INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA DEZEMBRO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS 2016

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Transcrição:

INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA DEZEMBRO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS 2016

FUNDAÇÃO DOM CABRAL NÚCLEO DE ESTRATÉGIA E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS Indicadores da Economia Brasileira Dezembro 2016 EQUIPE TÉCNICA Paulo Paiva Professor Associado da Fundação Dom Cabral Foi ministro do Trabalho e do Planejamento e Orçamento G.H. Gomes Costa Assistente de Pesquisa, Bolsista de Apoio Técnico I FAPEMIG Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais

ATIVIDADE ECONÔMICA INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

ATIVIDADE ECONÔMICA ÍNDICE DE ATIVIDADE ECONÔMICA IBC-Br (Série com Ajuste Sazonal. Banco Central do Brasil) 150 148 146 144 142 140 138 136 134 132 130 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 abr/16 índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) out/16 ÍNDICE DE ATIVIDADE ECONÔMICA DO BANCO CENTRAL (IBC-Br) A estimativa do IBC-Br, para o mês de outubro de 2016 foi de 132,68 pontos, ficando estável em relação ao período imediatamente anterior. O que repercutiu em em queda de 4,11% em doze meses. A safra de grãos para 2016 estimada em outubro foi de 183,8 milhões de toneladas, segundo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE. Isso representa decréscimo de 0,1% em relação ao mês de setembro e de 12,3% em relação à safra 2015. A produção industrial em outubro de 2016 recuou 1,1% em relação a setembro do mesmo ano. Isso implica em queda de 1,5% no trimestre de agosto a outubro de 2016. Logo o setor consolidou perdas 7,7% na produção industrial em 2016 e de 8,4% em doze meses. Com retração de 2,4% no mês de outubro, os serviços tiveramdesempenhode -5,0% noanode2016 e de -7,6% em relação a outubro de 2015.

ATIVIDADE ECONÔMICA EMPREGO FORMAL (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego CAGED) 195 193 191 189 187 185 183 181 179 177 175 ÍNDICE DE EMPREGO FORMAL (IEF) Com diminuição de 74.748 empregos formais, o mês de outubro de 2016, apresentou variação negativa de 0,30% de empregos formais em relação a setembro de 2016. Nesse sentido, já foram subtraíram 751.816 postos de trabalho no ano de 2016 e no período de novembro de 2015 até setembro de 2016, o montante de 1.500.467 postos de trabalho foram extintos contração de 3,71%. O IEF em outubro permaneceu com tendência de contração moderada no médio prazo. Já em termos trimestrais, a redução no indicador foi de0,96%, ao passo que em doze meses seobservou queda de4,11% noindicador. Portanto, os resultados para o mercado de emprego formal permanecem pessimistas, tanto para o curto prazo, quanto para o médio prazo. jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 abr/16 Índice do Emprego Formal

ATIVIDADE ECONÔMICA DESEMPREGO (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD C, IBGE) 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 jan-fev-mar 2014 mar-abr-mai 2014 mai-jun-jul 2014 jul-ago-set 2014 set-out-nov 2014 nov-dez-jan 2014 jan-fev-mar 2015 mar-abr-mai 2015 mai-jun-jul 2015 jul-ago-set 2015 set-out-nov 2015 Taxa de desemprego nov-dez-jan 2015 jan-fev-mar 2016 mar-abr-mai 2016 mai-jun-jul 2016 jul-ago-set 2016 set-out-nov 2016 TAXA DE DESEMPREGO O trimestre móvel de setembro a novembro de 2016 apresentou baixo crescimento na taxa de desocupação (0,1 p.p.), com cerca de 12,1 milhões de pessoas desocupadas, ou seja com taxa de 11,9% de desempregados. Além disso, observa-se que ao comparar o trimestre de setembro a novembro de 2016 ao mesmo trimestre do ano anterior, foram acrescidas 3,0 milhões de pessoas ao contingente de desocupados - crescimento de 33,1 no número de desempregados.

ATIVIDADE ECONÔMICA RENDIMENTO REAL (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD C, IBGE) 2.120,0 2.100,0 2.080,0 2.060,0 2.040,0 2.020,0 2.000,0 jan-fev-mar 2014 mar-abr-mai 2014 mai-jun-jul 2014 jul-ago-set 2014 set-out-nov 2014 nov-dez-jan 2014 jan-fev-mar 2015 mar-abr-mai 2015 mai-jun-jul 2015 jul-ago-set 2015 Rendimento Real set-out-nov 2015 nov-dez-jan 2015 jan-fev-mar 2016 mar-abr-mai 2016 mai-jun-jul 2016 jul-ago-set 2016 set-out-nov 2016 RENDIMENTO REAL MÉDIO HABITUAL DA POPULAÇÃO OCUPADA No trimestre móvel entre setembro e novembro de 2016, o rendimento real habitualmente recebido pela população ocupada cresceu foi de R$ 2.032,00, ficando estável com relação ao trimestre imediatamente anterior. A massa de rendimentos recebida pela população ocupada foi de R$ 178,9 bilhões, não apresentando variação significativa em relação ao trimestre imediatamente anterior. Em doze meses, a massa de rendimentos recebida pela população ocupada se reduziu 2,0%, ao passo que o rendimento real médio habitual da população ocupada não sofreu variação significativa na mesma base de comparação. Assim, conclui-se que a retração na massa de rendimentos é advinda da queda número de pessoas ocupadas.

ATIVIDADE ECONÔMICA META DE INFLAÇÃO OBSERVADA (IPCA acumulado no ano) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) ACUMULADO NO ANO 10,0 8,0 6,0 No mês de dezembro de 2016 houve 0,3% da inflação, o que consolidou em o ano encerrar com 6,26% de crescimento do IPCA. Por conseguinte, a taxa média de inflação mensal de 0,51% a.m. queda de 0,02 p.p. em relação à taxa média observada até novembro. Nesse sentido, a taxa de inflação ficou 0,24 p.p. abaixo do limite de tolerância da meta de inflação e 1,76 p.p. acima do centro da meta de inflação (4,5% a.a.). 4,0 2,0 No horizonte de doze meses, consolidou-se queda na inflação (-0,7 p.p.). Portanto, a trajetória de inflação em doze meses passou a mostrar que os efeitos da expansão de preços administrados observada no final de 2015 até 2015 já não afetam mais à taxa de inflação no presente. 0,0 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 IPCA mensal meta IPCA

ATIVIDADE ECONÔMICA INFLAÇÃO ANUAL E VARIAÇÃO DOS PREÇOS ADMINISTRADOS (IPCA Índices acumulados em 12 meses) 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 set/16 nov/16 ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO E PREÇOS ADMINISTRADOS No último trimestre de 2016, os preços livres apresentaram inflação de 0,74%, crescendo abaixo da trajetória esperada para o período. Já os preços administrados cresceram dentro da trajetória esperada e registraram expansão de 0,75% em relação ao terceiro trimestre de 2016. Dessesresultados resultou que noquartotrimestre de 2016 a inflação do IPCA foi de 0,74% ante o trimestre imediatamente anterior. Desse modo, a inflação acumulada em doze meses sofreu queda de 2,36 p.p. no ultimo trimestre de 2016 encerrando o ano em 6,26%, o que mostra que há convergência dos preços numa trajetória em torno da meta de longo prazo. Meta Administrados IPCA

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL META TAXA DE JUROS SELIC E TAXA REAL DE JUROS (Conselho de Política Monetária, Expectativas de Mercado Banco Central do Brasil) 8,5 7,5 6,5 5,5 4,5 3,5 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 abr/16 out/16 Juros Neutros Juros Reais Taxa SELIC (eixo sec.) 15,4 14,4 13,4 12,4 11,4 10,4 9,4 TAXA DE JUROS SELIC E TAXA DE JUROS REAL No último trimestre de 2016, a taxa de inflação passou a apresentar crescimento abaixo da média e simultaneamente as expectativas de mercado sobre a inflação de longo prazo passaram a convergir para o centro da meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil, 4,5% a.a. Nesse sentido, o Conselho de Política Monetária (COPOM) passou a reajustar a Taxa de Juros SELIC com objetivo de encerrar o período de contração monetária iniciado em no segundo trimestre de 2015. Assim, a Taxa SELIC encerrou o ano de 2016 registrando 13,75% a.a. (queda de 0,5 p.p.). No entanto, a transição da Taxa SELIC ainda não foi suficiente para reverter à trajetória dos Juros Reais que ficaram estáveis (8,64% a.a.), comparando-se o quarto trimestre de 2016 ao trimestre imediatamente anterior. As expectativas do mercado são de que a Taxa SELIC se acomode no intervalo entre 9,25% a.a. e 11,00% a.a. (o que levaria a Taxa de Juros Real à faixa de Juros Neutros).

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Participação no PIBBanco Central do Brasil) 55,0 54,0 53,0 52,0 51,0 50,0 49,0 48,0 47,0 46,0 45,0 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO No mês de novembro de 2016, registram-se acréscimo de 0,7% na carteira de crédito de pessoas físicas, totalizando R$ 1.550 bilhões. Já a carteira de pessoas jurídicas permaneceu estável com saldo de R$ 1.554 bilhões. Portanto, as operações de crédito nos sistema financeiro em totalizaram R$ 3.104 bilhões acréscimo de 0,3% no mês e retração de 2,3% em doze meses. A relação Crédito/PIB se reduziu para 49,5%, recuo de 0,8 p.p. em relação ao mês anterior. no horizonte de doze meses, isso repercutiu emretração de 4,15 p.p. jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 set/16 nov/16

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL TAXA DE CÂMBIO (R$/US$. Banco Central do Brasil) 4,50 4,00 3,50 3,00 TAXA DE CÂMBIO NOMINAL (R$/US$) Como resultado da conjuntura internacional, o último trimestre de 2016 apresentou uma normalização do Dólar ante ao Real. Assim, o ano de 2016 encerrou com o Dólar cotado a R$ 3,25 depreciação do Dólar em 19,30%. Vale ressaltar que além dos efeitos de política estadunidense, a melhora no câmbio é resultado da redução no pessimismo dos mercados internacionais ante a crise brasileira, a ligeira melhora no preço das commodities agrícolas nos mercados futuros e da demanda chinesa porcommodities metálicas. 2,50 2,00 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 abr/16 out/16

POLÍTICA FISCAL INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

POLÍTICA FISCAL NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (Acumulado em 12 meses. Em milhões de R$. Banco Central do Brasil) 650 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (NFSP) No período de dezembro de 2015 a novembro de 2016, o déficit primário foi de R$ 156.781,97 milhões (2,50% PIB) e os juros nominais foram de R$ 424.617,57 milhões (6,76% do PIB). Nesse sentido, o déficit nominal do setor público totalizou R$ 581.399,54 milhões (9,28% do PIB) na mesma base de coparação. Assim, a participação do déficit nominal no PIB cresceu 0,55 p.p. emrelação outubro de 2016. jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 set/16 nov/16

POLÍTICA FISCAL RESULTADO PRIMÁRIO (Acumulado em 12 meses. Em milhões de R$. Banco Central do Brasil) 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0-20 -40-60 -80-100 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 set/16 nov/16 RESULTADO PRIMÁRIO No mês de dezembro de 2016, o déficit primário foi de R$ 39.140,82 milhões, sendo R$ 39.876,40 milhões o déficit do Governo Central e respectivamente R$ 421,24 milhões e R$ 314,33 milhões os superávits do Governos Regionais respectivamente e das Empresa Estatais. Portanto, no horizonte de doze meses, o déficit primário de R$ 156.781,97 milhões (2,50% do PIB). O que representa um aumento de 14,27% em relação ao mês imediatamente anterior.

POLÍTICA FISCAL DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBICO (Acumulado em 12 meses. Banco Central do Brasil) 2.700.000 2.500.000 2.300.000 2.100.000 DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (DLSP) A DLSP alcançou 43,8% do PIB no mês de novembro de 2016. Desse modo, a DLSP totalizou R$ 2.744.106,91 milhões no mês, o que representa um crescimento elevação de 0,1 p.p. do PIB. O crescimento da relação DLSP/PIB de janeiro a novembro de 2016 foi de 8,2 p.p. decorrentes de expansões de 5,9 p.p. na incorporação de juros, da apreciação cambial (13,0%) e de 1,4 p.p. no déficit primário e das contrações de 1,5 p.p. e 0,1 p.p. no crescimento do PIB nominal e no ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida respectivamente. 1.900.000 1.700.000 1.500.000 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 set/16 nov/16

POLÍTICA FISCAL DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL (Percentual do PIB. Banco Central do Brasil) 70,00 65,00 60,00 DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL (DBGG) A DBGG cresceu 2,03%no mês, somando R$ 4.418.424,09 milhões em novembro de 2016. As expansões da Dívida Externa (6,32%) e da Dívida Interna (1,80%) no mês de novembro somaram respectivamente R$ 237.475,21 milhões (3,80% do PIB) e a Dívida Interna foi de R$ 4.180.948,88 milhões (66,71% dopib). Em termo de participação no PIB, a DBGG no PIB expandiu 1,1 p.p. no mês 5,5 p.p. em 2016. Portanto, a Dívida Bruta do Governo Geral alcançou 70,5% do PIB. 55,00 50,00 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 mar/16 mai/16 set/16 nov/16

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (Fundação Getúlio Vargas) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 abr/16 out/16 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (ICC) O ICC encerrou o quarto trimestre de 2016 com retração acumulada de 9,71% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Embora esse resultado ainda garanta uma redução de 9,75% no pessimismo dos consumidores, a contração no último trimestre mostra que as famílias estão perdendo sua confiança ante à situação atual e que os trabalhadores estão ainda incertos quanto às expectativas de melhoras no mercado de trabalho. EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO DO CONSUMIDOR As expectativas do consumidor no último trimestre de 2016 foram de 9,1% inflação, o que indica uma retração de 7,14% no trimestre e de 17,27% no ano de 2016. Esse resultado consolida a tendência de que as famílias têm melhorado sua confiança emrelação à desaceleração da taxa de inflação. ICC EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO (eixo secundário)

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO COMÉRIO E DOS SERVIÇOS (Fundação Getúlio Vargas) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 ICOM jan/15 abr/15 jul/15 out/15 ICS abr/16 out/16 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS COMERCIANTES (ICOM) Os varejistas permanecem pouco confiantes quanto a situação atual da economia e com o custo do crédito dos consumidores (que podemlevara queda da demanda). Nesse sentido, o ICOM foi de 78,3 pontos, o que representa uma expansão de 0,38% no mês de dezembro de 2016. Embora, no horizonte de doze meses, o ICOM tenha acumulado 28,78% de redução nopessimismo dos comerciantes, ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS (ICS) Em dezembro de 2016, o ICS se reduziu 1,96% e registrou 76,3 pontos. Esse resultado implica que, em doze meses, houve queda de 12,87% no pessimismo dos empresários. Esse resultado adveio principalmente do fraco desempenho do setor, do pessimismo ante a situação atual da economia e de as prospecções de mercado indicarem que o ambiente de negócios não vai melhorar no curto prazo.

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (Fundação Getúlio Vargas) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 abr/16 out/16 ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (ICI) A Indústria de Transformação manteve seu nível de confiança estável, na comparação entre novembro e outubro de 2016. Uma vez que a produção industrial e a utilização da capacidade instalada continuam apresentando retração. Portanto, o ICI neste mês foi de 83,6 (16,31% de redução no pessimismo em doze meses). ÍNDICE DE CONFIANÇA DA CONSTRUÇÃO CIVIL (ICST) As perspectivas da construção civil acerca da situação atual, bem como suas expectativas quanto a recuperação da economia no curto prazo, levaram o ICST a reduzir 1,88% no mês de novembro, alcançando, portanto, 72,9 pontos. Deste modo, a melhora da confiança em doze meses continuou a se deteriorar, registrando 6,91% a.a. (revisãode -3,47 p.p.). ICI ICST

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO 2016 (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) 7,75 7,50 7,25 7,00 6,75 6,50 EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO 2016 O mês de dezembro encerrou com expectativas de inflação dentro da margem de tolerância da meta de inflação marcando 6,40% (revisão de -0,32 p.p.). Observou-se, no entanto que os mercados foram cautelosos ao estimar a inflação, que consolidou 6,26% em 2016. Dentre os fatores que levaram à estimativa dos mercados a superestimarem a inflação, podem-se ressaltar dois pontos: o primeiro está ligado ao contexto histórico do indicador nos meses de dezembro, é comum o mercado experimentar inflação mais alta do que a média do segundo semestre. O segundo fator foi a baixa confiança dos mercados quanto a situação atual da economia, o que levou a uma queda da atividade econômica no fim de 2016. 6,25 31/dez 14/jan 28/jan 11/fev 25/fev 10/mar 24/mar 07/abr 21/abr 05/mai 19/mai 02/jun 16/jun 30/jun 14/jul 28/jul 11/ago 25/ago 08/set 22/set 06/out 20/out 03/nov 17/nov 01/dez 15/dez 29/dez 2016 Lim. Sup. 2016

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO2017 (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) 6,25 6,00 5,75 5,50 5,25 5,00 4,75 EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO 2017 2016 encerrou com expectativas de 4,87% de inflação para o ano de 2017, revisão de 0,06 p.p. em relação às estimativas feitas no final de novembro de 2016. Esse resultado está fortemente atrelado à condução de política monetária do Banco Central do Brasil cujo objetivo atual é levar à taxa básica de juros da economia para o nível de neutralidade (entre 4,5% a.a. e 5,5% a.a.). Nesse sentido, observa-se que as expectativas do mercado são de, além da inflação de 4,87%, a taxa de juros esperada para o fim de 2017 (10,25% a.a., revisão das expectativas em -0,25 p.p. em relação a novembro de 2016) levaria à taxa real de juros para 5,13% a.a. 4,50 31/dez 14/jan 28/jan 11/fev 25/fev 10/mar 24/mar 07/abr 21/abr 05/mai 19/mai 02/jun 16/jun 30/jun 14/jul 28/jul 11/ago 25/ago 08/set 22/set 06/out 20/out 03/nov 17/nov 01/dez 15/dez 29/dez 2017 Lim. Sup. 2017

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO DO PIB 2016 (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) -2,50-2,70-2,90-3,10-3,30-3,50-3,70 31/dez 31/jan 29/fev 31/mar 30/abr 31/mai 30/jun 31/jul 31/ago 30/set 31/out 30/nov 31/dez EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO 2016 As expectativas de crescimento para 2016 encerraram o mês de dezembro indicando contração de 3,49% em relação a 2015. Os principais fatores que levaram a esse resultado foram: a recuperação do ambiente de negócios estar ocorrendo mais lentamente do que se estimava no primeiro semestre de 2016, a queda da atividade econômica, a redução na produção (com destaque para a Indústria e safra de grãos) e a lentidão do mercado de emprego em estabilizar. Embora o ano de 2016 tenha apresentado ganhos do ponto de vista técnico, com a aprovação do limite máximo de crescimento dos gastos públicos, inflação esperada na trajetória emvolta docentro da meta e acomodaçãode curto prazo na taxa de câmbio, os resultados adversos mostraram que foram precisos três trimestres do ano de 2016 para a economia voltar a apresentarsinais de crescimento. -3,90-4,10 2016

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO DO PIB 2017 (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO 2017 Em dezembro de 2016, as estimativas da economia quanto o crescimento do PIB em 2017 foram de 0,5% em relação a 2016. Esse resultado mostra que, na concepção dos mercados, o ponto crítico da recessão passou e a economia voltará a apresentar resultados positivos pela primeira vez em três anos. 0,60 0,40 0,20 0,00 31/dez 31/jan 29/fev 31/mar 30/abr 31/mai 30/jun 31/jul 31/ago 30/set 31/out 30/nov 31/dez 2017

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