DRIS em hortaliças. Prof. Dr. José Eduardo Creste Agronomia. Abril/2010. Faculdade de Agronomia

Documentos relacionados
Perspectivas do DRIS em culturas de alta produtividade.

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS

DIAGNOSE FOLIAR EM MILHO E SORGO

Desequilíbrios nutricionais ou sintomas semelhantes aos causados por doenças infecciosas.

NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS

DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL E ANÁLISE FOLIAR

Análise Foliar: Nível Crítico Concentração na folha abaixo da qual a taxa de crescimento, produção ou qualidade são significativamente diminuídas.

DIAGNOSE DO ESTADO NUTRICIONAL DE PLANTAS: Princípios e Aplicações

ANÁLISE FOLIAR E DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

Série tecnológica cafeicultura. Amostragem de folhas

Nutrição Mineral de Plantas DIAGNOSE FOLIAR. Josinaldo Lopes Araujo

ROTAÇÃO SOJA/MILHO NO PLANTIO DIRETO. Piracicaba-SP. DRIS da Potafos 11/07/2001

Diagnose Foliar na Cultura dos Citros

Tipos de Crescimento de Planta: Considerações atuais sobre amostragem de folhas e diagnose nutricional da cultura da soja

NUTRIÇÃO DE PLANTAS. Engª Agrª Clélia Maria Mardegan.... O homem vale o quanto sabe

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO TOMATEIRO PARA INDÚSTRIA PELO MÉTODO CND

Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane

Tecnologia de Formulação Equilíbrio Nutricional. Adilson de Oliveira Junior Pesquisador, Embrapa Soja

Manejo de Nutrientes no Sistema de Produção de Soja. Adilson de Oliveira Jr. Pesquisador Embrapa Soja

DIAGNOSE FOLIAR. Aureliano Nogueira da Costa Pesquisador Incaper

MESA REDONDA: ADUBAÇÃO E NUTRIÇÃO MÉTODO DRIS

DIAGNOSE FOLIAR EM ARROZ. N. K. Fageria EMBRAPA Arroz e Feijão, Caixa Postal 179, Santo Antônio de Goiás

ANÁLISE FOLIAR E AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DAS PLANTAS

ABSORÇÃO FOLIAR. Prof. Josinaldo Lopes Araujo. Plantas cultivadas dividem-se em: Folhas Caule Raízes

Diagnose Foliar na Cultura do Maracujazeiro e do Abacaxizeiro

Medidas de acurácia e seu impacto na recomendação de adubação

Calagem e gessagem na cultura dos citros. Prof. Dr. José Eduardo Creste Presidente Prudente - SP

Diagnose Foliar na Cultura da batata. Prof. Dr. Jerônimo Luiz Andriolo Universidade Federal de Santa Maria

NUTRIÇÃO DE PLANTAS. Engª Agrª Clélia Maria Mardegan.... O homem vale o quanto sabe

002

Resposta das culturas à adubação potássica:

MANEJO DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS

MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR: ESTUDOS DE CALIBRAÇÃO, DIAGNOSE NUTRICIONAL E FORMAS DE APLICAÇÃO

Feijão. 9.3 Calagem e Adubação

CÁLCULOS DE FECHAMENTO DE FORMULAÇÕES E RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO

DIAGNOSE FOLIAR NA CULTURA DO ABACATEIRO

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO FERTILIZANTE ORGANOMINERAL VALORIZA. VALORIZA/Fundação Procafé

Monitoramento Nutricional e Recomendação de Adubação

Adubação de Plantas Ornamentais. Professora Juliana Ferrari

MANEJO DA ADUBAÇÃO DA NOGUEIRA MACADÂMIA

ADUBAÇÃO POTÁSSICA DA SOJA EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO NO SUDOESTE DE GOIÁS

DIAGNOSE FOLIAR 05/09/ CONSIDERAÇÕES GERAIS. 1.2 Premissas (princípios)

O DRIS DA META AGROFLORESTAL

O atual sistema de manejo da fertilidade do solo propicia a adequada nutrição das plantas de citros? Ondino Cleante Bataglia

Nutrição, Adubação e Calagem

Adubação na Cultura de Milho

Soluções Nutricionais Integradas via Solo

EQUILÍBRIO QUÍMICO DO SOLO EM PROFUNDIDADE. Eng. Agr. Dr. Nelson Harger Coordenador Estadual/Emater

CURSO DE AGRONOMIA FERTILIDADE DO SOLO

Principais desequilíbrios nutritivos observados em olivais portugueses

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

Protocolo. Parcelamento do K. Doses e parcelamento daadubação potássica para o cultivo da soja em solo arenoso

TUTORIAL CND-Goiaba CND-Manga

DIAGNOSE FOLIAR NA CULTURA DA MANGA

Protocolo. Dinâmica do K. Dinâmica do potássio em solo de textura arenosa

ADUBAÇÃO FOSFATADA NA CULTURA DO MILHO

Perspectivas de Uso de Métodos Diagnósticos Alternativos: Análise da Seiva e Medida Indireta da Clorofila

Diagnose foliar na cultura do morango

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

APRESENTAÇÃO: FERTILIZANTE TERRAPLANT

Recomendação de correção e adubação para tomate de mesa. Giulia Simioni Lívia Akasaka Patrick Oliveira Samara Barbosa

OTIMIZAÇÃO DE INSUMOS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO SOJA-MILHO SAFRINHA

Critérios de predição do estado nutricional, adubação e calagem em frutíferas tropicais

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO NO CERRADO

MANEJO DE NUTRIENTES NO ALGODOEIRO Solos de Goiás

Enxofre Nutrição Mineral de Plantas ENXOFRE. Prof. Volnei Pauletti. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS E FISIOLÓGICAS DE SEMENTES DE FEIJÃO EM FUNÇÃO DO TEOR DE FÓSFORO NA SEMENTE E DOSES DE FÓSFORO NO SOLO 1

Protocolo Gessagem. Doses de gesso agrícola e seu residual para o sistema de produção soja/milho safrinha

Quando e Como Aplicar Micronutrientes em Cana de Açúcar para Aumento de Produtividade. Marcelo Boschiero

Estratégias de manejo da fertilidade do solo na citricultura

Medida Indireta da Clorofila

Continente asiático maior produtor (80%) Arroz sequeiro perdendo área para milho e soja

ESTUDO DA VIABILIDADE DE DISPONIBILIZAÇÃO DE POTÁSSIO E FÓSFORO EM SOLOS DE CERRADO COM A UTILIZAÇÃO DO PENERGETIC 4 SAFRAS

Recomendação de corretivos e fertilizantes para a cultura do café

FLORORGAN EM FEIJOEIRO

Enxofre Nutrição Mineral de Plantas ENXOFRE. Prof. Volnei Pauletti. Departamento de Solos e Engenharia Agrícola

Fertilidade de solo. Interpretação. Adubação e avaliação do estado nutricional.

Bases conceituais úteis a fertilidade do solo. Prof. Dr. Gustavo Brunetto DS-UFSM

UTILIZAÇÃO DE ADUBOS NK DE LENTA OU PROGRAMADA LIBERAÇÃO, PROTEGIDOS, ORGANOMINERAIS E ORGÂNICOS ASPECTOS GERAIS ROBERTO SANTINATO

Café. Amostragem do solo. Calagem. Gessagem. Produtividade esperada. Espaçamento (m)

15º Encontro Técnico Internacional de Alto Nível: Compostagem em Escala Industrial

28/2/2012. Fertirrigação Noções de Química e Física do Solo e Nutrição Mineral de Plantas. Formação do solo. Formação do solo

Adubação orgânica do pepineiro e produção de feijão-vagem em resposta ao efeito residual em cultivo subsequente

Manejo da Fertilidade do Solo para implantação do sistema ILP

Diagnose Foliar na Cultura do Cacau

Protocolo. Enxofre. Resposta da cultura da sojaa fontes e doses deenxofre

Diagnose foliar na cultura do pimentão e pepino

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

Adubação do Milho Safrinha. Aildson Pereira Duarte Instituto Agronômico (IAC), Campinas

Manejo da fertilidade de solo e Nutrição de sorgo sacarino Leonardo A. Aquino

João Felipe AMARAL, Laércio Boratto de PAULA.

Conceitos Básicos sobre Fertilidade de Solo

MANEJO DA ADUBAÇÃO. Prof. Dr. Danilo Eduardo Rozane.

Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação Ciência do Solo. Prof. Milton F. Moraes. UFPR - Campus Palotina CRESCIMENTO POPULACIONAL

PIDAP (PROGRAMA INTEGRADO DE DIAGNÓSTICOS PARA O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE) NO MONITORAMENTO NUTRICIONAL DO ALGODOEIRO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia Disciplina: Fertilidade do solo e fertilizantes

NUTRIÇÃO MINERAL GÊNESE DO SOLO. Rochas da Litosfera expostas ao calor, água e ar. Alterações físicas e químicas (intemperismo)

Transcrição:

DRIS em hortaliças as Prof. Dr. José Eduardo Creste Agronomia Faculdade de Agronomia Abril/2010

Quebrando paradigmas... Malásia foto Hidro

Quebrando paradigmas...

Quebrando paradigmas...

Quebrando paradigmas...

Quebrando paradigmas...

Fatores de influência na produtividade. TISDALE et al. (1985) identificaram 52 fatores que influenciam o crescimento e a produtividade das culturas.

umidade Temperatura solo fertilizantes cultivar Luz manejo METABOLISMO DA PLANTA defensivos práticas culturais irrigação época de plantio COMPOSIÇÃO MINERAL DA PLANTA Produção e Qualidade

A interação entre todos estes fatores é refletida na produção.

Uma boa produção é a totalização de todos estes fatores em níveis ótimos às plantas em estudo.

O que buscamos? Produtividade = *Maior número de ramos/planta; * maior número de flores por ramos; * maior peso de frutos/tubérculos; * maior população de plantas/ha

A importância da nutrição mineral Esquema fotossintético da planta

Os nutrientes afetam Critério N P K Proporção tubérc.comerciáveis Danos mecânicos Escurecimento interno Teor de matéria seca Teor de amido Teor de Proteína variável Legenda: Aumento, Decréscimo, Sem efeito Source: IPI

Resumo dos efeitos do NPK na qualidade Critério N P K Teor de Vitamina C Desintegração no cozer Qual.farinácea do tub.cozido Secura do tub.cozido Sabor do tub. cozido fraco O ou fraco Escurecim. Pós-cozimento ( ) ( ) Legenda: Aumenta, Decresce, Sem efeito Fonte: IPI

Resumo dos efeitos do NPK na qualidade Critério N P K Crisp colour Perda na armazenagem Peso específico Economia de água Açúc. reduzidos (gluc+fruct) ( ) Teor de Lipídeo Legenda: Aumenta, Diminui, Sem efeito Source: IPI

A importância da nutrição mineral As hortaliças apresentam alta sensibilidade à desequilíbrios nutricionais

Desordens nutricionais em hortaliças causam diminuição do crescimento, falhas no metabolismo e danos nos tecidos

6 5 4 3 2 1 N P2O5 K2O CaO MgO S 0 kg/ton

2,5 2 1,5 1 0,5 B Cu Mn Zn 0 g/t

O que eles fazem nas hortaliças? Nitrogênio = Fósforo = Potássio = Cálcio = Magnésio = Enxofre =

Um esquema representativo das funções dos nutrientes:

Marcha de absorção kg nutriente/ ha 400 350 300 250 200 150 100 50 0 0 50 100 150 Dias após plantio Fonte: IPI-Harris K2O N P2O5

Período e método de adubação Absorção de Nutrientes 100 Desenvolvimento foliar 0 Produção de tubérculos I II III Em geral, 3 períodos distintos de crescimento: I - Emergência - iniciação do desenvolvimento de tubérculos II - Início da tuberização-final da expansão foliar III - Final da expansão foliar- final do crescimento vegetativo

Fluxo da seiva no floema O Potássio acelera

A importância das folhas. Laboratório onde são sintetizadas a maior parte das substâncias elaboradas pelas plantas.

Culturas altamente produtivas apresentam composição química dentro de limites definidos.

Para a batata temos: N 40 a 50 g.kg-1 P 2,5 a 5,0 g.kg-1 K 40 a 65 g.kg-1 Ca 10 a 20 g.kg-1 Mg 3 a 5 g.kg-1 S 2,5 a 5,0 g.kg-1 B 25 a 50 mg.kg-1 Cu 7 a 20 mg.kg-1 Fe 50 a 100 mg.kg-1 Mn 30 a 250 mg.kg-1 Mo mg.kg-1 Zn 20 a 60 mg.kg-1 Fonte: Lorenzi et al, 1997

Para o tomate tem-se: N 40 a 60 g.kg-1 P 4 a 8 g.kg-1 K 30 a 50 g.kg-1 Ca 14 a 40 g.kg-1 Mg 4 a 8 g.kg-1 S 3 a 10 g.kg-1 B 30 a 100 mg.kg-1 Cu 5 a 15 mg.kg-1 Fe 100 a 300 mg.kg-1 Mn 50 a 250 mg.kg-1 Mo 0,4 a 0,8 mg.kg-1 Zn 30 a 100 mg.kg-1 Fonte: Trani & Raij, 1997

Para o alface tem-se: N 40 a 60 g.kg-1 P 4 a 8 g.kg-1 K 30 a 50 g.kg-1 Ca 14 a 40 g.kg-1 Mg 4 a 8 g.kg-1 S 3 a 10 g.kg-1 B 30 a 60 mg.kg-1 Cu 7 a 20 mg.kg-1 Fe 50 a 150 mg.kg-1 Mn 30 a 150 mg.kg-1 Mo 0,8 a 1,4 mg.kg-1 Zn 30 a 100 mg.kg-1 Fonte: Trani & Raij, 1997

Análise de folhas: Monitoramento da nutrição; Busca de desequilíbrios; Avaliar programa de adubação; Diagnosticar fome oculta ; Fator de decisão.

Amostragem ÉPOCA: 35 a 45 dias após a emergência!!!

Amostragem Tipo de folha: pecíolo da 4a folha a partir da ponta!!

Amostragem Número de folhas: 30 folhas por talhão!!

Diagnóstico nutricional de N Produtividade Deficiência aguda Deficiência latente Adequado Elevado Excessivo Efeito direto da aduba ção Aumen to da produ ção e qualida de Bom crescimento e qualidade Bom crescimen to e qualidade. Interações Queda na produti vidade 30 40 Concentração de N nas folhas

Nutrição Mineral é Complexa, Detecção de Limitações Nutricionais é díficil, análise de folhas tem-se mostrado mais sensível, Intensidade e Balanço Nutricional são importantes.

Fundamentação do DRIS: 1- Balanço Nutricional, 2- Lei do Mínimo e 3- Na relação direta entre a produção e a composição mineral das plantas.

Relações Nutricionais A importância das relações tem seu alicerce no conceito de Equilíbrio Nutricional, como principal característica do diagnóstico nutricional Lagatu & Maume, 1926.

A nutrição das hortaliças Nutrição Mineral Ótima é essencial para se obter altas produtividades

Exemplo comparativo nº 1 Em relação às plantas, existe uma relação ideal entre os nutrientes nas folhas para a produção. Para as brássicas tem-se: Teor foliar: N = 40 P = 4 K = 80? O que acontece, se: N = 40 P = 4 K = 120

Adubação Balanceada: É essencial para aumentos de produtividade dentro da horticultura sustentável, Refere-se à aplicação de nutrientes essenciais às plantas em quantidades e proporções ótimas

Adubação Balanceada: Também inclui o conhecimento de métodos e épocas de aplicação, para cada situação específica de solo, clima e variedade,

Adubação Balanceada: A idéia de adubação balanceada não é nova: Qualquer deficiência pode limitar o crescimento e levar outros nutrientes a não serem utilizados ou sub-utilizados pelas plantas Justus von Liebig (1867)

Lei do mínimo: A insuficiência de um elemento assimilável no solo reduz a eficácia dos outros nutrientes e, por conseguinte, diminui o rendimento das culturas.

Adubação Balanceada: O tema Balanço Nutricional envolve ajustes nos programas de adubação para a cultura, levando-se em consideração o solo, meta produtiva, disponibilidade de fertilizantes e/ou situação econômica do business agrícola.

Efeito favorável do uso das relações. Variação mensal dos teores de nitrogênio e potássio 25 20 g/kg 15 10 5 N K N/K 0 J F M A M J J A S O N D Fonte: GRASSI FILHO, H., 1998 meses

Estabelecimento do DRIS jcreste@unoeste.br

Vantagens no uso do DRIS: É menos afetados por fatores de influência; Ordena os nutrientes em sua ordem de limitação; Incorpora o conceito de balanço nutricional.

Banco de dados Formação de banco de dados Composição química Variedade Porta enxerto Produtividade Manejo nutricional especifico Adubação DRIS Análise matemática dos dados e definição das sub-populações A e B Diagnóstico Nutricional Programa computacional de cálculo Escolha de relações nutricionais importantes

Diagnose Foliar Interrelações negativas Elementos deficientes Elementos excessivos Elementos adequados Interrelações Positivas Práticas agrícolas diretas Nutrientes chaves Busca do equilíbrio Práticas agrícolas indiretas

Critérios para a interpretação 1. Se o valor do índice nutricional for negativo: deficiência relativa 2. Se o valor do índice nutricional for positivo: excesso relativo 3. Se o valor do índice nutricional for zero: nutrição adequada

Índice de Balanço Nutricional (IBN ou NBI) Figura 4 IBN e produtividade do milho (Sumner, 1977)

Como trabalhar com o DRIS? 1.Existe uma receita ideal para a produção de argamassa Mistura: 3,0 latas de areia 1,0 lata de cimento 0,5 lata de cal O que acontece, se? 9,0 latas de areia 1,0 lata de cimento 0,5 lata de cal?

Aplicação do DRIS em experimento fatorial NPK N P K IN IP IK ICa IMg IB ICu IFe IMn IZn IBN t/ha 1 1 1-0,2 1,3-24 2,7 3,9 12,8 4,2-0,5 1,0-0,8 51 2 1 2 2-4,5 0,6-1,9-0,4-1,8 8,6 2,3-0,5-1 -1,2 23 12 2 1 2-1,4 0,1-8,1 0,8 1,4 4,1 2,8 0,1 0,5-0,7 20 19 2 1 3-1,6 0,1-0,4-0,2-0,7 0 2,6 0,1-0,1-0,5 6,5 32 3 1 3-1,6 0,1-3,4 0,2-0,2 2,7 2,1 0,1 0-0,3 11 37 3 2 4-1,8 0-0,9-0,3-1,0 1,7 2,7-0,1-0,4 0,2 9 64 4 1 4-2,3 0 1,0-0,9-3,1 1,7 2,9 1,0-0,5-0,7 14 66 Fonte: QUAGGIO et al. (dados não publicados, 1995)

TABELA 1 Efeito da adubação NPK na produtividade da batata e avaliação nutricional pelo DRIS. kg ha -1 g kg -1 DRIS N P 2 O 5 K 2 O N P K N P K t ha -1 0 26 126 16,9 3 89,6-34 22 12 9,2 50 26 126 18,9 2,81 86,2-22 15 7 18,8 100 26 126 23,2 28,1 80,1-5 9-4 23,1 150 26 126 25,3 2,78 77,1-2 6-4 24,4 200 26 126 27,4 24,0 75,6 6-2 - 4 28,4

Teores absolutos (mínimo, máximo e média) considerados adedquados pelo método da classe de suficiência). Amostra N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn Min 40 2,5 40 10 3,0 2,5 25 7 50 30 20 Max 50 5 65 20 5 5 50 20 100 250 60 Méd 45 3,75 52,5 15 4 3,75 37,5 13,5 75 140 40

Diagnóstico nutricional pelo DRIS em teores foliares considerados adequados para a cultura da batata. I.N I.P I.K I.Ca I.Mg I.S I.B I.Cu I.Fe I.Mn I.Zn I.Ms IBN Min 2,1 0,9 5,7 4,9 2,1 2,8 2,0-0,3-0,9-19,5-0,9 1,0 43 Max -0,7 0,4 2,3 2,5-0,5 0,7 1,0-0,1-1,0-3,1-0,8-0,7 14 Méd -0,2 0,3 2,6 2,5-0,2 0,8 1,1-0,2-1,0-4,9-1,0 0,1 15

Detecção de desordens nutricionais, Manejo de nutrientes, Aumento de produtividade, Otimização de recursos.

SUBBIAH & SUNDARARAJAN (1987) utilizaram o método DRIS para avaliar o balanço nutricional e a resposta da aplicação de N, P e K na cultura do tomate, na Índia. Os autores verificaram que para estes elementos houve uma resposta em termos de produção à aplicação, quando orientados pelo DRIS. Através do DRIS foram obtidas as melhores combinações de fertilizantes à esta cultura.

Adubação das culturas: Fator de produtividade; Fator de custo: 30% do custo de produção?. Universidade do Oeste Paulista/Presidente Prudente-SP

Leis práticas da adubação: Por que adubar?; Como adubar?; Quando adubar?; Com o que adubar?.

28,9-0,1-2,0-12,3-0,1 3,1 2,8 1,7 1,8 0,8 2,8 1,2 0,1 Q-1 E 21,0 0,7-2,1-7,8-0,6 0,9 1,3 1,1 2,6 1,4 1,6 0,3 0,6 Q-4 A 15,4 0,7-1,1-5,4-0,5 0,8 1,5 0,8 1,4 0,9 1,3-0,6 0,2 Q-3 16,9 0,8-1,2-4,2-0,7 1,4 0,7 0,9 1,7 2,1 0,9-1,4-0,8 Q-1 C 16,8 0,7-1,6-4,7-0,8 1,4 0,7 1,4 1,6 1,6 1,1-1,3-0,1 Q-3 8,7-0,6 0,2-3,0 0,2 1,0 0,7 0,3-0,2 0,4 1,1 0,4-0,5 Q-2 15,8 0,0-0,5-6,9-0,3 1,6 1,5 0,8 1,0 1,4 1,6 0,1-0,3 Q-1 B 21,5-0,1-1,7-8,8-0,2 0,9 2,0 1,8 1,6 0,6 2,1 1,2 0,5 Q-4 16,8-0,5 1,8-2,7-0,3 4,0 0,9 0,1-0,5 0,8 0,7-2,3-2,0 Q-1A 18,8-0,2 4,6-8,3 0,2-0,3 0,9 0,8-0,6 0,3 1,8 0,8 0,0 L-2 19,4 0,0 4,9-8,8 0,1-0,3 0,8 0,8-0,6 0,4 1,7 0,7 0,3 L-1 10,3 0,5-1,6-2,3-0,6-0,3 0,7 0,6-0,1 1,3 1,9-0,2 0,1 Q-1 Ms Zn Mn Fe Cu B S Mg Ca K P N Amostr a IBN Índice Índice Índice Índice Índice Índice Índice Índice Índice Índice Índice Índice DRIS em batata

Os nutrientes precisam estar fazer parte da solução do solo; disponíveis: estar em quantidades adequadas e balanceadas estarem disponíveis no momento fisiológico

O uso racional de adubos pode ser reunida nos seguintes tópicos: 1. Interpretação da análise de folhas e solo; 2. Cálculo e recomendação de adubação; 3. Acompanhamento visual do pomar a nível de campo; 4. Busca de fertilizantes adequados; 5. Aplicação (operacional).

Temos que buscar o equilíbrio perfeito entre a adubação, o custo e produtividade, sem descuidar da qualidade.