: Bom resultado do 1T17 em linha com o guidance de crescimento esperado A companhia registrou no 1T17 um lucro líquido de R$ 992,8 milhões (ROAE de 47,3%), com crescimento de 3,7% em relação a R$ 957,7 milhões de igual trimestre do ano passado, cujo ROAE havia sido de 49,9%. Os negócios de risco e acumulação geraram ganho de R$ 594,1 milhões no 1T17, com queda de 2,3% ante o 1T16, com destaque para recuo de 109,1% no fluxo dos segmentos Patrimônio/Auto e queda de 23,3% no segmento de Capitalização. Demais segmentos registraram crescimento na mesma base de comparação. Os negócios de distribuição somaram R$ 404,9 milhões, com alta de 9,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI* vmartins@plannercorretora.com.br +55 11 2172-2565 Disclosure e certificação do analista estão localizados na última página deste relatório. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 15,3 milhões no trimestre, com decréscimo de 23,7% ante o 1T16. O resultado financeiro foi positivo em R$ 10,2 milhões, com redução de 5,4% em base de 12 meses. Para 2017 a companhia estima um crescimento de lucro entre 1,0% e 5,0%, equivalente a um lucro líquido ajustado entre R$ 4,15 bilhões e R$ 4,31 bilhões. Esperamos um resultado no ponto médio da estimativa, com acréscimo de 3,5% ante o lucro ajustado de 2016 (R$ 4,10 bilhões), reflexo do desempenho de suas subsidiárias mesmo num cenário de redução das taxas de juros. Nesse contexto estamos mantendo o preço justo de R$ 37,00/ação e a recomendação de COMPRA para as ações da companhia. Página 1
Desempenho do 1T17 foi sustentado em sua maior parte pelo resultado operacional das controladas, mas com um componente importante do resultado financeiro. A registrou um lucro líquido de R$ 992,8 milhões no 1º trimestre de 2017, composto por R$ 698 milhões do resultado operacional, não decorrente de juros (equivalente a 70% do lucro e com expansão de 11,0% em relação ao 1T16) e R$ 295 milhões (ou 30%) por resultado financeiro, com queda de 10,3% entre os trimestres comparáveis. Destaque para o desempenho comercial da BB Corretora no período, com destaque para os segmentos de rural e previdência. Some-se a queda da sinistralidade no segmento de seguros e o crescimento das reservas de previdência, com forte desempenho em termos de volume de contribuições associado à queda no índice de resgates. Ressalte-se que a redução da taxa básica entre os períodos e a queda da inflação, impactou o retorno de títulos pós-fixados e de títulos remunerados à inflação classificados na categoria mantidos até o vencimento, afetando o resultado financeiro de todas as companhias do conglomerado. Desempenho por segmento BB Mafre SH1 (crescimento do lucro, redução de sinistralidade e incremento de ROAE). O lucro líquido do 1T17 da operação de Vida, Habitacional e Rural cresceu 3,2% ante o 1T16 para R$ 391,5 milhões, pelo crescimento do resultado operacional sensibilizado pela redução da sinistralidade, parcialmente compensada pelo incremento das comissões e das despesas gerais e administrativas; e pela redução na alíquota efetiva de impostos no período. No 1T17, os prêmios emitidos somaram R$ 1,6 bilhão, volume 9,1% superior ao observado no 1T16, explicado pelo crescimento em prêmios emitidos de seguros rurais (+51,2%) e habitacionais (+9,9%), parcialmente compensado pela queda de 2,7% tanto no segmento de vida como em prestamista. Mafre BB SH2 (estabilidade dos prêmios e prejuízo no trimestre). A operação de Patrimônio e Automóvel registrou prejuízo líquido de R$ 4,6 milhões no 1T17, revertendo o lucro de R$ 50,5 milhões no mesmo período de 2016, com queda tanto no resultado operacional quanto financeiro. Destaque para a redução de 4,8 p.p na sinistralidade, a queda de 8,3% dos prêmios ganhos retidos, a elevação do índice de comissionamento, e o aumento em outras receitas e despesas operacionais. No 1T17, os prêmios emitidos somaram R$ 2,2 bilhões, evolução de 1,7% Página 2
sobre o mesmo período de 2016, crescimento concentrado nos segmentos de danos e demais, parcialmente compensado pela queda de 1,4% em automóveis. Brasilprev (melhor resultado operacional, com crescimento do lucro e de retorno). No trimestre, o volume de contribuições de previdência registrou crescimento de 26,7% em relação ao 1T16, notadamente nos planos de contribuição esporádica. Conforme destacado, o crescimento das contribuições associado à melhora de 1,1 p.p no índice de resgate resultou em uma captação líquida de R$ 4,5 bilhões no 1T17, evolução de 19,9% em relação ao mesmo período de 2016. O lucro líquido somou R$ 248,4 milhões no 1T17, com crescimento de 11,5% em relação ao 1T16, sustentado pela melhora do resultado operacional dado o incremento de 33,1% das receitas com taxa de gestão, em consequência da expansão de 32,5% do volume de recursos administrados, e pela melhora de 2,6 p.p no índice de eficiência. Brasilcap (queda de resultado operacional e financeiro). Nesse segmento o lucro líquido do trimestre foi de R$ 103,6 milhões, com queda de 23,3% em relação ao 1T16, reflexo da queda de 18,9% do resultado financeiro, pela redução de 11,6% do volume médio de ativos rentáveis e pela contração de 0,9 p.p na margem financeira de juros. Some-se a queda de 10,5% na arrecadação com títulos de capitalização e da retração de 2,9 p.p na cota de carregamento média. IRB Seguros (incremento de lucro por melhor resultado operacional). No 1T17, o lucro líquido da operação de Resseguros foi de R$ 224,9 milhões, com alta de 12,8% em relação ao 1T16, pela melhora do índice de sinistralidade, parcialmente compensada pelo aumento no índice de despesas gerais e administrativas. BB Corretora (aumento de receitas e de lucro). O lucro líquido da corretora atingiu R$ 404,9 milhões no 1T17, com crescimento de 9,3% ante o 1T16, reflexo do incremento de 9,5% das receitas de corretagem, parcialmente compensado pela contração de 1,6 p.p da margem operacional, explicada pela majoração da alíquota de PIS/PASEP e COFINS em vigor desde mar/16; aliado ao crescimento de 39,0% do resultado financeiro, em função do aumento do saldo médio e da taxa média dos ativos rentáveis. Meta de crescimento (guidance) e Preço Justo. Para 2017 a companhia estima um crescimento de lucro entre 1,0% e 5,0%, equivalente a um lucro líquido ajustado entre R$ 4,15 bilhões e R$ 4,31 bilhões. No 1T17 o lucro cresceu 3,7% em relação a igual trimestre de 2016. Esperamos um resultado no ponto médio da estimativa, com acréscimo de 3,5% ante o lucro ajustado de 2016 (R$ 4,10 bilhões), reflexo do desempenho de suas subsidiárias mesmo num cenário de redução das taxas de juros. Considerando o resultado reportado no 1º trimestre de 2017, as premissas macroeconômicas e de custo de capital próprio, as perspectivas para 2017 e os anos seguintes, estamos mantendo o preço justo de R$ 37,00/ação e nossa recomendação de compra para as ações da companhia. Página 3
ANEXOS Página 4
Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Karoline Sartin Borges kborges@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@plannercorretora.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 5