ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DE LEITORES EM MATEMÁTICA

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Transcrição:

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DE LEITORES EM MATEMÁTICA Francisca Renata Silva Barbosa 1 Antônio Sergio Barbosa da Silva 2 Solonildo Almeida da Silva 3 Resumo O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência desenvolvida por estagiários do Curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Campus Canindé, mediante a elaboração de uma Gincana Matemática intitulada Se divertindo com a matemática, desenvolvida com alunos do 1º ano do ensino médio da rede estadual de ensino. A gincana teve por objetivo oportunizar aos alunos, atividades em que possam demonstrar sua capacidade, utilizando o raciocínio lógico e a aplicação de seus conhecimentos matemáticos. Neste trabalho ressaltamos as contribuições do estágio para a formação docente, o planejamento e estratégias utilizadas na realização da gincana matemática com alunos da educação básica no ensino médio. Concluímos, portanto, que as atividades realizadas foram bastante significativas para todos os envolvidos neste percurso, seja o aluno da escola, estagiários e professor supervisor. Palavras-Chave: Planejamento; Formação Docente; Estágio. 1. INTRODUÇÃO A atividade desenvolvida pelos licenciandos em matemática integrantes do estágio supervisionado consistiu em participar de várias atividades docentes, dentro de um colégio da rede pública estadual de ensino. Dentre as atividades tivemos a participação em planejamento escolar, observações em aulas de matemática, elaboração 1 Aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Canindé; renatapoetisa@hotmail.com 2 Aluno da Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFCE/Canindé; sergiobarbosa0577@gmail.com 3 Doutor em Educação pela UFC; Professor do IFCE/Canindé; solonildo1976@yahoo.com.br

2 e execução de planos de aulas e encontros de regências, este último destinado à elaboração e efetivação de minicursos e oficinas para alunos integrantes da escola parceira ao estágio. Primeiramente apresentamos uma breve reflexão a respeito das contribuições do estágio supervisionado na formação docente, uma descrição das atividades desenvolvidas e na sequência expomos nossa percepção e reflexão a respeito das atividades. Ressaltamos, portanto, neste trabalho, a experiência vivenciada através da elaboração e aplicação de uma gincana matemática, que proporcionou a nós, estagiários uma reflexão a respeito da importância da utilização de metodologias e estratégias diferenciadas como fator de motivação e de facilitação no processo de ensino e aprendizagem da matemática. 2. CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DOCENTE O Estágio Curricular Supervisionado insere o estagiário na comunidade escolar, de modo a proporcionar momentos de investigação, problematização, ação e reflexão, buscando aprendizagens e aperfeiçoamento da prática docente em um ambiente onde favoreceu cruzamentos de conhecimentos entre o estagiário e professores experientes. Nesse sentido, o estágio intenciona contribuir com a formação pedagógica do futuro professor, por relacionar a teoria e a prática, possibilitando que estes desenvolvam experiências de sala de aula, de modo a aprimorar conhecimentos, habilidades, procedimentos e atitudes, acarretando contribuições indispensáveis na formação de um educador. Por meio do Estágio Curricular Supervisionado, o licenciando não entra somente nas salas de aula, entra também em seu futuro campo de atuação, logo, é por meio da observação, da participação e da regência, que o licenciando poderá refletir sobre a prática pedagógica constituindo assim sua identidade profissional. Para Pimenta e Lima (2011), o estágio é um lugar de reflexão e de construção da identidade docente. Ressaltamos assim, que é através do estágio que podemos colocar em prática tudo aquilo ou pelo menos boa parte do que aprendemos em sala de aula, visto que as atividades então desenvolvidas no decorrer dos estágios caracterizam-se como processo de formação e apropriação de conhecimentos necessários a atuação docente.

3 Deste modo, tanto o aprender a profissão docente quanto dar continuidade a mesma faz parte do cotidiano do professor. É dessa forma que o profissional conseguirá sempre fazer a ligação entre teoria e prática (PIMENTA e LIMA, 2011). 3. PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DA GINCANA MATEMÁTICA De acordo com Libâneo (1994), o planejamento é um processo de organização da ação docente, que se da mediante articulação entre a atividade escolar e as problemáticas do contexto social. Dessa forma, o planejamento apresenta-se como, uma atividade de reflexão a respeito das ações a serem desenvolvidas, haja vista, que é o momento onde o educador planeja a aula a partir dos objetivos a serem alcançados. Nesse sentido, podemos inferir que a nossa participação enquanto estagiários nas atividades de planejamento aconteceram em uma perspectiva formativa, baseada na reflexão e investigação sobre a prática (SCHÖN, 2000). Nessa perspectiva o planejamento da gincana matemática se concretizou a partir de encontro semanal, encontros estes, destinados ao planejamento de oficinas e minicursos a serem realizados nos encontros de regências. Nestes encontros, procuramos sempre avaliarmos os desempenhos e as percepções dos estagiários e da turma na qual estávamos desenvolvendo os encontros de regência, com vista, a um replanejamento constante, e ainda, a elaboração de planos de aulas, listas de exercícios e estratégias didáticas. Nessa perspectiva, podemos entender que o planejamento das atividades de estágio contribui não só para orientar e organizar os conteúdos e estratégias a serem desenvolvidas, mas como também despertou nos estagiários um maior interesse pela profissão do magistério, por intermédio da elaboração de conhecimentos pertinentes ao ensino em articulação com a prática. A gincana matemática foi desenvolvida com os alunos do 1º ano do ensino médio em um Colégio Estadual na rede oficial do Ceará com o apoio do professor supervisor do estágio na escola e a orientação do estágio do IFCE Campus Canindé. A Gincana de Matemática intitulada Se divertindo com a matemática visou à participação dos alunos em atividades lúdicas de modo a proporcionar o desenvolvimento intelectual dos alunos, a criatividade, e elaboração de estratégias para situações problemas, criando também oportunidades de observação e interação entres os alunos por meio do trabalho em equipe.

4 As atividades desenvolvidas na gincana foram elaboradas de forma que representava um desafio para os alunos e para que os mesmos desenvolvessem habilidades, capacidades e competências cognitivas. Dessa forma, as atividades foram apresentadas a partir de jogos, desafios matemáticos, jogo de perguntas e respostas. Os participantes tiveram liberdade para apresentarem suas estratégias ou procedimentos para a resolução de cada desafio proposto. Antes de começar a gincana, explicamos para os alunos as atividades desenvolvidas e as regras das atividades. Em seguida, pedimos para que os alunos se dividissem em equipes, essa etapa ficou a critério dos mesmos. As atividades desenvolvidas na gincana foram: Tangram: Cada equipe disponibilizava de dois tangram. Elas deveriam montar duas figuras diferentes de acordo com as amostras dispostas sobre a mesa. Desafio dos balões: Cada equipe deveriam estourar três balões e resolver a charada que se encontrava dentro dos mesmos. A charada foi respondida em folha individual e entregue à banca de jurados ao final do tempo estipulado para a realização da tarefa. Cubo mágico: Cada equipe recebia um cubo mágico e sorteava um representante para tentar montá-lo. Ganhava a equipe que montasse o cubo em menos tempo. Sudoku: Cada equipe recebeu um sudoku em nível médio. A tarefa era responder o sudoku de maneira correta no menor tempo possível. Perguntas e respostas: Cada equipe tinha sobre a mesa 8 perguntas envolvendo conteúdos matemáticos, os participantes escolhiam cinco das perguntas e teriam que responder todas de forma correta para pontuar na tarefa. Caça ao tesouro: Elaboramos pistas que levavam ao tesouro, onde cada pista era uma charada Matemática e a resposta correspondia a um local no colégio (como uma sala de aula, a biblioteca, entre outros) onde estaria a pista seguinte. Ganharia a equipe que chegasse primeiro ao tesouro. Cada equipe representou uma cor e as atividades foram corrigidas em cada etapa da competição. A equipe vencedora foi a que acertou todas as atividades e que somou menor tempo nas atividades. Podemos perceber, mediante o desenvolvimento da atividade, que os alunos participantes aproveitaram bem esse momento, que ouve interação entre os mesmos, potencializando o trabalho em equipe e ainda o desenvolvimento de competências e

5 habilidades matemáticas, assim, como uma maior motivação ao estudo da disciplina, levando-se em conta que as atividades foram desenvolvidas pelos estagiários de forma lúdica e dinâmica. O planejamento e escolhas de atividades que desenvolvemos com os alunos no Estágio destacaram subsídios no desenvolvimento do processo de aprendizagem de matemática, envolvendo capacidades cognitivas e de interação social como: memória, raciocínio lógico-matemático, atenção, concentração, autonomia, participação, tolerância, cooperação, dentre outros. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o desenvolvimento das atividades realizadas perante o estágio supervisionado de matemática, vivenciamos a realidade do sistema educacional e percebemos os desafios enfrentados pelos professores das escolas públicas no contexto da sala de aula. Com todas as atividades desenvolvidas no estágio, e mais especificamente na elaboração e aplicação da gincana matemática, observamos a importância do desenvolvimento de atividades diferenciadas, tanto para incentivar nos alunos o gosto pela disciplina, além de contribuirmos para gerar atitudes e habilidades no ensino e aprendizagem da matemática. Nesse sentido, para nós, na época, alunos de graduação, a participação no ambiente escolar possibilitada pelo estágio, foi um momento profícuo e significativo, haja vista, ser de suma importância à vivência de sala de aula para futuros professores de matemática. Dessa forma, por meio do estágio curricular supervisionado estamos sendo professores e também aprendizes em um processo formativo, que envolve a prática, a reflexão e a pesquisa de estratégias diferenciadas. Vivenciando no estágio conforme afirmaria Pimenta e Lima (2011) uma aproximação da prática docente. 5. REFERÊNCIAS LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

6 PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. Revisão técnica José Cerchi Fusari. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção docência em formação. - Série saberes pedagógicos). SCHÖN, Donald A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Tradução Roberto Cataldo Costa. - Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.