18º Congresso Brasileiro de Contabilidade. Auditoria e Controles Internos no SFN. agosto

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Transcrição:

18º Congresso Brasileiro de Contabilidade Auditoria e Controles Internos no SFN agosto - 2008 1

Agenda 1. Lei Sarbanes-Oxley 2. Auditoria, Controles Internos e Compliance no SFN 3. Governança Corporativa no SFN 4. Conclusão 2

Agenda 1. Lei Sarbanes-Oxley 2. Auditoria, Controles Internos e Compliance no SFN 3. Governança Corporativa no SFN 4. Conclusão 3

Lei Sarbanes-Oxley Motivação: Onda de escândalos corporativos/financeiros envolvendo grandes empresas americanas, tais como Enron e WorldCom, que geraram elevados prejuízos financeiros e atingiram milhares de investidores. 4

Lei Sarbanes-Oxley 5

Lei Sarbanes-Oxley 6

Lei Sarbanes-Oxley Enron Valor das Ações 7

Lei Sarbanes-Oxley Minha recomendação é que você mantenha suas ações. As perdas serão revertidas. 8

Lei Sarbanes-Oxley 9

Lei Sarbanes-Oxley After the energy firm's collapse, the entire auditing regime needs radical change. The Economist THE LESSONS FROM ENRON 09/02/2002 10

Lei Sarbanes-Oxley Public Company Accounting Reform and Investor Protection Act of 2002 Lei Sarbanes-Oxley Paul Sarbanes Michael Oxley Companhias listadas na NYSE e NASDAQ. 11

Lei Sarbanes-Oxley Objetivos da Lei: restaurar a confiança dos investidores e evitar fuga de investimentos.; aperfeiçoar os processos e atestar a eficiência e eficácia dos controles internos; garantir transparência na gestão das organizações; garantir credibilidade para a Contabilidade e a Auditoria; aumentar a qualidade e transparência das informações financeiras divulgadas. 12

Lei Sarbanes-Oxley Principais seções: Seção 302 Diretores Executivos e Financeiros devem declarar pessoalmente que são responsáveis pela avaliação do desempenho e da eficácia dos controles internos. Seção 404 Determina a avaliação anual dos controles e procedimentos internos para emissão de relatórios financeiros (20F). Estipula ainda a implantação de um canal de denúncias e de um código de ética. 13

Lei Sarbanes-Oxley Principais desdobramentos: Criação do PCAOB Public Company Accounting Oversight Board; Comitê de auditoria; Responsabilização criminal e penalidade pecuniária; Código de ética. 14

Lei Sarbanes-Oxley Benefícios esperados: Integração dos processos, controles, sistemas e relatórios; Clareza nas regras, responsabilidades, sistemas de informação e nos processos contábeis; Possibilidade de eliminar controles duplicados e em desacordo com as estratégias da empresa; Conhecimento dos principais riscos da empresa e formas de tratamento. 15

Lei Sarbanes-Oxley Influência: Após edição da Lei Sarbanes-Oxley, reguladores em outras jurisdições passaram a utilizar os padrões norte-americanos como modelo para aprimorar as regras locais relativas à atividade de auditoria independente. 16

Lei Sarbanes-Oxley Leis e Regulamentos Equivalentes UK Turnbull Guidance and Combined Code 1999/2005 17

Lei Sarbanes-Oxley Leis e Regulamentos Equivalentes Canada 2005 Instruments 52-109 and 52-111 Securities Commissions 18

Lei Sarbanes-Oxley Leis e Regulamentos Equivalentes EU 2006 8th Company Law Directive 19

Lei Sarbanes-Oxley Leis e Regulamentos Equivalentes Japan 2007 J-SOX 20

Agenda 1. Lei Sarbanes-Oxley 2. Auditoria, Controles Internos e Compliance no SFN 3. Governança Corporativa no SFN 4. Conclusão 21

Auditoria, Controles Internos e Compliance Governança Corporativa Conselho de Administração Diretoria Divulgação e Transparência Auditoria e Controles Int. Stakeholders Acionistas 22

Auditoria, Controles Internos e Compliance Importância das boas práticas de Governança para o sistema bancário: Minimizar o risco de crise sistêmica Oferecer maior proteção aos depositantes Manter a confiança dos investidores e da sociedade Enfatizar o papel do órgão regulador como importante parceiro e representante de outros interessados Reforçar o papel orientador e disciplinador da regulação no sistema bancário 23

Auditoria, Controles Internos e Compliance Auditoria interna, controles internos e função compliance estão sob a responsabilidade da alta administração. 24

Auditoria, Controles Internos e Compliance Controle interno é, de forma geral, definido como um conjunto de ações estabelecidas pela alta administração de uma entidade com o propósito de assegurar que os objetivos organizacionais sejam atingidos. 25

Auditoria, Controles Internos e Compliance Recomendações do Comitê de Basiléia - 1998 Controle interno 6 componentes: - Acompanhamento da alta administração e cultura de controle; - Reconhecimento e avaliação dos riscos; - Atividades de controle e segregação de funções - Informação e comunicação - Monitoramento das atividades e correção das deficiências - Avaliação dos sistemas de controle interno pela Supervisão. 26

Auditoria, Controles Internos e Compliance O Comitê de Basiléia refere-se à atividade de auditoria interna como parte essencial de um conjunto de ações para uma boa governança em instituições financeiras. A auditoria interna deve ser capaz de avaliar os controles internos da instituição de forma independente. 27

Auditoria, Controles Internos e Compliance O propósito da área de compliance é assistir os gestores no gerenciamento do risco de compliance, que pode ser definido como o risco de sanções legais ou regulamentares, perdas financeiras ou mesmo perdas reputacionais decorrentes da falta de cumprimento de disposições legais, regulamentares, códigos de conduta, padrões etc. 28

Auditoria, Controles Internos e Compliance O Comitê de Basiléia refere-se à Função Compliance e não a uma estrutura fixa como uma diretoria ou departamento, devido às diferenças existentes em função da jurisdição, porte, tipo de instituição e natureza das atividades desenvolvidas. 29

Agenda 1. Lei Sarbanes-Oxley 2. Auditoria, Controles Internos e Compliance no SFN 3. Governança Corporativa no SFN 4. Conclusão 30

Governança Corporativa no SFN 1996 Auditoria Externa aprimoramento das regras e estabelecimento da obrigatoriedade do rodízio - Resolução 2.267. 31

Governança Corporativa no SFN 1996 1998 Controles Internos - implementação de controles internos voltados para as atividades desenvolvidas pelas IFs, seus sistemas de informações financeiras, operacionais e gerenciais e o cumprimento das normas legais e regulamentares a elas aplicáveis. Referidos sistemas são responsabilidade da diretoria da IF Resolução 2.554. 32

Governança Corporativa no SFN 1996 1998 2002 => O Banco Central do Brasil implementa o novo sistema de pagamentos SPB. => Constituição e funcionamento de instituições financeiras e condições para exercício de cargos em órgãos estatutários (Resoluções 3.040 e 3.041). 33

Governança Corporativa no SFN 1996 1998 2002 2003 Auditoria Externa - Resolução 3.081 Constituição de Comitê de Auditoria e designação de Diretor responsável Vedação para prestação de serviços acessórios independência Canal de denúncias - Auditor (3 dias úteis) e Administrador (24h) 34

Governança Corporativa no SFN 1996 1998 2002 2003 2004 Auditoria Externa aprimoramento da regulamentação relativa à constituição do Comitê de Auditoria Resolução 3.198. 35

Governança Corporativa no SFN 1996 1998 2002 2003 2004 Basiléia II Cronograma para implementação do Novo Acordo de Capital Comunicado 12.746. 36

Governança Corporativa no SFN 1996 1998 2002 2003 2004 2006 Convergência com os padrões internacionais emitidos pelo IASB e pela IFAC Cronograma para implementação - Comunicado 14.259. 37

Governança Corporativa no SFN 1996 1998 2002 2003 2004 2006 2007 Ouvidoria - As IFS devem instituir componente organizacional de ouvidoria, com a atribuição de assegurar a estrita observância das normas legais e regulamentares relativas aos direitos do consumidor e de atuar como canal de comunicação entre essas instituições e os clientes e usuários de seus produtos e serviços, inclusive na mediação de conflitos Resolução 3.477. 38

Agenda 1. Lei Sarbanes-Oxley 2. Auditoria, Controles Internos e Compliance no SFN 3. Governança Corporativa no SFN 4. Conclusão 39

Conclusão Desafios e oportunidades Constante atualização Capacitação Equipes multidiciplinares Melhor gerenciamento dos riscos Melhor controle 40

Obrigada! Sílvia Marques de Brito e Silva Consultora Banco Central do Brasil Departamento de Normas do Sistema Financeiro denor@bcb.gov.br 41