Bibliotecas Digitais: Uma abordagem para armazenamento e publicação de artigos científicos



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Transcrição:

CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Filippe Zampiroli Lovatti Bibliotecas Digitais: Uma abordagem para armazenamento e publicação de artigos científicos VILA VELHA 2010

Filippe Zampiroli Lovatti Bibliotecas Digitais: Uma abordagem para armazenamento e publicação de artigos científicos Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Univertário Vila Velha como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciência da Computação. Orientador: Cristiano Biancardi VILA VELHA 2010

Filippe Zampiroli Lovatti Bibliotecas Digitais: Uma abordagem para armazenamento e publicação de artigos científicos BANCA EXAMINADORA Prof. Msc. Cristiano Biancardi Centro Universitário Vila Velha Orientador Prof. Msc. Sandro Tonini da Silva Centro Universitário Vila Velha Prof. Msc. Susiléa A. Dos Santos Lima Centro Universitário Vila Velha Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em 17/11/2010.

Eu, Filippe Zampiroli Lovatti, autorizo que a UVV, sem ônus, promova a publicação de minha monografia em página própria na Internet ou outro meio de divulgação de trabalho científico. Data: 17/11/2010 Assinatura:

Aos meus pais, familiares, amigos e namorada.

AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por permitir e dar-me força para que esse trabalho se realizasse. Agradeço a minha família pelo apoio incondicional durante toda a faculdade, dando todo o suporte necessário a minha formação. A minha namorada Tayná Tavares Ambrosio por todo apoio durante a faculdade, e principalmente, no decorrer desse trabalho sendo compreensiva e principal incentivadora. Aos meus avôs, que foram imprescindíveis na minha educação. Principalmente ao meu avô Alfonso, por ser uma referencia impar na minha vida. Aos meus amigos feitos durante toda a faculdade, tanto em Ciência da Computação quanto em Engenharia de Petróleo, espero tê-los pelo resto da vida. Aos amigos da Promov, que me deram suporte, e foram indispensáveis para realização desse trabalho. Ao meu tio Elio e família que me recebeu em sua casa durante o desenvolvimento desse projeto. Ao suporte e paciência de todos os professores. Por fim ao orientador Prof. Msc. Cristiano Biancardi pelo direcionamento para que esse projeto se concretizasse.

LISTA DE TABELAS 1 Principais acontecimentos na história das BDs............... 18 2 Os Elementos Dublin Core [de Menezes CARDOSO 2007]........ 22 3 Os verbos e seus argumentos [Forc, 2003]................. 31 4 Descrição dos casos de uso propostos na solução............. 39 5 Dicionário de dados Artigo......................... 46 6 Dicionário de dados Avaliação....................... 47 7 Dicionário de dados Usuário........................ 47 8 Dicionário de dados Categoria....................... 47 9 Dicionário de dados Artigo_Situação.................... 47 10 Ícones..................................... 66 11 Tempo de Execução das Tarefas (em segundos)............. 74 12 Número de erros por tarefas......................... 74

LISTA DE FIGURAS 1 Parte de uma reposta a uma requisição onde pode-se observar o DC em conjunto com o XML........................... 24 2 Ilustra os dois tipo de interoperabilidade apresentados, Federation e Harvesting. [CUNHA 2008]......................... 26 3 Representação do esquema de um provedor de dados.[contessa 2006] 29 4 Provedor de Serviços. [CONTESSA 2006]................. 32 5 Diagrama de Pacotes............................ 36 6 Diagrama de Casos de Uso do módulo Básico............... 37 7 Diagrama de Casos de Uso do módulo de Avaliação............ 37 8 Diagrama de Casos de Uso do módulo de Administração......... 38 9 Diagrama de Casos de Uso do módulo de Publicação........... 38 10 Diagrama de Classe.............................. 45 11 Diagrama de Sequência do caso de uso Manter Usuário (Inserir).... 49 12 Diagrama de Sequência do caso de uso Manter Usuário (Consultar).. 50 13 Diagrama de Sequência do caso de uso Manter Usuário (Alterar).... 50 14 Diagrama de Sequência do caso de uso Manter Usuário (Remover).. 51 15 Diagrama de Sequência do caso de uso Publicar Artigo......... 51 16 Diagrama de Transição de Estado..................... 52 17 Diagrama de Pacotes............................ 53 18 Diagrama de Pacotes............................ 55 19 Arquitetura Básica de Projeto Orientado a Objetos............ 56 20 Diagrama de Pacotes - Divisão em Camadas............... 57

21 Diagrama de Classes Componente Domínio do Problema........ 58 22 Diagrama de Classes Gerência de Tarefas................ 59 23 Diagrama de Sequência Revisado - Inserir Usuário............ 60 24 Diagrama de Sequência Revisado - Consultar Usuário.......... 60 25 Diagrama de Sequência Revisado - Alterar Usuário........... 61 26 Diagrama de Sequência Revisado - Remover Usuário.......... 61 27 Diagrama de Sequência Revisado - Listar Artigos............ 62 28 Diagrama de Sequência Revisado - Publicar Artigo............ 62 29 Diagrama de Classes do Componente de Gerência de Dados...... 63 30 Diagrama Relacional............................. 64 31 Diagrama de Navegação.......................... 65 32 Padrão de Interface Busca......................... 67 33 Padrão de Interface Listar.......................... 67 34 Padrão de Interface do Painel de Controle................. 68 35 Padrão de Interface Cadastro........................ 68 36 Stored Procedure - Publica Artigo..................... 70 37 Diagrama de Componentes......................... 71 38 Diagrama de Implantação.......................... 72

SUMÁRIO RESUMO 1 INTRODUÇÃO 13 1.1 Motivação................................... 14 1.2 Justificativa.................................. 14 1.3 Objetivos................................... 15 1.3.1 Objetivo Geral............................ 15 1.3.2 Objetivos específicos........................ 15 1.4 Metodologia.................................. 16 1.5 Organização do Trabalho.......................... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO 17 2.1 Bibliotecas Digitais.............................. 17 2.2 Metadados.................................. 20 2.3 Dublin Core.................................. 21 2.4 Interoperabilidade.............................. 24 2.5 Abordagens de Integração......................... 25 2.6 Open Archives Initiative OAI-PMH..................... 27 2.7 Provedor de dados.............................. 28 2.8 Provedor de serviços............................. 29 2.9 Construção de uma biblioteca digital.................... 32 3 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS 34

3.1 Descrição Geral do Ambiente........................ 34 3.2 Divisão em Pacotes............................. 35 3.3 Modelagem Casos de Uso......................... 36 3.4 Descrição dos Atores............................ 39 3.5 Descrição dos Casos de Uso........................ 39 3.5.1 Avaliar artigo............................. 40 3.5.2 Manter Usuário............................ 40 3.5.3 Publicar artigo............................ 42 4 ESPECIFICAÇÃO DE ANÁLISE 44 4.1 Diagrama de Classes............................ 44 4.2 Dicionário de Dados............................. 46 4.3 Diagrama de Interação............................ 48 4.3.1 Diagrama de Sequência....................... 48 4.4 Diagrama de Transição de Estado..................... 52 4.5 Diagrama de Pacotes............................ 53 5 ESPECIFICAÇÃO DE PROJETO 54 5.1 Escolha da Tecnologia............................ 54 5.2 Arquitetura do Sistema............................ 54 5.3 Pacotes De Administração, Submissão, Busca e Avaliação....... 56 5.3.1 Divisão em Camadas........................ 56 5.4 Pacote de Publicação............................ 69 5.4.1 SQL Server Agent.......................... 69 5.4.2 Stored Procedure.......................... 69 5.5 Diagrama de Componentes......................... 71 5.6 Diagrama de Implantação.......................... 71

6 TESTES 73 6.1 Resultados.................................. 74 7 CONCLUSÕES E TRABALHOS FUTUROS 75 REFERÊNCIAS 77 ANEXO A - Plano de Teste 79

RESUMO A publicação de trabalhos científicos além de promover o avanço da ciência, eleva o reconhecimento dos autores por parte da comunidade científica. O processo burocrático para publicação e divulgação de trabalhos científicos somado à popularização da mídia digital, faz com que as Bibliotecas Digitais sejam cada vez mais bem vistas nos dias atuais. Um dos principais problemas apontados para publicação de artigos científicos em revistas é o fato que muitas vezes estes podem se tornar obsoletos até a publicação, devido ao demorado processo de avaliação ao qual estes artigos são submetidos. Outro problema encontrado é que nem sempre bons trabalhos são publicados, isso ocorre pela falta de espaço nestas mídias. Com o objetivo de solucionar esses problemas as Bibliotecas Digitais surgem como uma alternativa para agilizar o processo de publicação dos artigos. A construção de uma Biblioteca Digital deve primar pela interface com o usuário, os serviços oferecidos e o repositório de metadados. Com o proposito de desenvolver uma Biblioteca Digital foram estudados os principais protocolos e padrões existentes assim como trabalhos relacionados. Com o resultado desse estudo foi possível desenvolver o sistema de Biblioteca Digital respeitando as premissas acima, eliminado deficiências encontradas em outras e incorporando funcionalidades como submissão, avaliação e publicação de artigos. Palavras-chave: Biblioteca Digital. Artigo Científico. Publicação.

13 1 INTRODUÇÃO Segundo [SILVA,2004], a medida da aceitação ou qualidade de um trabalho pode ser dada pelo número de vezes em que ele é referenciado. Assim, nota-se a grande importância que tem a divulgação dos trabalhos publicados por um pesquisador ou por um grupo de pesquisa. Mas para a concretização desse fato é necessária a existência de processos e mecanismos eficientes que permitam aos autores publicar seus trabalhos. Em geral, a comunidade científica divulga e publica os resultados dos trabalhos em artigos submetidos a congressos, conferências, simpósios ou periódicos. Este tipo de publicação feita em mídia digital ou impressa, sujeita à avaliação de comitês especializados, pode tornar o processo de publicação mais lento e complexo fazendo com que trabalhos fiquem obsoletos, por outro lado, isso aumenta a qualidade relativa dos artigos. Isto se deve ao fato de haver uma seleção dos melhores trabalhos para publicação. Essa seleção gera outro problema: trabalhos de qualidade não publicados. Além disso, muitas vezes há a necessidade de resolução de problemas burocráticos relacionados a direitos autorais, os quais podem dificultar ainda mais o processo de divulgação das publicações. Na tentativa de solucionar os problemas descritos acima, bibliotecas digitais vêm sendo utilizadas. Segundo a Digital Library Federation, bibliotecas digitais (BDs) podem ser definidas como organizações que fornecem recursos para selecionar, estruturar, oferecer acesso intelectual, distribuir, preservar a integridade e garantir a permanência das coleções digitais, de tal forma que elas estejam disponíveis para uma ou várias comunidades. Nelas há repositórios de metadados sobre os trabalhos publicados, bem como links para os textos dos trabalhos (ou mesmo o arquivo propriamente dito, como texto). Um exemplo de biblioteca digital é a BDBComp [LAENDER; RO- BERTO,2004]. Assim diversas bibliotecas digitais surgiram com essa iniciativa, como consequên-

14 cia direta disso aumentou o número de publicações através das mesmas. Contudo surge um dificultador no que diz respeito a busca por tais trabalhos onde é necessário o acesso a cada uma separadamente. Visando resolver este problema a Iniciativa de Arquivos Abertos (OAI - Open Archives Initiative) sugere que tais bibliotecas digitais disponibilizem seus metadados através de um serviço padrão de forma que seja possível a implantação do sistema de disponibilização e coleta metadados. Nas bibliotecas atuais são encontradas deficiências. Algumas delas servem somente como repositórios digitais, não oferecendo ou disponibilizando em partes serviços como busca, navegação, submissão, interoperabilidade, avaliação e a publicação de trabalhos. Além disso outros serviços de gerenciamento como: controle de acesso, avaliação de trabalhos pelos leitores e personalização do ambiente não são encontrados por completo nas bibliotecas digitais. Dentro deste contexto este trabalho tem por objetivo estudar bibliotecas digitais que estão relacionadas a submissão, publicação e avaliação de trabalhos assim como propor, modelar e implementar um sistema que resolva as deficiências encontradas e incorpore outros serviços. 1.1 Motivação Observando o mercado de software foi encontrando uma carência no que diz respeito a sistemas de Bibliotecas Digitais que englobam submissão, avaliação e publicação de artigos. Através de uma pesquisa, foram encontrados alguns softwares que realizam tais tarefas, porém de forma manual e ineficiente. Além da falta de softwares no mercado, o processo manual de submissão e avaliação torna o processo lento e burocrático, que muitas vezes tornam estudos obsoletos até sua publicação. 1.2 Justificativa Diante esta carência do mercado de software, este projeto visa relacionar as principais tecnologias para o desenvolvimento de Bibliotecas Digitais, obtendo maior controle, agilidade, facilidade e confiabilidade para a publicação de artigos. Auxiliando

15 também, na submissão e avaliação, tendo padrão, agilidade e controle das solicitações, sendo de fácil utilização para com seus usuários. 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral O Objetivo principal deste é desenvolver um sistema de informações em ambiente web de Bibliotecas Digitais, contemplando aspectos de submissão, avaliação, publicação e interoperabilidade. 1.3.2 Objetivos específicos Os objetivos específicos desse trabalho são: Criar um sistema web, com gerenciamento de perfis: Usuário comum, usuário avaliador e usuário administrador; Permitir qualquer visitante ter acesso rápido aos artigos contidos na biblioteca através de um sistema de buscas, com opção de realizar buscas avançadas; Permitir ao usuário comum submeter artigos, editar artigos já submetidos e gerenciar seu perfil; Desenvolver um módulo de interoperabilidade em conformidade com o protocolo OAI-PMH e que utilize o Dublin Core como padrão de metadados; Criar um método para avaliação de artigo, onde usuários previamente cadastrados darão notas e tecerão comentários sobre o artigo avaliado; Desenvolver ferramentas que auxiliem o usuário administrador a manter a biblioteca, através de rotinas como: criar categoria, definir quantidade de avaliações e nota mínima para um artigo ser publicado e definir usuário como avaliador; Realizar testes de usabilidade no sistema implementado, visando melhorá-lo.

16 1.4 Metodologia Para alcançar todos os objetivos foram executados as seguintes atividades: Efetuar pesquisas sobre os conceitos de Bibliotecas Digitais; Estudar o protocolo Open Archives Initiative Protocol Metadata Harvestinhg(OAI- PMH); Analisar o padrão para descrição de metadados Dublin Core; Estudar trabalhos relacionados, identificando pontos positivos e negativos; Modelar um ambiente web para submissão, avaliação e publicação de artigos; Implementar uma ferramenta que dê suporte à submissão, avaliação e publicação de trabalhos. 1.5 Organização do Trabalho A seguir é apresentada uma breve descrição sobre a organização dos próximos capítulos deste trabalho. O capítulo 2 apresenta algumas definições sobre Bibliotecas Digitais, além de explicar os conceitos de metadados, padrões de metadados, Dublin Core, tipos de integração de dados e Iniciativa de Arquivos Abertos e protocolo (OAI-PMH). O capítulo 3 apresenta o Levantamento dos Requisitos do sistema. São descritas as funcionalidades do sistema, seus casos de usos e atores. No capítulo 4 é descrita a especificação da Análise. Na análise são modelados os requisitos através dos diagramas de classes e seqüência. O capítulo 5 contém toda a especificação do Projeto do sistema, abordando soluções tecnológicas e a modelagem detalhada do sistema para posterior implementação. O capítulo 6 contém a parte de Testes. São apresentados os testes realizados e seus resultados. O capítulo 7 contém a conclusão do trabalho, bem como os trabalhos futuros.

17 2 REFERENCIAL TEÓRICO Nesta seção, serão abordados os conceitos de Bibliotecas Digitais e padrão de Metadados, serão citados assuntos relevantes sobre integração de dados no tema proposto para o trabalho e, por fim, serão apresentados conceitos para construção de uma Biblioteca Digital. 2.1 Bibliotecas Digitais Para falar de Bibliotecas Digitais (BD) deve-se conhecer primeiro um pouco da sua historia e quais os personagens principais para que essa idéia se tornasse realidade. A biblioteca convencional é aquela em que a maioria dos itens do seu acervo é constituída de documentos em papel. Ela existe desde a invenção da escrita. É claro que, antes do advento da imprensa de tipos móveis, em 1440, o seu acervo era formado por outros tipos de materiais (como o tablete de argila, o papiro e o pergaminho). Uma característica da biblioteca convencional é que tanto a coleção como os seus catálogos utilizam o papel como suporte de registro da informação. Todavia, no final do século XIX, houve uma grande revolução na biblioteca, com a introdução do catálogo em fichas e o abandono do catálogo sob a forma de livro[cunha 2008] Nas últimas décadas, o computador tem sido utilizado de forma cada vez mais crescente e, desde os anos 1970, muitas bibliotecas implantaram catálogos em linha, passaram a acessar bancos de dados, iniciaram o uso regular do periódico eletrônico e o acesso a textos completos de artigos de periódicos, a verbetes de enciclopédias e a itens de outras fontes de referência. A partir de 1994, por exemplo, com a implantação da World Wide Web (WWW) e do fenomenal crescimento da Internet, as possibilidades de acessar e recuperar informações aumentaram de forma nunca antes imaginada [CUNHA 1999]. Os principais acontecimentos assim como seus autores seguem na (tabela 1) abaixo apresentada.

18 Autore(s) Ano Descrição Paul Otlet e Henri La Fontaine 1895 Criaram Instituto Internacional de Bibliografia, cujo objetivo era registrar em fichas a produção mundial de impressos: o Repertório Bibliográfico Universal[BDs e suas utopias] Institutos Pesquisa Theodor Nelson Governo EUA de Holm dos H. G. Wells 1938 Sugeriu a criação de uma enciclopédia universal, que conteria a memória planetária completa para toda a humanidade. [AO 2008] Vannevar Bush 1945 Arquitetou o memex que é um dispositivo através do qual um indivíduo armazena todos os seus livros, seus registros e suas comunicações, ele é mecanizado de forma que pode ser consultado com extraordinária velocidade e flexibilidade. O memex é um suplemento pessoal ampliador da memória desse indivíduo. [AO 2008] IBM 1950 Criou as primeiras aplicações concretas de computadores no apoio a funções de bibliotecas. Como a utilização de cartões perfurados para dar suporte às operações de processos técnicos da biblioteca. [AO 2008] 1960 Primeiras Bibliotecas Digitais. [AO 2008] 1960 Estabeleceu a idéia de hipertexto e a hipermídia. Esses conceitos foram desenvolvidos no contexto do seu projeto chamado Xanadu. [AO 2008] 1994 Investimento pesado na área de Bibliotecas Digitais com montantes na ordem de mais de 24 milhões de dólares, para constituição de um programa multiagência, denominado Digital Library Initiative (DLI). [AO 2008] Tabela 1: Principais acontecimentos na história das BDs. O Memex pode ser considerado como o primeiro pensamento semelhante ao conceito das bibliotecas digitais atuais. Este foi vislumbrado por Bush como um dispositivo para uso individual que funcionasse como uma biblioteca mecanizada. Um dispositivo capaz de amarzenar livros, dados e mensagens, de forma que toda informação pudesse ser consultada de forma veloz e flexível. Ainda de acordo com o modelo proposto por Bush para o Memex, ele deveria funcionar como um grande depósito de informações, que fosse capaz de armazenar grande quantidade de informações e demorasse centenas de anos para completar o espaço disponível. Além da alta capacidade de armazenamento um outro fator crucial seria o mecanismo de busca, se um usuário desejasse consultar por um livro, digitaria o código no teclado e o título

19 apareceria em seguida, projetado sobre uma das telas. [BUSH 1945] O termo Biblioteca Digital possui conotações que variam de acordo com o ponto de vista de autores e estudiosos da área. De acordo com a Digital Library Federation Bibliotecas Digitais são organizações que produzem recursos e inclui pessoas especializadas para selecionar, estruturar e oferecer acesso intelectual a coleções de trabalhos digitais, alám de distribuir, preservar e garantir a integridade dos arquivos destes trabalhos. As Bibliotecas Digitais devem ser capazes de garantir a legibilidade e disponibilidade dos trabalhos para uso de uma ou mais comunidades. Conforme [BAEZA and YATES 1999], Biblioteca Digital é uma combinação que envolve: uma coleção de objetos digitais (repositório); descrições destes objetos (metadados); um conjunto de usuários e sistemas que oferecem uma variedade de serviços, tais como captura, indexação, catalogação, busca, navegação, recuperação, entrega, arquivamento e preservação. Em seguida destaca-se os principais benefícios que uma BD tem em relação a uma biblioteca convencional. Acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano; Retiradas, devoluções e recolocações automáticas nas prateleiras digitais; Várias pessoas podem utilizar o mesmo recurso simultaneamente; Fornece relatórios detalhados para analisar a utilização da biblioteca em níveis sem precedentes; O mecanismo de busca permite pesquisa de palavras em um livro ou em uma coleção inteira de livros; Não ha necessidade de aumento do espaço físico com a inclusão de novos trabalhos; O custo de implementação e manutenção muito inferior a uma biblioteca convencional. Conforme Gary Marchionini e seus co-autores, em [et al MARCHIONIINI 2002], BDs (Bibliotecas Digitais) servem comunidades de pessoas e são criadas e mantidas por e para pessoas. As pessoas e as informações que as BDs precisam são centrais para todas as bibliotecas, digitais ou não. Todos os esforços no projeto, implementação e avaliação de BDs devem ser consolidados nas necessidades de informações,

20 características e contextos dos usuários que usarão ou poderão usar essas bibliotecas. Apesar dos diferentes pontos de vista apresentados, todos os autores citados, concordam que este tipo de biblioteca implica em novas funcionalidades no que diz respeito á organização, recuperação e armazenamento de informações. As Bibliotecas Digitais devem disponibilizar serviços e produtos, possibilitando recuperar documentos completos e bibliográficos, possuindo tipos diversos de registros (imagem, áudio, texto) e utilizando sistemas inteligentes que ajudam na recuperação da informação. No caso específico da recuperação da informação contida nas publicações, tal tarefa sempre foi o principal objetivo dos instrumentos elaborados pelas BDs e sistemas de informação. Com o surgimento de novas tecnologias, surgiram também, novas formas de organizar, estruturar e disponibilizar a informação, como exemplo dessas tecnologias pode-se citar os metadados. 2.2 Metadados A origem do termo metadados se inicia nos anos 60, mas aparece com maior frequência na literatura sobre sistemas de gerenciamento de bases de dados a partir dos anos 80, sendo empregado para identificar as informações auto-descritivas e de auto-controle dos dados contidos nas bases [VELLUCCI 2002]. A necessidade da utilização de metadados na organização eletrônica é crescente como a necessidade de disponibilizar e descobrir informações na internet e nas intranets. Os metadados possibilitam a integração para compartilhamento de recursos e aplicações entre os sistemas de informação e de gestão de conhecimento. A definição mais comum sobre metadados é dado estruturado sobre dado, ou dito de outra maneira, é a informação estruturada que descreve o conteúdo dos repositórios que armazenam recursos, digitais e não-digitais. Exemplos de recursos incluem imagens, livros, obras de arte, músicas e artigos científicos. Os metadados possuem um conjunto de elementos para o propósito de descrição, administração, requisitos legais, funcionalidade técnica, uso e convenção, e preservação. Alguns exemplos de elementos de metadados são: título, autor, descrição, direitos autorais e data de crição. De acordo com [BAEZA and YATES 1999], metadados são atributos de dados ou

21 documentos, normalmente descritivos. Os metadados, tipicamente, são mantidos em um catálogo algumas vezes registrado de acordo com algum padrão de descrição de metadados. Um padrão consiste em um conjunto de elementos, sendo que para cada um é dado um nome explicativo, rótulo e definição. Às vezes, uma anotação é fornecida para documentar a história da mudança do elemento e o mapeamento entre este e outros elementos em outras normas [de Menezes CARDOSO 2007]. Com o rápido crescimento da Internet ocorreu uma ploriferação de padrões de metadados, cada um construído para atender uma comunidade, tipos de materiais e necessidades de projetos específicos [ZENG and CHAN 2006]. Dentre os padrões de metadados, pode-se destacar alguns como o Dublin Core [DC 2010], o MARC [LOC 2010], o IEEE Learning Object Metadata [IEEE 2010], e o IMS. É importante destacar que, usualmente, estes padrões utilizam XML para sua representação. Um exemplo de um metadado no padrão Dublin Core pode ser observado na (figura 1). Conforme estudo realizado em [KRUTSON et al. 2003] os padrões Dublin Core e MARC são os mais utilizados hoje em dia, este estudo contemplou 227 instituições e constatou que 23% das bibliotecas utilizam o padrão Dublin Core; 26% utilizam multipadrões incluindo o padrão MARC, 16% utilizam apenas o padrão MARC. Como um dos objetivos deste trabalho é disponibilizar os metadados segundo a Iniciativa de Arquivos Abertos [KRUTSON et al. 2003], será usado o padrão Dublin Core. 2.3 Dublin Core Com o objetivo de criar uma ferramenta para descrição de metadados que fosse fácil de ser utilizada, em 1995, na cidade de Dublin, Irlanda, foi criado o Dublin Core Metadata Intiative (DCMI), que resultou na criação de um padrão internacional de metadados conhecido como Padrão Dublin Core e composto por 15 elementos básicos. O padrão foi desenvolvido por especialistas de áreas como biblioteconomia e computação no OCLC/NCSA Metadata Workshop, realizado em março de 1995. O objetivo do grupo era criar uma ferramenta para descrição de metadados de fácil utilização e que tornasse possível encontrar informações eletrõnicas de forma análoga ao provido por um sistema de busca de uma biblioteca. O padrão DC (Dublin Core) inclui dois níveis: Simples e Qualificado. O Dublin Core Simples inclui quinze elementos, o Qualificado inclui três elementos adicionais

22 (Audiência, Proveniência e Detentor de Direitos), assim como um grupo de refinamentos de elementos (também chamados qualificadores), que refinam a semântica dos elementos de maneira que sejam úteis nas descobertas de recursos. Os principais elementos do padrão DC [de Menezes CARDOSO 2007], suas descrições e um breve exemplo de cada são apresentados na tabela 2. Elemento Descrição Exemplo Title O nome dado ao recurso. Efetivamente, é o nome que curso é formalmente conhecido. Subject description Type Source Relation O tópico do conteúdo do recurso. Tipicamente, o subject pode ser expresso nas palavras-chave do recurso. Uma descrição do conteúdo do recurso. Esse elemento pode incluir: um resumo, um índice ou um texto livre sobre o conteúdo1 do recurso. A natureza ou o gênero do conteúdo do recurso. Uma referência de onde o recurso foi gerado. Uma referência para um outro recurso relacionado. Casa-Grande e Senzala escravidão, literatura, senhor de engenho Em 1933, Gilberto Freyre publica Casa- Grande e Senzala, um livro que revoluciona os estudos no Brasil, tanto pela novidade dos conceitos quanto pela qualidade literária texto Casa-Grande e Senzala, Primeira Ediç ao Nordeste: Aspectos da Influência da Cana Tabela 2: Os Elementos Dublin Core [de Menezes CARDOSO 2007].

23 coverage Creator publisher contribuitor Rights Date Format identifier language Inclui um local (nome de um lugar ou coordenadas geográficas), um período no tempo ou jurisdição (entidade administrativa). Entidade responsável pela criação do conteúdo do recurso. Pode ser uma pessoa, uma organização ou um serviço. Entidade responsável por disponibilizar o recurso criado. Pessoa, organização ou serviço responsável por contribuir com o conteúdo do recurso criado. Informação sobre os direitos do recurso. Uma data que pode ser associada com a criação ou disponibilização do recurso. A física ou digital composição do recurso. Pode incluir um tipo de mídia ou dimensões do recurso (tamanho ou duração). Uma referência única para o recurso dado. Exemplos de identificação podem ser o ISBN de um livro, o ASIN de uma música, uma URL com o recurso etc. O idioma do conteúdo intelectual do recurso. É recomendável que se utilize os valores dos elementos definidos por. Recife-PE Gilberto Freyre Editora Global Roger Bastide Proibida Reprodução 1933 1.5 MB ISBN: 852601059X pt-br Este padrão é uma ferramenta para facilitar a interoperabilidade entre os sistemas de BDs. Na (figura 1) pode-se observar a estrutura do DC em conjunto com XML. Nota-se que os metadados estão entre tags XML que formam a base necessária para a interoperabilidade.

24 Figura 1: Parte de uma reposta a uma requisição onde pode-se observar o DC em conjunto com o XML. 2.4 Interoperabilidade Interoperabilidade é um termo presente em diversas áreas da Ciência da Computação, sendo que, no domínio das Bibliotecas Digitais, se refere a capacidade de uma BD trabalhar em conjunto com outras na tentativa de prover serviços de alta qualidade ao usuários [SULEMAN, 2002]. No começo da década de 90 existiam algumas BDs na internet, mas elas e suas informações estavam dispersas na rede. Para (Marcondes 99) De nada adianta a informação existir, se quem dela necessita não sabe da sua existência ou se ela não puder ser encontrada. Nessa época para um usuário fazer uma pesquisa nessas bibliotecas era necessário entrar site a site e realizar sua busca. Criou-se então um cenário onde era imprescindível para o sucesso das BDs a interoperabilidade uma com a outra, fornecendo assim uma quantidade incrível de informação em um só lugar. Conforme [BIRMINGHAM 00], interoperabilidade é a capacidade das Bibliotecas