A RODA DE CONVERSA COMO RECURSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Documentos relacionados
Vigilância de Fatores de Risco: Obesidade

CNC-CENTRO DE NEFROLOGIA DE CANINDÉ

EDITAL N 006 / 2016 PROCESSO SELETIVO PARA O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO- PET-SAÚDE GRADUASUS DA UNIFAL-MG

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

II FÓRUM DE INTEGRAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UFG, CAMPUS JATAÍ: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO DE INTEGRAÇÃO E FORMAÇÃO.

ATIVIDADES EDUCATIVAS SOBRE SAÚDE CARDIOVASCULAR PARA IDOSOS RESIDENTES NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE ANTÔNIO DIOGO.

Memórias de uma Vida

INTRODUÇÃO. FIEP BULLETIN - Volume 85 - Special Edition - ARTICLE I (

ATIVIDADES GRUPAIS: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM OS TRABALHADORES HIPERTENSOS DE UM SERVIÇO PÚBLICO

PALAVRAS-CHAVE: Mobilização popular, controle social, fortalecimento, estratégia saúde da família.

ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA NO ATENDIMENTO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA: UMA BREVE DISCUSSÃO

CAFÉ COM SAÚDE: RODA DE CONVERSA PARA DISCUTIR O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Conhecendo a Estratégia Nacional para o Autocuidado em

A EXPERIÊNCIA DE DOIS PIBIDIANOS NO TRABALHO SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE DENTRO DA ESCOLA

Vigilância de Fatores de Risco: Obesidade e inatividade física

IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS CLÍNICOS

VIVA MELHOR COM MENOS SAL

A ENFERMAGEM E A SAÚDE DO TRABALHADOR: A EXPERIÊNCIA DE UM TRABALHO EDUCATIVO

Programa de Residência Multiprofissional em Gerontologia

VI CONGRESSO DE HIPERTENSÃO DA. HiperDia, desafios futuros e o que esperar?

SÓ QUEM PODE DIZER O QUE É A LOUCURA É O PRÓPRIO LOUCO 1 : O IMPACTO DO PROJETO DE EXTENSÃO LOUCURA E CIDADANIA NUMA INSTITUIÇÃO MANICOMIAL

TRABALHANDO SAÚDE COM DIABÉTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA 1. Aline Rugeri 2, Bruna Knob Pinto 3.

ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS SOBRE DIABETES PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

CONHECIMENTO SOBRE DOENÇA RENAL CRÔNICA E A HEMODIÁLISE EM UM GRUPO DE IDOSOS

UMA REFLEXÃO SOBRE A NOVA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NOS DIFERENTES CENÁRIOS DE ENSINO- APRENDIZAGEM NUM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

COORDENAÇÃO DO NÚCLEO CURRICULAR FLEXÍVEL PRÁTICAS EDUCATIVAS FICHA DE OBSERVAÇÃO

Autor: Leila Cristina Pilonetto Baggio Co autores: Marcos Fiorentin, Elizangela Greggio Vincensi, Joares Telles Junior, Ana Cristina G. Costella, ACS.

Tópicos. Cenário Atual. Estratégias e custo efetividade. Metas para redução de Doenças Crônicas Não- Transmissíveis (DCNT) 2011

UPE Campus Petrolina. Obrigatória: ( X ) Eletiva: ( ) PROGRAMA DA DISCIPLINA

REFLEXÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NA SAÚDE. BERNARDES, Ana Paula Fugazza¹ GASDA, Vera Lúcia Podewils 1 PEZENTI, Daiana¹ PINHEIRO, Shirla Regina²

PREVALENCIA DAS DOENÇAS CRONICAS NÃO-TRANSMISSIVEIS EM IDOSOS NO ESTADO DA PARAIBA

PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE: UMA ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

MATRICIAMENTO PELOS NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

RESUMO DO PROJETO DE RE-ORIENTAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE/ENFERMAGEM PRÓ-SAÚDE

USO DE BLOG EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA POSSIBILIDADE PEDAGÓGICA

GRUPO FOCAL COMO TÉCNICA DE COLETA DE DADOS NA PESQUISA QUALITATIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

PROMOÇÃO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS HIPERTENSOS E DIABÉTICOS: UMA INICIATIVA DO PET- SAÚDE

Foto Carga Horária: 15h presenciais. Facilitador: Sandro Barros. Objetivo:

Programa de Educação Permanente em Saúde do Hospital Antonio Prudente (ICL) Rosângela Galindo de Campos

APRENDIZAGEM DE UM GRUPO DE IDOSOS SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL POR RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS: EXPERIÊNCIA EM SERVIÇO

BLOG DA SAÚDE. Autores: Grazieli Ferreira da Rosa 1 ; Alessandra Domingues Malheiro 2 ; Ana Paula Saccol 3 ; Anderson de Souza 4 INTRODUCÃO

Contribuição da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI)/UERJ à formação de Cuidadores de Idosos

Qualidade de vida e políticas públicas internacionais. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

PALAVRAS-CHAVE Escore de Framingham. Atenção Básica. Cuidado. PET- Saúde.

O PAPEL DA SOCIEDADE E DO GOVERNO NA ABORDAGEM DO PACIENTE HIPERTENSO O que o governo faz e pode fazer?

PROJETO DE EXTENSÃO ALFABETIZAÇÃO EM FOCO NO PERCURSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

Ind Taxa de prevalência da hipertensão arterial na população de 18 anos e mais, por ano, segundo região e escolaridade

METODOLOGIA Participantes Procedimentos Instrumentos

FATORES DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS HIPERTENSOS. Nilda Maria de Medeiros Brito Farias. Contexto. População mundial envelhece

PARECER SETOR FISCAL Nº 35/2015. Assunto: Parecer Técnico sobre coleta de sangue arterial para fim de realização de gasometria arterial.

41 ANOS DE EXISTÊNCIA. 942 Médicos Cooperados 71 mil clientes. 1ª Sede Praça Carlos de Campos

CARTA DE RECIFE 2010

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

PERCEPÇÃO DE APOIO SOCIAL PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA EM INDIVÍDUOS OBESOS

A IMPORTÂNCIA DE UMA ATIVIDADE EDUCATIVA DINÂMICA REALIZADA POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM COM IDOSOS EM UMA UBSF: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Atenção Básica: organização do trabalho na perspectiva da longitudinalidade e da coordenação do cuidado

SEGURANÇA DO PACIENTE A NÍVEL HOSPITALAR: IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DOS REGISTROS EM PRONTUÁRIOS

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS PERTENCENTES À ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE UMA ESF NO MUNICÍPIO DE CÁCERES MT: ESCALA DE LAWTON E KATZ

ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E A PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA: SAUDÁVEL

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico CETEC. Plano de Trabalho Docente Qualificação: Técnico de Enfermagem

Oficina de Formação de Tutores

Seminário Internacional: Projeções do custo do envelhecimento no Brasil. São Paulo, novembro de 2012

ATUAÇÃO DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE EM UM GRUPO DE GESTANTES

Implementando a Musicoterapia no Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

FORMULÁRIO: RELATÓRIO DE PROJETO DE EXTENSÃO RELATÓRIO FINAL - PROJETOS DE EXTENSÃO

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Documento de Referência Programa Sebrae de Excelência

ANÁLISE SOBRE A VISÃO DE CORPO DOS PEDAGOGOS DE CAMBORIÚ Célia Cristina Carvalho Libanio 1 ; Leisi Fernanda Moya 2 RESUMO

PORTARIA Nº 247, DE 10 DE MAIO DE 2013

II SIEPS. Promoção de saúde no contexto escolar: um relato de experiência

1 Faculdade FUCAPI Profº. Sérgio Roberto

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. CURSO: Pedagogia. Período: Não definido. Semestre de Ingresso: 1º. C.H. Teórica: 40h

PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

PROJETO: BRINCANDO DE FAZ DE CONTA: VIVÊNCIAS DE HISTÓRIAS INFANTIS NA EDUCAÇÃO FÍSICA

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde

No entanto, não podemos esquecer que estes são espaços pedagógicos, onde o processo de ensino e aprendizagem é desenvolvido de uma forma mais lúdica,

5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG

E.E.F. Alberto Pretti Portfólio do mês de maio

PSICOLOGIA, SISTEMA ÚNICO DE SAUDE E DIREITOS HUMANOS: RELATO DE UMA PSICÓLOGA SOBRE SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL.

Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica

EXECUTIVA NACIONAL DE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA DOCUMENTO FINAL DO VIII ENCONTRO NACIONAL DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA

RODA DE CONVERSA E A REORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO

Cuidados com a Saúde do Homem experiência de Petrolândia - SC. Rosimeri Geremias Farias

NOTA TÉCNICA 41 /2012. Institui a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O AMBIENTE EDUCATIVO NO CONTEXTO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

ADESÃO AO REGIME TERAPÊUTICO DAS

PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS AUTORREFERIDAS EM PARTICIPANTES DE UMA CAMPANHA EM PONTA GROSSA-PR

EDUCAÇÃO (POPULAR) EM SAÚDE NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA: BREVES REFLEXÕES. Rio de Janeiro 2014

CÂMARA MUNICIPAL DE MARABÁ GABINETE DO VEREADOR GILSON FERREIRA DA SILVA

LITERATURA DE CORDEL COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA O TRABALHO NA SALA DE AULA.

Transcrição:

A RODA DE CONVERSA COMO RECURSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Linha de pesquisa: Educação em Saúde Responsável pelo trabalho: SILVA, A. M. Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas, UNIFAL-MG Autores: SILVA, A. M; COSTA, A. S; DOMINGUES, A. P. M; FONSECA, C. P; MARTINS, H. A; MOREIRA, G. E. Resumo Introdução: A utilização da roda de conversa como recurso para educação em saúde possibilita um encontro dialógico, criando a possibilidade de produção e ressignificação de saberes sobre as experiências dos participantes. Objetivo: Realizar uma ação de educação em saúde para os usuários da ESF Caensa, por meio da roda de conversa e abordando o tema atividades físicas e estimulando-os à praticarem atividade física como meio de promoção de saúde e prevenção de doenças. Métodos: Trata-se de um relato de experiência, que foi planejada pelos residentes em saúde da família e executada pelos fisioterapeutas (residente e preceptora) na ESF Caensa em agosto de 2016. O método utilizado foi a roda de conversa, onde os participantes ficaram sentados e em círculo. Durante a ação foi discutido com os participantes (indivíduos com e sem patologias existentes) os benefícios e a importância da prática de atividades físicas. Além disso, a ação buscou criar um ambiente aonde os usuários compreendessem, discutissem e sanassem suas dúvidas sobre os efeitos causados pela prática ou não de algum tipo de atividade física. Ao final, foram convidados a participar dos grupos de atividades já existentes na unidade. Resultados: Participaram da roda de conversa 10 usuários, além disso observou-se que houve uma troca de informações entre todos, questionamentos e discutições a respeito do(s) tema (s) proposto (s). Começaram a frequentar as atividades da unidade 3 dos 10 usuários convidados. Conclusão: Conclui-se que a ação colocou em prática o recurso da roda de conversa, valorizou o conhecimento transmitido por meio da educação em saúde e contribui para o autocuidado, uma vez que estimulou à pratica de atividades físicas. Palavras-chave: roda de conversa; atividades físicas; Estratégia de Saúde da Família.

INTRODUÇÃO Como metodologia de trabalho com coletivos, a roda de conversa é nova e vem sendo desenvolvida em diversos contextos, a partir dos estudos de Paulo Freire e Freire, seu referencial teórico-metodológico da Educação Popular (FREIRE, 2003). Portanto, na roda, a fala é compreendida como expressão de modos de vida. Logo, um círculo de cultura não seria para expor uma prescrição ou prestar receitas de condutas sociais, mas por em reflexão (em ato de pensamento) os desafios colocados às práticas sociais (CECCIM, 2007). Como dispositivos de construção dialógica, as rodas produzem conhecimentos coletivos e contextualizados, ao privilegiarem a fala crítica e a escuta sensível, de forma lúdica, não usando nem a escrita, nem a leitura da palavra, mas sim dos modos de vida cotidianos (FREIRE, 1996). A roda de conversa busca também superar mitos e tabus sobre o tema escolhido na vivência na vida dos participantes. Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, Brasil (2014), 16,0% da população brasileira não pratica atividade física de forma regular, com maiores percentuais entre as pessoas com mais de 65 anos, para ambos os sexos. Os adultos com menor escolaridade (até oito anos de estudo) apresentaram os maiores percentuais de inatividade física (BRASIL, 2014). A prática regular de exercícios físicos está diretamente ligada à prevenção de doenças e promoção e recuperação da saúde, estando diretamente relacionada com um menor risco de morte prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como doenças cardiovasculares e diabetes mellitus (WARBURTON, NICOL, BREDIN, 2006). Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi de realizar uma ação de educação em saúde para os usuários da ESF Caensa, por meio da roda de conversa e abordando o tema atividades físicas e estimulando-os à praticarem atividade física como meio de promoção de saúde e prevenção de doenças. MÉTODO Trata-se de um relato de experiência, que foi planejado pelos residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade

Federal de Alfenas-UNIFAL/MG. Primeiramente, a ação foi autorizada pela enfermeira coordenadora da unidade de saúde e, em seguida os usuários foram convidados a participar da ação. Em um segundo momento, todos os participantes interessados se dirigiram a Estratégia de Saúde da Família Caensa da cidade de Alfenas/MG, aonde foram recebidos pelos fisioterapeutas (residente em Saúde da Família e seu preceptor), os quais conduziram e executaram toda a ação realizada no mês de agosto de 2016. O método utilizado foi a roda de conversa, a onde os participantes ficaram sentados em uma cadeira e dispostos em círculo (Figura 1). Durante a ação com os usuários presentes (indivíduos com e sem patologias existentes) foram discutidos os benefícios e a importância da prática de atividades físicas, qual o tipo de atividade física eles realizam e dicas para a prática de atividades. Foi um momento criado para que os participantes pudessem compreender, discutir e sanarem suas dúvidas sobre os efeitos causados pela prática ou não de algum tipo de atividade física (Figura 2). Ao final, foram convidados a participar dos grupos de atividades físicas já existentes na unidade de saúde que são realizadas por uma profissional fisioterapeuta da equipe de saúde da ESF Caensa (Figura 3). Quanto aos aspectos éticos, os participantes foram informados dos registros que seriam realizados (fotográficos e do desempenho da ação). Figura 1. Referente a roda de conversa com os participantes em círculo.

Figura 2.Imagem referente a discussão dos participantes e profissionais. Figura 3.Imagem referente ao grupo de atividades físicas da unidade de saúde. RESULTADOS O resultado foi satisfatório, participaram da roda de conversa 10 usuários, e durante a ação houve uma intensa troca de informações entre todos os participantes e com os profissionais, questionando e discutindo sobre suas dúvidas quanto a prática de exercícios físicos. Com o convite realizado para participar das atividades físicas que são realizadas por um profissional capacitado na unidade de saúde, três dos usuários

presentes na roda de conversa começaram a frequentar as atividades do grupo. CONCLUSÃO Conclui-se que a ação desenvolvida colocou em prática o método da roda de conversa como recurso de educação em saúde, foi observado a importância da educação em saúde aos usuários para o entendimento das questões relacionadas a sua saúde, melhorando e contribuindo assim com seu autocuidado e estimulou-se à pratica de atividades físicas. Esta ação mostrou a importância da forma de trabalhar com práticas educacionais na atenção básica, construindo novos significados para a própria experiência como facilitadores de rodas dialógicas. REFERÊNCIAS 1-FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2003. 2-CECCIM, R. B. Pacientes impacientes: Paulo Freire. In: Ministério da Saúde. Caderno de educação popular e saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2007. p. 32-45. 3- FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática pedagógica.são Paulo: Paz e Terra; 1996. 4- BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2014:Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Portal da saúde. 2014. 5- WARBURTON, D. E. R.; NICOL, C. W.; BREDIN, S. S. D. Health benefits of physical activity: the evidence. Can. Med. Assoc., v. 174, n. 6, p. 801-809, 2006.