ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO EM PUÉRPERAS SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO NO AMBULATÓRIO RN DE RISCO DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA

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12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA ANÁLISE DO NÍVEL DE CONHECIMENTO EM PUÉRPERAS SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO NO AMBULATÓRIO RN DE RISCO DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA Milena Correa Da Luz (mi.c.luz@hotmail.com) Rafaela Wiegand Furmam (rafafurmam@hotmail.com) Raiana Do Amaral Aleixo (raianaaaleixo@gmail.com) Manoela Hass Dolinski Thomassewski (manoelahdt@pop.com.br) Marcia Helena Baldani Pinto (marciabaldani@gmail.com) RESUMO O aleitamento materno favorece a relação afetiva entre mãe e filho, bem como o desenvolvimento da criança, onde são observadas vantagens nutricionais, imunológicas, cognitivas, psicoafetivas, econômicas e sociais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a amamentação seja realizada no mínimo até os dois anos de idade, sendo que durante os seis primeiros meses deve ser praticada de forma exclusiva. Este trabalho tem como objetivo investigar o nível de conhecimento das mães, que frequentam o Ambulatório RN de Risco do município de Ponta Grossa, sobre o aleitamento materno, para posteriormente intervir com ações educativas, dentro das ações do projeto PET-Redes. Foram entrevistadas 76 puérperas, escolhidas aleatoriamente, com perguntas voltadas à realização ou não da amamentação, além de outras questões relacionadas ao tema. A maioria das mães entrevistadas realiza o aleitamento materno, acreditando que a importância principal é na saúde da criança. Das mães entrevistadas, 27,63% relataram não ter recebido nenhuma orientação sobre o assunto e 81,6% delas acredita existir a necessidade de maiores informações dentro do sistema de saúde. Verificou-se a insuficiência das informações prestadas, necessitando de maiores práticas informativas. PALAVRAS-CHAVE Aleitamento materno. Puérperas. recém-nascido. Introdução O aleitamento materno é essencial para a saúde dos recém-natos, visto que o leite materno adequou-se às necessidades dos lactantes formando uma relação nutricional e imunológica ideal requerida nos primeiros anos de vida. Além disso, a amamentação favorece a relação afetiva entre mãe e filho, bem como o desenvolvimento da criança, onde são observadas vantagens nutricionais, imunológicas, cognitivas, psicoafetivas, econômicas e sociais. (CHAVES; LAMOUNIER; CÉZAR, 2007.)

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 Tendo em vista tantos benefícios, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a amamentação seja realizada no mínimo até os dois anos de idade, sendo que durante os seis primeiros meses deve ser praticada de forma exclusiva. (OPAS/OMS, 2013). No entanto há casos em que a amamentação é interrompida por diversos fatores como por exemplo a hipogalactia, onde ocorre a insuficiência lactocional. Outros fatores que interferem são aspectos culturais, tradições passadas por gerações, hábitos familiares e crenças. Além disso, as mudanças no cotidiano das famílias tem mudado ao longo do tempo, onde as mulheres tem deixado o âmbito familiar e conquistado mais espaço no mercado de trabalho, e consequentemente a amamentação ficou prejudicada nesta nova rotina. (ICHISATO; SHIMO, 2001; ESCOBAR; et al, 2002) O aleitamento materno é constantemente incentivado nos mais diversos meios de comunicação e serviços de saúde, onde as puérperas podem tirar suas dúvidas e receber maiores orientações. Porém, em algumas regiões há carência deste serviço refletindo diretamente no nível do conhecimento das mães, acarretando prejuízos na prática da amamentação. Objetivos Este trabalho (artigo) tem como objetivo investigar a visão e o papel de mães, que frequentam o Ambulatório RN de Risco do município de Ponta Grossa, no que se refere às vivências em relação à amamentação, o conhecimento, crenças e valores que estes têm sobre o aleitamento materno, a relação de significados ao longo da história sobre o exercício da maternidade, o significado de amamentar e ser amamentado e as representações sociais referentes a este tema para todos os entrevistados, também o nível de informação e as principais dúvidas das puérperas sobre o aleitamento materno. Com esse trabalho, será possível uma futura intervenção através de palestras e esclarecimentos de dúvidas por parte dos acadêmicos do projeto de extensão PET-Redes UEPG. Referencial teórico-metodológico Foram entrevistadas 76 puérperas, sendo uma delas mãe de gêmeos, obtendo assim uma amostra intencional e não probabilística, no ambulatório RN de Risco do município de Ponta Grossa. A população estudada foi escolhida aleatoriamente dentre as mães que estavam presentes no ambulatório para primeira puericultura do bebê, bem como vacinação da BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) nos recém-natos.

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 As variáveis estudadas foram em relação à realização ou não da amamentação; motivos pelos quais essa prática não é realizada (em casos aplicáveis), recebimento ou não de orientações sobre o aleitamento materno, além de quem as conduziu à gestante/mãe, conhecimento das mães sobre a importância do leite materno para a criança, introdução ou não de alimentos/líquidos na dieta do bebê, além de se acredita que há necessidades de maiores informações sobre o assunto na rede de saúde, baseando-se no estudo de PERCEGONI, et al. (2002). Os dados foram obtidos, quantitativamente e qualitativamente por meio de entrevista individual, orientada por um questionário contendo sete perguntas, das quais as respostas foram codificadas e digitalizadas pelos entrevistadores acadêmicos do projeto PET-Redes. Resultados De acordo com a análise das entrevistas realizadas com as mães no Ambulatório RN de Risco do Município de Ponta Grossa, 50% das mães correspondem à idade entre 31 e 40 anos, entre 14 e 20 anos resultou em 26,3%, 31 a 40 21% e a porcentagem mínima ficou entre 41 e 50 anos com apenas 2,7%. Em relação à idade dos bebês constatou-se que a maioria se enquadra entre 5 e 10 dias com porcentagem de 44,15%, com 41,55% estão os bebês entre 11 e 20 dias de vida e o menor índice de idade com 14,3% ficou entre 21 e 30 dias, sendo então todos contidos no período do puerpério. Referente ao sexo dos bebês, das 77 crianças analisadas 41,56% eram do sexo feminino e 58,44% do sexo masculino. Quando questionadas sobre à pratica da amamentação 94,74% das mães abordadas responderam que realizam essa prática e 5,26% não amamentam trazendo como justificativas: dores durante a sucção, rejeição da criança e a hipogalactia. Estes dados demonstram que essa boa prática observada reflete que a maioria das mães possuem consciência sobre a importância do aleitamento, porém a minoria delas que praticou o desmame precoce poderia ter evitado esta situação com o auxilio de profissionais especializados (LIMA; et al, 2013). Segundo Giugliani, et al (1995) a falta de conhecimento sobre o assunto prejudica o sucesso da amamentação. A importância do leite materno esteve entre as questões contidas no questionário, tendo como resposta mais citada pelas mães a prevenção de doenças e o crescimento do bebê, bem como benefícios gerais na saúde dos seus filhos. No entanto, 12% das entrevistadas não possuíam nenhum conhecimento sobre o assunto. Estes e os demais resultados estão expressos no gráfico 1 abaixo:

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 Figura 1: Distribuição de puérperas segundo suas respostas quanto à importância do leite materno para a criança Como notado nos resultados acima, todas as respostas obtidas referem-se à saúde e ao desenvolvimento da criança, deixando em segundo plano fatores importantes como o vinculo afetivo entre mãe e filho. Outro aspecto não observado foi em relação ao fator econômico, visto que o leite materno é suficiente para a alimentação do bebê até os seis meses de idade, sem necessidade de outros gastos. Outro tema abordado na pesquisa dirigiu-se sobre o recebimento de orientações ou não sobre o aleitamento, onde 27,63% não receberam nenhuma orientação. Esta informação é um tanto quanto preocupante, visto que a amamentação tendo a importância que tem deve ser sempre estimulada e orientada por profissionais da saúde, visando à realização correta desta prática (SANDRE-PEREIRA; et al, 2000). As demais respostas, 72,37%, afirmaram ter recebido algumas orientações de familiares, médicos/enfermeiros e meios de comunicação (TV/rádio/internet), como ilustrado na tabela abaixo:

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 Tabela 1: Distribuição de puérperas quanto à fonte de informação recebida sobre aleitamento materno. Fonte da orientação % puérperas Família 27,1 Médico/enfermeiro 33,9 Tv/rádio/internet 21,2 Não recebeu orientações 17,8 Em relação à realização ou não da amamentação exclusiva, 75% das mães responderam que não oferecem nenhum outro alimento para o bebê além do leite materno, no entanto 25% das puérperas complementam a alimentação da criança, sendo na maioria das vezes com chá ou leite suplementar. Tendo em vista que esta é uma prática não recomendada, ainda se vê a necessidade de orientações, para que as mães entendam os motivos pelo qual se deve cumprir a amamentação exclusiva. A suplementação do leite materno com água ou chás tem-se mostrado, através de estudos, ser nociva à saúde da criança, elevando a prevalência de diarréia em bebês menores de seis meses (GIUGLIANI; 2001). A necessidade de maiores informações sobre a amamentação foi questionada para que se pudesse avaliar a qualidade das orientações prestadas, bem como a opinião das mães referente à este quesito. Das puérperas questionadas, 81,6 % afirmou que há necessidade de maiores informações, sendo que 69,3% destas acredita que com mais informações ficariam mais seguras e informadas. Considerações Finais Concluiu-se que, apesar de as puérperas conhecerem a importância do aleitamento materno, elas desconheciam questões simples, citando apenas aspectos referentes à saúde da criança, e colocando em segundo plano questões importantes como a afetividade entre mãe e filho e até mesmo a ausência de custos. Embora as informações sobre o aleitamento materno sejam oferecidas em serviços de saúde, são consideradas insuficientes e não são plenamente fixadas pelas mães. É possível considerar que o atendimento prestado não seja suficiente para fixar um número tão grande de informações sobre aleitamento, sendo necessária a introdução de práticas educativas e esclarecedoras, neste momento psicológico repleto de novas experiências. Pensando nisso o projeto PET tem como objetivo intervir nestes de focos de fragilidade do serviço de saúde, proporcionando melhorias e aperfeiçoamentos da prática da amamentação.

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 6 Apoio: Ministério da Saúde. Referências CHAVES, R.G.; LAMOUNIER, J. A.; CÉZAR, C. C.Medicamentos e amamentação: atualização e revisão aplicadas à clínica materno-infantil. Revista Paul Pediatr 2007;25(3):276-88. ESCOBAR, A. M. U. et al. Aleitamento materno e condições socioeconômico-culturais fatores que levam ao desmame precoce. Rev. Bras. Saude Materno Infantil, 2002. GIUGLIANI, E.R.J., ROCHA, V.L.L., NEVES, J.M., POLANCZYK, C.A., SEFFRIN, C.F., SUSIN, L.O. Conhecimentos maternos em amamentação e fatores associados. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v.71, n.2, p.77-81, 1995. GIUGLIANI, E.R.J. Livro Amamentação: Bases científicas para a prática profissional. Cap 2. Editora Guanabara Koogan, 2001. ICHISATO, S. M. T.; SHIMO, A. K. K. Aleitamento materno e as crenças alimentares. Revista Latino Americanade Enfermagem, 2001. Setembro-outubro; 9(5):70-6. LIMA, R. A.et al, Nível de conhecimento das puérperas sobre a importância do aleitamento materno em um Centro Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em http://apl.unisuam.edu.br/augustus/index.php?option=com_content&view=article&id=119:niv el-de-conhecimento-das-puerperas-sobre-a-importancia-do-aleitamento-materno-em-umcentro-municipal-de-saude-do-rio-de-janeiro&catid=44:edicao-24-artigos&itemid=74. Acesso em: 27/03/14 PERCEGONI, N. et al. Conhecimento sobre aleitamento materno de puérperas atendidas em dois hospitais de Viçosa, Minas Gerais. Rev. Nutr. [online]. 2002, vol.15, n.1, pp. 29-35. ISSN 1415-5273. SANDRE-PEREIRA, G.; et al. Conhecimentos maternos sobre amamentação entre puérperas inscritas em programa de pré-natal. Cad. Saúde Pública [online]. 2000, vol.16, n.2, pp. 457-466. ISSN 0102-311X. World Health Organization [homepage na Internet]. OPAS/OMS preconiza apoio ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses, 2013. Disponível em: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=885&itemid=672 Acesso em 14/03/14.