RAIVA BOVINA Revisão de Literatura

Documentos relacionados
Rev. Bras. Saúde Prod. An., v.4, n.1, p , 2003 ISSN

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES RAIVA

RAIVA EM BOVINOS REVISÃO DE LITERATURA RESUMO ABSTRACT 1. INTRODUÇÃO

S U M Á R I O. 1 Ainda Ocorrem Casos de Raiva Humana? 2 O que é a Raiva? 3 Como a Raiva é Transmitida? 4 Como Previnir a Raiva?

VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA EM BOVINOS E EQUINOS DA ZONA RURAL DE BOTUCATU, SÃO PAULO.

PREVALENCIA DA RAIVA EM BOVINOS, OVINOS E CAPRINOS NO ANO DE 2007 NO ESTADO DO PARANÁ. ABSTRACT

MORDEDURA - RAIVA. Dra. SÔNIA MARIA DOS SANTOS

Raiva (Hidrofobia) 1 - Definição

Profilaxia da Raiva Humana

Carteira de VETPRADO. Hospital Veterinário 24h.

PORQUE EXISTE ESTA COORDENAÇÃO?

RAIVA DOS HERBÍVOROS NO BRASIL

CONTROLE DA RAIVA URBANA EM CÃES PARA O CONTROLE DA RAIVA HUMANA

RAIVA. Agente etiológico - É um vírus RNA. Vírus da raiva humana, do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.

01 de Janeiro de 2016

Informe Epidemiológico Raiva 25/11/2014

Guia para os Professores ESTUDO DE CASO: RAIVA HUMANA TRANSMITIDA POR CÃES

ESTOMATITE VESICULAR Revisão de Literatura

ANÁLISE DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E CONTROLE DA RAIVA NO MUNICÍPIO DE SOBRAL, CEARÁ, BRASIL NO PERÍODO DE 2003 A 2007

RESSALVA. Atendendo solicitação do autor, o texto completo desta tese será disponibilizado somente a partir de 04/04/2016.

PROJETO SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA: CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA RAIVA EM CÃES E GATOS NO MUNICÍPIO DE DESCALVADO/SP RESUMO

Data: Nome: Ano/Série: 7 ano. Ficha 4 Vírus

Programa Analítico de Disciplina VET340 Doenças Bacterianas

2. Sinonímia: Hidrofobia Doença do Cachorro Louco

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

CAPACITAÇÃO AGENTE COMUNITÁRIOS

Garoto morre de Raiva em Teresina 4

DOENÇA DE NEWCASTLE. Figura 1: Distribuição da doença de Newcastle. Julho a Dezembro de Fonte: OIE.

CAROLINA MARQUES RIBEIRO PESSOA PARVOVIROSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA.

RAIVA EQUINA RELATO DE CASO

Departamento de Saúde Animal Centro Pan-Americano de Febre Aftosa- PANAFTOSA-OPS/OMS

RAIVA EM ANIMAIS SILVESTRES. Introdução

14/02/2012. Primeiros colonizadores trouxeram animais domésticos (equinos e bovinos) Animais tratados por pessoas empíricas

CARACTERIZAÇÃO DAS AGRESSÕES CANINAS A HUMANOS PARA CONTROLE DA RAIVA URBANA EM MUZAMBINHO, MG

VARIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DA RAIVA HUMANA NO BRASIL E EM MOÇAMBIQUE DE 2001 A 2007

Risco Ocupacional X Vacina. José Geraldo Leite Ribeiro

Raiva humana VS Componente Epidemiológico

MAPEAMENTO DE ABRIGOS DE MORCEGOS HEMATÓFAGOS (Desmodus rotundus e Diphylla ecaudata) NO NORTE FLUMINENSE E SUL DO ESPÍRITO SANTO

Aspectos Epidemiológicos da Raiva

ESPOROTRICOSE EM FELINOS DOMÉSTICOS

CISTICERCOSE BOVINA EM PROPRIEDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA-MG: INVESTIGAÇÃO E FATORES DE RISCO

Raiva. Replicação no citoplasma - corpúsculo de inclusão

CRIAÇÕES ALTERNATIVAS A DOMESTICAÇÃO E A RELAÇÃO HOMEM-ANIMAL

Grade Curricular - Medicina Veterinária

MODELO DE RISCO PARA A CIRCULAÇÃO DO VÍRUS DA RAIVA EM HERBÍVOROS NO BRASIL. Guilherme Basseto Braga FMVZ-USP

9º ano em AÇÃO. Assunção contra o mosquito!

VÍRUS PROF.º MÁRIO CASTRO PROMARIOCASTRO.WORDPRESS.COM

Mortes de macacos e a prevenção da febre amarela no Brasil, 2007 e 2008.

Resolução de Questões de Provas Específicas Recentes

Biologia. Rubens Oda (Julio Junior) Doenças

ESQUEMA DE VACINAÇÃO E VERMIFUGAÇÃO PARA CÃES E

Zoonoses SALMONELOSE ETIOLOGIA ETIOLOGIA ETIOLOGIA 17/06/2011. Salmonelose Leptospirose Tuberculose

PAPILOMATOSE BUCAL CANINA

Tuberculose. Definição Enfermidade infecto-contagiosa evolução crônica lesões de aspecto nodular - linfonodos e pulmão Diversos animais Zoonose

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE RAIVA E CINOMOSE CANINA EM AMOSTRAS DE CÉREBRO DE CÃES

Vacinas e Vacinação 24/02/2014. Prof. Jean Berg. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção.

Medidas populacionais de bem-estar

Vacinas e Vacinação. cüéya ]xtç UxÜz 18/5/2010. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção.

EDITAL N 100/2010 PARA SELEÇÃO DOCENTE 2º SEMESTRE 2010

A saúde do seu animal é algo que tem de ser cuidadosamente vigiada junto do seu veterinário.

MORCEGOS E A RAIVA: QUESTÕES PARA O FUTURO. Juliana Castilho Instituto Pasteur Outubro 2007

Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais

RAIVA CANINA NO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ-MS, 2015 RELATO DE CASO

Prof. Dr. Vitor Salvador P. Gonçalves EpiPlan/FAV/UnB

[CINOMOSE]

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Jean Berg Alves da Silva HIGIENE ANIMAL. Jean Berg Alves da Silva. Cronograma Referências Bibliográficas 09/03/2012

Expansão da febre amarela para o Rio de Janeiro preocupa especialistas

Vigilância Epidemiológica de Agravos Transmissíveis de Notificação Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN

BOTULISMO EM CÃES - RELATO DE CASO

Avaliação dos casos de atendimento antirrábico humano notificados no município de São Miguel do Oeste SC no ano de 2009

Ocorrência de Raiva dos Herbívoros no Paraná

ALVIM, Nivaldo Cesar BERMEJO, Vanessa Justiniano

ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA COM VACINAÇÃO CONSOLIDAÇÃO EVOLUÇÃO PARA LIVRE SEM VACINAÇÃO SEMINÁRIO INTERNACIONAL PRE- COSALFA XXXVIII

José Eduardo Chaib de Moraes, Alexandre Folcheti Zanata, Célia Maria Thomé, Débora Conceição I II II I

Portaria de Instauração de Procedimento Administrativo

[ERLICHIOSE CANINA]

HEPATITES VIRAIS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: BRASIL, NORDESTE E PARAÍBA

Raiva animal na cidade do Rio de Janeiro: emergência da doença em morcegos e novos desafios para o controle

VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA EM BOVINOS E EQUINOS DA ZONA RURAL DE BOTUCATU, SÃO PAULO

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.

Caracterização da raiva humana no Brasil no período de Characterization of human rabies in Brazil between

Analise dos acidentes por animais com potencial de transmissão para raiva no município de Caçapava do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Vacinação contra Febre Amarela em Santa Catarina. Arieli Schiessl Fialho

Cadeia epidemiológica

11/23/2008. Dor leve, moderada - Fuga. Trauma agudo. A na lgesia sedação. C a racterísticas farmacológicas das substâncias usadas

UM ESTUDO SOBRE DOENÇAS CAUSADAS POR ANIMAIS DE RUA E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE PÚBLICA.

Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte 12 a 15 de setembro de 2004

AVALIAÇÃO DA ROTINA DO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA. Palavras chaves: Isolamento, antimicrobianos, leite, resistência.

BOAS PRÁTICAS DA PRODUÇÃO DE LEITE

MANEJO SANITÁRIO EM BOVINOS DE CORTE 1

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA RAIVA ANIMAL REALIZADA POR ALUNOS NA REGIÃO DE DESCALVADO/SP RESUMO

RAIVA HUMANA: TRANSMISSÃO A HUMANOS POR CÃES E GATOS NO MUNICÍPIO DE BALSAS-MA

Epidemiologia. Disciplina: Higiene e profilaxia animal. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANUAL CONTRA A RAIVA EM CÃES E GATOS NO MUNICÍPIO DE BOTUCATU

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Aspectos da vigilância epidemiológica das vítimas de mordedura em São Luís, Maranhão

FEBRE AFTOSA REVISÃO DE LITERATURA FOOT FEVER- LITERATURE REVIEW

Chikungunya: o próximo desafio

Transcrição:

RAIVA BOVINA Revisão de Literatura Freitas. Elaine Bernardino Discente do curso de Medicina Veterinária FAMED - Garça ZAPPA, Vanessa Docente da Faculdade de Medicina Veterinária FAMED - Garça RESUMO A Raiva é uma zoonose infecciosa aguda fatal que afeta os bovinos, mamíferos, carnívoros, silvestres e o homem. Caracterizada principalmente por sinais nervosos que variam de agressividade à paralisia e se transmite pela mordedura e lambedura de animais acometidos. A Raiva rural, representada pelos herbívoros de modo geral, vem aumentando devido à falta de uma política de combate mais efetivo e o desequilíbrio ecológico. Palavra Chave: Raiva, bovinos, morcegos hematófagos. Tema Central: Medicina Veterinária ABSTRACT The Rage is a sharp infectious zoonosis fatal that it affects the bovine ones, mammals, carnivorous, wild and the man. Characterized mainly by nervous signs that you/they vary from aggressiveness to the paralysis and it is transmitted by the bite and lambedura of attacked animals. The rural Rage, acted by the herbivores in general, it is increasing due to the lack of a politics of more effective combat and the ecological unbalance Key word: Rabies, bovine, bats 1. INTRODUÇÃO A Raiva é conhecida desde 2.300 a.c. onde se estabeleceu que epidemias eram transmitidas através de mordeduras. Demokrit (500a.C.) e Aristóteles (400a.C.) descreveram o quadro clínico da Raiva para os animais, Celsus (100a.C.) para o ser humano. Em 1804 Zinke demonstrou a infecciosidade da saliva inoculando-a em cães sadios, reproduzindo a doença. Gruner e Salm (1813) confirmaram o mesmo fato para a Raiva em herbívoros. No mesmo ano Magendie e Breschet reproduziram a doença no cão a partir da saliva de paciente humano com Raiva. Em 1885, Pasteur, trouxe grande progresso com a possibilidade do desenvolvimento de proteção, pela utilização de vacinas em humanos (ACHA 1986).

2. CONTEÚDO A enfermidade possui grande importância mundial por ser uma zoonose de grande relevância na saúde pública, embora tenha declinado a sua incidência na última década, no seu ciclo urbano, em virtude da implantação, em 1973, do plano nacional de profilaxia da Raiva e por uma maior conscientização da comunidade quanto ao risco de ter um animal não vacinado (GEORGE, 1994). Todos os mamíferos são sensíveis ao vírus da Raiva, sendo a sensibilidade variável com a espécie, não ocorrendo, entretanto, diferença entre sexo e com relação à idade os animais jovens são mais sensíveis (LIMA, 2001). A Raiva é doença provocada por vírus, caracterizada por sintomatologia nervosa que acomete animais de sangue quente onde quase 100% dos casos são fatais. Transmitida pelo cão, gato, rato, bovino, eqüino, suíno, macaco, morcego e animais silvestres, através da mordedura e lambedura da mucosa e da pele lesionada por animais raivosos. Os animais silvestres são reservatórios primários para a raiva na maior parte do mundo, mas os animais domésticos de estimação são as principais fontes de transmissão para os seres humanos. (RODOSTITS et al. 2000). Os morcegos hematófagos são os principais transmissores da doença no meio rural, deslocando-se de seu habitat, geralmente, cavernas localizadas em matas fechadas, para se esconder em bueiros ou casas abandonadas no campo. Nesse movimento, acaba espalhando a doença (LIMA, 2001). O vírus pertence à família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus seu material genético é o ácido ribonucléico (ARN), sendo ele altamente neurotrópico (GEORGE, 1994). Calcula-se que a Raiva mata 100.000 bovinos por ano na América Latina e gera perdas de 30 milhões de dólares. Metade desse prejuízo ocorre no Brasil,

que tem, por ano, 40.000 a 50.000 bovinos vitimados por essa enfermidade, conforme dados oficiais do Ministério da Agricultura e estimativas de subnotificações. Além desses danos diretos, podemos citar alguns indiretos como: diminuição da qualidade do couro do animal, perda de peso e redução da produção de leite (FRANCO 1998). Entre os anos de 1988 a 1997 452 pessoas foram acometidas somente no município de São Paulo, das quais 72,1% foram contaminadas pelo cão e 11,1% pelos morcegos, sendo este último, o segundo maior transmissor para os humanos. Essa perda econômica, mais os crescentes números de casos de Raiva rural ou herbívora, juntamente com o risco de saúde pública (RAMOS & RAMOS, 1999). A sintomatologia da Raiva em bovinos é basicamente nervosa, sendo o quadro paralítico mais evidenciado do que o quadro furioso, apresentando isolamento do animal acometido em relação ao restante do rebanho, tristeza, hiperexcitabilidade, tremores musculares, sialorréia, dificuldade de deglutição, paralisia dos membros posteriores com decúbito e posterior morte entre 4 a 6 dias após o início do quadro (FAVERO, 2001). Outros comportamentos anormais foram ranger de dentes e movimentos de pedalagem, estando em acordo com os trabalhos de RONDON et al. (1995) e NETTO (1997). Andar cambaleante e paresia flácida dos membros posteriores foram achados comuns do sistema locomotor, explicados pela agressão viral aos centros nervosos e vias aferentes e eferentes da motilidade, equilíbrio e coordenação motora (RADOSTITS et al., 2000). O controle e a prevenção da Raiva passam pela vacinação efetiva do rebanho e pelo controle na imunização de cães e gatos (FAVERO, 2001). Combates a morcegos hematófagos transmissores dessa doença. A erradicação completa contempla duas vertentes: a primeira seria a vacinação continuada e efetiva em áreas persistentes da doença, a segunda o controle residual de infestações em áreas de risco (VUILLAUME et al., 1998). A vacinação contra a Raiva em bovinos deve ser a partir de três meses de vida, período no qual o sistema imunológico nos animais jovens já está formado,

porém com incapacidade de responder plenamente aos antígenos aos quais estão expostos (RADOSTITS et al., 2000). 3. CONCLUSÃO É fundamental conhecer profundamente o controle, prevenção e o comportamento do morcego hematófago, além da reação ao meio ambiente. A falha no manejo sanitário ou a baixa imunidade vacinal nos bovinos são as principais causas da infecção pela Raiva bovina. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACHA, P. N. ; SZYFRES, B. Rabia. In : Zoonosi y enfermidades transmissibles comunes al hombre y a los animales. 2. ed. Washington: OPS/OMS Organização Mundial de la Salud, 1986. p. 502-526 FAVERO, A. Raiva em bovinos. Pecuária de Corte, São Paulo, v. 12, n.111, p.47-49, 2001. FRANCO, M. Raiva mata mais bovinos e eqüinos e preocupa. DBO Rural, Goiânia, v. 17, n. 214, p. 84-88, 1998. GEORGE, L. W. Moléstias do sistema nervoso. In: SMITH, B. P. S. Tratado de medicina de grandes animais. São Paulo: Manole, 1994. v. 2. p. 921-924. LIMA, M. Alerta vermelho. Revista da Associação Brasileira de Criadores de zebu, São Paulo, v. 1, n. 3, julho/ agosto, 2001. NETTO, L. P. Raiva nos herbívoros. Pecuária de Corte, São Paulo, v. 8, n. 73, p. 55-56, 1997. RADOSTITS, O. M., BLOOD, D.C., GAY, C.C. Atextbook of the diseases of cattle, sheep, pigs and horses. In: Veterinary Medicine. 9. ed. Londres: Bailliere Trindall, 2000,1763p.

RAMOS, P. M. ; RAMOS, P. S. Estudo retrospectivo quanto aos animais agressores para a raiva, no Município de São Paulo, Brasil, no período de 1988 a 1997. Revista de Educação Continuada do CRMV-SP, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 81-84, 1999 RONDON, E. S. ; BASTOS, P. V. ; SILVA, D. A. ; PICCININI, R. S. Estudo comparativo da sintomatologia clínica de bovinos suspeitos de raiva. Revista Brasileira Medicina Veterinária, Rio de Janeiro, v. 17, n. 6, p. 253-256, 1995. VUILLAUME, P., BRUYERE, V., AUBERT, M. Comparison of the effectiveness of two protocols of antirabies bait distribution for foxes. Veterinary Research, Paris, v. 29, n.6, p. 537-547, 1998.