EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Documentos relacionados
DECRETO Nº , de 17 de junho de O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais, D E C R E T A:

AÇÃO NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL: A ANAC mais perto de você. Belo Horizonte 17 e 18 de dezembro de 2012

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Corpo de Bombeiros INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 31/2011

ZONAS DE PROTEÇÃO E ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA. Profª Janaína Araújo

Segurança Contraincêndio em Aeroportos de Pequeno Porte

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO (DECEA) SERVIÇO REGIONAL DE PROTEÇÃO AO VOO DE SÃO PAULO (SRPV-SP)

I em bens públicos, de uso comum do povo e de uso especial;

Exemplos da situação da segurança no entorno de alguns aeroportos brasileiros; PBZPA Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos;

RESOLUÇÃO ANAC Nº, DE DE DE 2014.

Deliberação Normativa COPAM n.º 58, de 28 de Novembro de (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/12/2002)

MÓDULO 4 ZONA DE PROTEÇÃO DO AERÓDROMO Cláudio Jorge Pinto Alves (versão: 12/05/2014)

PROJETO DE LEI Nº 021/11. O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA: Faço saber que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Estado do Rio Grande do Sul Município de Caxias do Sul

XVII Seminário Nacional de Telecomunicações. Acordo de Cooperação Técnica entre a Marinha do Brasil e o Comando da Aeronáutica

Regras da ANAC para Realização de Shows Aéreos. Matheus Luiz Maganha e P. de Melo Especialista em Regulação GTPO-SP

OBJETIVO. Apresentar e discutir proposta de regulamentação sobre Aviação de Estado.

LEI Nº , de 30/03/2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Tecnologia Departamento de Transportes. Introdução Conceitos básicos DEFINIÇÕES:

Parágrafo único. Entende-se como vizinhança o entorno do local afetado pela instalação e funcionamento do empreendimento ou atividade, podendo ser:

RESOLUÇÃO Nº 457, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2017.

INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

DECRETO Nº , de 18 de outubro de 2002

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CURSO AVIAÇÃO CIVIL PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

PROJETO DE LEI N.º 5.013, DE 2016 (Do Sr. Fernando Jordão)

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2017

Sumário TÍTULO I Introdução... 9 CAPÍTULO I Disposições Gerais... 9 CAPÍTULO II Disposições de Direito Internacional Privado...

A Segurança Contra Incêndios no Brasil

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Aeroportos e Transporte Aéreo. Transporte aéreo, aeroportos e meio ambiente

Realização. Apoio. Patrocínio

PORTARIA Nº 127, DE 30 DE JULHO DE 1999 (*) (D.O.U. DE 30/09/99)

DECRETO Nº , DE 21 DE MARÇO DE 2019.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 470, DE

DO ZONEAMENTO DO AERÓDROMO 1º a 13. SEÇÃO I Das áreas de Proteção 1º. SEÇÃO II Da Zona de Proteção de Ruídos ZPR 2º a 5º Mapa do Zoneamento de Ruídos

Proposta de normativo para a regulação de RPAS

MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO PORTARIA DECEA Nº 186 /DGCEA, DE 14 DE OUTUBRO DE 2014.

DRONES. Aeromodelo É toda aeronave não tripulada com finalidade de recreação.

Alterações da ICA 63-10

INFORMATIVO JURÍDICO 26 / 2017 NOVA LEI FEDERAL /2017 QUE ALTERA NORMAS SOBRE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E A DESASTRES EM ESTABELECIMENTOS

AVIAÇÃO GERAL E OS AERÓDROMOS

PROÍBE O COMÉRCIO DE FOGOS DE ARTIFÍCIO E ARTEFATOS PIROTÉCNICOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

SEGURANÇA JURÍDICA E REGULAMENTAÇÕES AMBIENTAIS

CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 148 DE 30 DE ABRIL DE 2010

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO E DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO MATINHOS PARANÁ BRASIL 2006 LEI DA OUTORGA ONEROSA

Estado do Rio de Janeiro Prefeitura Municipal de Quatis Gabinete do Prefeito. Decreto nº. 2197/2010

Título: Origem: SPO SUMÁRIO. SUBPARTE A GERAL Aplicabilidade Regras gerais

OPERAÇÕES AEROMÉDICAS ARCABOUÇO LEGAL/ REGULATÓRIO

CENTRO EMPRESARIAL AEROESPACIAL

ANEXO PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA PARA A AVIAÇÃO CIVIL DO SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO (PNAVSECEA)

LEI COMPLEMENTAR Nº 915, DE 11 DE OUTUBRO DE 2016 ASA SUL (REGULAMENTAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 766 DE 19 DE JUNHO DE 2008).

LEI COMPLEMENTAR Nº. 089/2016

Título: Origem: SSO/GPNO

MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO PORTARIA DECEA Nº 179/DGCEA, DE 10 DE JUNHO DE 2015.

2º - Para o Bioma Cerrado, deverão ser considerados os parâmetros definidos na Resolução SMA 64, de

PORTARIA ANP Nº 202, DE DOU REPUBLICADA DOU

Classificação de Áreas para Implantação de Aeroporto Regional na Região da Cidade de São Paulo

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FELIPE. LEI Nº 797/2017 De 17 de Julho de 2017

PROJETO LEI COMPLEMENTAR Nº (Autoria do Projeto: Poder Executivo)

Alternativas de configuração para um grande heliporto no Brasil

DECRETO Nº D E C R E T A :

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA LEI Nº XX.XXX

Guia para autorização de OBJETOS PROJETADOS NO ESPAÇO AÉREO (OPEA)

Alerta aos Operadores de Aeródromo

Edição nº 215, seção I, página 29, de 9 de novembro de 2016

RESOLUÇÃO Nº 57/2001, DE 12 DE SETEMBRO DE 2001

Projeto de helipontos Revista Techne - v.14 - nº jan/2006

DECRETO Nº , DE 9 DE JANEIRO DE 2014.

Exemplos da situação da segurança no entorno de alguns aeroportos brasileiros; PBZPA Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos;

SECRETÁRIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE PORTARIA Nº. 015, DE 21 DE OUTUBBRO DE 2004.

EDSON CARAM, DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA VIÁRIO - DSV, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei e,

ZONEAMENTO URBANO ZRP1 ZONA RESIDENCIAL PREDOMINANTE 1

COMANDO DA AERONÁUTICA

CONTEÚDO CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS CAPÍTULO II - DOS REQUERIMENTOS Se ção I - Dos Requerimentos para Análise Eletrônica

AVIAÇÃO COMERCIAL Aeronaves com matrícula brasileira aeronaves aeronavegáveis. apenas 7% Aeronaves da aviação comercial ANAC

REGULAMENTAÇÃO MÉDICA PARA O TRANSPORTE AÉREO DE ENFERMOS. Marcos Afonso Braga Pereira

LEI Nº 7531, DE 19 DE DEZEMBRO DE A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Aerodesportos ganham nova regulamentação. Regras foram simplificadas para esportes aeronáuticos

PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

PORTARIA Nº 128, DE 30 DE JULHO DE 1999 (D.O.U. DE 02/08/99)

PROJETO DE LEI Nº 108/09

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO SUBSTITUTIVO Nº 01

Gerenciamento de Risco e Manejo de Fauna: IN Ibama 72/2005 e a Conama 466/2015

DIVULGAÇÃO OPERACIONAL

ZONAS DE PROTEÇÃO E ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA. Profª Janaína Araújo

Licenciamento Ambiental Suinocultura

Disciplina os procedimentos referentes à remissão do Imposto sobre a Propriedade

CAPACITAÇÃO PARA FISCAIS DE OBRAS E POSTURAS MUNICIPAIS

Ref.: Lei de 30 de março de 2017 estabelece diretrizes. gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em

PUBLICADO DOC 29/09/2011, PÁG 92

PROJETO DE REGULAMENTO SOBRE OS CRITÉRIOS NA AVALIAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES AEROPORTUÁRIOS

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO - DSPCI

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO VELHO PODER LEGISLATIVO DIRETORIA LEGISLATIVA Rua Belém, nº. 139, Embratel - Cep: Fone:

COMANDO DA AERONÁUTICA CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS

Ofício nº 132/2017 CNCG Assunto: Encaminha Proposta de Projeto de Lei. Brasília-DF, 23 de outubro de 2017.

Instalação de Infraestrutura de Telecomunicações

Instalação de Infraestrutura de Telecomunicações

Transcrição:

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS O desenvolvimento e o avanço da tecnologia sob o controle do homem trazem, via de regra, obrigações à Administração Pública, como a previsão e a adequação dos espaços necessários à implantação de equipamentos colocados à nossa disposição. O helicóptero é um desses equipamentos que a tecnologia colocou à disposição do homem e que hoje constitui um meio de transporte seguro e ágil, largamente utilizado para as necessidades da população, nas funções de segurança pública, defesa civil, combate a incêndios, busca e salvamento, entre outros. Recentemente, assistimos à operação de helicópteros da Força Aérea no apoio às vítimas da tragédia ocorrida na Boate Kiss, em Santa Maria, utilizando, de forma improvisada, um campo de pouso no Parque da Redenção, local estratégico em face da proximidade com o Hospital de Pronto Socorro e o Hospital de Clínicas. O advento da Copa do Mundo de 2014 e o incremento de visitantes que a Cidade receberá em sua decorrência exigirão que equipamentos dessa natureza venham a ser propostos em locais estratégicos ao evento, permitindo o atendimento da população nas mais diversas finalidades. A Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA), e alterações posteriores, no capítulo II, que trata da Mobilidade Urbana, inclui o heliponto na rede de equipamentos, com o objetivo de qualificar a circulação e o transporte urbano no Município de Porto Alegre, apontando a necessidade de sua regulamentação por lei. Por essas razões e visando à sua discussão com os nobres pares, bem como à sua posterior aprovação, apresento este Projeto de Lei Complementar, que disciplina a implantação de helipontos. Sala das Sessões, 10 de abril de 2014. VEREADOR JOÃO CARLOS NEDEL

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Estabelece normas para a implantação de helipontos no Município de Porto Alegre. Art. 1º Ficam estabelecidas, nos termos desta Lei Complementar, normas para a implantação de helipontos no Município de Porto Alegre. Art. 2 o Para os fins do disposto nesta Lei Complementar e conforme legislação pertinente à matéria, entende-se por: I aeródromo a área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves; II heliponto o aeródromo destinado exclusivamente para pouso e decolagem de helicópteros, em área localizada ao nível do solo ou elevada, homologado ou registrado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC); III heliponto civil o heliponto destinado ao uso de helicópteros civis; IV heliponto privado o heliponto civil destinado ao uso de helicópteros de seu proprietário ou de pessoas por ele autorizadas, sendo vedada sua utilização em caráter comercial; V heliponto público o heliponto civil destinado ao uso de helicópteros em geral; VI heliponto militar o heliponto destinado ao uso de helicópteros militares; e VII área de pouso ocasional a área de pouso e decolagem em local não homologado ou em local registrado para realização de pousos ocasionais, previstos em lei. Art. 3º O Executivo Municipal promoverá a implantação de helipontos, visando a: I desenvolver o urbanismo; II atender às necessidades da população referentes à segurança pública, à defesa civil, à busca, ao salvamento e ao resgate em situações de emergência e de calamidades e ao combate a incêndios; III transportar, de forma rápida, enfermos e pessoas vitimadas em acidentes; IV disponibilizar meio de transporte urbano de natureza especial ágil e seguro para seus usuários;

V prover o Município de Porto Alegre com áreas devidamente regulamentadas para pouso de emergência de helicópteros; e VI fomentar o lazer e o turismo no Município de Porto Alegre, ligando-o a outros polos turísticos. Art. 4º O Executivo Municipal, por meio de seus órgãos e em conjunto com o Ministério da Aeronáutica e a ANAC, deverá elaborar planos e programas visando à implantação de helipontos, observados os seguintes dispositivos: I Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA), e alterações posteriores; II Lei Complementar Estadual nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013; III Lei Federal nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 Código Brasileiro de Aeronáutica, e alterações posteriores; IV Resolução nº 158, de 13 de julho de 2010, da ANAC; V Portaria nº 1.227, de 30 de julho de 2010, da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária (SIA), da ANAC; VI Resolução nº 202, de 28 de setembro de 2011 Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 161, da ANAC; VII Portaria nº 18/GM5, de 14 de fevereiro de 1974, do Comando da Aeronáutica, da ANAC; da ANAC; VIII Portaria nº 256/GC5, de 13 de maio de 2011, do Comando da Aeronáutica, IX Instrução do Comando da Aeronáutica nº 63-19, de 12 de setembro de 2011, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica, da ANAC; e X Instrução do Comando da Aeronáutica nº 11-3, de 31 de agosto de 2012, do Decea, da ANAC. Art. 5º Atendendo ao cumprimento da legislação pertinente à matéria, a pessoa que desejar implantar heliponto deverá: I providenciar autorização prévia expedida pela ANAC; II providenciar, quanto à influência no tráfego aéreo, manifestação do V Comando Aéreo Regional (V Comar);

III requerer a aprovação e o licenciamento da atividade, por parte dos órgãos municipais competentes, na forma de Projeto Especial de Impacto Urbano de 2 o Grau, em face da sua classificação nos Anexos 5.2 e 11.2 da Lei Complementar nº 434, de 1999, e alterações posteriores; IV requerer licença ambiental à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, mediante apresentação de documentação exigida pelo órgão; V requerer, quando a obra estiver concluída, Carta de Habitação à Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb); e VI notificar a ANAC, quando o heliponto estiver concluído, somente podendo entrar em operação após a emissão de seu registro ou a sua homologação por parte daquele órgão. 1º São condições de instalação de helipontos: I área que comporte a plataforma de pouso, com as dimensões exigidas pelo órgão competente da Aeronáutica; e II recuos mínimos de 5m (cinco metros) em relação a todas as divisas do lote. 2º Os documentos a serem apresentados aos órgãos municipais competentes e os procedimentos para avaliação e aprovação do pedido de implantação de heliponto serão regulamentados por decreto. Art. 6 o Para fins de avaliação dos impactos decorrentes da implantação de heliponto, quanto à qualidade de vida da população do entorno, poderá ser solicitado, a critério dos órgãos licenciadores, Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Parágrafo único. Entre os estudos a serem apresentados nos instrumentos de avaliação de impacto, deverá ser contemplada a geração de ruídos emitidos pelo pouso e pela decolagem de helicópteros, prevista para o local, de modo a não trazer incômodo à coletividade vizinha, respeitados os limites sonoros estabelecidos na legislação pertinente à matéria. Art. 7 o A área construída destinada a heliponto fica equiparada às áreas não adensáveis descritas no inc. I do 2 o do art. 107 da Lei Complementar nº 434, de 1999, e alterações posteriores. Parágrafo único. No caso de localizar-se no topo de prédios, a área construída destinada a heliponto equipara-se, em termos de volumetria, àquelas destinadas a abrigar áreas de equipamentos, localizadas no elemento morfológico denominado Volume Superior, conforme disposto no inc. III do art. 105 da Lei Complementar nº 434, de 1999, e alterações posteriores, as quais não são consideradas no cálculo da altura máxima das edificações permitida por essa Lei Complementar.

Art. 8º Fica vedada a implantação de helipontos em áreas predominantemente residenciais, reservas biológicas e áreas de parque natural, descritas, respectivamente, nos incs. I, VII e VIII do art. 32 da Lei Complementar nº 434, de 1999, e alterações posteriores. 1º Para priorizar o atendimento de emergências nas áreas de saúde e segurança pública, fica facultada a implantação de helipontos em: I hospitais; II shopping centers; III estádios de futebol; IV parques; V locais destinados a grandes eventos públicos; e VI outros locais que venham a ser identificados como estratégicos. 2º Para fins de transporte de usuários para diversas finalidades, também será autorizada a implantação de helipontos em outras áreas ou edificações, com o atendimento dos requisitos estabelecidos nesta Lei Complementar. 3º Com a finalidade de incrementar o desenvolvimento turístico da região, por meio de voos turísticos e culturais, poderá ser implantado heliponto em área pública e em área privada. 4º A implantação de heliponto em área pública, bem como sua utilização, poderá realizar-se por meio de convênio com entidade privada. Art. 9º Os planos e os programas destinados à implantação de helipontos deverão contemplar previsão de modernização das estruturas administrativas municipais, visando a: I propiciar agilidade aos processos administrativos referentes à análise e à aprovação dessas atividades, desde que apresentadas as devidas autorizações da Aeronáutica e da ANAC, bem como todos os documentos necessários à avaliação do projeto por parte do Município de Porto Alegre; e II manter cadastro atualizado dos helipontos homologados ou registrados junto à ANAC, conforme sua utilização pública ou privada, com destaque àqueles de caráter emergencial, assegurando à comunidade orientação clara quanto a sua utilização. Art. 10. Para os fins do disposto nesta Lei Complementar, não será objeto de licenciamento municipal o uso de área de pouso ocasional.

Art. 11. Os helipontos já instalados que estiverem em condição irregular no Município de Porto Alegre deverão iniciar processo administrativo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de publicação desta Lei Complementar, visando à aprovação e ao licenciamento dessa atividade, observada a legislação pertinente à matéria, sob pena de suspensão de sua operação. Art. 12. O proprietário de área em que for implantado heliponto é diretamente responsável por mantê-lo em condições operacionais, bem como livre de obstáculos que impeçam operação segura. Art. 13. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. /CRK