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Transcrição:

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5002931-09.2010.404.7204/SC RELATOR : LUCIANE AMARAL CORRÊA MÜNCH APELANTE : NELSON PEREIRA ADVOGADO : ALEXSANDER DA SILVA MARTINS APELADO : UNIÃO - FAZENDA NACIONAL EMENTA TRIBUTÁRIO. IPI. DESEMBARAÇO ADUANEIRO. PESSOA FÍSICA. IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO PARA USO PRÓPRIO. SÓCIO ADMINISTRADOR DE EMPRESA QUE COMERCIALIZA VEÍCULOS. EXIGIBILIDADE DO TRIBUTO. 1. O Supremo Tribunal Federal já firmou orientação de que, em face do princípio da não-cumulatividade, previsto no art. 153, 3º, II, da CF/88, não incide o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na importação de veículo promovida por pessoa física, que não é comerciante nem empresária, para uso próprio. 2. A condição de empresário afasta o direito à isenção do IPI naquelas situações em que a empresa sob responsabilidade do impetrante tenha como objeto social a comercialização de veículos. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 2a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Porto Alegre, 26 de junho de 2012. Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRÊA MÜNCH Relatora

RELATÓRIO Trata-se de ação ordinária ajuizada por Alexsander da Silva Martins, objetivando a declaração de inexigibilidade do IPI incidente sobre a importação do automóvel Nissan GT-R, ano/modelo 2010/2011, chassi JN1AR5EF3BM240260, objeto da LI 11/2377436-9, e a condenação da ré à restituição da importância recolhida a esse título. Asseverou ter importado o bem para uso próprio, sustentando, em síntese, que a exigência colide com o princípio da não-cumulatividade insculpido no art. 153, 3º, inc. II, da CF. A Fazenda Nacional apresentou contestação, refutando os argumentos da inicial. Informou que o autor é sócio gerente da empresa VIP CAR VEÍCULOS LTDA, que tem por objeto social a comercialização de veículos multimarcas, de sorte que 'o suposto uso próprio facilmente poderá se degenerar no tráfego corrente das transações diárias do autor que nada mais é do que comerciante de carros' (Evento 20). Sobreveio a sentença, in verbis: '(...) Assim, é hipótese de incidência do tributo o desembaraço aduaneiro de mercadoria industrializada de procedência estrangeira. O sujeito passivo do imposto, nesse caso, é o importador, não interessando se pessoa física ou jurídica, nem a finalidade da importação, se para uso particular ou fins comerciais. Isso se demonstra na redação do artigo 51 supra, que distingue, dentre os contribuintes, o importador do industrial, comerciante e arrematante. Nesse aspecto, assemelha-se ao tratamento constitucional atual conferido ao ICMS. Assim, a importação de produto industrializado (automóvel), ainda que por pessoa física e para uso próprio, subsume-se, a meu ver, à hipótese de incidência acima, configurando o fato gerador de IPI. Por outro lado, mostra-se frágil o argumento de não incidência baseado unicamente no princípio da não-cumulatividade. Com efeito, a circunstância de o importador particular não ter a possibilidade de repassar o ônus fiscal na cadeia produtiva não tem o condão de, por si só, dispensá-lo da obrigação tributária, afinal, também na aquisição de produto nacional, o consumidor final acaba onerado com a repercussão do tributo. Ou seja, de uma ou de outra forma, a tributação é suportada invariavelmente pelo destinatário final da mercadoria. Em verdade, o objetivo do princípio acima é não onerar o destinatário da mercadoria com a incidência 'em cascata' do tributo ao final da cadeia produtiva. Não serve, todavia, de refúgio ao importador para o não recolhimento, até mesmo em razão da isonomia com o comprador da mercadoria produzida no país, devendo-se respeitar, para esse efeito, o princípio da igualdade tributária (art. 150, II, CR). Não é demais atentar, também, para a função extrafiscal do tributo, sendo desarrazoado impor a obrigação ao adquirente do produto nacional e não ao importador, desfavorecendo a indústria e o comércio nacionais. III - Dispositivo Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial, decidindo o processo com resolução de mérito (art. 269, I, CPC). Condeno o autor ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios em favor da União, estes fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa. Revogo a decisão que antecipou os efeitos da tutela.'

O autor apelou, repisando a procedência da demanda. Sustentou, em síntese, que: a) o STF continua a considerar a atividade do importador e a destinação da mercadoria para determinar a exigibilidade do ICMS e do IPI nas importações, razão pela qual não prosperam os fundamentos lançados na decisão recorrida; b) se a Constituição Federal define que o IPI é tributo não cumulativo, conforme dispõe o art. 153, inciso IV, 3º, inciso II, resta estabelecida condição de validade para a exigência do próprio tributo; c) havendo conflito entre o disposto nos artigos 46, inciso I, e 51, inciso I, do CTN, com o disposto no art. 153, inciso IV, 3º, inciso II, da CF, esta deve prevalecer; d) não merece guarida o argumento do juízo singular de que a inexigibilidade do IPI ao caso fere o princípio da isonomia, uma vez que não há equivalência das situações, ou seja, não há como se equiparar a situação do adquirente de produtos nacionais com a do importador de produtos estrangeiros. Apresentadas as contrarrazões, vieram os autos a esta Corte. É o relatório. VOTO física Cobrança do IPI na importação de veículo promovida por pessoa O Supremo Tribunal Federal, assim como o STJ e este Regional, já firmou entendimento favorável à não incidência do IPI na importação de veículo por pessoa física que não seja comerciante ou empresária, para uso próprio, sob pena de violação ao princípio da não-cumulatividade, previsto no artigo 153, 3º, inciso II, da Constituição Federal, conforme precedentes ilustrativos que se colaciona: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. PESSOA FÍSICA. USO PRÓPRIO. 1. Não incide o IPI em importação de veículo automotor, para uso próprio, por pessoa física. Aplicabilidade do princípio da não-cumulatividade. Precedente. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF, RE 501.773/SP, Relator Ministro Eros Grau, 2ª Turma, Dje 14-08-2008) CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPI. IMPORTAÇÃO: PESSSOA FÍSICA NÃO COMERCIANTE OU EMPRESÁRIO: PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE: CF, art. 153, 3º, II. NÃO-INCIDÊNCIA DO IPI. I. - Veículo importado por pessoa física que não é comerciante nem empresário, destinado ao uso próprio: não-incidência do IPI: aplicabilidade do princípio da não-cumulatividade: CF, art. 153, 3º, II. Precedentes do STF relativamente ao ICMS, anteriormente à EC 33/2001: RE

203.075/DF, Min. Maurício Corrêa, Plenário, 'DJ' de 29.10.1999; RE 191.346/RS, Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, 'DJ' de 20.11.1998; RE 298.630/SP, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, 'DJ' de 09.11.2001. II. - RE conhecido e provido. Agravo não provido. (STF, AgR RE 255.682/RS, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 10-02-2006) TRIBUTÁRIO. IPI. DESEMBARAÇO ADUANEIRO. VEÍCULO AUTOMOTOR. PESSOA FÍSICA. NÃO-INCIDÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O IPI não incide sobre a importação de veículo por pessoa física para uso próprio, porquanto o seu fato gerador é uma operação de natureza mercantil ou assemelhada. 2. O princípio da não-cumulatividade restaria violado, in casu, em face da impossibilidade de compensação posterior, porquanto o particular não é contribuinte da exação. 3. Precedentes do STF e do STJ: RE-AgR 255682 / RS; Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO; DJ de 10/02/2006; RE-AgR 412045 / PE; Relator(a): Min. CARLOS BRITTO; DJ de 17/11/2006 REsp 937.629/SP, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18.09.2007, DJ 04.10.2007. 4. Recurso especial provido. (STJ, REsp 848.339/SP, 1ª Turma, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 11/11/2008, DJe 01/12/2008) PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - RECURSO ESPECIAL - VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC NÃO CARACTERIZADA - IPI - IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO POR PESSOA FÍSICA - NÃO INCIDÊNCIA - CF, ART. 153, 3º, II, DA CF/88 - PRECEDENTES STF E STJ. (...) 2. É firme a jurisprudência do Pretório Excelso no sentido da inexigibilidade de IPI na importação de bens por pessoas físicas, em face do princípio da não-cumulatividade, previsto no art. 153, 3º, II, da CF/88. 3. Recurso especial provido. (STJ, REsp 929.684/SP, 2ª Turma, Rel. Ministra Eliana Calmon, julgado em 28/10/2008, DJe 17/11/2008) TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO. EXIGÊNCIA DE IPI E ICMS. DESEMBARAÇO ADUANEIRO. A jurisprudência firmou-se no sentido de afastar a incidência do IPI sobre veículo importado por pessoa física que não é comerciante, nem empresária. Da mesma forma, não há qualquer ato arbitrário na exigência de comprovação do recolhimento do ICMS. (TRF4, AMS nº 2007.71.01.002540-5/RS, 2ª Turma, Rel. Des. Federal Luciane Amaral Corrêa Münch, D.E. de 09-10-2008) Esta Turma já decidiu, em casos envolvendo a mesma matéria, que a condição de empresário não afasta, por si só, o direito à isenção do IPI, mas apenas naquelas situações em que a empresa sob responsabilidade do impetrante tenha como objeto social a comercialização de veículos. Nesse sentido: APELRE nº 5001802-20.2011.404.7208 (Rel. Desembargador Federal Otávio Roberto Pamplona, unânime, julgado em 13/12/2011). Nessa linha, considerando que o autor é sócio administrador da empresa VIP COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDA., cujo objeto social é a comercialização de veículos (Evento 20), não tem direito à isenção do IPI. Destarte, mantém-se a improcedência da ação, ainda que por outros fundamentos.

Saliento, por fim, que o enfrentamento das questões apontadas em grau de recurso, bem como a análise da legislação aplicável, são suficientes para prequestionar junto às instâncias Superiores os dispositivos que as embasam. Deixo de aplicar os dispositivos legais tidos como aptos a obter pronunciamento jurisdicional diverso do que até aqui foi declinado. Dessa forma, evita-se a necessidade de oposição de embargos de declaração tão-somente para este fim, o que evidenciaria finalidade procrastinatória do recurso, passível de cominação de multa (artigo 538 do CPC). Ante o exposto, voto por negar provimento à apelação. Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRÊA MÜNCH Relatora Documento eletrônico assinado por Des. Federal LUCIANE AMARAL CORRÊA MÜNCH, Relatora, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 5092544v13 e, se solicitado, do código CRC 88CDB9F4. Informações adicionais da assinatura: Signatário (a): Luciane Amaral Corrêa Münch Data e Hora: 28/06/2012 13:55