UMA ANALISE DO POTENCIAL DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS HOSPITALARES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE

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Transcrição:

UMA ANALISE DO POTENCIAL DE RECICLAGEM DE RESÍDUOS HOSPITALARES DE UMA UNIDADE DE SAÚDE Claudinei Domingues 1, Paulo André de Oliveira 2 1 FATEC,Botucatu,São Paulo, Brasil. E-mail claudineifatec@gmail.com 2 FATEC,Botucatu,São Paulo, Brasil. E-mail poliveira@fatecbt.edu.br. 1. INTRODUÇÃO As atividades humanas produzem resíduos sólidos, e esses resíduos sejam domésticos, industriais, hospitalares ou escolares, precisam ter um destino. Sendo público ou privado, o material descartado deve ter um fim que não prejudique o meio ambiente. De acordo com Marega (2011) o Brasil produz cerca de 7 milhões de toneladas de lixo urbano. Quando misturados, apenas 1% destes resíduos pode ser reaproveitado, mas se há separação correta, o aproveitamento passa para 70% ou mais.. A coleta seletiva do lixo tem se apresentado como uma alternativa na solução dos problemas socioambientais locais, reduzindo o volume de resíduos sólidos depositados nos aterros sanitários ou em lixões a céu aberto e consequentemente no meio ambiente, minimizando a extração de recursos naturais para fabricação de produtos diversos, além de atribuir maior tempo de vida útil aos aterros. O uso de incineradores é questionável, mesmo que os melhores engenheiros fossem capazes de fazer uma incineração totalmente segura, ou seja, capturando todas as emissões tóxicas e achando um método seguro de manipulação e armazenamento da cinza, sabe-se que em muitos casos a incineração é o método mais utilizado e apropriado, pois em determinados locais é o único recurso para o material contaminado, sendo assim, o combate é na redução dos materiais incineráveis (CONNETT, 1998) A logística reversa será um instrumento fundamental para proporcionar a destinação adequada dos resíduos e consolidar a introdução dos resíduos pós-consumo nos sistemas produtivos. Isso privilegiará a minimização dos desperdícios e promoverá a inserção social por meio da inclusão de cooperativas de catadores. Apesar disso, muitos fatores têm contribuído para o desenvolvimento de uma logística que faça o caminho reverso da tradicional, ou seja, que realize essa reintegração mencionada acima, a chamada Logística Reversa. O volume de resíduos sólidos que vem aumentando significativamente as matérias-primas que se tornam menos abundantes e a crescente conscientização da população quanto à preservação do meio ambiente e contra o desperdício, são alguns desses fatores que impulsionam a Logística Reversa (RODRIGUES; LEAL, 2002). Segundo Mozachi (2007), o problema do lixo é um

assunto polêmico e de difícil dimensionamento no nosso país, onde cerca de 90% do total recolhido é lançado a céu aberto nos conhecidos lixões. Considerando que menos de 10% do volume total dos resíduos sólidos hospitalares produzidos são constituídos de lixo infeccioso, a classificação prévia na fonte produtora deverá reduzir o volume atualmente destinado a valas sépticas. A Organização Mundial da Saúde (PNUD, 1998) define lixo como qualquer coisa que seu proprietário não quer mais, em um dado lugar e em certo momento, e que não possui valor comercial. De acordo com essa definição, pode-se concluir que o resíduo sólido, separado na sua origem, ou seja, nos compartimentos das residências e empresas, e destinado à reciclagem, não pode ser considerado lixo, e sim, matéria prima ou insumo para a indústria ou outros processos de produção, com valor comercial estabelecido pelo mercado de recicláveis. As unidades de saúde fabricam resíduos domésticos, com o acréscimo de também fabricar resíduos infectantes, biológicos, químicos e radioativos, constituindo assim, uma variedade de conteúdo. Segundo Akutsu e Hamada (1993), a composição de alguns resíduos químicos chega a ser semelhante ao fabricado por indústrias. Porém o grupo que mais se destaca são os de resíduos infectantes, considerados o grupo mais perigoso dos resíduos, só não ultrapassando em quantidade de fabricação dos classificados como comuns. A hipótese trabalhada é uma unidade hospitalar de Botucatu, está deixando de enviar para reciclagem uma quantidade significativa de materiais potencialmente recicláveis. Sendo assim fica evidente que o uso do forno incinerador aliado a uma falta de aplicação do raciocínio logístico, colabora com a queima de muitos materiais que poderiam ser reciclados. O objetivo deste estudo é analisar o descarte de resíduos, com potencial de reciclagem que são incinerados em uma área hospitalar. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais Os materiais utilizados foram, uma balança ajustada e calibrada para a pesagem dos sacos que estavam com os materiais destinados a incineração a manipulação destes sacos de lixo foi feita com extremo cuidado, por se tratar de material contaminado da área hospitalar, necessita de cuidados e o uso de equipamentos de segurança (FERREIRA,1995 ). Foi utilizado também uma câmera digital para filmagem e fotografia de todo o processo e pontos específicos para análise e

um caderno de anotações para registrar as informações dadas pelos supervisores e funcionários do local. A unidade hospital onde foi realizado o estudo foi em Botucatu, cidade do interior com aproximadamente 127 mil habitantes, que é composta por 1 instituto de Biociências, a Faculdade de veterinária e Zootecnia, Faculdade de medicina, Hospital das clínicas, referência nacional, e um hospital veterinário. 2.2 Métodos O procedimento consistiu em observar registrando imagens e logo em seguida buscou-se compreender a dinâmica do descarte de resíduos sólidos, ou seja, entender e quantificar, quanto do total de materiais gerados são incinerados, quanto é enviado para reciclagem e quanto destinado ao aterro municipal. Por meio do processo de pesagem de 20 sacos por dia e posterior abertura aleatória de 02 sacos para separação em 02 grupos: A (materiais contaminados desde a origem) e B (materiais originalmente apropriados para reciclagem). 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com as pesagens dos materiais obteu-se um total de 140 amostras.calculou-se por meio da média aritmética simples, a razão do peso total das 140 pesagens pelo número de sacos pesados com o valor obtido foi de 2,57 kg por saco. Na Tab. 01 pode-se observar a estimativa da coleta diária de sacos considerados não recicláveis pela unidade de saúde totalizando 2059 Kg (800 sacos). Analisando-se as amostras pode-se encontrar do grupo A ( contaminados desde a origem ) 1883 Kg e do grupo B que trata de material de material passível de reciclagem 175,6 Kg. Tabela 1 - Pesagem média diária dos sacos separados por grupo A e B 01 saco (Kg) 800 sacos(kg) Peso médio 2,57 2059,0 Grupo A 2,35 1883,0 Grupo B 0,22 175,6 Na Tab. 2 comparou-se as quantidades e percentuais da coleta efetuada atualmente com o percentual do que poderia ser reciclado caso houvesse uma separação adequada obteve-se os resultados apresentados

Tabela 2 - Quantidade de material reciclado e o que poderia ser reciclado Kg /dia Kg /mês Kg Ano Percentual Enviado para reciclagem 117,0 3.510 42.120 5,68% Potencial para reciclagem 175,6 5.269,8 63.237,6 8,53% Total que poderia ser reciclado 292,6 8.779,8 105.357,6 14,21% O material enviado para reciclagem diariamente é de aproximadamente 117 Kg, representando 5,68% do total do lixo da unidade. A amostragem estudada apresentou 175,6 kg de material potencialmente reciclável que está sendo enviado para o incinerador ou para o aterro municipal. Cabe observar que o material com potencial para reciclagem encontrado nas amostras é 50,13% maior do que se separa diariamente e o somatório do reciclado e do reciclável aumentaria em 150,13% o volume destinado para reciclagem desta unidade hospitalar. 4. CONCLUSÕES O estudo do lixo hospitalar desta unidade hospitalar permitiu observar que 60% do material reciclável é incinerado ou destinado ao aterro. A coletiva seletiva da unidade hospitalar estudada pode ser aperfeiçoada com um aumento de 150,13% de materiais destinados a reciclagem. Um estudo desta unidade hospitalar poderia determinar se existem recipientes adequados suficientes para a coleta seletiva ou se trata da necessidade de uma campanha de conscientização ou treinamentos entre os colaboradores. 5. REFERÊNCIAS AKUTSU, J.; HAMADA, J. Resíduo de serviço de saúde: avaliação de aspectos qualiquantitativos. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS HOSPITALARES, 1, 1993, Cascavel, Pr. Anais...Cascavel, 1993. FERREIRA, J. A. Resíduos Sólidos e Lixo Hospitalar: Uma Discussão Ética.Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 11(2):314-320,abr/jun, 1995 MAREGA, Ana Carolina Peterman. Lixo-urbano-problema-social. Disponível em: <http://www.cenedcursos.com.br/lixo-urbano-problema-social.html>. Acesso em: 03 mar. 2013. MOZACHI, Nelson. O hospital: manual do ambiente hospitalar. Curitiba: Manual Real, 2007;

PNUD. Educação Ambiental na Escola e na Comunidade. Brasília: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-ONU, 1998. RODRIGUES, Déborah Francisco; RODRIGUES, Gisela Gonzaga; LEAL, José Eugenio. Logística reversa conceitos e componentes do sistema. In: XXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 22., 2002.