Escola de Governo. A Política de Saúde Pública

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EVOLUÇÃO ORÇAMENTÁRIA RECENTE MINISTÉRIO DA SAÚDE. Elaborado para 3º Fórum de Debates Novo Regime Fiscal, Organizado pelo Conasems

Transcrição:

Escola de Governo A Política de Saúde Pública 19 de Setembro de 2016 Jorge Kayano - Instituto Pólis

Velhos e novos MALES da Saúde no Brasil - de Geisel a Dilma Hucitec Editora 2015 1 AMAMENTAÇÃO: O SUCESSO DE POLÍTICAS PÚBLICAS EFETIVAS (1975-2008) A promoção do aleitamento materno é a estratégia que, isoladamente, tem o maior impacto para a redução da mortalidade infantil, superando outras ações como a promoção da alimentação complementar e medidas como tratamento de água e saneamento - Reconstrução de uma cultura da amamentação Iniciativa Hospital Amigo da Criança; Bancos de Leite humano; Rede Amamenta Brasil - Atenção básica - Forte relação escolaridade e fertilidade

Velhos e novos MALES da Saúde no Brasil 17 Violência e Homicídios: Emergência, crescimento e consolidação de um problema de saúde de dimensão coletiva (1980 2010) Responsável por mais mortes do que os acidentes de trânsito Escassas as ações concretas para lidar com a violência (no SUS) Predominam, na rede de atenção básica, serviços, programas e ações voltadas à violência familiar, com ênfase na violência contra a mulher, as crianças e mais recentemente à população idosa. Sistema de Notificação

O IPVS dos municípios da Região Metropolitana de São Paulo - 2010

Imigração dos bolivianos segundo distrito de destino no Município de SP, 2010

A garantia de saúde para todos na Constituição Jairnilson Paim - A conquista do direito à saúde e do SUS não veio dos políticos eleitos para elaborar a Constituição. Ela vem da sociedade civil, dos movimentos sociais que combateram a ditadura, defenderam o direito à saúde como um direito vinculado à cidadania, que propunham um sistema de saúde de caráter público, sob a responsabilidade do Estado. Daí a ideia de que saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Nenhum país do mundo tem um sistema de saúde decente se as forças da sociedade não lutarem por ele.

ABRASCO Associação Brasileira de Saúde Coletiva; ABRES Associação Brasileira de Economia em Saúde; AMPASA Associação de Membros do Ministério Público em Defesa da Saúde; APSP Associação Paulista de Saúde Pública; CEBES Centro Brasileiro de Estudos de Saúde; IDISA- Instituto de Direito Sanitário Aplicado; REDE UNIDA Associação Brasileira Rede Unida; SBB Sociedade Brasileira de Bioética Por um SUS de todos os brasileiros! Propostas do Movimento da Reforma Sanitária para debate nacional O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, integrado por várias entidades que atuam historicamente em defesa da saúde coletiva no Brasil, conclama a sociedade para a discussão e defesa das seguintes propostas:

1. Construir coletivamente um projeto nacional para o país, que promova a inclusão, que considere a saúde como direito humano fundamental e que reforce o papel do Estado na promoção de políticas e serviços públicos universais de qualidade. 2. Promover as reformas inadiáveis: Reforma do Sistema Político, com fortalecimento dos mecanismos de democracia participativa, controle social do processo eleitoral e financiamento público de campanhas; Reforma Tributária que recupere os princípios da justiça fiscal equidade, capacidade contributiva e progressividade e que considere a tributação como instrumento de diminuição das desigualdades sociais; e Revisão da Lei de Responsabilidade Fiscal com relação ao limite da despesa de pessoal com saúde.

3. Reafirmar o Sistema de Seguridade Social Brasileiro, com valorização do orçamento da seguridade e ampliação dos recursos destinados à saúde, o que requer a aprovação imediata do projeto de lei de iniciativa popular que destina 10% da receita corrente bruta à saúde e o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para o orçamento da Seguridade Social. (exato oposto da PEC 241!) 4. Extinguir os subsídios diretos ao setor privado e rever os gastos tributários e incentivos fiscais a planos de saúde, indústria farmacêutica e hospitais filantrópicos não-universais; efetivar o ressarcimento ao SUS, toda vez que clientes de planos de saúde forem atendidos na rede pública. (Agora: Planos Populares de Saúde...) 5. Responsabilizar os gestores federal, estaduais e municipais na efetivação da regionalização e das redes de atenção à saúde, reforçando a atenção primária resolutiva, garantindo o diálogo entre usuários, trabalhadores e gestores do SUS; integrar os serviços de saúde, diminuindo filas e tempos de espera e garantir a continuidade do cuidado. (Lembrar a LC 141 de Jan/2012 ver abaixo)

DESAFIOS PARA CONSOLIDAÇÃO DO SISTEMA É necessário repensar o modelo de atenção que produza acolhimento e maior responsabilização dos profissionais e do sistema com o cidadão. As práticas profissionais e de gestão nas três esferas de governo, União, Estados e Municípios precisam colaborar na construção deste processo. Nenhum ente conseguirá sozinho assegurar a integralidade da atenção ao usuário, necessitando operar em rede e através de consensos interfederativos.

Saúde Direito de todos e dever do Estado CONSTITUIÇÃO FEDERAL Lei 8.080 Lei 8.142 DECRETO 7.508 Lei 12.401 Lei 12.466 Lei complementar 141 1988 1990 1991 1993 1996 2001 2006 2011 2012 NOB NOB NOB NOAS PACTO PELA SAÚDE RESOLUÇÕES TRIPARTITE A MUNICIPALIZAÇÃO FOI O CAMINHO FOCO NA REGIONALIZAÇÃO RADICALIZA NA REGIONALIZAÇÃO

DIRETRIZES NACIONAIS- CNS PRIORIDADES: CONSELHOS DE SAÚDE PNS PES PMS PPA, LDO e LOA MAPA DA SAÚDE necessidades de saúde Diretrizes, Objetivos e Metas PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO - REGIÃO DE SAÚDE - Diretrizes, Objetivos Plurianuais e Metas da Saúde para a Região PROGRAMAÇÃO GERAL DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE RELATÓRIO DETALHADO RELATÓRIO DE GESTÃO CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO PÚBLICA DA SAÚDE - COAP

LEI COMPLEMENTAR 141 de 2012 - Da Movimentação dos Recursos da União Art. 17. O rateio dos recursos da União vinculados a ações e serviços públicos de saúde e repassados... aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios observará as necessidades de saúde da população, as dimensões epidemiológica, demográfica, socioeconômica, espacial e de capacidade de oferta de ações e de serviços de saúde... 1 o O Ministério da Saúde definirá e publicará, anualmente, utilizando metodologia pactuada na comissão intergestores tripartite e aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde, os montantes a serem transferidos a cada Estado, ao Distrito Federal e a cada Município para custeio das ações e serviços públicos de saúde.

SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE ORÇAMENTOS PÚBLICOS EM SAÚDE (SIOPS). O SIOPS é um sistema informatizado de acesso público, gerido pelo Ministério da Saúde, responsável pela coleta, recuperação, processamento, armazenamento, organização e disponibilização de dados e informações sobre receitas totais e despesas com ações e serviços públicos de saúde. O sistema possibilita o monitoramento da aplicação de recursos no SUS, facilitando o controle de cada centavo investido. (www.portal.saude.gov.br) pode ser acessado diretamente pelo link: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1671

SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE ORÇAMENTOS PÚBLICOS EM SAÚDE (SIOPS). Análise Atual do SIOPS: Aumento do gasto nominal e do gasto per capita maiores do que a inflação. A partir de 2005 o gasto dos Estados e Municípios superou o gasto federal. Os municípios tiveram grande impacto dos gastos.

GASTO DA UNIÃO COM SAÚDE ESTAGNADO EM 1,7%DO PIB DESDE 2000 - MAS VEM CAINDO PROPORCIONALMENTE COM O AUMENTO DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS 17 ANO UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIO 1980 75% 18% 7% 1991 73% 15% 12% 2001 56% 21% 23% 2010 45% 27% 28% Fonte: Gilson Carvalho 2013 83 Bilhões 52 Bilhões 60 Bilhões GASTO TOTAL com Saúde em 2013 = 195 Bilhões Gasto por habitante de R$ 970 no ano => R$ 2,60 por dia!!!

Público X Privado Receita das operadoras de planos privados em 2013 = R$ 110,8 bilhões (atende 25% da população do país) Renúncia de receitas referentes a despesas médicas em 2014 (pessoas e empresas) = R$ 14,7 bilhões Subsídios aos planos privados!!! O lucro líquido dos planos de saúde em 2011 foi de R$ 5 bilhões O Senado aprovou em 15/Abril/2014 uma Medida Provisória que determinou a anistia de R$ 2 bilhões (multas aplicadas pela ANS) aos planos de saúde. Depois de muita polêmica, a presidente vetou a anistia. A União gastou em 2014 R$ 170,6 bilhões com juros da dívida Gasto do governo federal com assistência médica a seus servidores foi de R$ 2 bilhões (em 2010) via planos privados

Sabemos que essa proposta [fim da universalidade dos sistemas de saúde] retornará a qualquer tempo. Ela está no manual do Banco Mundial, no manual do liberalismo que orienta que a saúde é mercado, é negócio e não direito coletivo, disse Ana Costa, presidente do Cebes

Universalidade em risco: novos recursos para o SUS são necessários! O estrangulamento financeiro que o SUS vem enfrentando traz riscos a Saúde Pública Brasileira. Novos recursos específicos para a saúde são fundamentais. Uma contribuição SUS que taxe as grandes movimentações financeiras e seja interfederativa, ou seja, distribuída para todas as esferas de governo que fazem a gestão do SUS é uma necessidade para o pleno funcionamento do SUS, com acesso e qualidade para toda a população Brasileira. Precisamos ainda recuperar o orçamento da seguridade social que, na sua concepção incial, viabilizaria financeiramente o SUS, o que não aconteceu até hoje! Não podemos permitir que o subfinanciamento do setor público se alie aos grandes interesses do mercado para segmentar o sistema de saúde cada vez mais e acabar com a universalidade e gratuidade do SUS. Segue o documento elaborado pela Comissão de Financiamento do CNS no Congresso da ABRASCO com a participação da APSP que defende a imediata revisão do orçamento da saúde, a retomada da mobilização social do movimento saúde mais dez e a revisão dos subsídios públicos aos planos e seguros privados de saúde, dentre outras propostas para enfrentar o subfinanciamento e garantir a existência do SUS! Precisamos nos unir na construção de uma agenda estruturante da saúde no país, em defesa do SUS universal e igualitário! SEMINÁRIO CNS/COFIN NO 11º CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA - DOCUMENTO FINAL 28 DE JULHO DE 2015

APRIMORAMENTO DO PACTO PELA SAÚDE COAP Foco: resultados do sistema e qualidade Integralidade e Redes de Atenção à Saúde Maior segurança jurídica frente aos compromissos assumidos entre os entes federativos Governança do SUS

Decreto 7.508/11 O Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP), é o acordo de colaboração firmado entre entes federados com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades. Cabe à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua implementação. Implementado em cada Região de Saúde e assinado pelos 3 entes federados (Ministério da Saúde, Estados e Municípios)

O COAP deve ser elaborado em sintonia com o planejamento integrado entre os entes federados e sua implementação será coordenada pelas secretarias estaduais de saúde, a partir normas e fluxos estabelecidos na CIT. Os Conselhos de Saúde terão papel preponderante nessa nova sistemática de organização do SUS, uma vez que devem atuar tanto no processo de planejamento integrado dos planos de saúde quanto no monitoramento da implementação do COAP

Município de São Paulo - SAÚDE: Evolução da Execução Orçamentária Total por Fonte (em milhões) 10.000 9.000 8.000 8.011 9.535 9.611 8.546 9.185 7.000 6.000 5.000 6.045 6.432 6.508 6.352 6.745 Tesouro União 4.000 3.000 2.000 1.924 3.049 3.046 2.144 2.397 Estado TOTAL 1.000-2014 Empenhado Fonte: SOF Sistema Orçamentário Financeiro 43 53 57 50 43 2015 (LOA) 2015 Atual 2015 Disponível Projeção 2016

São Paulo - Principais Grupos de Despesa Valores nominais em reais (milhões) 2014 Empenhado 2015 (LOA) 2015 Atual 2015 Disponível Projeção 2016 Pessoal - direta e indireta Contratos de Gestão e Convênios Assistenciais Contratos Prestadores SUS Outros Contratos e despesas de custeio Materiais médico-hospitalares e Medicamentos Sub Total Investimentos Sub Total Encargos TOTAL Fonte: SOF Sistema Orçamentário Financeiro 2.042 2.522 2.522 2.489 2.438 2.956 2.979 2.939 2.939 3.226 728 803 783 755 810 1.364 1.651 1.681 1.352 1.503 416 520 515 475 491 7.506 8.475 8.440 8.010 8.468 193 829 876 242 422 7.699 9.304 9.316 8.251 8.890 312 295 295 295 295 8.011 9.599 9.611 8.546 9.185