Biorremediação de ambientes contaminados por petróleo e derivados

Documentos relacionados
Acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado: Dados sobre as pesquisas enquadradas na legislação brasileira

Remediação para Postos de Serviço

PLANO CURRICULAR DISCIPLINAR. Ciências Naturais 8º Ano

Domínio: TERRA UM PLANETA COM VIDA

Projeto Cooperativo BAPPD

Biodegradação Acelerada do Etanol e BTEX Através da Bioaugmentação e Bioestimulação Márcio L.B. da Silva

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 27 SUCESSÃO ECOLÓGICA

Introdução. Os compostos que não são classificados como hidrocarbonetos concentram-se nas frações mais pesadas do petróleo.

CARTILHA DE INSTRUÇÃO PARA ACESSO AO PATRIMÔNIO GENÉTICO OU CONHECIMENTO TRADICIONAL ASSOCIADO

ESCOLA SECUNDÁRIA DR. SOLANO DE ABREU ABRANTES. Turma: A, B, C, D ANO: 8º ANO LECTIVO 2010/2011 ACTIVIDADES/ ESTRATÉGIAS. Discussão / Debate.

ENEM PROVA AZUL RESUMO

Ciências do Ambiente. Prof. M.Sc. Alessandro de Oliveira Limas Engenheiro Químico (UNISUL ) Mestre em Engenharia de Alimentos (UFSC )

PROCESSO SELETIVO 2017/1 Mestrado Ciência e Tecnologia de Alimentos Campus Rio Pomba

8/14/2011. Conceito de solos. Levantamentos de solos. Processos pedogenéticos. Fatores pedogenéticos

Dec. nº 4.339, de 22/08/2002

Química Professora: Raquel Malta 3ª série Ensino Médio FONTE DE HIDROCARBONETOS

Etanol Lignocelulósico

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE SANTARÉM

Sedimentos Límnicos 15/06/2015. Disciplina: Limnologia Docente: Elisabete L. Nascimento. Integrantes: Gabriel Jussara Natalia Nilza Solange

ENERGIA. origem do grego érgon, que significa trabalho. Assim, en + érgon queria dizer, na Grécia Antiga, em trabalho, em atividade, em ação.

RSU CONCEITOS, CLASSIFICAÇÃO E PANORAMA. Profa. Margarita María Dueñas Orozco

Simulado Plus 1. PAULINO, W. R. Biologia Atual. São Paulo: Ática, (SOARES, J.L. Biologia - Volume 3. São Paulo. Ed. Scipione, 2003.

IEE ASSIS BRASIL- QUÍMICA 3º ANO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO

QUALIDADE DAS ÁGUAS EM PARQUES AQUÍCOLAS. Dra. Rachel Magalhães Santeiro INCISA Instituto Superior de Ciências da Saúde

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA

PRODUTOS ESPECIALIZADOS PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS E DOMÉSTICOS

Seminário Ano Internacional da Biodiversidade Quais os desafios para o Brasil? Painel 11: Os Oceanos e a Biodiversidade Marinha

ECOLOGIA E BIODIVERSIDADE

Biologia. Natália Aguiar Paludetto

Pegada Ecológica. Ana Galvão

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. JOÃO V ESCOLA SECUNDÁRIA c/ 2º e 3º CICLOS D. JOÃO V

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS DE ACORDO COM A NR 32

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA AUTOR(ES): CHRISTIANE RAYSSA MIGUEL

ATELIERS CIENTÍFICOS CURTIR CIÊNCIA EXPOSIÇÃO PERMANENTE

ENERGIA. Em busca da sustentabilidade

RDC , BPF, HACCP, ISO 14001, ISO

PORTARIA N o 29 DE 21 DE SETEMBRO DE 2006 (publicada no DOU de 22/09/2006, seção I, página 105) ARIOSTO ANTUNES CULAU

Biodiversidade. Sociobiodiversidade

Prof: Francisco Sallas

Lista 1 - Radioatividade

Fontes renováveis e não-renováveis de energia. Amanda Vieira dos Santos Giovanni Souza

Adubação de Plantas Ornamentais. Professora Juliana Ferrari

Comunidade. Meio Ambiente. Operações Contra Incêndios. Emergências com Produtos Químicos. Resgates

ESTUDO DO CRESCIMENTO DA MICROALGA CHLORELLA

BIOLOGIA BIO = VIDA LOGOS = ESTUDO

ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS HIDROCARBONOCLÁSTICOS DE SOLOS CONTAMINADOS POR DERIVADOS DE PETRÓLEO.

Biodiesel obtenção e aplicação

FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA. Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

ESTUDOS PARA ADEQUAR A REMEDIAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS COM ÓLEO MINERAL ISOLANTE

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA. QUÍMICA AMBIENTAL IFRN NOVA CRUZ CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA Prof. Samuel Alves de Oliveira

CHUVA ÁCIDA. - Causas e consequências; - Controlar e corrigir as chuvas ácidas; - Impacto da chuva ácida em alguns. materiais.

A experiência da Embrapa Milho e Sorgo com análises de solo cultivado com milho transgênico

Unidade mestra de biologia com sensor e software para seis grupos

Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Fernando Altino Rodrigues

ESCOLA BÁSICA DE MAFRA 2016/2017 CIÊNCIAS NATURAIS (2º ciclo)

Inventário das Emissões de gases de efeito estufa. Ano de referência do inventário: 2011

Introdução à Ecologia. Prof. Fernando Belan

Engenharia Ambiental e Sanitária VI Semana de Meio Ambiente e Sustentabilidade. 25/10 (Terça) 26/10 (Quarta) 27/10 (Quinta)

FATORES DE FORMAÇÃO DO SOLO

Ciclos Biogeoquímicos

RESUMO. Química Frente II Química Orgânica Vitor Terra Lista 2 Classificação de Cadeias Carbônicas

AGENDA 21 GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS

PROMOVE PROCESSOS QUÍMICOS DA REFINARIA HIDROCRAQUEAMENTO CATALÍTICO (HCC)

Microbiologia do Ambiente. Sistemas aquáticos

Manual para Elaboração dos Planos Municipais para a Mata Atlântica

QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO VELHO QUIXERÉ ATRAVÉS DE MACRÓFITAS

Curso: INSTRUMENTOS DE GESTÃO AMBIENTAL PARTICIPATIVA. Agenda 21 local : da teoria à prática

Análise Técnico-Econômica do Cultivo e Extração do Óleo Essencial de Melaleuca alternifolia Cheel (Tea Tree)

A Água e o Desenvolvimento Sustentável

Produtos com BI: rastreabilidade aquícola

ATIVIDADES REVISÃO. Prova trimestral -2º trimestre 2011

Unidade 5 Recursos naturais: utilização e consequências. Planeta Terra 8.º ano

Planejamento e Controle da Produção I

DISCIPLINAS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IRRIGAÇÃO NO CERRADO - PPGIC DISCIPLINAS CRÉDITOS CH MATRIZ CURRICULAR CARACTERÍSTICA

Gestão Ambiental. Aula 2 Prof. Pablo Bosco

Produção de biohidrogénio a partir de diferentes fontes carbono, por fermentação anaeróbia

Mutagênese... a prevenção é o espelho do índice cultural de uma nação.

Ecossistemas I. Umberto Kubota Laboratório de Interações Inseto-Planta Dep. Zoologia IB Unicamp. Produtividade secundária

Atividade extra. Fascículo 7 Biologia Unidade 16. Exercício 1 Cecierj Exercício 2 Cecierj

CITOPLASMA E ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS. Instituto Federal de Santa Catarina Curso de Biotecnologia Prof. Paulo Calixto

1º WORKSHOP INTERNACIONAL DE GERENCIAMENTO DE MATERIAL DRAGADO

PRÉ-ESCOLAR E 1º CICLO

Funções e Importância da Água Regulação Térmica Manutenção dos fluidos e eletrólitos corpóreos Reações fisiológicas e metabólicas do organismo Escassa

Fatores de Formação do Solo

Ciclo das Rochas e Formação dos Solos

COMO AS EMPRESAS DO PÓLO INDUSTRIAL DE MANAUS PODEM CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA VERDE.

A BIOSFERA 2ª AULA - 1º BLOCO (ECOLOGIA GERAL) CIÊNCIAS DO AMBIENTE

Alguns processos erosivos que contribuem para o empobrecimento do solo

Energia Solar MIEEC03_1

Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI)

QUÍMICA ENSINO MÉDIO PROF.ª DARLINDA MONTEIRO 3 ANO PROF.ª YARA GRAÇA

PLANIFICAÇÃO DE CIÊNCIAS NATURAIS - 8º ANO -Sustentabilidade na Terra-

Grupo de Pesquisa. Pesquisa em Sustentabilidade

INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DO ENSINO SECUNDÁRIO

PORTARIA FEPAM N.º 85/2014

Prof. Oriel Herrera Bonilla Monitores: Giuliane Sampaio John David

FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL. Prof.º: Carlos D Boa - geofísica

As Vantagens da Utilização de Vapor Fluente em Procedimentos de Limpeza. Enfª Mestre Jeane A.G.Bronzatti São Paulo, 01/09/2016

Identificação do Projeto Simplificado de Recuperação de Área Degradada ou Alterada PRAD Simplificado:

Transcrição:

13 de setembro de 2013 -UERJ Biorremediação de ambientes contaminados por petróleo e derivados Alexandre Soares Rosado Unidade de Ecologia microbiana e biotecnologia do Petróleo do polo de Biotecnologia BIOINOVAR - UFRJ

Origem do Petróleo O petróleo é originado de grandes deposições fósseis, é uma mistura bastante complexa de compostos orgânicos e com um alto conteúdo de energia. Rocha geradora

Tipos de hidrocarbonetos encontrados no Petróleo) Fração saturada Parafinas ( n-alcanos, alcanos ramificados) e Naftenos ( cicloalcanos) Fração insaturada (aromáticos, oleofinas, diolefinas e acetilênicos) Compostos não hidrocarbônicos, como os ácidos naftênicos e sulfurados

Toxicidade Os efeitos tóxicos imediatos Moléculas de baixa massa molecular Os efeitos crônicos da poluição com petróleo são pouco conhecidos. Moléculas de alta massa molecular

Diminuição da diversidade de espécies Efeitos carcinogênicos e citogenéticos de longo prazo

Petróleo A principal fonte de energia do planeta, de distribuíção não homogênea entre os países e um recurso não-renovável A sociedade atual é extremamente dependente da utilização de petróleo para o seu desenvolvimento.

Petróleo O Petróleo se tornou provavelmente a mais importante substância negociada entre países e corporações levando a guerras, massacres e extermínios. Crise do petróleo na década de 1970 A Primeira Guerra do Golfo Diferentes guerras entre os países árabes, inclusive a Guerra Irã-Iraque A luta pela independência da Chechênia Guerra Iraque-Estados Unidos (Invasão do Iraque)

FONTES DE POLUIÇÃO DE HIDROCARBONETOS NO MAR Esgoto Industrial e Urbano 62% Navios não Petroleiros 15% Fonte Natural 10% Operação de Petroleiros 7% Acidentes com Petroleiros 3% Exploração & Produção 2% Terminais / Refinarias 1%

Biodegradação Utilização de hidrocarbonetos por microrganismos: ZoBell, 1946, observou a capacidade degradativa de bactérias pertencentes a 30 gêneros Ampla distribuição na natureza. Utilização dependente da natureza química e das condições ambientais.

HIDROCARBONETOS O 2 O 2 Ataque inicial por oxigenases Degradação por vias periféricas PO 4 3- SO 4 2- Ciclo TCA Fe 3+ NH 4 = O 2 CO 2 H 2 O Biomassa celular Multiplicação

http://earthstar2000.com/ebay/microtube.jpg http://www.miamisci.org/microbes/images/soil-bacteria.gif http://www.umcpegypt.umd.edu/img/dna2.jpg http://archive.globe.gov/sda/tg97/soil/img/big/forest_soil.jpg http://plantbio.berkeley.edu/~volkman/courses/dendrogram.gif http://www.santarosa.edu/lifesciences/ensatree.gif http://www.bio.ic.ac.uk/research/rhac/gel020706-3.gif http://www.stanford.edu/group/cfrl/chromatogram.jpg DIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA MICROBIANA PROMOVENDO SUSTENTABILIDADE

O que procuramos? Estudos sobre a diversidade e Bioprospecção microbiana Uso de Tecnologias Limpas Aplicação de ações que levem ao desenvolvimento sustentável

Estratégias de Remediação Quantidade do contaminante Características do ambiente Seleção Tecnologias mais Melhor relação custo-benefício Tempo de tratamento adequadas

Processo Promissor Biorremediação Aceitação Agências Reguladoras Opinião pública FORMA NATURAL DE TRATAMENTO

Custos de técnicas de remediação Países (11) da CEE Técnica de remediação Euro/m 3 Incineração Ex-situ 785 Aterro Ex-situ 231 Lavagem/Trat. térm. 226-229 Fitorremediação 122 (22-222) Imobilização In/Ex-Situ 112-139 Air Sparging/Bomb. Trat. 91-71 Biorremediação-Landfarming 62-73 Muros reativos/de contenção 50-55 Atenuação natural monitorada 20 Fonte: www.cordis.lu (junho, 2006)

TÉCNICAS DE TRATAMENTO BIOLÓGICO Bioestimulação Correção de fatores e/ou adição de nutrientes específicos para garantir a quantidade e a qualidade da microbiota nativa Bioaumento Adição de linhagens microbianas compatíveis com o local contaminado

EMM

Também conhecidos como florestas de mangue ou simplesmente mangues, estes ecossistemas costeiros, situam-se na faixa tropical e subtropical do mundo. No Brasil, estes ambientes distribuem-se ao longo da costa desde o Estado do Amapá até Santa Catarina, perfazendo uma área total de 25.000 Km2 (Vergara-Filho, 1993). Manguezais no Brasil:

Avaliação de diferentes estratégias para biorremediação de manguezais I. Avaliação Pré-tratamento II. Experimento de microcosmo III. Experimento Piloto

Amostra de manguezal Análise físico-química Análise da profundidade de penetração do óleo e potencial Redox Análise textural Análise microbiológica Etapa I Técnicas convencionais Isolamento e Contagem de Rizosfera e sedimentos Técnicas Moleculares Rizosfera e sedimentos Caracterização dos isolados e Potencial de biodegradação Perfil genético da comunidade microbiana (PCR/DGGE) Biblioteca de clones Seleção dos isolados degradadores

Etapa II Planejamento fatorial Microcosmos Sem a planta Com a planta

Etapa III Experimento Piloto Químico (TPH, óleo residual) Monitoramento Físico químico Toxicológico Ecológico

Diagnóstico do ambiente Portão 3m 3m 3m Efluente Amostra composta controle 1 Amostra composta controle 2 Amostra composta controle 3

120 100 80 60 Gama proteobacteria alpha proteobacteria delta proteobacteria beta proteobacteria 40 20 0 Gama proteobacteria alpha proteobacteria delta proteobacteria beta proteobacteria

c a d b Bacteria (a); Pseudomonas (b); Actinobacteria (c); Betaproteobacteria (d) and; Alphaproteobacteria (e). O manguezal é representado por nove pontos (1A, 1B, 1C, 2A, 2B, 2C, 3A, 3B, 3C) e o manguezal de referência é representado pela sigla cab. S e R indicam amostras de sedimento ou rizosfera, respectivamente. e

log CFU/ml log CFU/ml

Isolamento e caracterização de microrganismos degradadores de óleo Amostras Contagem (NMP de mo. Deg.de óleo/ 100mL) R ctr 23 X 10 2 R3A 43 X 10 2 R3B 24 X 10 3 R3C 21 X 10 3 R2A 23 X 10 2 R2B 23 X 10 2 R2C 93 X 10 2 R1A 23 X 10 2 R1B < 3 X 10 2 R1C 15 X 10 2 S ctr < 3 X 10 2 S1 comp. 4 X 10 2 S2 comp. 9 X 10 2 S3 comp. 2,3 X 10 3 1 2 3 4 A B C D E F

Produção de Biossurfactantes

Inoculação das estirpes degradadoras em meio BH líquido acrescido de óleo a 0,1% para acompanhamento do perfil de degradação.

Compostos alvo (µg/l, Controle Estirpe R1C -2A % de degradação n C10 ppb) 825,02 21,09 97,44 n C11 1186,84 5,6 99,52 n C12 1401,15 3,25 99,77 n C13 1954,97 40,58 97,92 n C14 2211,94 47,21 97,86 n C15 2471,63 3,1 99,88 n C16 2452,62 1,68 99,93 n C17 3220,89 28,75 99,1 n C18 1961,78 50,58 97,42 n C19 1631,63 1,1 99,93 n C20 1440,83 1,6 99,99 n C21 1388,57 5,61 99,59 n C22 1193,70 8,05 99,32 n C23 1123,38 10,74 99,04 n C24 1046,75 18,62 98,22 n C25 1040,54 2,42 99,77 n C26 849,03 31,54 96,28 n C27 783,62 2,45 99,7 n C28 550,06 16,09 97,07 n C29 480,66 15,37 96,8 n C30 376,32 18,83 95 n C31 526,44 31,52 94 n C32 383,55 27,80 92,75 n C33 288,29 22,84 92,07 n C34 185,65 12,67 93,17 n C35 144,77 9,72 93,28 n C36 114,29 14,40 87,4 Total 333.521,8 1.287,56 99,61

Montagem do Consórcio Utilização de bomba peristáltica para formação de células em grânulos

Microcosmos

Montagem do Experimento de campo Produção e plantio das mudas

Montagem do Experimento de campo

Experimento de biorremediação Campo e Viveiro Crescimento Vegetal

Fisiologia Vegetal Taxa de atividade fotossintética das mudas no viveiro e no manguezal

Produção de pigmentos pelas mudas no viveiro e no campo

Taxa de atividade fotossintética das mudas do campo e no viveiro submetidas aos diferentes tratamentos de biorremediação

Análise de teores de nutrientes em amostras foliares

Análises microbiológicas Sedimento Campo -9 meses após inoculação

Análises microbiológicas Rizosfera Campo Antes da inoculação e 3 meses após inoculação L. racemosa

Análises microbiológicas Rizosfera Viveiro 3 meses após inoculação L. racemosa

Análises microbiológicas Rizosfera Campo 6 meses após inoculação R. mangle

Conclusões, Considerações finais e Recomendações O projeto intitulado Avaliação de diferentes estratégias para biorremediação de manguezais contribuiu de maneira bastante abrangente para guiar futuros estudos de biorremediação de manguezais. Além de ter contribuído com um extenso levantamento acerca da diversidade microbiana de um manguezal brasileiro, esse trabalho pioneiro, utilizou pela primeira vez diferentes estratégias de biorremediação in situ em manguezal brasileiro e técnicas moleculares de monitoramento microbiano.

Esse é o primeiro estudo a realizar esse tipo de mapeamento e correlação entre a diversidade microbiana (utilizando-se métodos convencionais e moleculares) e a estrutura heterogênea química de manguezais, demonstrando que essa diversidade corresponde às variações químicas de diferentes nichos dentro de um mesmo ambiente. DNA Barcoding Indicadores de qualidade

Montagem do consórcio bacteriano de degradação de óleo a ser aplicado nos experimentos de biorremediação Nesse ponto, a equipe se deparou com um dos desafios desse projeto; Montar uma estratégia que permitisse a manutenção do consórcio microbiano e do fertilizante (Bioestímulo) em campo ao longo do tempo, sem que houvesse uma lavagem desses inóculos devido à ação da maré. Solução encontrada-fertilizantes: Fertilizantes de liberação lenta, enterrados no sedimento contido

Solução desenvolvida Consórcio: As bactérias do consórcio foram encapsuladas em uma matriz que além de permitir a manutenção física das bactérias no campo, permitiu ainda a liberação desses organismos gradativamente.

Dessa forma, desenvolvemos e utilizamos uma estratégia utilizando os microrganismos e fertilizantes associados às mudas do replantio, garantindo não apenas a manutenção dos inóculos em campo como ainda o estabelecimento desses nas rizosferas das mudas. Assim, além da aplicação na degradação do óleo no sedimento, as próprias mudas puderam utilizar esses inóculos, que por sua vez permitiram um melhor e mais rápido desenvolvimento das plantas.

Segundo obstáculo A grande heterogeneidade da distribuição do óleo em manguezais (não permite uma avaliação clara dos resultados das análises de HTP e HPA) Nossa recomendação é que em estudos de biorremediação de manguezais outros parâmetros sejam levados em conta para avaliar a recuperação do ambiente, entre eles, o uso de indicadores biológicos de recuperação como a diversidade microbiana e as respostas vegetais.

Microrganismos já são propostos na literatura como excelentes indicadores de alterações e recuperação ambiental; Quanto aos vegetais, eles são uma das bases do ecossistema manguezal. Dessa forma, havendo recuperação das espécies vegetais em manguezais, outros organismos tendem a retornar a esse ambiente e todo o ecossistema tende a se reestruturar e recuperar.

O monitoramento microbiológico e do desenvolvimento de plantas revelou o eficiente estabelecimento dos inóculos através da observação das alterações dos perfis microbianos de áreas sob diferentes tratamentos (microrganismos indicadores de alterações, no caso, dos tipos de tratamento estabelecidos); O tratamento de Bioestímulo + Bioaumento proporcionou melhor desenvolvimento das espécies vegetais (tanto L. racemosa quanto R. mangle).

EMM Resultado... Estimulo no crescimento das plantas, degradação de hidrocarbonetos, manutenção da microbiota nativa = Recuperação do ambiente sem causar impactos secundários

Exploring our microbial collection potential

Agradecimentos: Raquel Peixoto, Norma Rumjanek, Andrew Macrae, Heitor Coutinho asrosado@micro.ufrj.br Flavia Freitas, Gina Vasques, Staffan Kjellberg Fábio Mota & Lucy Seldin Petrobras Embrapa CNPq