ENSINO DE FÍSICA EM ANGICAL DO PIAUÍ PI: EM BUSCA DA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E DE METODOLOGIAS EFICAZES



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Transcrição:

ENSINO DE FÍSICA EM ANGICAL DO PIAUÍ PI: EM BUSCA DA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E DE METODOLOGIAS EFICAZES MARCELA NEIVA SOUSA 1 SAMARA MARIA VIANA DA SILVA 2 RESUMO O presente artigo tem como objetivo investigar a formação acadêmica dos professores de Física do Ensino Médio da rede estadual de educação da cidade de Angical do Piauí PI e as metodologias utilizadas por estes professores em suas aulas, divulgar entre professores da rede pública de Angical do Piauí - PI e alunos do curso de Licenciatura em Física do IFPI, campus Angical, os resultados da pesquisa, e ainda produzir artigos científicos e relatórios relacionados às atividades desenvolvidas neste projeto. Para alcançar os objetivos propostos fez-se uso de Pesquisa Bibliográfica e Descritiva com abordagem qualitativa, utilizando como instrumento de coleta de dados questionários abertos aplicados com alunos e professor. Palavras-chave: ensino. metodologia. Física. 1 INTRODUÇÃO Neste artigo buscamos mostrar os resultados obtidos na investigação da temática escolhida em virtude de percebermos nas escolas do país e do nosso estado, a falta de formação adequada dos professores de Física, uma vez que muitos possuem formação em outras áreas, como Biologia, Pedagogia, Geografia, Matemática etc. Dessa forma, Imbernón (2010) afirma que o professor deve ser um profissional que se envolve em um processo de inovação e mudança e para isso ele precisa de uma formação inicial e permanente para embasar a sua prática docente. Durante sua formação, os professores adquirem diversos saberes, sendo eles: saberes pedagógicos, em que ocorre uma reflexão sobre a prática educativa mais ampla; saberes das disciplinas, em que há uma mobilização de vários campos do conhecimento para operacionalizar programas; saberes curriculares, que são escolhidos na conjuntura da cultura 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí/ Campus Angical, Aluna do curso de Licenciatura em Física, PIBIC IFPI. 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí/ Campus Angical, Professora do curso de Licenciatura em Física e Matemática, Mestre em Educação, PIBIC IFPI.

2 erudita e saberes da experiência, que são constituídos por saberes específicos e surgem no exercício da atividade profissional. (TARDIF, 1991). Os professores devem mobilizar esses saberes em suas aulas, procurando metodologias adequadas de forma que os alunos atribuam significação ao que aprenderam, que estes saibam fazer e aplicar os conhecimentos adquiridos e ainda vinculem a aprendizagem adquirida a outras e ao mundo em que vivem, podendo tomar decisões a partir do que aprenderam. (SELBACH, 2010). Assim sendo, essa temática é de grande relevância, pois traz dados da realidade do nosso estado e pode contribuir para um aumento considerável na qualidade do ensino do Piauí e no interesse dos alunos, o que tornaria os conteúdos de Física mais atraentes e estimularia o aluno a estudar, a pesquisar e a se empenhar na busca e na construção do conhecimento. 2 DESENVOLVIMENTO Inicialmente, foi estabelecida uma parceria entre o professor orientador, o bolsista deste projeto, diretor da escola pesquisada e professores investigados. Numa primeira etapa, foi realizado uma intensa revisão de literatura, a respeito dos conteúdos de formação de professores, saberes docentes, didática, metodologias, buscando referências de autores, como: Tardif (1991), Imbernón (2010), Selbach (2010), Mendes Sobrinho (2006), dentre outros. A revisão bibliográfica foi utilizada por propiciar uma delimitação clara do problema investigado, como destaca Chizzotti (2010). Após a revisão bibliográfica foi realizada uma pesquisa de campo na Escola estadual Demerval Lobão em Angical do Piauí. Esta pesquisa teve caráter importante por colocar o pesquisador em contato com a realidade investigada. Nesse momento, foram observadas as aulas de Física do Ensino Médio, e feito aplicação de questionário com os alunos e ainda foi realizado entrevistas com os professores da disciplina visando alcançar os objetivos da pesquisa. Logo após, foi realizada a análise e síntese os dados adquiridos, a formulação de problemas, traçados as estratégias que solucionem tais problemas, a elaboração de técnicas e estratégias necessárias. (CHIZZOTTI, 2010). Todo o desenvolvimento da pesquisa buscou investigar a formação dos professores de Física da cidade de Angical do Piauí PI e as metodologias utilizadas por estes. Além disso, buscou-se mostrar à comunidade acadêmica e aos professores a necessidade da formação inicial e permanente para a sua profissionalização e bom andamento de suas aulas. A partir da

3 execução deste projeto, buscou-se ainda promover uma ampliação da visão dos alunos acerca da importância da pesquisa científica para a construção do conhecimento. 3 ANÁLISE DE DADOS Como dito anteriormente a pesquisa se deu pela aplicação de questionários com os alunos e entrevistas com o professor de Física da referida escola. Sentimos um pouco de dificuldade nesta etapa porque ela ocorreu no mês de dezembro e as aulas já estavam na fase de encerramento e devido este empecilho não conseguimos entrevistar todos os alunos da sala, como estava proposto no projeto. O questionário aplicado aos alunos, contou com oito questões que buscavaa investigar aspectos como apreço dos alunos com a disciplina de Física, metodologias bem vistas e mal vistas pelos alunos, além de buscar averiguar se ocorria a relação entre o conteúdo visto e o cotidiano vivenciado pelos alunos. No dia em que visitamos a escola para aplicar os questionários apenas dez alunos estavam presentes e somente sete aceitaram colaborar com a pesquisa. As respostas destes alunos foram analisadas e descritas nos quadros mostrados em sequência de questões: Quadro 01. O QUE VOCÊ MAIS GOSTA NAS AULAS DE FÍSICA? (ALUNO 1) Das aulas práticas. (ALUNO 2) Gosto das experiências, aprendemos os assuntos com mais facilidade. (ALUNO 3) Gosto de quando os professores utilizam experimentos para facilitar a compreensão dos assuntos. (ALUNO 4) Gosto das aulas práticas porque a teórica é muito cansativa. Gosto de me sentir motivada com brincadeiras que cabem em certos assuntos. (ALUNO 5) De quando o professor explica de forma divertida. (ALUNO 6) Das aulas com vídeos. (ALUNO 7) Das aulas sem muito cálculo. Pela análise deste quadro podemos notar que o uso de aulas mais dinâmicas e experimentais são fatores importantes para o gosto dos alunos à disciplina de Física, pois observamos que os alunos preferem aulas práticas que facilitam o aprendizado dos mesmos. De acordo com o Imbernón (2010) afirma que o professor deve ser um profissional que se envolve em um processo de inovação e mudança e para isso ele precisa de uma formação inicial e permanente para embasar a sua prática docente

4 Quadro 02. O QUE LHE CAUSA DESINTERESSE NAS AULAS DE FÍSICA? (ALUNO 1) Ter mais teoria do que prática. (ALUNO 2) As leis decorebas, são estressantes não tem uma metodologia que faça o aluno gostar. (ALUNO 3) A complexibilidade de alguns tipos de cálculos. (ALUNO 4) Um professor que não faz uso de recursos didáticos. (ALUNO 5) Responder muitos exercícios. (ALUNO 6) A quantidade de fórmulas para aprender. (ALUNO 7) Os cálculos são difíceis.. Nesse sentido, percebemos que o uso demasiado de fórmulas prontas, resolução de questões sem uma conexão com a vivência do aluno e uma abordagem mais tradicionalista de ensino não só apenas fazem das aulas de Física enfadonhas aos olhos do aluno, como acaba causando desinteresse e afastamento do mesmo na sala de aula. Quadro 03. VOCÊ RELACIONA OS CONTEÚDOS VISTOS EM SALA DE AULA COM SUA REALIDADE? EXPLIQUE. (ALUNO 1) No meu dia a dia tem coisas simples mas que m fazem lembrar das aulas. (ALUNO 2) Relaciono exatamente com as experiências. (ALUNO 3) Relaciono de maneira que dispositivos de segurança, construções e outros, dependem incondicionalmente da Física, exemplo a experiência Gaiola de Faraday, que explica porque não sofremos choque quando estamos em um carro e um raio nos atinge. (ALUNO 4) Na minha realidade meu professor lida com termos muito difíceis, como se estivessem dando aula para pessoas da mesma formação dele. (ALUNO 5) Sim. Quando estou em casa e algo acontece lembro que vi na aula. (ALUNO 6) As vezes sim. Quando observo fenômenos naturais. (ALUNO 7) Sim. Em casa me lembro sempre das aulas em várias situações.. Pelas respostas dos alunos mostradas no quadro 03 pode-se perceber que o professor de alguma forma conseguiu relacionar os conteúdos de Física a realidade vivenciada por seus alunos já que a grande maioria demonstrou que lembra das aulas diante de fatos vividos em seu cotidiano. Quadro 04. QUAIS AS METODOLOGIAS MAIS UTILIZADAS PELOS SEUS PROFESSORES NAS AULAS DE FÍSICA? (ALUNO 1) Um resumo do assunto e atividades. (ALUNO 2) Não lembro. (ALUNO 3) Experiências, trabalhos e seminários. (ALUNO 4) Só livro e aulas teóricas e cansativas. (ALUNO 5) Geralmente só explicação e atividade. (ALUNO 6) As vezes experiência.

5 (ALUNO 7) Quase sempre usa o livro e atividade. Em relação à metodologia de ensino utilizadas pelos professores nas aulas de Física fica evidenciado pela pesquisa que ocorre uma alternância entre aulas tradicionais e aulas mais dinâmicas. Quadro 05. DENTRE ESSAS METODOLOGIAS, QUAL VOCÊ MAIS GOSTA? (ALUNO 1) As atividades. (ALUNO 2) Mostrar na prática a Física. (ALUNO 3) Experiências. (ALUNO 4) Nenhuma pois não houve opções. (ALUNO 5) Da explicação com experiência. (ALUNO 6) Experiências. (ALUNO 7) Atividade quando ele ajuda. O quadro 05 nos mostra que grande parte dos alunos fica entusiasmados principalmente com as aulas experimentais já que essa metodologia de ensino faz o educando aprender de forma mais divertida e o aproxima o mesmo do conteúdo estudado. Quadro 06. E QUAL VOCÊ MENOS GOSTA? (ALUNO 1) Resumo. (ALUNO 2) Não sei. (ALUNO 3) Seminários. (ALUNO 4) Não gosto de aula teórica. (ALUNO 5) Atividade. (ALUNO 6) Resumo e atividade. (ALUNO 7) Exercício. Pode-se perceber no quadro 06 a resistência que a maioria dos estudantes possui à matematização no ensino de Física, pois grande parte dos entrevistados demonstrou pouco interesse em resoluções de exercícios e criação de resumos do conteúdo. Sabe-se que a Matemática é integrada a Física e de alguma maneira as duas se completam ou se provam devendo andar juntas, mas nem sempre os alunos conseguem ver essa dependência entre essas disciplinas com bons olhos, alem disso muitos alunos desgostam da Física devido a grande quantidade de fórmulas matematizadas que ela possui.

6 Quadro 07. QUE METODOLOGIA VOCÊ GOSTARIA QUE SEU PROFESSOR USASSE NAS AULAS DE FÍSICA? (ALUNO 1) Mais experimentos. (ALUNO 2) As que gosto já são usadas na sala de aula. (ALUNO 3) Diminuir os estudos teóricos e aumentar a exibição de exemplos e comprovações de ideias. (ALUNO 4) Fazer experiências. Aulas diferentes. (ALUNO 5) Mostrasse mais vídeos e experiências. (ALUNO 6) Experiências. (ALUNO 7) Menos atividades. Como evidenciado, a disciplina de física para despertar o interesse do alunado deve ser ensinada de forma dinâmica, contextualizada e criativa, ficando a cargo do professor principalmente buscar formas de ensino que atendam a essa vertente. Além disso, o professor também deve pesquisar formas de ajudar seus alunos com a matemática usada pela Física para que esta não seja empecilho na resolução dos exercícios já que muitas vezes o aluno até consegue entender a física da questão mas não consegue desenvolver os cálculos devido a dificuldade com a matemática. Quadro 08. COMO VOCÊ ACHA QUE AS AULAS DE FÍSICA DEVERIAM SER MINISTRADAS PARA QUE VOCÊ POSSA APRENDER MAIS FACILMENTE OS CONTEÚDOS? (ALUNO 1) Aulas em laboratórios. (ALUNO 2) Uma aula descontraída, mas que nos deixe focado no assunto implantado. (ALUNO 3) Poderia ser de uma forma menos séria e passar a ser mais alegre para desenvolver mais atenção e interesse sobre tal. (ALUNO 4) Com muita prática nas experiências e aulas didáticas. (ALUNO 5) Com mais experimentos. (ALUNO 6) Com aulas mais descontraídas. (ALUNO 7) Uma aula sem tanto calculo. Nesta ultima questão onde os alunos tiveram a oportunidade de opinar com sugestões de metodologias de ensino da disciplina de Física onde poderia aprender mais facilmente, todos os entrevistados reforçaram o desejo de ter aulas menos tradicionais e mais significativas apontado como ferramenta principal o uso da experimentação. O professor entrevistado é licenciando em Física e na data da pesquisa contava com um ano de experiência de ensino da disciplina de Física. As questões feitas a ele buscaram investigar principalmente formas de planejamento, metodologias aplicadas e reações de seus alunos a elas, recursos utilizados em suas aulas,

7 formas de avaliação e interação com seus alunos. Suas respostas são apresentadas no quadro 09. Quadro 09. Entrevista realizada com o professor 01) 02) VOCÊ COSTUMA PLANEJAR Sim, antes de todas as aulas estudo todo o SUAS AULAS? COMO SE DÁ conteúdo a ser ministrado assim como resolvo ESSE PLANEJAMENTO? todas as questões para não passar vexame e pesquiso em outros livros e na internet informações extras que facilitem e procuro também formas de contextualizar os conteúdos relacionando-os o nosso dia a dia. QUE METODOLOGIAS VOCÊ COSTUMA APLICAR EM SUAS AULAS DE FÍSICA? EM QUAL DAS METODOLOGIAS USADAS POR VOCÊ SEUS ALUNOS DEMONSTRAM MAIS INTERESSE? Geralmente tenho aulas bem dialogadas, tento às vezes fazer com que os conteúdos fiquem mais divertidos para tornar menos enfadonho, costumo copiar algum resumo feito por mim e também faço uso de data show. Nas aulas dialogadas com uso de data show e também algumas em que exponho oralmente de forma meio que divertida. EM QUAL DEMONSTRAM MENOS INTERESSE? Geralmente quando se trata de copiarem resumos do conteúdo ou atividades. 01) 02) 03) QUE TIPO DE RECURSOS ALÉM DO LIVRO DIDÁTICO VOCÊ COSTUMA USAR EM SUAS AULAS? Faço uso de multimídia como o data show para apresentação de slids, as vezes realizo experimentos e etc. DE QUE FORMA VOCÊ COSTUMA AVALIAR SEUS ALUNOS? COMO SE DÁ SUA INTERAÇÃO COM SEUS ALUNOS? Bom, tenho a prova escrita, que de certa forma é exigida pela escola, mas também levo em consideração a presença dos mesmos, o rendimento durante as aulas, através de trabalhos escritos ou orais, resolução de questões em grupo para compartilharem aprendizado. A interação é bem agradável, dialogada, procuro passar de forma divertida e eles gostam disso, temos contato tanto na escola como fora dela, o que também melhora essa interação e nos ajuda no processo.

8 Como mostrado no quadro 09, o professor entrevistado demonstrou não abrir mão do planejamento e da preparação prévia de suas aulas, mostrou ainda a preocupação de tornar as aulas de Física menos enfadonhas e mais divertidas, além de buscar uma relação saudável e amigável com seus alunos para que o ensino dos conteúdos de Física sejam ministrados e seus alunos tenham sucesso na aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da realização deste trabalho de pesquisa em nível de PIBIC pudemos investigar a formação acadêmica dos professores de Física do Ensino Médio da rede estadual de educação da cidade de Angical do Piauí PI e as metodologias utilizadas por estes professores em suas aulas, dessa forma, observamos que o professor que ministra aulas de Física na escola pesquisada ainda não tem formação superior completa, sendo aluno do curso de Licenciatura em Física, com um ano de experiência no magistério. Com esta pesquisa conhecemos acerca das metodologias utilizadas pelo professor pesquisado, como ocorre o planejamento de suas aulas, como avalia seus alunos e quais os recursos que utiliza em suas aulas, pudemos conhecer ainda na visão dos alunos quais as metodologias que o professor de Física utiliza em suas aulas, quais metodologias os alunos mais gostam e quais causam desinteresse, buscamos saber ainda quais as metodologias que os alunos preferem que sejam usadas nas aulas de Física. Assim, sendo através desta pesquisa, licenciados e licenciandos em Física poderão refletir como são desenvolvidas as aulas de Física na cidade de Angical do Piauí e poderão assim planejar suas aulas utilizando metodologias e recursos que sejam eficiente na aprendizagem dos alunos. REFERÊNCIAS CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 11.ed. São Paulo: Cortez, 2010. IMBERNÓN, F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2010. SELBACH, S. Matemática e didática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. TARDIF, M, et al. Os professores face o saber: esboço de uma problemática do saber docente. Teoria e Educação, n. 44, p. 215-233,1991.