VOCÊ CONSOME O QUE? - CONSUMO, STATUS, RESÍDUOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GULLA, CLAUDIO EDUARDO 1 - UERJ. DUARTE, Luana 2 UERJ. SILVA, Tairis 3 UERJ



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Transcrição:

VOCÊ CONSOME O QUE? - CONSUMO, STATUS, RESÍDUOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL GULLA, CLAUDIO EDUARDO 1 - UERJ claudioeduardouerjped@gmail.com DUARTE, Luana 2 UERJ Luanycristine_87@hotmail.com SILVA, Tairis 3 UERJ Taires2007@hotmail.com Eixo temático: Eixo VII Educação, trabalho e desenvolvimento social: cultura, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente. Resumo: Desde sua formação, o planeta Terra sempre apresentou mudanças de temperatura causadas por fenômenos naturais. A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: A sociedade de consumo, assim denominado para classificar a sociedade global que possui o valor do ter, observando essa atitude, o surgimento de movimentos sustentáveis fazem parte de uma importante ação juntamente com a justiça social para uma maior sensibilidade e consciência coletiva, no Brasil e no Mundo. Através de mudanças comportamentais, há uma necessidade de se importar mais com a finitude dos recursos naturais do planeta, uma necessidade que pode contribuir para a promoção de mudanças comportamentais em todas as sociedades para o bem de nossa convivência e de nossas relações com o meio ambiente. O alto consumo juntamente com o desperdício serão um dos maiores problemas a ser combatido, com a adoção de práticas conscientes e responsáveis de consumo e de cuidado com o descarte de resíduos, esse problema poderá ser reduzido. Mesmo sabendo que o consumo fortalece a economia de um país, estamos em um momento oportuno para abandonar os padrões de consumo exagerado, principalmente no Brasil, onde esse padrão foi copiado de países de primeiro mundo e assim estabelecer um padrão brasileiro de consumo equilibrado com o meio ambiente, a saúde humana, a justiça social juntamente com a sociedade em sua totalidade. Mudança esta que exige tempo e amadurecimento do ser humano, sendo acelerada quando toda a sociedade adota novos valores e práticas, encontrando através de um novo desenvolvimento sustentável. Palavras chave: Consumo. Educação Ambiental. Meio Ambiente

Introdução Os efeitos dos fenômenos naturais do planeta terra e os efeitos causados pelos seres humanos ao meio ambiente merecem atenção e um trabalho de sensibilização ambiental. Pensando em articular os fatos históricos com os fatos reais dos problemas enfrentados pelo meio ambiente e pelo homem no planeta terra, a oficina pretende sensibilizar a comunidade acadêmica sobre as práticas capitalistas relacionadas à aquisição de produtos e de serviços que aumentam os impactos sobre o meio ambiente. Pretende também, analisar questões relacionadas ao consumo que direcionam as atitudes cotidianas dos seres humanos e se refletem no desequilíbrio socioambiental, além da importante e fundamental importância e atuação dos seres humanos para o meio ambiente. A busca por um novo saber ambiental através de uma reestruturação do conhecimento, aliado a práticas educativas, ações práticas e mudança na atitude coletiva em sociedade. A Educação Ambiental (EA) deve ser inserida nos currículos escolares em todos os níveis de educação, objetivando um complemento na formação de cada indivíduo. O saber ambiental nada mais é que a reconstrução social pensando na transformação ambiental do conhecimento. A crise ambiental é multifacetada, multidimensional e bastante complexa, ela afeta diretamente nossa qualidade de vida, saúde, além do equilíbrio com meio ambiente. O modelo atual do capitalismo neoliberal só faz piorar as condições da convivência entre os seres humanos e o meio ambiente, com o consumo exagerado, deixa de usar a racionalidade e passam a consumir mais sem pensar nas consequências, e sendo assim, contribuindo para a poluição e com o aumento dos resíduos de lixo. O ser humano deve se sentir inserido ao meio ambiente, assim como está inserido em seu habitat habitual (as cidades). Desta forma, sensibilizando o ser humano e o fazendo entender que este faz parte do meio ambiente e que necessita preservar seu habitat em prol da conservação não somente do espaço onde vive assim como o meio ambiente em sua totalidade. A sociedade do ego que se alimenta do consumismo através de bens materiais simbólicos e de representações de estilos de vida é uma maneira de pertencimento de um indivíduo a um determinado grupo, no qual a escolha desse consumismo irá classificar a sua posição na sociedade. Sendo assim estabelecido a seu reconhecimento social, seu status e sua identidade. Além do reconhecimento e o pertencimento que esse consumo irá trazer, o consumo possui como propósito o intuito de prometer felicidade, criando um desejo além

da necessidade. O consumismo funciona em duas grandes dicotomias: O ser e o ter exercem para o indivíduo o valor que funciona mais como valor simbólico, criando um desejo de usufruir ao extremo um determinado produto e assim que possuí-lo terá o desejo de trocar por um mais atrativo ou atualizado. O sujeito não se sente pertencente às coisas, uma vez que cada objeto muda constantemente, sendo atualizados, tornando-se mais modernos. O consumidor se sentirá insatisfeito. Exemplo: Automóveis ano: 2014, 2015,2016... Em nossa sociedade tecnocrática, Ter se tornou uma disposição hegemônica, comandando as nossas ações e valores através do postulado de que uma pessoa pode ser avaliada por aquilo que ela possui e não por aquilo que ela é, isto é, por suas qualidades singulares. Nessa dinâmica de dissolução da dignidade humana, a pessoa não se preocupa com sua vida e felicidade, mas em tornarse vendável, diz Erich Fromm (1983, p. 72). Com o crescimento da indústria imagética, que é o consumo através de imagens, ou seja, o sujeito consome por meio de um bombardeio de exposições de marcas e produtos, principalmente na televisão. Mediante o consumo imagético surge o consumo como valor do amor, o consumo infantil, onde pais tentam recompensar suas falhas, ou falta de tempo, recompensando os filhos por meio de compras de brinquedos e produtos criados especificamente para o público infantil. O consumo infantil causa um gasto demais de 80% nas famílias, ou seja, a influência de compra dentro de casa vem das crianças. O uso de bichinhos, desenhos são usados para atrair as crianças nas publicidades. Os pais por sua vez envolvidos pela culpabilidade se endividam parcelando as compras e virando refém de endividamento. Dessa maneira, o consumo segue um sistema econômico capitalista de produção, com ênfase na acumulação de riqueza, desenvolvendo assim o aumento crescente da quantidade de produtos para atender a demanda do consumismo. O operário desse sistema por sua vez, produz algo em que não se identifica, já que este trabalhador não se enxerga no produto final, ou seja, o mesmo produz ago que não irá consumir ou possuir em muita das vezes. Já

no mundo corporativo os trabalhadores sofrem com esse aumento, já que as indústrias buscam o aumento da produção, trocam a mão de obra humana para uma produção automatizada muito mais produtiva. Sendo assim, os trabalhadores enfrentam o fantasma do desemprego, a obsolescência não programada de suas atividades. A partir do desperdício surge à estética do descartável, o sujeito consome de maneira exagerada sem se preocupar com o desperdício e muito menos com o descarte dos resíduos sólidos (lixo). De maneira quase endêmica, os resíduos sólidos são um dos maiores problemas que o planeta terra pode enfrentar nos próximos anos, além da falta de água, problemas estes que já ocorrem em diversos lugares no mundo. Pensando em buscar uma solução prática, objetiva e rápida surge à intenção de buscar na educação meios de sensibilizar o ser humano desde seu primeiro contato com a subjetividade. A Educação Ambiental bem projetada com educadores bem formados e informados sobre os novos processos educacionais que visam juntamente com a EA meios de integrar o sujeito ao meio ambiente, surgindo então uma nova alternativa para a contribuição e a transformação desse sujeito o tornando ator social fundamental para um senso crítico apurado e mais consciente com o meio ambiente. Somente com a Educação continuada e as práticas dos temas transversais e os Parâmetros Curriculares Nacionais (os PCN s) de forma atuante que poderemos encontrar meios de mudar essa situação. Objetivos Esta oficina pretende sensibilizar os educadores presentes no 34º ENEPE Recife 2014 sobre as práticas capitalistas relacionadas à aquisição de produtos e de serviços que aumentam os impactos sobre o meio ambiente. Pretende, igualmente, analisar questões relacionadas ao consumo que direcionam as atitudes cotidianas dos seres humanos e se refletem no desequilíbrio socioambiental. Através de um levantamento histórico do nascimento do consumismo e articulando meios de mudar esta realidade através da educação escolar e a atuação do educador como multiplicador de conhecimentos sustentáveis para o melhor convívio entre seres humanos e o meio ambiente, de forma integradora.

Metodologia Exibição de vídeos e reflexão sobre o consumo incorporando informações sobre a temática após a projeção do vídeo O bom consumidor da Organização Internacional Bonfire of the brands, o vídeo Comprar, Jogar fora, comprar A história das coisas ; Slides mostrando números, estatísticas, a realidade atual do consumo, do desperdício e da necessidade de mudança comportamental com o meio ambiente; Debate e discussão aberta entre os participantes professores, alunos e convidados. Resultados finais A Relação ser humano/natureza e impactos socioambientais; relação entre desenvolvimento e práticas consumistas; (consumo responsável X mundo sustentável) e para que os projetos de educação ambiental possam ter continuidade depende também da escola e o apoio direto dessa escola com os projetos que podem auxiliar bastante nessas ações educativas e conscientizadoras. O que fica mais visível perante as constatações das ações e práticas de educação ambiental nas escolas é que essas práticas são na verdade mais desenvolvidas pela vontade de fazer algo, de mudar realmente, porém ainda faltam formação para os educadores para que estas práticas em educação ambiental possam realmente acontecer. Em algumas escolas percebe-se que há a intenção de desenvolver alguma ação em Educação Ambiental, porém lhes faltam uma estrutura maior e também apoio para a elaboração bons projetos em E.A. como criando talvez um laboratório de educação Ambiental na escola e estimulando feiras de ciências e uma renovação dos currículos que devem ser interdisciplinares e de maneira clara e objetiva. Algumas escolas funcionam como agentes sociais é observado que em quase todas as ações ligadas à EA nas escolas acabam sendo diretamente envolvidas pelos problemas da própria escola, ou da comunidade ou região, por exemplo, problemas ligados a saneamento, moradia e tantos outros. O que pode ser usado no currículo escolar para trabalhar a relação social X meio ambiente.

Referências BAUMAN, Zygmund. Vida Líquida. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007b. FROMM, Erich. Análise do Homem. Trad. de Octavio Alves Velho. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1983. NALINI, R. Justiça: Aliada Eficaz da Natureza. In TRIGUEIRO, A.(coord.). Meio Ambiente no Século21; Rio de Janeiro, Sextante,2003 SENNET, Richard. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2006 A SOCIEDADE DO CONSUMO INFANTIL- Alexandre Machado - Bacharel em Ciências Sociais Aplicadas pela AELIS, especialista em Marketing pela. FECAP/FAAP, mestre em Comunicação e Educação pela Universidade Anhembi Morumbi e doutorando em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, professor de graduação e pós-graduação da UNIBR e Coordenador dos Cursos de Gestão Tecnológica em Recursos Humanos, Marketing, Processos Gerenciais e Gestão Financeira da Faculdade de São Vicente UNIBR Parâmetros em Ação Meio Ambiente na Escola Ministério da Educação Secretaria de Educação Fundamental, Junho de 2001.