 7º, XV). Para a legislação trabalhista, o domingo é dito como o dia mais adequado para o descanso do empregado, pois irá favorecer ao empregado a oportunidade de revigorar suas forças através do convívio com seus familiares e amigos. Conseqüentemente o domingo é a período em que o empregado terá tempo disponível para desfrutar do lazer e recreação. Também de acordo com o artigo 385 da CLT, todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado, de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, preferencialmente em domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. Jurisprudências: DESCANSO SEMANAL REMUNERADO - CONCESSÃO APÓS 7 DIAS ININTERRUPTOS DE LABOR - PREVISÃO EM ACORDO COLETIVO. O descanso semanal remunerado deve ser gozado dentro de uma semana de trabalho, que compreende o lapso temporal de sete dias. Perante a normatividade legal - arts. 7º, XV, da Carta Magna; 68 e 68 da CLT; 1º e 10 da Lei nº 605/49; Decreto nº 27.048/49 e Portaria Ministerial nº 417/66 - o repouso ocorre, no máximo, após seis dias de trabalho, recaindo no sétimo dia. Descabida a concessão do descanso semanal no oitavo dia, sob pena de pagamento em dobro. Incide a Orientação Jurisprudencial nº 410 da SBDI-1 do TST. Saliente-se que a referida norma é infensa à negociação coletiva. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. (Processo: RR 8432120115150071 843-21.2011.5.15.0071 Relator(a): Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Julgamento: 29.05.2013) REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA DE TRABALHO CONSECUTIVO. Tese regional no sentido de que - destoa das normas legais regentes da matéria, a imposição, ao empregado, de trabalho por mais de seis dias consecutivos, tal como algumas vezes ocorreu no caso sub examine, que se encontra em consonância com o entendimento consagrado na Orientação Jurisprudencial 410/SDI-I/TST (REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE TRABALHO. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - MARÇO - 12/2014 362