Outorga da Água para Geração Hidrelétrica DEINFRA- FIESP

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Transcrição:

Outorga da Água para Geração Hidrelétrica DEINFRA- FIESP São Paulo, 07 de março de 2018

Legislação Lei da Águas ( Lei 9433/1997): Art. 1º... III : escassez prioridade consumo humano e animal... IV : gestão dos recursos hídricos uso múltiplo das águas Art. 11: Outorga assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e direito de acesso à água (outorgados e conhecidos); 2º Outorga de energia subordinada ao PNRH e a Legislação Específica Art. 13: Toda outorga condicionada às prioridades dos Planos de Recursos Hídricos

Legislação Lei da Águas ( Lei 9433/1997): Art.15: Suspensão da outorga poderá ser parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado, nas circunstâncias: I-não cumprimento pelo outorgado dos termos da outorga; II-ausência de uso por três anos; III-situações de calamidade, inclusive as decorrentes de condições climáticas adversas; IV-necessidade de se prevenir ou reverter grave degradação ambiental; V-necessidade de se atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se disponha de fontes alternativas VI-necessidade de serem mantidas as características de navegabilidade do corpo de água Lei de Criação da ANA ( Lei 9984/2000): Art. 4º Cabe à ANA...XII definir e fiscalizar as condições de operação de reservatórios por agentes públicos e privados para garantir os múltiplos usos

Resoluções ANA e ANEEL sobre Outorgas Resolução ANA 131/2003 Art. 7º Os detentores de concessão e de autorização de uso de potencial de energia hidráulica, expedidas até a data desta Resolução, ficam dispensados da solicitação de outorga de direito de uso dos recursos hídricos. Resolução ANA/ANEEL 1.305/2015 Empreendimentos em rio da união que não possuem Outorga Devem solicitar conforme cronograma: Paranapanema 12/2018 Doce 06/2019 Tocantins 12/2019 Iguaçu 06/2020 Outros 12/2020 Vale para quem entrou em operação comercial entre 2003 e 2015

Resoluções Outorgas Resolução ANA 1.047/2016 Art. 1º O titular de concessões ou autorizações de empreendimentos hidrelétricos em operação comercial em cursos d agua de domínio da União, que não tenha outorga de direito de uso de recursos hídricos emitida pela ANA, e cujas concessões ou autorizações tenham sido emitidas até a edição da Resolução ANA nº 131, de 11 de março de 2003, e que estejam em vigor na data de publicação desta Resolução deverão, além de atender ao disposto no 3º do Artigo 2º da Resolução Conjunta ANA/ANEEL nº 1.305, de 20 de novembro de 2015, solicitar à ANA a outorga de direito de uso de recursos hídricos, segundo cronograma disposto no caput do Artigo 2º da Resolução Conjunta ANA/ANEEL nº 1305, de 2015. Resumo: todos devem solicitar a outorga de água JUDICIALIZAÇÃO

Crise Hídrica/ Escassez Caso positivo de gestão de múltiplos usos demanda a jusante Projeto Jaíba Capacidade para 80m3/s Volume útil do reservatório (m³): 19,5 bilhões Volume morto do reservatório (m³): 4,3 bilhões Cota do vertedor: 29% de VU NA Min Verificado: 2,57%(2014) Produz 50% das sementes do Brasil Necessidade: manter cota mínima na tomada d água Para bombeamento até os canais de irrigação Não possuir válvula de fundo

Crise Hídrica/ Escassez Caso positivo de gestão de múltiplos usos demanda a jusante Crise Hídrica/Escassez Bacia do São Francisco UHE Três Marias Conflitos com relação aos usos múltiplos da água: Montante: psicultura, lazer, abastecimento Jusante: abastecimento, navegação e grandes projetos de irrigação Desafios impedir de se chegar a 0% de volume útil do reservatório manter nível mínimo a 350 km de distância, capaz de garantir a captação o ano todo encontrar solução técnica para manter turbinas funcionando, mesmo abaixo do 0% incentivar manutenção/limpeza de tomadas de captação de irrigação e abastecimento modelagem matemática criteriosa de previsão de vazões em T. Marias e nos afluente de jusante modelagem matemática de propagação de vazões fórum permanente de decisões Coordenado pela ANA, com participação de ONS, agentes de geração, usuários, Poder Público, Ministério Público, MME, ANEEL, Defesa Civil, CBH São Francisco, IBAMA, IGAM e outros.

Caso complexo de gestão de múltiplos usos Demanda a montante Conflito Irrigação a montante x geração de energia - Revisão da Outorga de Geração Segurança Jurídica Estabilidade para o Plano de Negócio Garantia física estabelecida pela Outorga Lastro para venda de Energia O Caso UHE Batalha Rio São Marcos Bacia do Rio Paranaíba Divisa de Minas Gerais com Goiás Proposta da Irrigação: Reduzir disponibilidade de vazão para a UHE Batalha/Rio São Marcos( Furnas) e demais usinas da cascata, Aumento das vazões destinadas a usos consuntivos à montante, Antecipação dos valores da demanda prevista em 2040 Estabelecer prioridade para outorga de uso para a irrigação. Consequência: Surgimento de restrições com efeito retroativo sobre outorga da UHE, impactando o negócio e o setor elétrico.

Caso complexo de gestão de múltiplos usos Demanda a montante Caracterização região montante da UHE Batalha Apenas pivôs centrais; Declividade máxima de 15%;

Consumo a montante (m³/s) Caso complexo de gestão de múltiplos usos Demanda a montante Demandas para irrigação à montante da UHE Batalha Cenários em 2040 25,0 20,0 Projeção potencial (prioridade uso consuntivo) MR e nova outorga (prioridade energia) Observado DRDH e outorga original Base energia assegurada Vazão p/ irrigação (m³/s) 22,7 Área irrigada (ha) 174.296 Vazão p/ Perda geração energia (m³/s) (%) 80,6-19,1% 92% 15,0 13,6 104.692 89,6-10,0% 57% 10,0 5,0 7,7 59.000 95,6-4,0% 32% 0,0 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040

Caso complexo de gestão de múltiplos usos Demanda a montante Aproveitamentos Hidrelétricos em Operação em toda Cascata USINA POT. (MW) PROPRIETÁRIO Batalha 52,5 Furnas Serra do Facão 212,6 Serra do Facão S.A. (Furnas 49,4737%, Alcoa 34,9737%, DME 10,0877% e Camargo Correia 5,4649%) Emborcação 1.192,0 Cemig Itumbiara 2.082,0 Furnas Cachoeira Dourada 658,0 Cachoeira Dourada S.A. (Enel) São Simão 1.710,0 SPIC Ilha Solteira 3.444,0 Jupiá 1.551,2 Rio Paraná Energia S.A. (China Three Gorges) Rio Paraná Energia S.A. (China Three Gorges) Porto Primavera 1.540,0 Cesp Itaipu 14.000,0 Itaipu Binacional

Impactos na Cascata DIFERENÇAS EM RELAÇÃO À HIPÓTESE 1 (TOTAL) DIFERENÇAS EM RELAÇÃO À HIPÓTESE (MWmédio) IMEDIATAMENTE ANTERIOR (INCREMENTAL) 1ª Hipótese 2ª Hipótese 3ª Hipótese 4ª Hipótese 1ª Hipótese 2ª Hipótese 3ª Hipótese 4ª Hipótese 1,28 m³/s 9,62 m³/s 13,6 m³/s 22,7 m³/s 1,28 m³/s 9,62 m³/s 13,6 m³/s 22,7 m³/s Batalha - 2.7 4.7 8.2-2.7 2.1 3.5 Serra do Facão - 5.4 7.9 13.6-5.4 2.5 5.7 Emborcação - 9.6 14.0 24.1-9.6 4.5 10.1 Itumbiara - 5.9 8.7 15.0-5.9 2.8 6.3 Cachoeira Dourada - 2.2 3.2 5.3-2.2 1.0 2.2 São Simão - 5.3 7.7 12.7-5.3 2.4 5.0 Ilha Solteira Equivalente - 3.1 4.4 7.1-3.1 1.3 2.8 Jupiá - 1.5 2.2 3.7-1.5 0.7 1.5 Porto Primavera - 1.3 1.8 3.0-1.3 0.6 1.2 Itaipu - 8.8 12.8 21.1-8.8 3.9 8.3 TOTAL - 45.7 67.4 113.9-45.7 21.7 46.6 Simulações no Modelo SUISHI: (1ª) Conforme DRDH; (2ª) Após 1ª revisão da Outorga; (3ª) Alterando a vazão em 2020 para 13,6 m³/s e mantendo até 2040; (4ª) Projeção para 2040 considerando o crescimento máximo da irrigação (22,7 m³/s); Perdas financeiras estimadas: R$141 milhões de reais/ano. Perda de Garantia Física (Mwmédio) Fonte: Planejamento Energético Furnas

Caso complexo de gestão de múltiplos usos Demanda a montante Situação do tema no CBH Paranaiba. Câmara Técnica aprovou minuta de Deliberação que prioriza a irrigação à montante da UHE Batalha;. Determinou criação de GT para elaborar estudos que determinem os limites da priorização;. Votação em Plenária do CBH prevista para Março/2018. Comentários Fere o fundamento legal atendimento aos múltiplos usos (Lei n o 9.433/1997, art. 7º, VIII e art. 13, parágrafo único); Fere os objetivos da outorga garantia de acesso aos usos e não a negativa para novas outorgas ou revisão das vigentes; Fere a determinação de que o tema deve ser conteúdo dos PDRHs; Desconsiderou os impactos negativos sobre os segmentos já outorgados e implantados na bacia; Sobrepõe competência do Conselho Nacional, uma vez que o conceito sobre prioridade para outorga nãoestá claro; Minuta de Resolução de Diretrizes e Critérios para Prioridades de Outorga de Uso de Água

Minuta de Resolução do CNRH Art. 2º São diretrizes que fundamentam o estabelecimento de prioridades para a outorga: I. Prioridade de uso para o consumo humano e a dessedentação de animais em escassez hídrica declarada II. III. IV. Promover o uso múltiplo da água, assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos diversos usos da água e assegurar o efetivo exercício dos direitos de acesso à água Priorizar soluções de gestão consubstanciadas por: a. Acordos entre os envolvidos; b. Avanços metodológicos na aplicação da outorga; Fomentar a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, considerando os avanços tecnológicos no uso da água; V. Observar as diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais VI. Observar o balanço hídrico atualizado VII. Considerar a articulação do planejamento de recursos hídricos com setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional VIII. Considerar cadastro atualizado, regularização de usuários de água e campanhas de fiscalização na bacia.

Minuta de Resolução do CNRH Art. 3º As prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos são definidas pelos comitês de bacia hidrográfica, CBHs, ou pelos conselhos CNRH ou CERHs quando couber, quando da aprovação ou revisão dos seus respectivos planos de recursos hídricos; 1º Em caso de bacias cujos comitês, à data da publicação desta resolução, já tenham aprovado seus respectivos planos e as condições hídricas demandem priorização para outorgas, os CBHs poderão se manifestar de acordo com as diretrizes do Art. 2º e com base em um estudo específico para complementar o plano de recursos hídricos, considerando cadastros e balanços hídricos atualizados. 2º As prioridades para outorga passam a vigorar na data de aprovação do plano e aplicam-se às outorgas que forem concedidas a partir dessa data; Art. 4º Com base nas diretrizes do Art.2º, para o estabelecimento das prioridades para outorga devem ser considerados os critérios: I. Socioeconômicos; II. Ambientais; III. Eficiência hídrica do uso, de acordo com o porte e a condição social dos usuários; e IV. A situação de regularidade do direito de uso. 1º Para atendimento dos critérios mencionados nos incisos I, II e III, deverão ser considerados a função social, os impactos econômicos, os impactos local, regional e nacional e as especificidades e condições peculiares aos respectivos locais. 2º Para atendimento do critério mencionado no inciso IV deverão ser observadas a data de emissão das outorgas e o protocolo dos requerimentos de novas outorgas, dando prioridade às outorgas de direito de uso já estabelecidas.

Recomenda-se: - Acompanhar Res. CNRH; - Participar de forma atuante nos CBHs.

Obrigado. Marcelo de Deus Melo Grupo de Trabalho de Recursos Hídricos ABRAGE mdeus@cemig.com.br