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0 "#. = D# /" $. # " " J $ J# $. / $. # B C $ B C = K( %$.G ". $* / 8 * 5 " 8; #N6=. "5. / " $ <. / MM( ;=8 " " G$ 5/ D -/@7 6. " 9.<: 11 Os problemas do cooperativismo no contexto de uma economia capitalista são de larga data: ver Paul Singer: Economia Solidária: um modo de produção e distribuição, em Paul Singer e André Ricardo de Souza (org.), A economia Solidária no Brasil. Autogestão como resposta ao desemprego, Contexto, São Paulo, 2000. 5

G#. 50" BC % BGC 6 0 # 9 : 5 G/ 5. 5<G " " " /8 @ # # # % " " # + /5%" "4*". $ " / #+ B C 5 " / MK' * N 6 =., 678 F " + G. + "# "$. 5 " #$ 12 Para um amplo espectro de perspectivas a respeito, ver: Gabriel Kraychete, Francisco Lara e Beatriz Costa (Org.), Economia dos Setores Populares: entre a realidade e a utopia, Vozes, Petrópolis, 2000. 13 Ver Coraggio, José Luis (1994) Comunicación y representación popular: el caso de la Revolución Sandinista, Papers on Latin America, No. 36, The Institute of Latin American and Iberian Studies, Columbia University. 14 Ver Coraggio, José Luis (1992), Del setor informal a la economía popular: un paso estratégico para el planteamiento de alternativas populares de desarrollo social, em: Coragio, J.L. y otros (1995) Más allá de la informalidad, Ciudad, Quito. 6

5 8 G 5 J " + J "$ "9+#: / " + # E BCD #. + "# #" "# * 2 5 * + " " < # 8 I""$ +#% ' BC G " 5 $ "# 1 H"# 8 $ +"# "8/ "#D - "# 3 :%" ": - "#D :" :.". : 15 Em seus trabalhos, Razeto utilizava o conceito de Organizações econômicas populares (OEP) para se referir às novas formas de organização associativa para resolver problemas econômicos dos setores pobres excluídos do mercado. Ver Razeto et al, Las Organizaciones Economicas Populares, 1973-1990, 3 ª edición, PET, Santiago, 1990. 16 Smith, Joan e Wallerstein, Immanuel (comps.) (1992) Creating and Transforming Households. The constraint of the world economy, Cambridge University Press, New York. 17 Voltado a obter ganhos através do comércio. Experiências recentes, na Argentina, mostraram a necessidade de se admitir outras formas de comércio, como a troca (se bem que sua eficácia em escala suponha a criação de uma moeda local.) 7

/5D : + "# "# P %O) 8. " ) ": % BC K 8 " %#5 G) : #. % $%<G. M " % " 5." B*C7 " " / ;5 ( BC BC 8 * 5 5 " " -"* * "* # # "$ $. 9": /B".C# G "* 18 Ao capacitador clássico parecia irracional que uma empresa, por pequena que fosse, pudesse confundir as identidades do empresário com a do chefe de família e utilizar, por exemplo, fundos do caixa para pagar um enterro. 19 Ver: Melliasoux, Claude (1993) Mujeres, graneros y capitales. Editorial Siglo XX, y Sahlins, Marshall (1988), Cultura y razón prática. Contra el utilitarismo en la teoría antropológica. Editorial Gedisa, Barcelona. 20 Ver: José Luis Coraggio, La Economia Social como vía para outro desarrollo social lançado em Urbared, Red de polìticas sociales urbanas, projeto conjunto da UNGS (Argentina) e a UNAM (México), em www.urbared.ungs.edu.ar, a ser publicado em Pobreza Urbana y Desarrollo (Serie FORTAL), IIED- AL, Número 1, 2003. 8

+ # 5% % ' ( @ " # + + # " 4 $ ; "* 5. 5 % / + # J J " # " # "# G + " 5 " % H<.< < @+$ #. "# B C $ " / 7 + J " J " "#J "* J 8 " J # 21 Sem dúvida, há variantes desta busca de conceitos e práticas alternativas. Ver a valiosa recompilação de pontos de vista em: Antônio David Cattani (Org.), A outra Economia, Veraz Editores, Porto Alegre, 2003. 9

".) I< "2+ 5 " / < 7 + " $.. 5 " M3, ;#M3'A = H# N " Q5J "/6J "###. "# / %<. "# J $ 5"% # J + + ". /. 5 G % / " 0". # "# 5. % % 5 $ + H";16/=MKR((,M ;7= 22 Ver: Frans Hinkelammert (Comp.), El Huracán de la Globalización, DEI, San José, 1999. 10