Câmbio - Temas Atuais 29 de setembro de 2016
Operações Simultâneas de Câmbio
Operações Simultâneas de Câmbio IOF Incidência sobre Operações Simultâneas de Câmbio Art. 15-B. A alíquota do IOF fica reduzida para trinta e oito centésimos por cento, observadas as seguintes exceções: (...) XVIII - na operação de compra de moeda estrangeira por instituição autorizada a operar no mercado de câmbio, contratada simultaneamente com operação de venda, exclusivamente quando requerida em disposição regulamentar: zero. 3
Operações Simultâneas de Câmbio Operações simultâneas obrigatórias expressas na regulamentação cambial: Conversão de haveres em capital registrável Transferência entre modalidades Renovação, repactuação e assunção de obrigação Conferência internacional de ações Incorporação de BDR em carteira de não residente Casos não mencionados na regulamentação cambial, mas que dependem de operações simultâneas: Saída definitiva Constituição de garantia em M&A Permuta de participação societária 4
Operações Simultâneas de Câmbio Saída Definitiva do País Investimentos realizados pelo investidor na condição de residente Inexistência de ingresso de recursos Regularização por meio de operação simultânea de câmbio Intenção de saída definitiva: caracterização de domicílio para fins fiscais Fato gerador de imposto de renda: responsabilidade tributária 5
Operações Simultâneas de Câmbio Cessão de Crédito no Exterior Art. 52 do Decreto 55.762/65: Os reinvestimentos de lucros e as transferências ou cessões de capitais, créditos ou contratos entre pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas ou com sede no exterior não estão sujeitas a operação simbólicas de compra e venda de câmbio Operacionalização de registro (RDE-ROF) para substituição de credor domiciliado no exterior por outro credor domiciliado no exterior, mantendo-se o mesmo devedor, em um empréstimo externo Entendimento do BACEN de que a cessão configura renovação do empréstimo, o que leva à exigência de operações simultâneas 6
Empréstimos 4.131 para Pessoas Físicas
Empréstimos 4.131 para Pessoas Físicas Art. 1º da Lei 4.131/62: Consideram-se capitais estrangeiros, para os efeitos desta lei, os bens, máquinas e equipamentos, entrados no Brasil sem dispêndio inicial de divisas, destinados à produção de bens ou serviços, bem como os recursos financeiros ou monetários, introduzidos no país, para aplicação em atividades econômicas desde que, em ambas as hipóteses, pertençam a pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no exterior. Legalidade da contratação de empréstimos estrangeiros, embasados pela Lei 4.131, por pessoas físicas. Conceito de atividade econômica. Precedentes do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. 8
Dependências no Exterior
Dependências no Exterior A instalação de dependências no exterior, por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central é regulada pela Resolução 2.723/00 Consideram-se dependências as agências e os escritórios de representação Dependência não configura nova pessoa jurídica. Não se trata de pessoa jurídica diversa do banco, mas de uma dependência da própria instituição, com todas as operações inseridas em todas as atividades praticadas por aquela instituição financeira. (ACÓRDÃO/CRSFN 9198/09) Operações financeiras entre a instituição e suas dependências no exterior (p.ex., empréstimos vs disponibilidade) Aplicação das restrições previstas para as instituições financeiras às atividades realizadas pelas dependência no exterior (p.ex., Res. 3.312) 10
Compensação Privada no Mercado de Câmbio
Compensação Privada no Mercado de Câmbio Conceito: Quitação de créditos e débitos entre residentes no exterior e residentes no País, sem movimentação cambial, por meio de simples lançamentos contábeis A compensação privada de créditos e débitos no mercado de câmbio é vedada pelo Decreto-Lei 9.025/46 (art. 10) Interpretação atual da vedação à compensação privada: aplicação restrita aos casos em que a operação precisa ser cursada necessariamente por meio de operação de câmbio Minuta Medida Provisória do Sistema Financeiro Nacional: Art. 10. É vedada a realização de compensação privada de créditos ou valores de qualquer natureza, em desacordo com a regulamentação do Banco Central do Brasil, ficando sujeitos os responsáveis ao disposto na Medida Provisória nº xx, de xx de xxxx (esta MP). 12
Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT)
RERCT Prazo: 04.04.2016 até 31.10.2016 Obrigações Principais Obrigações Acessórias Apresentação da DERCAT Pagamento de IR e Multa (30%) Retificação de DIRPF 2014 e 2015 Retificação DCBE 2014 e 2015 Tributação dos rendimentos/ganhos a partir de 31.12.2014 Taxa de conversão de USD em 31/12/14 é de R$2,6562 Custo RERCT Custo nominal = 30% Custo Real = 20% 14
RERCT Os efeitos da anistia se processam através da apresentação da Dercat e pagamento de IR + Multa (total de 30%) Confissão irrevogável e irretratável dos débitos tributários e tipificação criminal em nome do declarante Efeitos da Adesão Anistia Criminal Crimes contra a ordem tributária e sistema financeiro nacional Evasão de divisas Crime de sonegação fiscal e previdenciária Falsificação de documentos e ideológica Lavagem, cujo crime antecedente seja um ou mais dos anteriormente descritos Anistia Fisco-Regulatória Extinção de qualquer crédito tributário relacionados a eventos ocorridos até 31/12/2014 Afastada a aplicação da multa pela não entrega da Declaração de Imposto de Renda e ao Banco Central Afastada eventual multa aplicável pela Comissão de Valores Mobiliários Efeitos da anistia limitados aos valores declarados e tributados. 15
RERCT Papel das Instituições Financeiras As instituições financeiras, na qualidade de prestadores de serviços, devem receber as informações dos declarantes e repassá-las à Receita Federal Extensão da responsabilidade dos declarantes às instituições financeiras: Responsabilidade pela veracidade e completude das informações Responsabilidade pela classificação dos ativos Dever de reporte ao COAF Art. 5º-A da Circular 3.787/16: Caso o declarante, nos termos do art. 18, parágrafo único, da Instrução Normativa nº 1.627, de 11 de março de 2016, introduzido pela Instrução Normativa nº 1.654, de 27 de julho de 2016, ambas da Secretaria da Receita Federal do Brasil, decida antecipar a repatriação total ou parcial dos recursos mantidos no exterior, a instituição autorizada a operar no mercado de câmbio deverá se certificar de que houve o cumprimento das obrigações previstas nos incisos II e III do art. 5º da Instrução Normativa nº 1.627, de 2016, como condição para disponibilizar ao declarante o valor excedente ao necessário para o pagamento do imposto e da multa previstos, respectivamente, nos arts. 6º e 8º da Lei nº 13.254, de 2016. 16
Responsabilidade das Instituições Financeiras Art. 880 RIR/3000 O Banco Central do Brasil não autorizará qualquer remessa de rendimentos para fora do País, sem a prova de pagamento do imposto. Parágrafo único: Nos casos de isenção, dispensa ou não incidência do referido tributo deverá ser apresentada declaração que comprove tal fato. 17
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