Sobre a arbitragem e o Decreto 8.465/15

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Transcrição:

ASPECTOS DO DECRETO 8.465/2015

Sobre a arbitragem e o Decreto 8.465/15 1. Questões introdutórias A Arbitragem e alguns de seus aspectos Arbitragem no Brasil Arbitragem e a Administração Pública antes da atualização da Lei 9.307 Lei 9.307/96 alterada pela Lei 13.129/15 Previsão da Lei 12.815/13 2. Decreto 8.465/15 e aspectos destacados 3. Conclusões

Arbitragem e alguns de seus aspectos Celeridade: maior informalidade, procedimento tende a ser mais simplificado, prazos mútuos das partes mais adequados à demanda, diferente do que ocorre com as demandas em trâmite no Judiciário. Confidencialidade: segurança das partes em ter o procedimento em andamento sem obrigação de divulgação de atos ou dar acesso a terceiros, que é o caso dos processos na via judicial. Custo do processo : se considerar os custos processuais, a arbitragem tende a ser mais onerosa já que os árbitros são remunerados e, a depender da instituição arbitral, existirão custos administrativos e não as taxas judiciárias. Contudo, o custo com a demora da solução do litígio pelas vias judiciais tende a ser mais onerosa para as partes pela demora da solução da controvérsia. Especialidade: a liberdade das partes em eleger árbitros especialistas no assunto em questão é uma condição indiscutivelmente mais benéfica para a solução do conflito se comparado ao Judiciário que nem sempre dispõe de Varas especializadas na matéria. Confiança: a confiança das partes no(s) árbitro(s) eleito(s), ainda que indiretamente, dá às partes maior segurança de uma decisão adequada se comparado ao uso da via judicial em que não há possibilidade de escolha do juiz que irá decidir a causa. Igualdade das partes: tem-se que as Partes se colocam em mesmo patamar com relação ao conflito, devem ser tratadas com igualdade e terão iguais oportunidades durante o procedimento.

Arbitragem no Brasil A Constituição Política do Império do Brazil de 25 de março de 1824, dispunha: Art. 160 que nas [causas] cíveis, e nas penais civilmente intentadas, poderão as Partes nomear Juízes Árbitros. Suas Sentenças serão executadas sem recurso, se assim o convencionarem as mesmas Partes. Resolução de 26 de julho de 1831: arbitragem para as cláusulas de Seguro Lei nº. 108, de 11 de outubro de 1837 : nas causas relativas à locação de serviço Código Comercial de 1850 : previa arbitragem Código Civil de 1916 e os Códigos de Processo Civil de 1939 e de 1973: também dispuseram acerca da arbitragem Constituições de 1934, 1937 PL nº. 78, que deu origem à Lei nº. 9.307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre a arbitragem no Brasil. Paradigmas internacionais foram levados em conta na elaboração da referida lei, exemplifique-se a Lei Modelo sobre Arbitragem Comercial Internacional da UNCITRAL e diversas convenções internacionais sobre o tema, tal comoadenovaiorque(1958).

Arbitragem e a Administração Pública antes da atualização da Lei 9.307 Resistência em se ter a Administração Pública como parte no procedimento arbitral Direito disponível x Interesse Público Não se confunde com indisponibilidade do direito Interesse público se mantém preservado Os aspectos da arbitragem permitem o melhor atendimento do interesse público Se não pudesse dispor sobre direito patrimonial o Poder Público não poderia sequer firmar contratos administrativos Irrecorribilidade da decisão arbitral Os aspectos da arbitragem dão maior segurança com relação à adequação e pertinência das decisões arbitratis, não sendo a irrecorribillidade um impeditivo

Arbitragem no Brasil Constituição de 1988 Lei da Arbitragem, Lei nº 9.307/96 Lei Geral de Telecomunicações, Lei nº 9.472/96 Lei de Petróleo e Gás, Lei nº 9.478/97 Lei que cria ANTT, Antaq, DNIT, Lei nº 10.233/2001 Lei de oferta de energia emergencial, cria Proinfra, a CDE e dispõe sobre a universalização da energia elétrica, Lei nº 10.438/2002 Lei que dispõe sobre a comercialização de energia elétrica no SIN, Lei nº 10.848/2004 Lei das PPPs, Lei 11.079/2004 Lei das Concessões, Lei nº 8.987, alteração dada pela Lei 11.196/2005 Lei do serviço de franquia postal, Lei 11.668/2008 Lei do transporte de gás natural, Lei nº 11.909/2009 Lei dos Portos, Lei nº 12.815/13 Lei da Arbitragem, Lei nº 9.307, alterada pela Lei nº 13.129/15

Lei 12.815/13 Art. 62. O inadimplemento, pelas concessionárias, arrendatárias, autorizatárias e operadoras portuárias no recolhimento de tarifas portuárias e outras obrigações financeiras perante a administração do porto e a Antaq, assim declarado em decisão final, impossibilita a inadimplente de celebrar ou prorrogar contratos de concessão e arrendamento, bem como obter novas autorizações. 1o Para dirimir litígios relativos aos débitos a que se refere o caput, poderá ser utilizada a arbitragem, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.

Lei 9.307/96 alterada pela Lei 13.129/15 Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes. 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015)

Decreto 8.465/15 Objetivo: Regulamentar o art. 62, 1º, da Lei 12.815. Refere-se à possibilidade de uso da Arbitragem para a resolução de questões relacionadas a: Inadimplemento, pelas concessionárias, arrendatárias, autorizatárias e operadoras portuárias no recolhimento de tarifas portuárias e outras obrigações financeiras perante a administração do porto e a Antaq. Nesse caso, o débito declarado em decisão final impossibilita o inadimplente de celebrar ou prorrogar contratos de concessão e arrendamento, bem como obter novas autorizações

Decreto 8.465/15 Foi além do estabelecido na disposição da Lei dos Portos. Art. 2º Incluem-se entre os litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis que podem ser objeto da arbitragem de que trata este Decreto: I - inadimplência de obrigações contratuais por qualquer das partes; II - questões relacionadas à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos; e III - outras questões relacionadas ao inadimplemento no recolhimento de tarifas portuárias ou outras obrigações financeiras perante a administração do porto e a Antaq. As previsões da Lei 12.815 e Decreto 8.465 não impedem de que qualquer controvérsia em matéria portuária entre os contratados e a Administração Pública, seja resolvida por Arbitragem, com base na Lei 9.307.

Aspectos destacados Árbitros: Lei da Arbitragem: Qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes Possibilidade de estabelecer processo de escolha dos árbitros Possível adotar regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada Decreto 8.465: Escolhidos de comum acordo entre as partes Ter conhecimento técnico compatível com a natureza do litígio Se estrangeiro, deverá possuir visto que autorize a atividade no Brasil Se colegiado, pelo menos um deverá ser bacharel em Direito

Aspectos destacados Cláusula compromissória e compromisso arbitral Lei da Arbitragem: livremente pactuado entre as partes Decreto 8.465: Art. 6ºOs contratos de concessão, arrendamento e autorização de que trata a Lei nº12.815, de 2013, poderão conter cláusula compromissória de arbitragem, desde que observadas as normas deste Decreto. 1ºEm caso de opção pela inclusão de cláusula compromissória de arbitragem, o edital de licitação e o instrumento de contrato farão remissão à obrigatoriedade de cumprimento das normas deste Decreto. 2º A cláusula compromissória de arbitragem, quando estipulada: I -constará de forma destacada no edital de licitação e no instrumento de contrato; e II -excluirá de sua abrangência as questões relacionadas à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, sem prejuízo de posterior celebração de compromisso arbitral para a solução de litígios dessa natureza, observados os requisitos do art. 9º. 3ºA ausência de cláusula compromissória de arbitragem no contrato não obsta que seja firmado compromisso arbitral para dirimir eventuais litígios abrangidos no art. 2º, observadas as condições estabelecidas no art. 9º.

Aspectos destacados Árbitro único ou colegiado Lei da Arbitragem: livre escolha das partes. No caso de recusa da parte requerida para aceitar a compromisso arbitral antes de instituída a arbitragem, o Juiz competente para a causa se o processo seguisse a via judicial nomeará um árbitro. Podem ser múltiplos árbitros, titulares e suplentes. Pode ser um, apenas, e insubstituível, inclusive. Decreto 8.465: considera o valor econômico da demanda como critério para exigência de pluralidade de árbitros: Questões cujo valor econômico seja superior a R$ 20.000.000: mínimo 3 árbitros Valor econômico: a quantia que a administração pública entender devida

Aspectos destacados Contratação dos árbitros ou instituição arbitral: INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Decreto 8.465 Art. 7º 3º A escolha de árbitro ou de instituição arbitral será considerada contratação direta por inexigibilidade de licitação, devendo ser observadas as normas pertinentes. Inexigibilidade ou não-incidência de licitação? Lei 8.666: Art. 25 É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; II para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação; III - contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Aspectos destacados Similaridade com os procedimentos judiciais Lei da Arbitragem: não fez diferenciações entre as partes no procedimento arbitral com relação às comunicações. Decreto 8.465 Art. 10. A União e suas entidades autárquicas serão representadas perante o juízo arbitral pela Advocacia-Geral da União e seus órgãos vinculados, conforme as suas competências constitucionais e legais. 1º As comunicações processuais dirigidas aos membros da Advocacia-Geral da União e de seus órgãos vinculados serão realizadas pessoalmente, não sendo admitida a comunicação por via postal. 2º A União poderá intervir nas causas arbitrais em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas federais.

Aspectos destacados Custos com laudos periciais, despesas, assistência técnica e advogados. Lei da Arbitragem: segue sistemática comum dos processos judiciais. Decreto 8.465 Art. 3º. VII - as despesas com a realização da arbitragem serão adiantadas pelo contratado quando da instauração do procedimento arbitral, incluídos os honorários dos árbitros, eventuais custos de perícias e demais despesas com o procedimento; VIII - a parte vencida arcará com os custos do procedimento de arbitragem; IX - cada parte arcará com os honorários de seus próprios advogados e eventuais assistentes técnicos ou outros profissionais indicados pelas partes para auxiliar em sua defesa perante o juízo arbitral, independentemente do resultado final;

Conclusões: A necessidade de arbitragem envolvendo o Poder Público foi crescendo à medida que cresceu o número de parcerias e relacionamento entre este e os contratados que passaram a fazer as vezes da administração pública. A Lei 9.307 veio modernizar o instituto da Arbitragem em nosso ordenamento jurídico Há manifesto reconhecimento da eficiência e eficácia do procedimento arbitral como instrumento de solução de controvérsias envolvendo a administração pública mesmo antes das recentes alterações na referida Lei. As alterações da Lei de Arbitragem pela Lei 13.129 foram decisivas para acabar com as dúvidas, especialmente dos agentes públicos, da aplicação da arbitragem como método de solução de controvérsias envolvendo o Poder Público O disposto no artigo 1º da Lei 9.307 é norma de eficácia plena A Lei 12.815, antes das alterações introduzidas na Lei de Arbitragem, prestigiou o procedimento arbitral e, não obstante apontar a possibilidade de uso desse método para determinada condição, não teria força de limitação das matérias a serem submetidas à arbitragem, entendimento que é ratificado pelo Decreto 8.465 Algumas das limitações impostas pelo Decreto 8.465 são positivas na medida que balizam a atuação dos agentes públicos, tendendo para a aplicação isonômica de tais preceitos em relação aos contratados

Obrigada! Jackeline Daros Abreu de Oliveira jackeline.oliveira@apmterminals.com 47 3341 9914