LIDERANÇA E SUPERVISÃO NA ENFERMAGEM

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Transcrição:

LIDERANÇA E SUPERVISÃO NA ENFERMAGEM Profa.Dra. Lucieli Dias Pedreschi Chaves 1 Março, 2018

Gerência de serviços de saúde Sustenta projetos técnicos-políticos de atenção à saúde Ações instrumentais de planejamento e controle Constituição das equipes de trabalho- compartilhar espaços e relações de poder Construção de relações de articulação e integração- viabilizar a organização dos serviços de saúde Articulação direta da atividade gerencial com a assistencial 2

RELAÇÃO INTERPESSOAL Fatores que interferem: Comunicação Compreensão Envolvimento Valorização do outro Sensibilidade Ética A atividade assistencial não pode ocupar-se de seres humanos como se não o fossem. Seres humanos são tanto clientes como os profissionais, ou seja, ambos têm necessidades, desejos, medos, carências. Respeito HUMANIZAÇÃO 3 (MARTINS, 2001)

RELAÇÕES DE TRABALHO X ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 4

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SAÚDE Corpo humano: força de trabalho e cabe à Medicina sua manutenção e restauração; Hospitais: espaços de cura; estruturados a partir do modelo clínico (recuperação do corpo individual); Enfermagem Moderna: organiza-se enquanto prática social, desempenhando o papel de instrumento ou meio do processo de trabalho médico TEORIA CIENTÍFICA DA ADMINISTRAÇÃO TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO NOVAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS 5

COMPREENSÃO DA SAÚDE E PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL Novo paradigma da saúde Enfermagem Movimentos humanistas Novas formas de organização e gestão do trabalho 6

TRABALHO GERENCIAL EM ENFERMAGEM No trabalho da enfermagem, a ação gerencial é imprescindível e necessita ser repensada em suas dimensões para proporcionar atividade que tenha a perspectiva de emancipação de sujeitos sociais; Cuidar e gerenciar são indissociáveis e são dimensões do cuidado humano. (Bocchi et al, 2007) 7

CONSIDERAÇÕES SOBRE SUPERVISÃO A SUPERVISÃO É UM INSTRUMENTO DO TRABALHO GERENCIAL E CONSTITUI-SE ENQUANTO TAL COM O SURGIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO COMO CAMPO ESPECÍFICO DE SABER E DE PRÁTICA NA VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O INÍCIO DO SÉCULO XX. A SUPERVISÃO FAZ-SE NECESSÁRIA DESDE A CONFORMAÇÃO DA DIVISÃO SOCIAL E TÉCNICA DO TRABALHO POIS (..) O TRABALHO QUE SE ORGANIZA EM BASES COLETIVAS CARECE DE INTEGRAÇÃO, DE ATIVIDADES QUE LHE CONFIRA UNIDADE (...) (SILVA, 1991: 134). 8

CONCEITOS É um processo educativo e contínuo, que consiste principalmente em motivar e orientar os supervisionados na execução de atividades com base em normas, a fim de manter elevada a qualidade dos serviços prestados (BRASIL, 1983) A supervisão é uma função administrativa que envolve um processo de orientação contínua de pessoal com a finalidade de desenvolvê-lo e capacitá-lo para o serviço (Cunha,1991, p. 118). Observar as datas das referências que já enfatizavam o enfoque educativo, ainda pouco incorporado à supervisão. 9

PRINCIPAIS OBJETIVOS DA SUPERVISÃO Elevar a qualidade dos serviços prestados; Contribuir para o aperfeiçoamento do pessoal e para a avaliação do seu desempenho Visando a promoção da saúde, melhor recuperação do paciente e ao bom funcionamento do serviço. 10 (BRASIL, 1991)

SUPERVISÃO Manter a educação continuada/permanente dos trabalhadores de saúde por meio da constante avaliação do serviço realizado por estes, com propósito de identificar as necessidades de orientação e capacitação, no intuito de prevenir situações problemáticas. (CORREIA; SERVO, 2006) Supervisão Um dos mecanismos adotados para assegurar que o trabalho seja feito: Menor tempo; Menor margem de erros; Menor desperdício; Quantidade adequada. 11 (CHIAVENATO, 2014)

SUPERVISÃO A supervisão realizada pelo(a) enfermeiro(a) é uma estratégia para a democratização das ações de saúde, pois visa à transformação do modelo assistencial hegemônico através de uma assistência integral, equânime e resolutiva aos usuários do sistema de saúde. (CORREIA; SERVO, 2006) 12

A produção científica sobre supervisão aponta três principais sentidos (SILVA, 1991): Controle Organização do trabalho Bases coletivas de atividades que são articuladas, as quais conferem unidade e garantem o desfecho da tarefa. Articulação política Supervisor atua como tradutor da política institucional no plano da execução das ações de saúde e do cuidado de enfermagem, possibilitando a interlocução com os níveis centrais e locais da instituição. Caráter educativo Instrumento para repensar o trabalho, apoio constante pessoal e institucional, construção coletiva de novas formas para intervir no trabalho. 13

CARACTERÍSTICAS DA SUPERVISÃO Caráter educativo: o ensino é uma das características centrais da supervisão em saúde e na enfermagem, já que o atendimento pressupõe uma grande complexidade técnica e relações interpessoais, intergrupais e sociais, cuja vivência constitui-se de maneira dinâmica e frequentemente contraditória. 14

CARACTERÍSTICAS DA SUPERVISÃO Caráter de controle: organização do trabalho em bases coletivas que demanda atividades articuladoras que lhe confira unidade e garanta a efetivação de suas finalidades e objetivos. Possibilidade de monitoramento e acompanhamento do processo de trabalho, com ênfase nas ações instrumentais da equipe de enfermagem, a fim de favorecer a adequação aos preceitos técnico-científicos da prática clínica. 15

CARACTERÍSTICAS DA SUPERVISÃO Caráter de articulação política: o sentido de articulação política permeia todas as ações de supervisão, inclusive aquelas relacionadas ao monitoramento do processo de trabalho e à educação, uma vez que tais ações conduzem a posicionamentos tico-políticos. 16

Aspectos educativo e de participação não são tão expressivos Pouco investimento em estratégias de construção coletiva, por meio da educação permanente dos trabalhadores, quando comparado ao sentido de controle. IMPORTANTE: Superar a conotação negativa atribuída ao termo controle para compreendê-lo como possibilidade de monitoramento e acompanhamento do processo de trabalho. Potencial instrumento para repensar o trabalho e favorecer a atuação gerencial e assistencial, relacionada ao desenvolvimento de competências da equipe 17 de enfermagem. (SILVA et al., 2014)

A supervisão em enfermagem requer visão ampla e gerencial Instrumento dinâmico Eficiente Eficaz Contínuo Valor educativo Caráter: motivador, orientador e auxiliador gestão de pessoas recursos materiais organizacionais processo de trabalho de enfermagem Elo entre organizações de saúde, usuários e equipe de enfermagem. 18 (SANTIAGO; CUNHA, 2011)

TÉCNICAS DE SUPERVISÃO Observação direta; Análise de registros; Entrevistas; Reunião e discussão em grupo; Demonstração; Orientação; Estudo de caso 19 (Cunha, 1991)

INSTRUMENTOS DE SUPERVISÃO Prontuário do paciente; Prescrição de enfermagem; Plano de supervisão (objetivos e atividades de supervisão); Cronograma (atividades e períodos de execução); Roteiro; Manual do Serviço de Enfermagem com normas, procedimentos e rotinas. (CUNHA, 1991) 20

ETAPAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA SUPERVISÃO PLANEJAMENTO EXECUÇÃO AVALIAÇÃO 21

CONTEXTO DA SUPERVISÃO Relações e poderes instituídos; Hierarquia; Tipos de comunicação e limites estabelecidos; Existência ou não de programas/metas definidos; Focada nos resultados assistenciais; Focada na satisfação do usuário. 22

ASPECTOS RELEVANTES NO DESENVOLVIMENTO DA SUPERVISÃO Não basta, à enfermeira, a competência técnica para a supervisão; é necessário o entendimento das pessoas e dos grupos para melhor coordenação dos recursos humanos. Para integrar as pessoas no exercício do trabalho é importante: - ter firmeza e sensibilidade - ter reciprocidade - identificar/atuar nas situações geradoras de tensão - considerar o contexto onde ocorre a supervisão 23

LIDERANÇA A liderança é passível de ser adquirida e ser desenvolvida 24

ARTICULAR, CUIDAR, GERENCIAR E EDUCAR desenvolver competências; liderança; cuidado como essência; gerenciar e ensinar o cuidado cuidando. LIDERAR A EQUIPE PARA UM CUIDADO TERAPÊUTICO E COM COMPROMISSO DE TODOS 25

COORDENAÇÃO DO CUIDADO RESPONSABILIDADE DE ARTICULAR DIFERENTES ATORES SUJEITO DO CUIDADO EM SUA INTEGRALIDADE CIDADÃO, COM DESEJOS, EMOÇÕES, OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE. 26

LIDERANÇA Liderar significa possuir a capacidade e o discernimento para comandar pessoas e isto é muito mais do que estabelecer regras e dar ordens. 27

Tomada de decisões Programação dos trabalhos Divisão do trabalho Participação do líder 28

ATUALMENTE NA ENFERMAGEM As organizações de saúde são chamadas a ancorar-se na Liderança Transformacional, por ser considerado o paradigma da mudança pós-moderna. Essa liderança é definida como um estilo de liderança voltada para a qualidade da atenção à saúde prestada pela enfermagem, sobretudo na gerência, na educação e na assistência. (MOREIRA, SILVA 2008) 29

A Liderança Transformacional é uma relação baseada na confiança, que influencia de forma positiva líder e liderados, tornando as metas e objetivos da organização um propósito coletivo. (MOREIRA, SILVA 2008) 30

CARACTERÍSTICAS DE LÍDER Adaptabilidade Criatividade Cooperação Vivacidade Autoconfiança Integridade Pessoal Equilíbrio e Controle Emocional Não Conformismo Independência 31

LIDERANÇA : FERRAMENTA PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NA ADMINISTRAÇÃO Esforço Objetividade Tomada de Decisão Experiência de Vida Pensamento Crítico 32

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É PROIBIDO FAZER CHANTAGEM... 34

CONSIDERANDO o as características do processo de trabalho em saúde - a organização histórica do hospital e do trabalho de enfermagem - as consequências da divisão social e técnica do trabalho - a especialização crescente das práticas de saúde confrontada com a necessidade da integralidade da atenção - o poder e autoridade presentes nas relações - a densidade tecnológica presente no espaço hospitalar DESAFIO: refletir acerca da atuação gerencial do enfermeiro, adotando como estratégia a centralidade do cuidado, do usuário, da construção coletiva do trabalho da equipe de enfermagem, inserida/articulada à equipe inter e multiprofissional para construção das ações de saúde. 35

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O impossível geralmente é só aquilo que ainda não experimentamos! 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Ministério da saúde. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde. Divisão Nacional de Organização de Serviços de Saúde. Guia de Supervisão em estabelecimentos de saúde. Brasília, Centro de Documentação, 1983) CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9 ed., São Paulo: Ed. Campus Elsevier, 2014. CUNHA, K.C. Supervisão em enfermagem. In: KURCGANT, P. (coord.). Administração em enfermagem. São Paulo, EPU, 1991, cap. 10, p.117-32. MENDES-GONÇALVES,R.B. Tecnologia e organização social das práticas de saúde: características tecnológicas do processo de trabalho na rede estadual de centros de saúde de São Paulo. São Paulo, Hucitec/Abrasco, 1994. SANTIAGO, ARJV; CUNHA, JXP. Supervisão de enfermagem: instrumento para a promoção da qualidade na assistência. Revista Saúde e Pesquisa, v. 4, n. 3, p.443-48, 2011. SILVA, E.M. Supervisão em enfermagem: análise crítica das publicações no Brasil dos anos 30 à década de 80. Ribeirão Preto, 1991. 158p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. SILVA, E.M. Supervisão do trabalho de enfermagem em saúde pública no nível local. Ribeirão Preto, 1997. 306p. Tese (Doutorado) - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. BERGAMINI, C.W. Liderança: administração do sentido. São Paulo, Atlas, 1994. MOTTA, P.R. Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro, Qualitymark, 1998. MARTINS,M.C.F.N. Humanização das relações asistenciasi: a formação do profissional de saúde. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. 44