Ocorrência de Raiva dos Herbívoros no Paraná
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- Gilberto Carreira Coelho
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1 Ocorrência de Raiva dos Herbívoros no Paraná Curitiba PR 30 de outubro de 2015
2 INTRODUÇÃO: Revisão o sobre Raiva -Doença transmitida por vírus: Gênero Lissavírus - BRASIL: variantes Encefalite Aguda Fatal - Afeta animais silvestres, animais domésticos e o homem -Zoonose -Evolução Letal - Alto custo econômico
3 Raiva -Patogenia -Penetração no tecnervoso Receptores de Ach -Replicação - Progressão centrípeta Eclipse Viral (ausência de sintomas) -Atinge o SNC - Replicação Polioencefalomielite Rábica: - Neurofagia, infiltração perivascular de cél mononucleares Cerebelo: -Células de Purkinje -corpúsculos proteicos (C. de Negri) -Alteração funcional dos neurônios - Comprometimento do sistema límbico - Alteração de comportamento
4 Raiva -Sinais Clínicos - Isolamento -Apatia - Mugidos constantes -Perda de peso -Perda de apetite -Midríase - Andar cambaleante - Indoordenação motora -Tenesmo -Ranger de dentes - Dificuldade de engolir -Salivação - Espasmos musculares -Queda do animal - Opistótono - Movimento de pedalagens -Incapacidade de se manter em pé - Morte por parada respiratória.
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8 Raiva -Diagnóstico Diagnóstico - Somente laboratorial - Somente após a morte do animal Material de eleição: SNC (partes de encéfalo e medula) Técnicas Diagnósticas: - Imunofluorescência Direta - Isolamento Viral inoculação em sistemas biológicos - Prova viva - inoculação em camundongos IFD - Cultura celular
9 Raiva -Transmissão A transmissão ocorre pelo contato da saliva de animais infectados com lesões de continuidade (feridas, cortes) na pele de outros animais: - Mordedura de morcego hematófago - Contato de machucados/feridas com saliva de animais com Raiva - Mordedura de cães/gatos contaminados ( Raiva urbana ) Período de incubação: 6 meses (Cód. SanitárioAn. Terrestres -OIE)
10 O principal transmissor da Raiva dos herbívoros éo morcego hematófago da espécie Desmodus Rotundus Raiva -Transmissão
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14 Raiva Ciclo Epidemiológico
15 Portaria SDA Nº N 168, de 27/09/2005 Controle da Raiva dos Herbívoros Manual Técnico MANUAL TÉCNICO PARA CONTROLE DA RAIVA DOS HERBÍVOROS. Ações do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e Outras Encefalopatias (PNCRH) em todo o Território Nacional.
16 PNCRH Raiva: - Alto custo socioeconômico - Gastos em saúde pública - Perdas produtivas I) Objetivos Vacinação estratégica de animais de produção Controle populacional do transmissor (D. Rotundus)
17 PNCRH II) Competências do Serviço Veterinário Oficial Adapar Cadastro e Monitoramento de abrigos de morcegos Atendimento às suspeitas da doença Vigilância em locais de risco e diagnóstico laboratorial Educação Sanitária* Fornecimento de dados sobre as ações desenvolvidas
18 Profilaxia de Pré-exposi exposição Vacinaçã ção/titulação Normas de Profilaxia da Raiva Humana, Ed. 2014/Ministério da Saúde: Pessoas com risco de exposiçãopermanente ao vírus da raiva, durante atividades ocupacionais: Médicos veterinários; Profissionais de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva; Pessoas que atuam nacaptura,contenção, manejo,coleta de amostras,vacinação; Etc.
19 Profilaxia de Pré-exposi exposição Vacinaçã ção/titulação Pré-exposição: - 3 doses - Intervalos de aplicação: 0, 7, 28 - Controle sorológico: a partir do 14ºdia após a última dose - Titulação mínima: 0.5UI/mL de soro sanguíneo Profissionais que trabalham emsituação de alto risco, como os que atuam em laboratório devirologiaeanatomopatologiapara raivae os que trabalham com a captura de morcegos, devem realizar a titulação a cada seis meses.
20 Notificaçã ção o ao SVO de suspeita de Raiva - A Raiva é uma doença de notificação obrigatória. - Produtores rurais, transportadores, trabalhadores rurais e Médicos Veterinários devem comunicar o SVO a ocorrência de animais com sinais clínicos nervosos - Todo animal com sintomatologia nervosa deve ser considerado suspeito de raiva até prova em contrário. - Médicos veterinários privados podem coletar o material para diagnóstico* * Vacinação em dia/titulação * Coleta de acordo com a legislação/epi/form SN
21 Raiva -Atendimento àsuspeita Adapar: visita à propriedade em 24 horas. - Colheita de SNC - Preenchimento FORM IN/FORM SN Diagnóstico Laboratorial Positivo Raiva - Notificação Oficial à Saúde - Encaminhamento pessoas contato à Saúde - Condução medidas sanitárias no perifoco (12 km).
22 Modelo de Círculos C Concêntricos ntricos para Atuaçã ção o em Focos de Raiva: Medidas Sanitárias: Busca ativa de novos casos; Orientação à vacinação; Controle transmissores; Educação em Saúde Animal.
23 Raiva -Controle do Transmissor -Cadastro de abrigos de D. Rotundus -Monitoramento Anual dos abrigos: Presença do transmissor -Captura Método Seletivo Direto / Método Seletivo Indireto - Recomendações Técnicas: - Não destruir o abrigo - Não manipular ou matar morcegos - Tipos de abrigos: Cavernas Grutas Bueiros Forje Bueiro Poço Casas abandonadas Oco de árvore -ETC
24 Raiva -Controle do Transmissor Desmodus rotundus Diaemus youngii Diphylla ecaudata
25 Raiva -Controle do Transmissor D. youngii
26 Raiva -Controle do Transmissor D. ecaudata D. rotundus
27 Raiva -Controle do Transmissor
28 Raiva -Controle Seletivo Indireto
29 Raiva -Controle Seletivo Indireto Realizado pelo produtor Aplicação diária Ao final do dia
30 Raiva -Controle Seletivo Direto Captura de Curral
31 Raiva -Controle Seletivo Direto Captura em Abrigo Artificial
32 Raiva -Controle Seletivo Direto Captura em Abrigo Natural
33 Raiva -Vacinaçã ção o dos herbívoros VACINAR SEUS ANIMAIS: - Bovinos - Búfalos - Equideos - Caprinos - Ovinos Primovacinados Reforço da vacina após 30 dias. Regiões que a Raiva ocorre frequentemente: OS ANIMAIS DEVEM SER VACINADOS ANUALMENTE. Anualmente = Todos os anos
34 Raiva -Educaçã ção o Sanitária Educação sanitáriaéa denominação dada àprática educativa que busca induzir um determinado público a adquirir hábitos que promovam a saúde e evitem doenças do homem, dos animais e dos vegetais. (Forattini, 1992). A prevenção e o controle de doenças de grande impacto somente é possível se houver a colaboração da sociedade Ex: Dengue, HIV, Raiva, etc
35 Participaçã ção o do Méd. M Veterinário rio no combate à Raiva dos herbívoros Procurar a Secretaria Municipal de Agricultura ou o escritório da Adapar quando: 1. Observar algum animal com sintomas nervosos ou caídos com dificuldade de se levantar. Porque? Os técnicos da Adapar orientam sobre os procedimentos com os animais e coletam amostra para diagnóstico de Raiva em laboratório. 2. Observar animais com sinais de mordedura de morcegos ou suspeitar que algum local possa estar servindo de abrigo para morcegos (grutas, forjes, bueiros, poços). Porque? Os técnicos da Adapar orientam sobre como tratar os animais mordidos por morcegos e verificam os possíveis de abrigo dos morcegos. 3. Recomendar a vacinação dos animais quando houver casos de Raiva na região ou quando a Adapar solicitar. Porque? Vacinar os animais éa única maneira efetiva de prevenir a Raiva
36 Raiva Determinaçã ção o de Áreas de Risco Classificação de Risco: - Receptividade X Vulnerabilidade -U.E. : municípios -Alimentação periódica da Base de Dados Paraná 2011
37 Raiva PR Viglilância X Focos: Cascavel: Julho/ Resolução Est. 73/ Vacinação obrigatória 39 municípios - URS Cascavel/Toledo/C. Mourão e F. Beltrão Maio/2007: - Resolução Est. 58/ Redução para 09 municípios - URS Cascavel
38 Raiva dos herbívoros no Paraná-2015 Amostras por espécie Espécie Nº Amostras Nº Positivos BOVINOS EQUINOS 26 3 OVINOS 7 1 CAPRINOS 1 0 SUÍNOS 2 0 MH 9 1 MNH 28 2 TOTAL Semana epidemiológica 01 a 42/ (24/10/2015)
39 Raiva dos herbívoros no Paraná-2015 Amostras por município Municípios Amostras POSITIVOS Prudentópolis BOV. 1 OV. 1 EQ. Guarapuava 18 3 BOVINOS Turvo 12 5 BOVINOS Arapoti 7 2 BOVINOS Cândido de Abreu 4 2 BOVINOS Iguaraçu 4 2 BOVINOS Cerro Azul 2 1 BOVINO São Jerônimo da Serra 2 1 EQUIDEO Rio Bonito do Iguaçu 1 1 BOVINO Nossa Senhora das Graças 1 1 BOVINO Guaraqueçaba 1 1 EQUINO Outros municípios 187 NEGATIVOS Semana epidemiológica 01 a 42/ (24/10/2015)
40 Raiva dos herbívoros no Paraná Amostras X Municípios Amostras Testadas Amostras Positivas Municipios com amostras Municipios Positivos
41 Prevençã ção o e Monitoramento da Raiva dos Herbívoros no Paraná Características da Raiva dos herbívoros PR: - Ciclicidade(20 anos) -Áreas de maior Risco = Áreas com maior nºde abrigos Objetivo: - Ações específicas em Regiões específicas - Maior vigilância no transmissor Dognani, 2015
42 Dognani, 2015
43 Prevençã ção o e Monitoramento da Raiva dos Herbívoros no Paraná Estratégias: Vigilância do transmissor (D. Rotundus): -Intervalos de 60 dias nas regiões de maior risco - Envio de exemplares para diagnóstico Diagnóstico (+) em morcegos: -Tratamento do abrigo a cada 15 dias atéeliminação -Vacinação dos herbívoros 3 a 5Km (+) Educação Sanitária contínua Novos estudos complementares Dognani,2015
44 Importância da participaçã ção o do Méd. M Vet. privado na vigilância da Raiva e outras doenças - Notificaçã ção o de animais com sintomas nervosos, morcegos - Colheita e encaminhamento de material àulsa - Orientaçõ ções ao produtor sobre vacinaçã ção, pasta vampiricida - Notificaçã ção o de outras doenças: FEM, FEAM, contato com o SVO na ULSA - Colaboraçã ção o com o SVO para o pleno conhecimento da realidade sanitária dos municípios e regiões. es. Consequências ncias: - Justificativa para a revindicaçã ção de recursos e políticas públicas p direcionadas - Dimensionamento e otimizaçã ção o da produçã ção o de vacinas e outros insumos - Manutençã ção o e segurança a do status sanitário do PR - Acesso dos produtos agropecuários rios aos mercados mais exigentes ($) Relatório da Auditoria PVS (OIE) no Brasil, Pensar em vigilância mais intensiva (com participaçã ção o dos M.V. privados) - Aumentar o nível n de responsabilidade dos MV privados que atuam junto ao SVO - Conscientiza los que a não n o execuçã ção o desta responsabilidade tem efeito negativo na persepçã ção da sociedade sobre a necessidade do profissional para a execuçã ção o de outras funçõ ções que virão (controle de resíduos,resist duos,resistência bacteriana)
45 Muito Obrigado! Ricardo Vieira Fiscal de Defesa Agropecuária ADAPAR DDA/GSA
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