Construções II - Pavimentos e Revestimentos - Docente: Engº Estevão Duarte - Discentes: Edgar Lisboa - Francisco Domingos - Ricardo André - Tito

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Transcrição:

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Classificação dos elementos constituintes de acordo com a sua localização: A função principal das horizontais é vedar, ou seja delimitar uma área. 2

Elementos constituintes : SUBPISO O subpiso é a base de um revestimento, é normalmente utilizado como plataforma de trabalho durante a construção e pode funcionar como um diafragma estrutural destinado a transferir cargas laterais às shear walls, também chamado de contrapiso. PAVIMENTO ou INTERPISO É a vedação horizontal interna (de compartimentação). COBERTURA A cobertura é o que cobre um edifício, incluindo o revestimento e a estrutura que o sustenta. 3

Elementos constituintes : 4

Elementos constituintes da Vedação Horizontal : 5

Elementos constituintes da Vedação Horizontal : 6

Elementos constituintes da Vedação Horizontal : 7

Elementos constituintes : Laje estrutural LAJE Camada de betão armado que corresponde ao pavimento e ao tecto de um andar, de um edifício ou de outra estrutura semelhante. A laje estrutural, é um elemento (em placa) do subsistema estrutura. 8

Elementos constituintes : Laje estrutural A LAJE E AS SUAS FUNÇÕES : A laje é um elemento estrutural liso de betão armado, é uma camada de betão armado que corresponde ao pavimento e ao tecto de um andar, de um edifício ou de outra estrutura semelhante. Laje estrutural: é um elemento (em placa) do subsistema estrutura. Uma laje é o elemento estrutural de uma edificação, responsável por transmitir as acções que nela chegam para as vigas (ou directamente para os pilares no caso de lajes fungiformes) que a sustentam, e destas para os pilares. As lajes também são elementos estruturais bidimensionais, caracterizadas por ter a espessura muito menor do que as outras duas dimensões. Outra característica que diferencia as lajes de outros elementos estruturais planos é que o carregamento que nela actua é perpendicular ao seu plano médio. Por motivos de ordem econômica, é frequente o recurso a soluções com vigotas de betão pré-esforçado, preenchidas com abobadilhas em materiais cerâmicos ou outros materiais compósitos. 9

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução Moldadas no Local recorrendo a moldes Pré-moldadas / Pré-fabricadas não requeram a moldagem em obra, ou seja, já são fornecidas à obra para aplicação. Mistas executadas recorrendo a componentes pré-moldados ou pré-fabricados com posterior moldagem na obra. 10

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução Moldadas no Local recorrendo a moldes e betonadas in situ. 11

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução Pré-moldadas / Pré-fabricadas não requeram a moldagem em obra, ou seja, já são fornecidas à obra para aplicação. 12

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução Pré-moldadas / Pré-fabricadas Laje parcialmente pré-fabricada lajes treliças 13

Elementos constituintes : Tipos de lajes para múltiplos pavimentos Plana 14

Elementos constituintes : Tipos de lajes para múltiplos pavimentos Nervuras côco 15

Elementos constituintes : Tipos de lajes para múltiplos pavimentos Com nervuras caixão perdido de EPS 16

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução Mistas executadas recorrendo a componentes pré-moldados ou pré-fabricados com posterior moldagem na obra. 17

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução 18

Elementos constituintes : Tipos de lajes As soluções mais usadas em Portugal para a construção de pisos de edifícios recorrem à inclusão de elementos de aligeiramento, traduzindo-se este facto numa apreciável economia, se tomarmos como referência as lajes maciças. Por outro lado, a preocupação com os custos da mão de obra sugere o uso cada vez maior de elementos pré-fabricados, reduzindo assim os custos e proporcionando uma maior qualidade do produto final. Também a adopção de vãos maiores, cada vez mais frequente na concepção arquitectónica, induz uma evolução dos sistemas de laje utilizados em Portugal. Combinando aqueles dois aspectos, aligeiramento e prefabricação, é possível criar uma solução de lajes do tipo pré-laje, que incorpore no elemento pré-fabricado as zonas de aligeiramento. 19

Elementos constituintes : Tipos de lajes A solução que se apresenta tem grandes vantagens se comparada com outras soluções alternativas para a execução de pisos, nomeadamente: Redução do peso próprio, permitindo o aligeiramento das estruturas de suporte; Eliminação da cofragem contínua, evitando os trabalhos associados ao escoramento e limpeza da mesma; Redução de cofragens e escoramentos intermédios; Montagem simples e rápida com economia de mão de obra; Redução das armaduras complementares a colocar em obra; Aumento da segurança em obra principalmente no que diz respeito a quedas em altura; 20

Elementos constituintes : Tipos de lajes Redução da quantidade de betão a colocar em obra; Realização de face inferior lisa, pronta a receber uma pintura,ou reboco; Redução dos prazos de execução; Deformações muito baixas e semelhantes às observadas numa laje maciça de espessura idêntica; Bom acabamento da face inferior; Redução das armaduras complementares a colocar em obra; Excelente ligação aos elementos estruturais de suporte; 21

Elementos constituintes : Tipos de lajes Qualidade controlada aquando do seu fabrico; Aligeiramento ajustado às necessidades, existindo apenas onde o betão não tem funções resistentes; Possibilidade de adopção de maiores vãos livres. 22

Elementos constituintes : Tipos de lajes Em obra é colocada uma camada de betão armado (betão complementar) com função resistente, solidarizando o conjunto. Na figura apresentada, apresenta-se um corte do elemento pré-fabricado após a colocação do betão complementar. O funcionamento estrutural deste tipo de lajes é comparável ao de uma laje com armadura resistente unidireccional com aligeiramento na alma da mesma. Corte transversal do sistema estrutural. 23

Elementos constituintes : Tipos de lajes Para assegurar tal semelhança, é necessário garantir aderência entre o betão complementar e o betão dos painéis, através da introdução de uma superfície rugosa na face superior do painel. O campo de utilização deste tipo de pavimento contempla edifícios: Habitacionais; Escritórios; Industriais; Outros com ocupação e utilização semelhantes. A rugosidade dos betões garante uma boa aderência. 24

Elementos constituintes : Tipos de lajes Os materiais complementares a utilizar em obra para conclusão da pavimento são os seguintes: Betão complementar da classe C20/25; Armaduras de distribuição, a colocar na camada de betão complementar, da classe A500; Armaduras de continuidade sobre os apoios da classe A400 ou A500 se necessário. Solução de enchimento e revestimento de piso adoptadas para este exemplo. 25

Elementos constituintes : Tipos de lajes O acabamento do tectos pode ser de três formas distintas: Betão à vista Nesta opção poderá ser necessária uma pequena escovagem do tecto. Pintado Não é necessário qualquer tratamento da superfície bastando para tal pintar com uma tinta adequada ao uso a que se destina. Revestido com reboco ou gessos Os painéis são fornecidos com a face inferior rugosa para facilitar a aderência do revestimento. Na zona da costura é aconselhável a aplicação de uma rede de fibra de vidro com tratamento antiálcalis. 26

Elementos constituintes : Tipos de lajes Acabamento do tecto. 27

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução Comportamento ao fogo O comportamento ao fogo depende principalmente do recobrimento/ protecção das armaduras. Isolamento acústico e térmico O isolamento aos sons de percursão em lajes assume cada vez mais importância tanto em termos de exigência do cliente final, como do novo Regulamento Geral do Ruído. Este, estabelece para o índice de isolamento Ln,w o valor de 60dB com uma tolerância de +4dB como forma de despistar possíveis erros demedição. 28

Elementos constituintes : Tipos de lajes classificação segundo método de execução Comportamento sísmico A estabilidade das estruturas de edifícios multi-piso sob acções horizontais (sismo ou vento) assenta, geralmente, no recurso a um modelo resistente, constituído por alguns núcleos de paredes resistentes, associados a lajes que garantam um comportamento como diafragma rígido. Assim, as acções horizontais que actuam sobre a estrutura, são transferidas através dessas lajes para os referidos núcleos. As lajetas superior e inferior do sistema Leca Laje, dotadas de armaduras nas duas direcções, em conjugação com a presença de cintas - periféricas ou inferiores - materializadas pelas vigas de piso, proporcionam um comportamento como diafragma com um desempenho bem melhor que outros sistemas de prefabicação de pavimentos. A presença das armaduras à vista nas extremidades dos painéis, garante uma ligação eficaz às cintas/vigas. 29

Elementos constituintes : Tipos de lajes soluções construtivas Valores obtidos por ensaio em câmara normalizada no LNEC dos índices de redução acústica aos sons de percurssão. (Nota: 1- Ln,w: índice de redução acústica aos sons de percussão medido no LNEC. 2- Ln,w índice de redução acústica aos sons de percussão estimado de Ln,w). a) Solução com camada resiliente com 3 mm de espessura. b) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5 mm de espessura. c) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5+5 mm de espessura. 30

Elementos constituintes : Tipos de lajes soluções construtivas Valores obtidos por ensaio em câmara normalizada no LNEC dos índices de redução acústica aos sons de percurssão. (Nota: 1- Ln,w: índice de redução acústica aos sons de percussão medido no LNEC. 2- Ln,w índice de redução acústica aos sons de percussão estimado de Ln,w). a) Solução com camada resiliente com 3 mm de espessura. b) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5 mm de espessura. c) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5+5 mm de espessura. 31

Elementos constituintes : Tipos de lajes soluções construtivas Valores obtidos por ensaio em câmara normalizada no LNEC dos índices de redução acústica aos sons de percurssão. (Nota: 1- Ln,w: índice de redução acústica aos sons de percussão medido no LNEC. 2- Ln,w índice de redução acústica aos sons de percussão estimado de Ln,w). a) Solução com camada resiliente com 3 mm de espessura. b) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5 mm de espessura. c) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5+5 mm de espessura. 32

Elementos constituintes : Tipos de lajes soluções construtivas Valores obtidos por ensaio em câmara normalizada no LNEC dos índices de redução acústica aos sons de percurssão. (Nota: 1- Ln,w: índice de redução acústica aos sons de percussão medido no LNEC. 2- Ln,w índice de redução acústica aos sons de percussão estimado de Ln,w). a) Solução com camada resiliente com 3 mm de espessura. b) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5 mm de espessura. c) Solução com camada resiliente Etha Foam 222-E da DOW com 5+5 mm de espessura. 33

Elementos constituintes : Tipos de lajes soluções construtivas 34

Elementos constituintes : Tipos de lajes 35

Elementos constituintes : Tipos de lajes 36

Elementos constituintes : Tipos de lajes 37

Elementos constituintes : Tipos de lajes 38

Elementos constituintes : Tipos de lajes 39

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Descrição da aplicação O enchimento leve de um piso tem como principais objectivos: nivelamento da laje em bruto com o envolvimento e protecção de todas as instalações técnicas; máxima leveza para diminuir as deformações a longo prazo dos elementos estruturais horizontais; criação de pendentes em coberturas planas para escoamento das águas pluviais; contribuir para o máximo conforto. 41

O enchimento leve de um piso deverá ter as seguintes propriedades: resistência suficiente para resistir ao punçoamento de acordo com a classificação UPEC; isolamento acústico - fundamentalmente no que se refere aos sons de percussão; isolamento térmico - principalmente quando os pisos e coberturas se encontram em contacto com a envolvente exterior; compatibilidade com as betonilhas e demais materiais de acabamento; secagem rápida para permitir a instalação das camadas superiores de forma a não afectar os revestimentos finais e prazos de obra; sustentabilidade ambiental; ser quimicamente inerte. 42

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As diferentes camadas e as suas funções: Tecto 45

As diferentes camadas e as suas funções: Tecto TECTO (FORRO) Função : revestimento inferior da laje. TECTO FALSO Quando existe um espaço (ENTREFORRO) entre a camada de acabamento e o restante da vedação horizontal. Pode ter várias funções (a principal é a passagem das instalações) Pode necessitar de estrutura adicional. 46

As diferentes camadas e as suas funções: Tecto Tipos de revestimento possíveis: Com placas de gesso cartonado Com argamassa Com madeira 47

As diferentes camadas e as suas funções: Tecto Com placas de gesso cartonado e placas de gesso. 48

As diferentes camadas e as suas funções: Tecto Com madeira 49

As diferentes camadas e as suas funções: Tecto Pormenores construtivos de diversos tipo de aplicação de revestimento em tectos 50

As diferentes camadas e as suas funções: Tecto Pormenores construtivos de diversos tipo de aplicação de revestimento em tectos 51

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Elementos constituintes : sub camadas funcionais do piso PISO Nível, superfície que constitui a base de uma habitação e que suporta a carga dos usuários e dos obejctos que abriga. 53

Elementos constituintes : sub camadas funcionais do piso IMPERMEABILIZAÇÃO Funções: proteger a laje ( e o ambiente inferior) proteger o piso contra acção de humidade proteger o piso contra a acção de humidade ascendente. 54

Elementos constituintes : sub camadas funcionais do piso IMPERMEABILIZAÇÃO Tipos de materiais impermeabilizantes: Mantas asfálticas Bicompontes químicos 55

PISO - as diferentes sub-camadas e as suas funções: ISOLAMENTO TÉRMICO Função proteção do ambiente contra a perda de calor ISOLAMENTO ACÚSTICO Função proteção contra a passagem do som ao ambiente inferior 56

PISO - as diferentes sub-camadas e as suas funções: 57

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PISO - as diferentes sub-camadas e as suas funções: CONTRAPISO Função Regularizar, nivelar, dar declividade, fornecer diferentes níveis, complementar as funções da vedação (fornecer principalmente : estanqueidade, isolamento termo-acústico), permitir instalações de tubagens de esgotos, eléctricas etc. e de calefação. Em pavimentos com estrutura reticulada, pode ter ainda as funções de prover rigidez e dar segurança contra acção do fogo aos mesmos. 59

PISO - as diferentes sub-camadas e as suas funções: CONTRAPISO 60

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Elementos constituintes : REVESTIMENTO O revestimento é uma superfície de um piso, que normalmente assenta sobre um subpiso, também chamado de acabamento. O revestimento é um material que é utilizado para recobrir a superfície de um piso, como madeira, ladrilho cerâmico etc. 62

Os revestimentos de pavimentos podem dividir-se em: Pedra natural Rochas artificiais Vidro Plástico Betão Madeira Produtos cerâmicos Autonivelantes Cortiça Alcatifa Calçada Nas pedras naturais desctacam-se as seguintes: Granito Mármore Calcário Grés Ardósia 63

O granito O Granito é uma rocha magmática que resulta na cristalização de um magma; formada em temperaturas muito elevadas, apresenta dimensões variáveis. Geralmente é apresentada em placas e só é cortada consoante as dimensões necessárias. Onde se aplica: O granito é utilizado na construção em geral. Dada a sua resistência, e suportando variações de temperatura, o granito é muito utilizado para construção de monumentos e túmulos. Pelo seu requinte e nobreza é utilizado no revestimento de fachadas, pilares, pisos, bancadas e casas de banho em geral. 64

O mármore O mármore é uma rocha metamórfica que resulta da recristalização de calcários.por ser uma pedra que adquire um polimento com alguma facilidade, é muito utilizada em pavimentos.tem dimensões variáveis e normalmente é apresentado em placas. O calcário O calcário é uma rocha sedimentar (transporte, acumulação e consolidação de sedimentos). A dureza dos calcários varia entre brandos e duros. O calcário duro é o indicado para ser utilizado como pedra no revestimento de pavimentos. O grês O grês é uma rocha sedimentar (transporte,acumulação e consolidação de sedimentos), é constituído por grãos de sílica que foram aglomerados por um determinado cimento natural. O grés calcário é o único que se utiliza na construção e é aplicado como pavimento nas soleiras das portas e janelas 65

A ardósia A ardósia é uma rocha metamórfica de grão fino e homogéneo composta por argila ou cinzas vulcânicas que foram metamorfizadas em camadas. A ardósia é um dos materiais mais versáteis na construção civil, sendo também muito utilizada no revestimento de pavimentos. Com a aplicação deste material podemos conseguir pavimentos irregulares e regulares conforme a estética que se pretende obter. As formas irregulares conferem ao pavimento uma forma mais rústica e tradicional. Esta forma obtém-se com a aplicação de placas de ardósia irregulares e de tamanhos e espessuras variáveis. 66

Aplicação da pedra natural Todas as superfícies de assentamento têm de ser planas sólidas, compactas e isentas de substâncias desagradáveis que possam prejudicar a adesão. Nos períodos de calor, ou sobre suportes muito absorventes, é indispensável humedecê-los previamente com água. Pavimentos de cerâmica antigos devem ser retirados todos os óleos, gorduras e cera. Após misturada na proporção correcta, a argamassa é aplicada com o auxílio de uma colher de pedreiro e uma desempenadeira de aço ou uma espátula. Deposita-se uma quantidade razoável de argamassa na colher e aplica-se sobre o material, através de compressão, ou então sobre o próprio pavimento com uma espátula dentada. A desempenadeira ou a espátula servem para ajustar a peça de granito para o local certo. Após o assentamento deverão então ser feitas as juntas com produtos designados para o efeito, Cerca de 30 minutos após a betumação das juntas, deve-se fazer a limpeza dos resíduos de colocação com uma esponja 67

Pedras artificiais Marmorite Mosaicos Hidráulicos RMC - composto de mármores compactados A marmorite A marmorite no início era obtida por um aglomerado de cimento com fragmentos de mármore; posteriormente a marmorite deixou de ser um composto do mármore, sendo agora uma betonilha fabricada com uma mistura de cimento, arei, água e pedras que podem ser mármore ou não; tem uma boa dureza, com superfícies uniformes que podem apresentar diversos tons. Pavimento hidráulico A produção deste material consiste em juntar pó de pedra, cimento, areia, tinta em pó e água e secos ao ar livre. Os mosaicos hidráulicos são feitos à mão; o cimento e o pó de mármore são as matérias primas com que se fazem estes mosaicos coloridos. Este revestimento é feito um a um, em formas e desenhos variados. O interesse deste material está também na possibilidade de criar pavimentos de padrões simples e resistentes 68

Pedras artificiais Mármores Compactados ( RMC ) O mármore compacto RMC é um aglomerado de pedaços de mármore natural, ligados por uma resina poliéster especial. Podemos reconstruir grandes blocos de mármore idênticos ao extraídos da pedreira, mas com um preço mais atractivo. A aplicação destes deve repeitar a colocação de juntas de dilatação. 69

Plástico Plástico em geral Linóleo Os plásticos em geral: Conjuga a aparência e textura realista de diversos materiais com a elegância e requinte de um produto natural; É um material versátil, o que permite a sua utilização em vários e diferentes locais; Impermeáveis; Resistência ao desgaste; Fácil de limpar; Bom isolante térmico. 70

Linóleo O linóleo Resulta de uma inteligente e harmoniosa fusão de elementos naturais e biodegradáveis: óleo de linhaça, resinas, cortiça e juta. É altamente resistente e elástico. Tem algumas características como : Fácil manutenção e limpeza; Disponível em várias espessuras, este pavimento é indicado para espaços com muito movimento; A diversidade de soluções estéticas (cores, padrões, texturas) torna-o um dos revestimentos mais versáteis do mercado. A aplicação é feita seguindo o seguinte exemplo: 71

Produtos Cerâmicos Porcelanato vidrado Grés vidrado O porcelanato Vidrado é produzido em pasta branca prensada a seco pelo processo de monocozedura. É utilizado como pavimento quer para interiores quer para exteriores e caracteriza-se por uma elevada qualidade e sofisticado design. Aplicação: Após misturada a argamassa é aplicada com o auxílio de uma colher de pedreiro e uma desempenadeira de aço ou uma espátula. Deposita-se uma quantidade razoável de argamassa na colher e aplicase sobre o material, através de compressão, ou então sobre o próprio pavimento com uma espátula dentada. Antes da colocação deverá ser feita uma impermeabilização. Após o assentamento deverão então ser feitas as juntas com produtos designados para o efeito. Cerca de 30 minutos após a betumação das juntas, deve-se fazer a limpeza dos resíduos de colocação com uma esponja húmida, para que o material que não está nas juntas seja desactivado e para encontrar algum eventual defeito. 72

Autonivelantes - Existência de uma vasta gama de cores e combinações; - Apropriados a cada tipo de indústria; - Anti-poeiras; - Facilmente limpos; - Boa resistência química e mecânica; - Nível derrapante ajustável para assegurar uma boa segurança em todas as circunstâncias; - Estética para o embelezamento dos locais de trabalho; - Disponível numa gama de cores permitido a identificação zona por zona; - Impermeável à água, óleos, gorduras, ácidos e bases diluídas; - A relação qualidade/preço é bastante elevada 73

A Cortiça A Cortiça é um bom isolante térmico e um material monótono, é um pavimento quente e maleável de textura uniforme, a sua aplicação é feita com cola. Aplicação: Em todas as situações o pavimento de cortiça deve ser assente sobre uma camada de alisamento ou de nivelamento para que não haja imperfeições no assentamento da cortiça e posteriores empolamentos. A aplicação destes materiais é feita com colas ou resinas para se poderem unir as placas ou rolos de plástico, fazendo a união entre si e entre o pavimento. Geralmente as cortiças são assentes sobre um têxtil ou tecido amortecedor, até mesmo para ajudar a cumprir os regulamentos de isolamento acústico. 74

A Cortiça 75

Alcatifa Existem dois tipos: natural (100% lã) e sintética. Características: Ampla variedade de padrões e cores, com diferentes alturas de pêlo; A alcatifa de fibras sintéticas não favorece o aparecimento de electricidade estática, uma vez que no seu fabrico são incorporados produtos anti-estáticos; Excelente isolante térmico, também oferece uma agradável sensação ao toque; Disponível em rolo e em unidades de mosaico quadradas (com diferentes dimensões). 76

A calçada A calçada Portuguesa é um determinado tipo de revestimento de piso, utilizado principalmente na pavimentação de calçadas e de espaços públicos. Esta calçada, consiste em pedras de formato irregular, geralmente de calcário, que podem ser usadas para formar padrões decorativos pelo contraste entre as pedras de distintas cores. Pode ser fabricada através de duas técnicas distintas: Técnica Tradicional esta técnica consiste em cortar os cubos manualmente; Técnica Industrial nesta técnica os cubos são cortados com uma máquina que serra a pedra. 77

O vidro O Vidro é uma substância inorgânica, homogénea e amorfa, obtida através do arrefecimento de uma massa líquida a base de sílica; oferecendo as seguintes características: Alta complexidade técnica; Alta resistência mecânica, em função de cargas distribuídas; Proporciona transparência ou é possível usar uma película anti-derrapante, que aumenta as condições de segurança das pessoas; Permite conceber formas incomuns, coloridas e iluminadas; Aplicação: A aplicação do vidro depende da finalidade mas geralmente é aplicado sobre calhas de ferro sobre materiais amortecedores para não haver risco de partir. 78

O vidro 79

Betão O Betão é uma mistura de água, cimento, areia e pedra britada, em proporções determinadas, que formam uma massa compacta endurecendo com o tempo. Os pavimentos de betão estão a ser cada vez mais utilizados, principalmente em parques de estacionamento de grandes superfícies, uma vez que é uma técnica de rápida execução, tem uma elevada resistência ao peso e ao desgaste, a qualidade da superfície é mantida por muitos anos, e como tal não há necessidade de muita manutenção. 80

Madeira Vantagens: Eleva durabilidade Efeito estético e confortável Fácil maleabilidade Isolante térmico Desvantagens: Tem que se ter cuidado com a preservação e não molhar a madeira Requer uma manutenção contínua Facilmente Inflamável Humidade: Todas as madeiras devem ter um grau de humidade inferior a 20 %. Nos caso dos tacos, pelas normas em vigor os teores de humidade admissíveis são (com tolerância de +2 %): Edifícios sem aquecimento 15 a 17 % Edifícios com aquecimento local 13 a 15 % Edifícios com aquecimento central 12 a 14 % 81

O Parquet flutuante deve ser colocado sobre uma superfície bem nivelada e com um grau de humidade inferior a 2,5%. Deve-se colocar faixas de material plástico de PVC ou polietileno com o objectivo de criar uma barreira de vapor, seguidamente coloca-se a manta de neoprene que habitualmente se utiliza neste tipo de montagens. Aplicação Recomenda-se a colocação de cunhas nos pontos de contacto (paredes, pilares, tubagens, etc ) com o parquet para assegurar uma junta de dilatação de aproximadamente 10 mm. Para que exista uma boa adesão entre as peças, é conveniente colar a fêmea com um cordão contínuo de adesivo. Finalmente elimina-se as cunhas e coloca-se o rodapé para ocultar a junta de dilatação criada 82

Pormenores construtivos de diversos tipo de aplicação de pavimento 83

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PISO - as diferentes sub-camadas e as suas funções: PISO ELEVADO Quando existe um espaço (pavimento) entre a camada de revestimento superior e o restante da vedação horizontal. Objectivo permitir a distribuição e a redistribuição de instalações após a conclusão da construção; normalmente, o espaço é acessível. 85

PISO - as diferentes sub-camadas e as suas funções: PISO TÉCNICO Espaço precariamente acessível entre camadas do pavimento, para passagem de instalações. Geralmente exige duas lajes. 86

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As soluções de revestimentos para o exterior são indenticas às utilizadas no interior, contudo existe no mercado vários tipos de pavimentos exteriores: Desde os comuns cerâmicos, pedra natural, madeira, e compósitos de madeira. Actualmente está a utlizar-se o deck, quer de madeira natural quer de fibras compósitas. 88

Referências Bibliográficas MASCARENHAS, Jorge Sistemas de Construção II Paredes: paredes exteriores ( 1ª parte ); 6ª edição; Lisboa, Livros Horizonte MASCARENHAS, Jorge Sistemas de Construção II Paredes: paredes exteriores ( 1ª parte ); 6ª edição; Lisboa, Livros Horizonte MASCARENHAS, Jorge Sistemas de Construção IV Coberturas planas ( 2ª parte ); 4ª edição; Lisboa, Livros Horizonte CHING, Francis Dicionário visual de arquitectura Martins Fontes; São Paulo; 2006 SANTOS, Francisco Processos de Construção Revestimento de Paredes com Pedra Natural. Lisboa; IST, Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura; 2001/02. GUERRA, João - Trabalho sobre Revestimentos de Fachadas - UFP Mestre João Guerra Rectificado por: Alberto Matos (n.º 18902) e Jorge Ferreira (n.º 18912) SILVA, Bruno; Sousa Simone Trabalho sobre Revestimentos UFP SOUSA, Augusto Vaz Serra e; FREITAS, Vasco Peixoto de; SILVA, J. A. Raimundo Mendes Lda; Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos; Coimbra; 2003. BONIFÁCIO, Horácio; SOUSA, Pedro; RODRIGUES, M - Vocabulário Técnico e Crítico de Arquitectura Editora Quimera 89

Fontes Internet: www.margres.pt www.webercimentos.pt www.tecniwood.pt www.alucobond.pt www.anicolor.pt www.bateig.com www.disset.es www.halfen.pt www.inasus.com www.irisfmg.com www.mnloureiro.com www.petrecal.com www.soladrilho.pt www.mapei.pt 90