ESPECIFICAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO E APOIO TOPOGRÁFICO Versão 1.0 30 de Abril de 2003
Índice 1 INTRODUÇÃO... 1 2 SISTEMA DE COORDENADAS... 1 2.1 DESCRIÇÃO... 1 3 TRANSPORTE DE COORDENADAS PARA SISTEMAS DE APOIO TOPOGRÁFICO... 1 3.1 APOIO DE 1ª ORDEM... 1 3.2 APOIO DE 2ª ORDEM (POLIGONAL DE IMPLANTAÇÃO)... 1 4 IMPLANTAÇÃO... 2 5 MATERIALIZAÇÃO... 2 5.1 MATERIALIZAÇÃO DOS VÉRTICES DAS POLIGONAIS... 2 5.2 IMPLANTAÇÃO DA DIRECTRIZ, DE OBRAS DE ARTE OU OUTRAS... 3 5.3 IDENTIFICAÇÃO... 3 6 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS... 3
1 INTRODUÇÃO O presente documento contém as especificações para os trabalhos topográficos de implantação e respectivo apoio topográfico. 2 SISTEMA DE COORDENADAS 2.1 Descrição O sistema de geo-referenciação a utilizar no posicionamento é o Hayford-Gauss, Datum 73, tal como é materializado pela rede geodésica nacional (1ª e 2ª ordem). O sistema de referência para altitudes é o Datum Altimétrico do Marégrafo de Cascais, devendo ser utilizadas altitudes ortométricas. 3 TRANSPORTE DE COORDENADAS PARA SISTEMAS DE APOIO TOPOGRÁFICO 3.1 Apoio de 1ª Ordem Deverá ser posicionado um vértice de apoio de 1ª ordem a cada 5 km ao longo do desenvolvimento da directriz. O transporte de coordenadas para apoio topográfico com recurso a GPS deverá ser realizado de acordo com os seguintes requisitos: - utilização de receptores de dupla-frequência; - tempo de estacionamento de cinco horas; - intervalos de observação de 15 segundos; - linha de base não superior a 40 km; - processamento dos dados com órbitas de precisão (disponíveis 15 dias após a data de observação); - observação de linhas de base redundantes com pelo menos dois receptores estacionados em vértices geodésicos de 1ª ou de segunda ordem; - ajustamento global da rede de 1ª ordem rede pelo método de mínimos quadrados; - transformação de coordenadas com parâmetros locais. As altitudes elipsoidais deverão ser transformadas em altitudes ortométricas recorrendo a um modelo local do geóide estabelecido por observação GPS (de acordo com os requisitos anteriormente descritos) em marcas da Rede Nacional de Nivelamento, enquadrando a zona de trabalho e afastados entre si no máximo de 20km. 3.2 Apoio de 2ª Ordem (Poligonal de Implantação) Os vértices de apoio de 2ª ordem deverão ser colocados a distâncias de 350m e 450m entre si. Os vértices da poligonal de implantação devem ser colocados alternadamente à direita e à Levantamentos topográficos Especificações Técnicas 1
esquerda da directriz, fora da zona prevista para a construção, mas se possível junto a ela e nunca para além dos 80 metros (na perpendicular ao eixo da directriz) e sempre que possível situados em extremas de prédios, maciços rochosos, terraços de prédios ou outras construções estacionáveis e nos dois últimos de acesso provido de autorização não só aquando da observação mas também futuramente. O afastamento em relação à directriz será em função das cotas do terreno natural e da rasante. A localização manterá obrigatoriamente a intervisibilidade entre todos os vértices contíguos da poligonal. As coordenadas destes vértices poderão ser determinadas tanto por poligonação como por observação com GPS. Optando pela observação com GPS, deverá ser utilizado o método estático, com observação durante períodos de meia hora e linhas de base redundantes, ligando o ponto de 2ª ordem a dois pontos de apoio de 1ª ordem. Optando pela observação com poligonais, estas deverão ser realizadas com estacionamentos sucessivos sobre tripés, sem troca de base na alternância entre a estação total e o reflector. Deverão ser utilizadas estações totais com características não inferiores a: - erro médio na medição angular: 3 dmgon; - erro médio na medição de distâncias: 2mm+2ppm O fecho da poligonal nos pontos de apoio de 1ª ordem deverá ser inferior a 5 cm em planimetria e altimetria. 4 IMPLANTAÇÃO A implantação da directriz ou de outros elementos será apoiada nos vértices de apoio de 1ª e 2ª ordem, recorrendo a irradiação. Poderá ser utilizado também o posicionamento com GPS em tempo real (observação de fase), desde que se garanta que o decréscimo de exactidão posicional relativamente à irradiação com estação total não é relevante para a execução da obra. 5 MATERIALIZAÇÃO 5.1 Materialização dos Vértices das Poligonais Os vértices serão materializados com marcos, em betão C12/15 (B 15), com a forma de prisma quadrangular, cujas dimensões são específicas em desenho anexo. No acto de enchimento dos marcos, colocar-se-á no topo, um cubo em esferovite ou outro material, facilmente removível, a fim de restar uma concavidade. Nessa concavidade será chumbada uma marca de latão, que servirá de suporte à cota. Levantamentos topográficos Especificações Técnicas 2
A mesma marca ostentará uma cruz gravada, de modo a permitir a centralização perfeita do aparelho e das bases dos sinais ou reflectores. Os marcos serão devidamente verticalizados e serão sempre fundados com pedra, cimento e areia e de forma que sobressaiam cerca de dez centímetros acima do terreno e posteriormente pintados de branco. No caso da materialização de algum vértice, se situar num maciço rochoso ou terraço de construção, sendo acessível e estacionável, poderá a marca de latão ser chumbada directamente na rocha ou no piso do terraço. 5.2 Implantação da directriz, de obras de arte ou outras A materialização da directriz é feita com a colocação de estacas de eixo de 25 em 25 metros, posteriormente com a das obras de arte ou quaisquer outros que digam respeito à obra propriamente dita. Importa aqui definir, à semelhança do que também é estabelecido na Norma de Expropriações, as dimensões e as cores que as estacas utilizadas nestas materializações devem ostentar e que são: Estacas Dimensões (cm) Cor 1) Eixo 4 x 4 x 40 Encarnada 2) PH s 2 x 4 x 40 Amarelo 3) PI s e PH s 2 x 4 x 40 Verde 4) Outras 2 x 4 x 40 Branco Obs.: As dimensões e cores das estacas, à excepção das estacas de eixo, podem ser alteradas, em campo, por opção do sector de Topografia das Fiscalizações. 5.3 Identificação A nomenclatura dos marcos deverá ser constituída por três referências, a saber: a) A classificação da Auto-estrada (A1, A4, A8,...); b) As iniciais (primeira letra) das localidades de referências do início e fim do sublanço; c) O número de ordem do marco. Esta nomenclatura, será gravada na marca de latão, tal como se exemplifica no desenho anexo. 6 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS Os actuais equipamentos de posicionamento, tanto estações totais como GPS permitem exactidões posicionais superiores à da própria rede geodésica. A ligação dos sistemas de apoio à Levantamentos topográficos Especificações Técnicas 3
rede geodésica deve ser feita procurando minimizar as discrepâncias desta e garantindo que o erro relativo ao longo da directriz seja o menor possível. As discrepâncias detectadas devem no entanto ser registadas e disponibilizadas ao projectista e ao empreiteiro. Assume especial importância o transporte de altitudes. Atendendo a que a observação com GPS disponibiliza altitudes elipsoidais, deve ser feito um modelo local do geóide recorrendo às marcas da Rede Nacional de Nivelamento e, sempre que possível, introduzir no ajustamento das altitudes a ligação por nivelamento geométrico de precisão a esta rede. O adensamento da rede geodésica proposto neste documento deverá, se possível, ser realizado como parte do levantamento cartográfico, garantindo assim a consistência dos sistemas de referenciação que servem de base ao projecto e à implantação. Levantamentos topográficos Especificações Técnicas 4