BASE PRINCIPIOLÓGICA MÍNIMA. o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho, deve ser equilibrado!

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Transcrição:

Mini curriculum Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor Universitário, de Pós Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil. Contatos: E mail: g.custodio@uol.com.br Facebook: fb.com/custodio.nogueira Site: custodionogueira.com.br 2ª Fase OAB - 100% GRATUITO digite no you tube: custodio nogueira 2ª fase grátis 1ª PARTE (TGP 1/2) Formas de Solução dos Conflitos Trabalhistas 1.1. Introdução. Definição de conflito individual, coletivo e difuso. 1.2. Formas de solução dos conflitos. 1.2.1. Autotutela 1.2.2. Autocomposição. Conciliação e Mediação. CCP. 1.2.3. Heterocomposição. Arbitragem e jurisdição. BASE PRINCIPIOLÓGICA MÍNIMA Mauricio Godinho Delgado - 16ª Edição LTr 2017 o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho, deve ser equilibrado! Art. 5º - CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Todos são iguais perante a lei, e quando não forem iguais? Princípio Protetivo!

Do Princípio da Norma Mais Favorável. Demonstrar o conflito de normas, prevalecendo aquela mais favorável ao trabalhador. Hierárquia das Normas: a) Constituição, Emendas a CF, Tratados Internacionais (OIT); b) Leis Complementares, Leis Ordinárias; c-) Medidas Provisórias; d-) Decretos; e-) Convenções e Acordos Coletivos; f-) Sentenças Normativas; g-) Regulamento Interno de Empresa, e h-) Contrato Individual de Trabalho. FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS DO TRABALHO Conflitos individuais Relação de Trabalho e Relação de Emprego Titular do direito plenamente identificado. Resulta de um contrato de trabalho. Pode conter um ou mais individuos. Homogêneos ou não. Conflitos coletivos Titulares não identificados, mas identificáveis. Titulares ligados entre si por uma relação jurídica ou de fato. Representação sindical. AUTOTUTELA Greve Lockout (Art. 17 Lei 7783/89) AUTOCOMPOSIÇÃO Mediação Conciliação HETEROCOMPOSIÇÃO Arbitragem Jurisdição

AUTOTUTELA A parte busca, isoladamente, resolver o conflito. Art. 9º CF - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. Consiste na solução do conflito pela imposição da vontade de um sobre o outro. Forma mais primitiva de solução dos conflitos. De regra, vedada no ordenamento jurídico. Aceita em hipóteses expressamente autorizadas: Greve Lockout (vedado) Crítica: Em geral não solucionam o conflito. Apenas forçam a solução por um dos outros meios que estudaremos. Jurisprudência: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PETROBRAS. PRÁTICA DE CONDUTAS ANTISSINDICAIS. VIOLAÇÃO AO DIREITO DE GREVE. I - A greve é direito social expressamente previsto na Carta Maior, em seu artigo 9º. Trata-se, portanto, de meio de autotutela, utilizado pelos trabalhadores, através do ser coletivo por eles constituído, o sindicato profissional, único modo de igualar a relação jurídica mantida com o empregador, aptos naturalmente a produzirem atos coletivos. Assim, é por excelência o modo de expressão dos trabalhadores, mecanismo necessário para que a democracia atinja às relações de trabalho. II- Nesse sentido, ao empregador não é dado impedir ou utilizar de meios que dificultem ou impeçam o exercício de tal direito, garantido constitucionalmente. DANO MORAL COLETIVO. CARACTERIZAÇÃO. I - No caso de direitos individuais homogêneos, a conduta ilícita do empregador além de ser apta a geral o dano moral individual, também pode repercutir não somente sobre os trabalhadores diretamente envolvidos, mas sobre toda a coletividade. II- No caso em apreço, mostrou-se cabível a indenização por danos morais coletivos, eis que a conduta da reclamada, de práticas antissindicais, acarreta dano a toda a sociedade. III- Nesse contexto, afigura-se pertinente a imposição da indenização postulada pelo Ministério Público, com fins repressivo e pedagógico, em favor do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador. TRT-1 - Recurso Ordinário RO 00008915920115010203 RJ (TRT-1) - Data de publicação: 23/01/2014 Suspensão do contrato de Trabalho Efeitos da Greve no Contrato Individual do Trabalho: Art. 7º Lei nº 7.783 /1989 - Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho.

Rescisão do Contrato de Trabalho Durante a Greve Exceção Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14. Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento. Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho. Jurisprudência: DIREITO DE GREVE - SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - DESCONTOS SALARIAIS RELATIVOS AO PERÍODO SEM LABOR - LEGALIDADE. Em consonância com o art. 7º da Lei nº 7.783 /1989, a "participação em greve suspende o contrato de trabalho". Ausente acordo de vontades, elaborado entre as partes, suspendese, correlatamente, o dever de contraprestação laboral dos dias não trabalhados. Sendo assim, não são devidos os salários relativos ao período de greve, sendo passíveis de descontos, inexistindo qualquer ilegalidade no ato. Tal entendimento não nega que o direito de greve é um dos instrumentos fundamentais na luta dos trabalhadores; também não obstaculiza seu exercício. Isto porque, conforme leciona Ives Gandra da Silva Martins, "o trabalhador grevista sabe os riscos que corre no caso de optar pela ruptura da normalidade na prestação dos serviços", devendo arcar, assim como o empregador, pelas consequências da auto-tutela exercida. Termos em que se nega provimento ao recurso do Sindicato-autor. TRT-9-2160320073900 PR 21603-2007-3-9-0-0 (TRT-9) - Data de publicação: 18/09/2009 Lockout (vedado) Art. 17 da Lei nº 7.783 /1989 - Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout). Parágrafo único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação. AUTOCOMPOSIÇÃO Quando há diálogo entre as partes! A autocomposição é a solução do litígio pelas próprias partes envolvidas. Sob a ótica social e filosófica, é a melhor forma de solução dos conflitos, eis que encontrada pelas próprias partes.

NOVIDADE REFORMA TRABALHISTA LEI 13.467/2017 EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO VIA ACORDO Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: I - por metade: a) o aviso prévio, se indenizado; e b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no 1 o do art. 18 da Lei n o 8.036, de 11 de maio de 1990; (20%) II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 1 o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei n o 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. 2 o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. PDV PDI DISPENSA INDIVIDUAL, PLURIMA OU COLETIVA Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. OJ 270 SDI-1 - PROGRAMA DE INCENTIVO À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. TRANSAÇÃO EXTRAJUDICIAL. PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO. EFEITOS (inserida em 27.09.2002) A transação extrajudicial que importa rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo. Há, entretanto, decisão do STF em sentido contrário: O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sessão plenária do dia 30/4/2015, que, nos planos de dispensa incentivada (PDI) ou voluntária (PDV), é válida a cláusula que dá quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas decorrentes do contrato de emprego, desde que este item conste de Acordo Coletivo de Trabalho e dos demais instrumentos assinados pelo empregado. A decisão reforma entendimento do TST, consolidado na Orientação Jurisprudencial 270 da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), no sentido de que os direitos trabalhistas são indisponíveis e irrenunciáveis e, assim, a quitação somente libera o empregador das parcelas especificadas no recibo, como prevê o artigo 477, parágrafo 2º, da CLT. O posicionamento foi adotado no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 590415, com repercussão geral reconhecida, e, segundo informado na sessão, deverá ser

aplicado em mais de 2 mil processos sobre o mesmo tema que estavam sobrestados aguardando o posicionamento do STF. Orientação Anamatra, sentido contrário ao STF. EFEITOS DE PAGAMENTOS EFETUADOS FORA DA ESFERA JUDICIAL. INDECLINABILIDADE DE JURISDIÇÃO. ART. 5º, XXXV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARBITRAGEM INDIVIDUAL. QUITAÇÃO PERIÓDICA, DISTRATO. PROGRAMA DE DEMISSÃO INCENTIVADA. ARTS. DA CLT 507-A, 507-B, 484-A E 477-B. EFEITOS LIMITADOS AOS VALORES PAGOS. AUSÊNCIA DE QUITAÇÃO GERAL. QUITAÇÃO LIMITADA A VALORES. DIREITO DE ACIONAMENTO DO JUDICIÁRIO TRABALHISTA PARA RESGUARDO DE LESÕES. Os pagamentos efetuados por conta de termo de compromisso arbitral, quitação anual de obrigações trabalhistas, extinção do contrato por mútuo acordo e plano de demissão voluntária ou incentivada podem produzir eficácia liberatória limitada aos valores efetivamente adimplidos. Em aplicação à garantia constitucional de acesso à jurisdição (art. 5º, XXXV), mantémse pleno direito de acesso ao Judiciário para solucionar situações conflituosas, inclusive para satisfação de diferenças sobre rubricas parcialmente pagas. QUITAÇÃO ANUAL DO CONTRATO DE TRABALHO NO SINDICATO Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas. COMISSÃO DE EMPREGADOS TÍTULO IV-A DA REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS Art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 1º A comissão será composta: I nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por três membros; II nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cinco membros; III nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros. 2º No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federação e no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão de representantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesma forma estabelecida no 1º deste artigo. Atribuições da Comissão:

Art. 510-B. A comissão de representantes dos empregados terá as seguintes atribuições: I representar os empregados perante a administração da empresa; II aprimorar o relacionamento entre a empresa e seus empregados com base nos princípios da boa-fé e do respeito mútuo; III promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o fim de prevenir conflitos; IV buscar soluções para os conflitos decorrentes da relação de trabalho, de forma rápida e eficaz, visando à efetiva aplicação das normas legais e contratuais; V assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquer forma de discriminação por motivo de sexo, idade, religião, opinião política ou atuação sindical; VI encaminhar reivindicações específicas dos empregados de seu âmbito de representação; VII acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias e das convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho. 1º As decisões da comissão de representantes dos empregados serão sempre colegiadas, observada a maioria simples. 2º A comissão organizará sua atuação de forma independente. Eleição da Comissão: Art. 510-C. A eleição será convocada, com antecedência mínima de trinta dias, contados do término do mandato anterior, por meio de edital que deverá ser fixado na empresa, com ampla publicidade, para inscrição de candidatura. 1º Será formada comissão eleitoral, integrada por cinco empregados, não candidatos, para a organização e o acompanhamento do processo eleitoral, vedada a interferência da empresa e do sindicato da categoria. 2º Os empregados da empresa poderão candidatar-se, exceto aqueles com contrato de trabalho por prazo determinado, com contrato suspenso ou que estejam em período de aviso prévio, ainda que indenizado. 3º Serão eleitos membros da comissão de representantes dos empregados os candidatos mais votados, em votação secreta, vedado o voto por representação. 4º A comissão tomará posse no primeiro dia útil seguinte à eleição ou ao término do mandato anterior. 5º Se não houver candidatos suficientes, a comissão de representantes dos empregados poderá ser formada com número de membros inferior ao previsto no art. 510-A desta Consolidação. 6º Se não houver registro de candidatura, será lavrada ata e convocada nova eleição no prazo de um ano. Do Mandato: Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de representantes dos empregados será de um ano. 1º O membro que houver exercido a função de representante dos empregados na comissão não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes. 2º O mandato de membro de comissão de representantes dos empregados não implica suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, devendo o empregado permanecer no exercício de suas funções.

3º Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. 4º Os documentos referentes ao processo eleitoral devem ser emitidos em duas vias, as quais permanecerão sob a guarda dos empregados e da empresa pelo prazo de cinco anos, à disposição para consulta de qualquer trabalhador interessado, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho. Comissão X Dirigente Sindical Art. 510-E. A comissão de representantes dos empregados não substituirá a função do sindicato de defender os direitos e os interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas, hipótese em que será obrigatória a participação dos sindicatos em negociações coletivas de trabalho, nos termos do incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição.(Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017) MEDIAÇÃO Quando as partes perderam o diálogo. Na mediação, busca-se recuperar o diálogo entre as partes, sem participação ATIVA do Mediador. As técnicas de abordagem do mediador tentam primeiramente restaurar o diálogo para que posteriormente o conflito em si possa ser tratado. Só depois pode se chegar à solução. Na mediação não é necessário interferência, ambas partes chegam a um acordo sozinhas, se mantém autoras de suas próprias soluções. Nos Conflitos Individuais, terceiro aproxima as partes para alcançar a conciliação que não foi possível sem sua participação. Não impõe a solução da lide. Para Conflitos Coletivos: Ministério do Trabalho ( mesa redonda ). TAC MTE Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I - até 200 empregados...2%; II - de 201 a 500...3%; III - de 501 a 1.000...4%; IV - de 1.001 em diante....5%. CONCILIAÇÃO Quando as partes perderam MAIS que o diálogo, daí a participação ATIVA do Conciliador. A conciliação é indicada quando há uma identificação evidente do problema, quando este problema é verdadeiramente a razão do conflito - não é a falta de comunicação que impede o resultado positivo (mediação).

Diferentemente do mediador, o conciliador tem a prerrogativa de sugerir uma solução. São diametralmente opostas as orientações no que tange à conciliação de conflitos trabalhistas, consoante sua natureza (coletiva ou individual). CONCILIAÇÃO DE CONFLITO INDIVIDUAL Nos conflitos individuais, há enorme resistência quanto à conciliação, principalmente em face à hipossuficiência do empregado e ao Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos. CONTUDO, tende a diminuir face a nova realidade do processo do trabalho (Lei 13.467/2017). NOVIDADE REFORMA TRABALHISTA CAPÍTULO III-A DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum. 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no 6º do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no 8º art. 477 desta Consolidação. Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. Art. 855-E. A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. RECOMENDAÇÃO GP/CR Nº 1/2017 Disponibiliza os Centros Judiciários de Solução de Conflitos para receber e realizar audiências nos processos a que alude o Capítulo III-A, do Livro X, da Consolidação das Leis do Trabalho. O PRESIDENTE E A CORREGEDORA REGIONAL DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO, no uso de suas atribuições legais e regimentais; CONSIDERANDO o disposto nos artigos 855-B a 855-E, da Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, na redação determinada pelo artigo 1º, da Lei 13.467/2017, CONSIDERANDO a existência de estrutura física e de pessoal tecnicamente preparado para inclusão em pauta e análise dos processos de jurisdição voluntária para homologação dos acordos nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos da Justiça do Trabalho CEJSC-JT,

CONSIDERANDO que o sistema PJe-JT, na versão atual (1.16) já contempla funcionalidade que permite o deslocamento do processo aos Centros de Solução e seu simultâneo acompanhamento pela unidade remetente, RESOLVEM: RECOMENDAR aos magistrados do trabalho da 2ª região que encaminhem aos CEJUSC-JT, conforme a competência normativa, os processos de jurisdição voluntária para análise na forma estabelecida pelo artigo 855-D, da CLT. Publique-se. São Paulo, 13 de novembro de 2017. WILSON FERNANDES Desembargador Presidente do Tribunal JANE GRANZOTO TORRES DA SILVA Desembargadora Corregedora Regional Passo a Passo 1º - Protocolizar a Petição de Acordo Extrajudicial, no PJE, como um processo comum; 2º - Escolher a classe Homologação de Transação Extrajudicial; 3º - Será distribuído para uma Vara do Trabalho como se fosse um processo comum; 4º - Qualificar as partes e os advogados(as) que deve ser 01 advogado(a) para cada parte; 5º - Ao receber as petições, os juízes, PODERAM encaminhar para os CEJUSCs; 6º - A petição inicial DEVE indicar: Pessoa Física nome, CPF, RG, CTPS, PIS-PASEP ou NIT, nome da mãe, endereço complete com CEP, Valor da Causa, identificação dos advogados. Pessoa Jurídica CNPJ, CEI, Cópia do contrato social. Fatos: A natureza do acordo (com ou sem vínculo de emprego), verbas de natureza salarial ou indenizatórias, cláusula penal (multa), identificação das parcelas e valores, identificação do responsável pelos recolhimentos fiscais e previdenciários e a discriminação das parcelas (valores e data de pagamento). 7º - Juízo de Admissibilidade das Petições de Acordo que não serão acolhidas quando forem ilegais ou inadmissíveis. Ilegal/Inadimissível quando versarem sobre direitos INdisponíveis, a saúde, a integridade física e interesses de terceiros. 8º - Reconhecimento de Vínculo de Emprego, só na contenciosa. 9º - Vencida a admissibilidade o processo é incluído em pauta, com designação de audiência com os conciliadores (CEJUSC) que poderá ser homologada imediatamente ou

encaminha para homologação do juízo. 10º - A Sentença de Homologação do Acordo, conterá: valor do acordo, tempo e modo de pagamento, cláusula penal (multa), Discriminação das Verbas, Extensão da Quitação (apenas das parcelas ou do CT), Recolhimentos fiscais e previdenciários, Custas e a necessidade de intimar a União. A sentença NÃO LIBERARÁ FGTS E SD. 11º - Indeferimento do pedido de acordo, cabe R.O. ou RT (contencioso) - PRESCRIÇÃO 12º - Não cumprido o Acordo a execução deve ser direcionada para a Vara do Trabalho e não para o CEJUSC. CCP Comissão de Conciliação Prévia Sua instituição é facultativa. Pode ser no âmbito empresarial ou entre sindicatos. Só pode conciliar conflitos envolvendo empregados da respectiva categoria e desde que não envolva apenas verbas rescisórias. (Portaria 329/2002). TÍTULO VI-A DA COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Art. 625-B 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. Art. 625-E Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. I-) DA NÃO SUBMISSÃO À COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. Em relação à desnecessidade da utilização da Comissão de Conciliação Prévia, temos que o artigo 625, letra "D" da CLT foi suspenso LIMINARMENTE em 13/MAI/09, por maioria de votos do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) nas ADIN's (Ação Declaratória de Inconstitucionalidade) n s 2139 e 2160,

razão pela qual, toda e qualquer arguição da Reclamada no sentido de impugnar o curso da presente demanda DEVE ser rechaçado por este Douto Juízo, face a fundamentação exposta, o que por ora se requer. CONCILIAÇÃO DE CONFLITOS COLETIVOS A exaustiva tentativa de conciliação tem sido considerada pelo TST como condição da ação para os dissídios coletivos. Se frutífera gera convenção coletiva ou acordo coletivo. Convenção Coletiva: Entre sindicatos. Aplicabilidade para toda categoria profissional e patronal. Acordo Coletivo: Entre sindicato e uma ou mais empresas. Aplicabilidade restrita. Art. 114 1º CF - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. NOVIDADE REFORMA TRABALHISTA Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017) Orientação Anamatra: CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. ADEQUAÇÃO DA AUTONOMIA DA VONTADE DIANTE DE DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS. ANÁLISE DA LEGALIDADE. VERIFICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL PELA AUDITORIA FISCAL DO TRABALHO. I- Normas autônomas devem integrar a legislação trabalhista a partir do princípio norteador da norma mais favorável. A autonomia da vontade coletiva, enunciada no art. 8º, paragrafo 3º da Lei nº 13.467/17, não pode se sobrepor a direitos fundamentais nem a preceitos constitucionais, tais como a valorização do trabalho, o respeito à dignidade humana e à saúde e segurança dos trabalhadores. II- Prevalece em todo caso em relação à matéria negociada, os princípios da proteção, da norma mais favorável e da inafastabilidade da tutela jurisdicional. III- A Auditoria Fiscal do Trabalho possui o dever de exigir o cumprimento das normas laborais mais favoráveis ao trabalhador, sejam elas constitucionais, infraconstitucionais ou negociadas, o que inclui a possibilidade de verificação da aplicabilidade ou não de convenções e acordos coletivos de trabalho sob aquela sistemática.

I pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II banco de horas anual; Banco de Horas. Continua cmo era antes da Reforma, via CCT ou ACT e validade de 01 ano: Art. 59, 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. TODAVIA AGORA, existe a possibilidade de Banco de Horas entre Empregado e Empregador via Acordo Escrito. Prazo Máximo = 06 meses. 5º O banco de horas de que trata o 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de SEIS MESES. Mesmo que as Horas Extras sejam Habituais, ainda haverá a possibilidade do Banco de Horas. Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Na hipótese de RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. Art. 59, 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos 2º e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) III intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; A Reforma Trabalhista NÃO alterou a CLT: Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo

em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. O que sofreu alteração foi a Indenização pela NÃO Fruição: Orientação Anamatra: Art. 71 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Direitos trabalhistas garantidos por normas de ordem pública, relativos a medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, são infensos à redução ou supressão mediante negociação coletiva, consoante a interpretação conjunta dos incisos XXII e XXVI do art. 7º da Constituição. É, portanto, inconstitucional a previsão do art. 611- A, III e XII, da CLT (com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017). IV adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro de 2015; III - Proteção do Salário PSE - Programa Seguro-Emprego Lei 13.456/2017 Possibilidade de reduzir, inclusive o salário-nominal? Art. 2 o Podem aderir ao PSE as empresas de todos os setores em situação de dificuldade econômico-financeira que celebrarem acordo coletivo de trabalho específico de redução de jornada e de salário. (Redação dada pela Lei nº 13.456, de 2017) Art. 5 o O acordo coletivo de trabalho específico para adesão ao PSE, celebrado entre a empresa e o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica preponderante da empresa, pode reduzir em até 30% (trinta por cento) a jornada e o salário. Art. 6 o A empresa que aderir ao PSE fica proibida de: I - dispensar arbitrariamente ou sem justa causa os empregados que tiverem sua jornada de trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao PSE e, após o seu término, durante o prazo equivalente a um terço do período de adesão; V plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; VI regulamento empresarial; VII representante dos trabalhadores no local de trabalho; VIII teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; IX remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; X modalidade de registro de jornada de trabalho; XI troca do dia de feriado;

XII - enquadramento do grau de insalubridade; XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho; (Revogado Medida Provisória nº 808, de 2017) MEDIDA PROVISÓRIA Nº 808 XII enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em locais insalubres, incluída a possibilidade de contratação de perícia, afastada a licença previa das autoridades competentes do Ministério do Trabalho, desde que respeitadas, na integralidade, as normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; Orientação Anamatra: Direitos trabalhistas garantidos por normas de ordem pública, relativos a medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, são infensos à redução ou supressão mediante negociação coletiva, consoante a interpretação conjunta dos incisos XXII e XXVI do art. 7º da Constituição. É, portanto, inconstitucional a previsão do art. 611- A, III e XII, da CLT (com a redação dada pela Lei nº 13.467/2017). XIV prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivo; XV participação nos lucros ou resultados da empresa. 1º No exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho observará o disposto no 3º do art. 8º desta Consolidação. Art. 8º, 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) HETEROCOMPOSIÇÃO - Implica na solução do conflito imposta por um terceiro. Pode ser Privada (Arbitragem) ou Pública (Jurisdição). ARBITRAGEM Lei 9.307/96 Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. A arbitragem surge no momento em que as partes não resolveram de modo amigável a questão. As partes permitem que um terceiro, o árbitro, especialista na matéria discutida, decida a controvérsia.

A decisão do Juízo Arbitral tem a força de uma sentença judicial e não admite recurso. Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário. NOVIDADE REFORMA TRABALHISTA LEI 13.467/2017 Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. (R$ 5.531,31 X 2 = R$ 11.062,62) Enunciado Anamatra: CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM NAS RELAÇÕES DE TRABALHO. ART. 507-A DA CLT. IMPOSSIBILIDADE DE SER INSTITUÍDA EM SE TRATANDO DE CRÉDITOS DECORRENTES DA RELAÇÃO DE TRABALHO, À LUZ DO ARTIGO 1º DA LEI 9.307/96, ART. 100 DA CF/88, ART. 1707 DO CC E ART. 844, 4º, II DA CLT. CARÁTER ALIMENTAR DO CRÉDITO TRABALHISTA. INDISPONIBILIDADE E INDERROGABILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS. Seja como for, a jurisdição já aceitava mesmo antes da reforma. Jurisprudência: COMPROMISSO ARBITRAL. SOLUÇÃO DE CONFLITOS INDIVIDUAIS. CABIMENTO. CARACTERIZAÇÃO DE COISA JULGADA. Pugna o Recorrente pela reforma do decisum proferido pelo MM. a quo, que extinguiu sem resolução do mérito os pleitos articulados na incoativa sob o fundamento de que se operara coisa julgada no feito, em virtude do compromisso arbitral celebrado entre as partes litigantes. Se não há nos autos prova passível de demonstrar que o Reclamante optou pelo compromisso arbitral em virtude de coação, não há que se falar na fraude alegada, confirmandose, no particular, a r. sentença recorrida. TRT-5 - RECURSO ORDINARIO RO 465004320065050037 BA 0046500-43.2006.5.05.0037 (TRT-5) Data de publicação: 09/10/2007 Requisitos: Agente capaz e direito disponível. Árbitro: um ou mais (sempre ímpar), ad hoc ou institucional. Critérios: de direito ou de eqüidade. Instituição: cláusula compromissória (extrajudicial) ou compromissória arbitral (judicial). Prazo: Fixado pelas partes. No silêncio 6 meses. Resultado: Sentença arbitral. Não sujeita a recurso. Vale como título executivo judicial. Sujeita-se a ação anulatória e não rescisória.

O MPT pode atuar como árbitro (Art. 83, XI, Lei Complementar 75/93), inclusive de propostas finais. VANTAGENS: Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de competência da Justiça do Trabalho; Pressupõe alguma convergência de vontade (escolha do árbitro, critérios da arbitragem, etc.). Maior celeridade na solução dos conflitos, já que a decisão não está sujeita a recursos. APLICABILIDADE DA ARBITRAGEM NOS CONFLITOS COLETIVOS Nos conflitos coletivos, tem preferência à solução jurisdicional (art. 114, 2º, CF). Art. 114, 1º CF - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Pode ser instituída com fundamento no art. 613, V, CLT. Art. 613 - As Convenções e os Acordos deverão conter obrigatoriamente: V - Normas para a conciliação das divergências sugeridas entre os convenentes por motivos da aplicação de seus dispositivos; Embora a Lei 9.307/96 não preveja a aplicação para conflitos trabalhistas, há expressa previsão constitucional. JURISDIÇÃO Jurisdição é forma heterônoma estatal de solução dos conflitos. Provém da expressão latina juris dictio que significa dizer o direito. É definida como o Poder/dever do Estado de dizer o direito no caso concreto, solucionando o conflito. É um poder eis que, uma vez instaurada, a sua solução vincula as partes envolvidas no conflito, apresentando-se, assim, como uma das faces da jurisdição. É um dever porque o Estado impede a autotutela e, ao faze-lo, assume para si o ônus de solucionar todo conflito que lhe for apresentado. A todo dever corresponde um direito. Qual o direito que corresponde ao dever de jurisdição? É o direito de ação, que se define como a faculdade geral e abstrata de provocar a jurisdição.

ESTADO (JUIZ) Pedido de entrega de tutela jurisdicional. É o pedido IMEDIATO. D. Processual. RECLAMANTE X RECLAMADO Pedido Imediato é a entrega da tutela jurisdicional (D. Processual). Pedido Mediato é a própria pretensão resistida. (D. Material). D. Processual: Ramo do direito que rege a forma pela qual o Estado entregará a tutela Jurisdicional. Ritos: Sumário Sumaríssimo e Ordinário. 2ª PARTE (TGP 2/2) 3. Jurisdição e o direito de ação. 3.1. Definição de Direito de ação 3.2. Condições da ação 3.2.1. Legitimidade de parte 3.2.2. Interesse de agir 3.2.3. Possibilidade jurídica do pedido 3.3. Pressupostos Processuais 3.3.1. Juiz Competente 3.3.2. Capacidade de ser parte (Civil e postulatória). 3.3.3. Uma demanda regularmente formulada. 4. Nulidades processuais Jurisdição JURISDIÇÃO E O DIREITO DE AÇÃO Termo que se origina do latim juris dictio e significa dizer o direito. Jurisdição é o Poder/Dever do Estado de Dizer o direito solucionando o conflito no caso concreto. É um Poder porque a solução estatal é vinculativa. Seu cumprimento não depende da vontade das partes É um Dever, na medida em que o Estado impede a autotutela. Ao assim fazer, atrai para si a obrigação de solucionar o conflito. A toda obrigação corresponde um direito. Ao dever do Estado de prestar jurisdição é correspondente o direito de ação concedido a todo cidadão. A jurisdição é una e indivisível, como o próprio Poder Soberano. Dizer que sobre um mesmo território existem várias jurisdições é o mesmo que admitir a existência de várias soberanias. Competência é a Limitação da Jurisdição.

Art. 337, II CPC - incompetência absoluta art.114 CF e relativa art. 651 da CLT JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA: EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA Art. 240 CPC - A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). A incompetência pode ser ABSOLUTA ou RELATIVA. A Incompetência Absoluta, no processo do trabalho, é estabelecida em razão da matéria (art. 114 da CF), não podendo ser derrogada por convenção entre as partes (artigo 62 CPC). A incompetência absoluta pode ser reconhecida pelo juiz e/ou alegada pela parte, a qualquer tempo e grau de jurisdição - (artigo 64, 1º CPC). Art. 64, 1º do CPC - A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. A competência absoluta não preclui e, já era arguida em preliminar de contestação, pois não suspende o processo. A Incompetência Relativa é prorrogável, EXIGINDO-SE, portanto, da Reclamada, expressa manifestação, do contrário, o juízo tornar-se competente. Ela é estabelecida em razão do critério territorial, (art. 651 CLT) podendo ser modificada de acordo com as circunstâncias de cada caso. REDAÇÃO REVOGADA: Art. 800 Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. Momento de apresentação da Exceção de Incompetência em Razão do Local: Art. 64 do CPC A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. NOVA REDAÇÃO: Art. 800. Apresentada exceção de INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que signalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.

2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente. 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente. POSSIBILIDADE DE RECORRER DA DECISÃO QUE ACOLHE A EXCEÇÃO? Exceção: Art. 799, 2º CLT - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final. TST, SUM-214 - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, 2º, da CLT. Jurisprudência: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE INCOMPETENCIA EM RAZÃO DO LUGAR. IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA. Na Justiça do Trabalho, a decisão que acolhe a exceção de incompetência territorial não enseja recurso imediato, salvo na hipótese de decisão que remete os autos para o Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante disposto no art. 799, 2º, da CLT (inteligência da sumula 214, TST). (TRT-5 - AIRO: 898402020085050311 BA 0089840-20.2008.5.05.0311, Relator: SÔNIA FRANÇA, 3ª. TURMA, Data de Publicação: DJ 11/11/2009) E a Competência no CPC. Novidades? IN 39 do TST Art. 2º Sem prejuízo de outros, NÃO SE APLICAM AO PROCESSO DO TRABALHO, em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código de Processo Civil: I - art. 63 (modificação da competência territorial e eleição de foro); Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

Exceções ao Exercício da Jurisdição: Jurisdição exercida pelo Senado Federal para processor e julgar algumas autoridades por crimes de responsabilidade (CF art. 52, I e II) Compromisso Arbitral. AÇÃO A ação é o direito subjetivo, do jurisdicionado, correspondente ao dever de jurisdição do Estado, que impede a autotutela. A concepção moderna da teoria da ação a define como um direito público, subjetivo e abstrato de provocar a jurisdição. Público porque exercido contra o Estado. Subjetivo porque está no campo da facultas agendi, já que seu exercício pelo jurisdicionado é uma faculdade e não uma obrigação. Constitucional porque está expressamente amparado pela Constituição Federal. (Art. 5º, XXXV). XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Abstrato porque sua existência não está relacionada com a existência do direito material nela perseguido. O direito de ação existe ainda que improcedente o resultado final. Logo, o direito de ação é o direito de postular em juízo para aguardar a entrega da tutela jurisdicional que solucionará o conflito, tendo ou não o autor direito a esta pretensão. Portanto, no Plano Constitucional, o Direito de Ação é enfocado de forma ampla, subjetiva e abstrata. Diversamente, no Plano Processual, o Direito de Ação está relacionado a uma pretensão, sendo o seu exercício condicionado a certos requisitos, com destaque às condições da ação. ELEMENTOS DA AÇÃO A ação é identificada por meio de três elementos essenciais. Partes, elementos Subjetivos. Causa de Pedir e Pedido, são os elementos Objetivos. Trata-se de questão relevante para verificar, por exemplo, a existência de litispendência e de coisa julgada entre duas ações (art. 337, 1º a 4º, do CPC), bem como para examinar a conexão e continência entre ações, para fins de competência (arts. 55 e 56 do CPC). A causa de pedir engloba os fatos e fundamentos jurídicos, dos quais decorre o pedido. A causa de pedir pode ser próxima (fundamentos jurídicos) e remota (fatos).

INICIAL TRABALHISTA - 1º art. 840 CLT X INICIAL CÍVEL art. 319 CPC Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS - art. 840, 1º da CLT X CAUSA DE PEDIR - art. 319 do CPC Art. 319. NCPC - A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; O pedido é o objeto do processo, ou seja, a pretensão formulada. A exposição dos fatos DEVE ser simples e sintética, enquanto a causa de pedir é acoplada à formulação da pretensão, da exigência de algum direito e da motivação. O adjetivo breve do 1º do art. 840 da CLT, não foi lançado a esmo pelo legislador e objetiva realmente desonerar o empregado de maiores detalhamentos técnicos. Tanto que se admite o Pedido Implícito: 1ª hipótese - Multa do artigo 467, CLT: Jurisprudência: PRINCÍPIO DA EXTRAPETIÇÃO. MULTA DO ART. 467 DA CLT. A possibilidade de aplicação do "Princípio da Extrapetição" encontra amparo no parágrafo 4º do artigo 461 do CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho nos termos do art. 769 da CLT. E, fato é que referido princípio autoriza o juiz a conferir, de oficio, pedidos não constituídos na inicial, mas que, pela autorização do legislador, podem ser exercidas dentro do seu poder dispositivo, sendo exemplos, a condenação em litigância de má-fé, a multa do artigo 467 da CLT, a correção monetária e os juros. TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00006904420135020373 SP 00006904420135020373 A28 (TRT-2) Data de publicação: 10/10/2014 Art. 537 CPC - A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada

na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. 2ª hipótese - Pagamento da reintegração, quando esta se tornar inviável (art. 496, CLT; Súmula 396, II, TST); Súmula nº 396 do TST. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" II - Não há nulidade por julgamento extra petita da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. 3ª hipótese - Juros legais e Correção monetária (Súmula 211, TST); Súmula nº 211 do TST JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação, ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação. DICA: Sessão da Tarde Prof. Joseval Martins Viana e Custódio Nogueira. https://www.youtube.com/watch?v=sbr2bgffdqw&t=120s CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES A ação pode ser de conhecimento, ação de execução, ação cautelar (atualmente prevista como tutela provisória de urgência de natureza cautelar) e as ações mandamentais. A ação de conhecimento é aquela na qual se pleiteia que o mérito da pretensão seja julgado, por meio da atuação do Direito objetivo no caso concreto. A Ação de Conhecimento se subdivide em ação declaratória, constitutiva e condenatória. 1.) AÇÃO DECLARATÓRIA tem como objetivo declarar a existência ou inexistência de relação jurídica, bem como a autenticidade ou falsidade de documento. Exemplificando, a ação cujo pedido seja de declaração da existência da relação de emprego, ou a declaração da nulidade absoluta do contrato de trabalho, em razão de o objeto ser ilícito. Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento. Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.