GABRIELA DOTTO ISADORA FERNANDA KLEIN

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Transcrição:

GABRIELA DOTTO ISADORA FERNANDA KLEIN PREVALÊNCIA DE CISTOS DENTÍGEROS EM PACIENTES ATENDIDOS NO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CURITIBA 2012 1

GABRIELA DOTTO ISADORA FERNANDA KLEIN PREVALÊNCIA DE CISTOS DENTÍGEROS EM PACIENTES ATENDIDOS NO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Odontologia da Universidade Federal do Paraná como requisito a obtenção do título de Cirurgião Dentista. Orientador: Prof. Dr. Delson João da Costa Coorientadora: Rafaela Scariot de Moraes CURITIBA 2012 2

RESUMO Os cistos dentígeros têm origem do epitélio reduzido do esmalte de um dente não irrompido. Através de um estímulo pouco conhecido ocorre a separação do epitélio reduzido do esmalte da superfície do esmalte, abrindose um espaço para o preenchimento por um fluído ao redor da coroa dental. São freqüentemente associados a terceiros molares inclusos. O objetivo desta pesquisa é analisar a prevalência de cistos dentígeros nos pacientes atendidos no curso de Odontologia da Universidade Federal do Paraná, do ano de 2004 a 2010. Vinte e seis casos de lesões com diagnóstico de cisto dentígero ocorridos neste período foram avaliados de acordo com o gênero, idade do paciente, localização e forma de tratamento da lesão, sendo a localização registrada de acordo com a divisão da mandíbula e maxila em região anterior e posterior. Os resultados mostraram que este é um cisto com predileção pelo sexo masculino (57,7%), com maior incidência em adultos jovens, tendo como vinte anos a média de idade e, está geralmente localizado na região posterior da mandíbula. A principal forma de tratamento é a enucleação somada à extração do(s) elemento(s) dentário(s) envolvido(s). Palavras chave: cisto dentígero; mandíbula; epidemiologia, odontologia. 3

ABSTRACT Dentigerous cysts originate from the reduced enamel epithelium of an unerupted tooth. Through a littleknown stimulus occurs the separation of reduced enamel epithelium of the enamel surface, opening up a space for filling by a fluid around the dental crown. They are often associated with third molars.the objective of this research is to analyze the prevalence of dentigerous cysts in patients treated at the dental clinic of the course of Dentistry, Federal University of Parana, in the year 2004 to 2010. Twentysix cases of injury with a diagnosis of dentigerous cysts occurred in this period were evaluated according to gender and age of the patient, location and form of treatment of the lesion, the location was recorded in accordance with the division of the mandible and maxilla in the anterior and posterior region. The results showed that this is a cyst with a predominance of males (57,7%), with higher incidence in young adults, with the average twenty years of age and is usually located in the posterior region of mandible. The main form of treatment is enucleation added to the extraction of the dental(s) element(s) involved. Key Words: dentigerous cyst; mandible; epidemiology, dentistry. 4

INTRODUÇÃO 1. ETIOLOGIA A composição típica de um cisto dentígero tratase de uma cápsula de tecido conjuntivo revestida internamente por tecido epitelial contendo líquido amarelo citrino ou substância pastosa contendo cristais de colesterol. (DOMINGUES; GIL, 2007) A razão para a nomenclatura desse cisto é sua origem nos remanescentes do epitélio odontogênico, o qual deriva de estruturas embrionárias responsáveis pela formação do órgão dental bainha epitelial de Hertwig, lâmina dental e epitélio reduzido do esmalte. (DOMINGUES; GIL, 2007). Antes da erupção, a coroa dental é recoberta por dupla camada de células epiteliais o epitélio reduzido do esmalte está apoiado sobre o folículo dental (SOUZA et al., 2010). A formação do cisto dentígero parece ser resultado do acúmulo de líquido entre o epitélio reduzido do esmalte e o esmalte, ou entre as camadas do epitélio reduzido do esmalte.a expansão do cisto é relacionada ao aumento da osmolaridade, resultado da passagem de células inflamatórias e liquido intersticial para dentro do cisto assim como da descamação de células epiteliais provenientes da cápsula cística para o lúmen do cisto. (ZICCARDI et al., 1997) 2. ASPECTOS CLÍNICOS Clinicamente, os cistos dentígeros são lesões benignas associadas à coroa dental. É o cisto mais comum entre os cistos odontogênicos de desenvolvimento e o segundo cisto mais freqüente (FALKINHOFF et al., 1999; REGEZI et al., 1993; TORTORICI et al., 2008),respondendo por 25,3% de todos os cistos maxilares da população brasileira (GROSSMAN et al., 2007). A prevalência dos cistos dentígeros na literatura varia de 9% a 38% (BATAINEH et al., 2004; LEDESMAMONTES et al., 2000; MOSQUEDATAYLOR et al., 2002; TEN CATE, 1988; WEIR, et al., 1987).Estudos comprovam a predileção dos cistos dentígeros pelo sexo masculino, variando as proporções entre os gêneros masculino e feminino de 1.33:1 a 1.86:1 (AVELAR et al., 2009; MENINGAUD et al., 2006; SHARIFIAN et al., 2011; SOUZA et al., 2010; ZHANG et al., 2010).Apresentauma maior incidência na segunda e terceira década de vida (HAMILTON et al., 1945; REGEZI et al., 1993; SHEAR, 1999; SMITH et al., 2005), embora alguns estudos indiquem a quinta década(hyomoto et al., 2003). Segundo Mourshedet al., (1964),dentre 180 casos com diagnóstico de cisto dentígeroa maioria envolvia os terceiros molares mandibulares seguida dos 5

molares maxilares. Com relativa freqüência envolvem caninos maxilares e segundos prémolares mandibulares, sendo raramente encontrados em dentes decíduos. Em casos menos freqüentes podem estar relacionados a dentes supranumerários ou odontomas. (NEVILLE et al., 2002) Os cistos dentígeros possuem evolução lenta e necessitam de longo período de tempo para causar expansão óssea(domingues et al., 2007). São assintomáticos, exceto quando infectados. São encontrados em exames radiográficos de rotina ou para desvendar a causa da falha na erupção de algum dente (NEVILLE et al., 2002).É de conhecimento que embora os cistos dentígeros causem a inibição da erupção do dente permanente envolvido, o desenvolvimento das raízes continua (SILVA et al., 2007).Grandes cistos dentígeros são incomuns e podem causar assimetria facial, na maioria das vezes lesões de grandes proporções consideradas grandes cistos dentígeros nos exames radiográficos sugeremtumoresodontogênicosceratocistico ou ameloblastomas.(neville et al., 2002) 3. ASPECTOS RADIOGRÁFICOS Radiograficamente os cistos dentígeros apresentamse como uma área radiolúcida circunscrita por um halo radiopaco que se desenvolve ao redor da coroa de um dente não irrompido fixandose na junção cementoesmalte e bloqueando sua erupção. Entretanto, este halo pode apresentarse irregular e com as margens difusas na presença de infecção. Em alguns casos, a área radiolúcida parece projetarse lateralmente à coroa dentária, particularmente quando o cisto é grande ou se houve deslocamento do dente. O termo "cisto dentígero lateral" é comumente aplicado para estas situações.(neville et al., 2002) 4. ASPECTOS HISTOLÓGICOS O diagnóstico definitivo de cisto dentígero é obtido somente após biópsia. Ao exame histopatológico a lesão revela uma cápsula constituída por camada de tecido conjuntivo com revestimento interno de fino tecido epitelial pavimentoso estratificado (DOMINGUES et al., 2007). Comumente não ocorre formação de papilas epiteliais (NEVILLE et al., 1998; REGEZI et al., 1993)e, a ceratinização no cisto é rara (NEVILLE et al., 1998; REGEZI et al., 1993; SHEAR, 1999).O cisto dentígero não inflamado estáconstituído por duas a quatro camadas de células epiteliais. Podem ser observados focos de células mucosas, células ciliadas, componentes ceratinizante e corpúsculos hialinos (corpúsculos de Rushton), que representam a 6

multipotencialidade do revestimento epitelial do cisto dentígero (REGEZI et al., 1991). O tecido subepitelial está constituído por um conjuntivo fibroso arranjado frouxamente. No cisto dentígero inflamado, a cápsula fibrosa tem mais colágeno com infiltrado de células inflamatórias crônicas. (NEVILLE et al., 1998) 5. TRATAMENTO O tratamento mais comum associado a cistos dentígeros é a enucleação associada à extração do elemento dental envolvido. Quando a erupção do elemento dental pode ser considerada, este pode ser deixado em sua posição após remoção parcial da parede cística. Alguns dentes mesmo após a remoção da lesão ainda necessitam de tracionamento ortodôntico para a erupção completa (BATAINEH et al., 2004).O método de enucleação consiste no levantamento de um retalho mucoperiostal na região da lesão com posterior osteotomia para adequado acesso ao cisto, sendo este cuidadosamente descolado da sua parede óssea, removido inteiro e intacto. A cavidade óssea é alisada e irrigada para remoção de detritos. Reposicionase o retalho e sutura, aguardando no mínimo dez dias para a remoção.(cawson et al., 2002) Cistos dentígeros de grandes dimensões podem ser tratados através da marsupialização, que permitirá a descompressão do cisto resultando na redução do defeito ósseo. Estes cistos podem então ser removidos após algum tempo com procedimento cirúrgico menos agressivo (BATAINEH et al., 2004). A marsupialização possui a desvantagem de manter tecido patológico, havendo possibilidade de uma nova lesão se desenvolver. Embora isso, a marsupialização também representa uma forma de tratamento adequado para casos de cistos dentígeros em pacientes jovens, com deslocamento de dente permanente ou com desenvolvimento mandibular incompleto. (SILVA et al., 2007) O prognóstico é excelente quando o cisto é removido totalmente, entretanto devese considerar seu potencial em desenvolver lesões agressivas. O revestimento do cisto dentígero pode sofrer transformações neoplásicas,tornandose dessa forma um ameloblastoma. Também é provável que alguns carcinomas epidermóides possam se desenvolver de células da mucosa de revestimento do cisto dentígero. (NEVILLE et al., 2002) 7

6. REVISÃO DE LITERATURA AVELARet al., (2009), realizaram um estudo para avaliar a prevalência de cistos odontogênicos na Universidade de Pernambuco. Foram avaliados 507 casos no período de 1992 a 2007. Algumas variáveis como faixa etária, gênero, etnia, diferenças histopatológicas e localização anatômica foram observadas. O cisto mais frequentemente encontrado foi o periapical, seguido pelo cisto dentígero. Dos 507 casos analisados, 156 (30,7%) eram cistos dentígeros e 59% estavam localizados em mandíbula. A maioria destes cistos (28,2%) ocorreu na segunda década de vida e revelaram predileção por afrodescendentes (41,7% dos casos). ZHANGet al.,(2010), realizaram um estudo no Canadá, por meio de 38.579 casos de biópsias bucais. Destes, 6.807 (18%) foram diagnosticados como cistos maxilares e 2.029 como cistos dentígeros, representando 5% de todas as biópsias e 30% de todos os cistos maxilares. Houve uma grande variação quanto a distribuição de faixa etária, que variou de 6 a 99 anos com uma média de 35 ± 17 anos. Os cistos dentígeros foram raros na primeira década de vida e mais comuns na segunda e terceira década, com diminuição da frequência de acordo com a idade. Quanto ao gênero, o masculino foi responsável por 61% dos casos. Com relação a etnia, 1181 (58%) apresentavam informações sobre esse dado: 85% eram caucasianos, 13% eram asiáticos e 2% pertenciam a outros grupos étnicos. A maioria dos pacientes apresentou um único cisto dentígero (98%) e 51 (3%) pacientes apresentavam múltiplos cistos dentígeros. O número total de cistos dentígeros foi de 2082; a maioria (82%) localizado na mandíbula, sendo 77% envolvendo os terceiros molares inferiores, seguido pelos terceiro molares superiores (11%), caninos superiores (5%) e muito raramente envolvendo outros dentes (6%). Onze cistos dentígeros encontravamse associados a dentes supranumerários impactados (1%). SHARIFIANet al.,(2011), realizaram um estudo retrospectivo com 1227 casos de cistos odontogênicos, no período de 1987 à 2007. A proporção dos cistos entre os gêneros masculino e feminino foi de 1,33:1 respectivamente. A idade dos pacientes variou entre 3 e 84 anos, com uma média de 28 anos. Quanto a localização dos cistos, 49,6% apresentaramse na maxila e 50,4% na mandíbula. O cisto radicular mostrouse o mais comum, seguido pelo cisto dentígero, tumor odontogenicoceratocistico, cisto residual e cisto paradental. O cisto dentígero foi o segundo mais encontrado dentre os cistos odontogênicos com 303 casos (24.9%), acometendo os gêneros masculino e feminino em uma proporção de 1,3:1 respectivamente. A média de idade dos pacientes foi de 21,5 anos, sendo que a maioria dos pacientes (80,5%) encontravamse na terceira década de vida. As regiões mais acometidas foram a região de terceiros molares inferiores/ramo mandibular e a região anterior da maxila. 8

7. OBJETIVOS DO TRABALHO Realizar o levantamento e interpretação dos dados encontrados nos prontuários relativos aos casos com diagnóstico de cisto dentígero ocorridos entre 2004 a 2010 e, comparar tais dados gênero, idade, localização e forma de tratamento e consequentes conclusões com a literatura. Dessa forma, estabelecendo a prevalência de lesões de cistos dentígeros nos pacientes atendidos no curso bem como avaliando o perfil destes pacientes, pretendese colaborar a estabelecer um protocolo para a contínua investigação destas lesões. 9

MATERIAIS E MÉTODOS Um estudo retrospectivo foi conduzido entre 2004 a 2010, com base em prontuários relativos aos casos de lesões com diagnóstico de cisto dentígero ocorridos no curso de Odontologia da Universidade Federal do Paraná. Dados relativos à anamnese dos pacientes, incluindo gênero e idade foram coletados juntamente com dados clínicos, como localização e tratamento dos cistos dentígeros. O local da lesão foi registrado com base na divisão da mandíbula e maxila em região anterior e posterior, considerandose a primeira região iniciando dos incisivos até o limite dos dentes caninos e a seguinte os dentes prémolares e molares. Um total de vinte e seis pacientes foi analisado dados em anexo de acordo com a metodologia descrita acima, os dados foram coletados, comparados e apresentados no decorrer do trabalho. Foi solicitada a dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pois, tratandose de uma pesquisa retrospectiva, existem empecilhos tais como a impossibilidade de contato com o paciente, falecimento, mudança de domicílio. Dados de paciente que não estavam preenchidos corretamente devido à ausência das completas informações nos prontuários, foram desconsiderados. Em todos os casos, o material foi encaminhado para exame anatomopatológico, o resultado histológico foi de cisto dentígero e, a confirmação estava presente no prontuário. 10

RESULTADOS Nos seis anos analisadoss foram detectados vinte e seis casos de cistos dentígeros no Departamento de Estomatologia da Universidade Federal do Paraná. A faixa etária de 24 pacientes variou de 8 a 48 anos (a idade de dois pacientes é desconhecida). A idade média foi de 19,95 anos. O pico de incidência foi na segunda década de vida, seguida pela primeira década de vida. (Figura 1) número de casos 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 9 10 19 20 29 30 39 40 49 Faixa etária Fig. 1 Número de casos de cistos dentígeros de acordo com a faixa etária. Dos 26 casos, 57,7% são do gênero masculino, ou seja, 15 casos. A proporção entre o gênero masculino e o feminino foi de aproximadamente 1,36:1, respectivamente. As Figuras 2 e 3 mostramm o local de apresentação do cisto dentígero pela sua localização na maxila ou mandíbula, sendo registrada com base na divisão destas em região anterior e posterior. Dentre 25 casos, 64% das lesões são encontradas na região posterior da mandíbula totalizando 16 casos. O segundo local de predileção foi a região anterior da maxila, apresentando 28% dos casos. A região posterior da maxila foi a localização de dois casos de cisto dentígero (8%) e, na região anterior da mandíbula nenhum caso foi encontrado. Se o elemento dentário for analisado isoladamente a localização das lesões se apresentou de forma mais evidente no terceiro molar inferior esquerdo. A localização da lesão em um paciente é desconhecida. 11

7 6 5 4 3 2 1 0 Região anterior número de casos Região posterior Fig. 2 Distribuição da localização dos cistos dentígeros na maxila, n= 9. 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Região anterior número de casos Região posterior Fig. 3 Distribuição da localização dos cistos dentígeros na mandíbula, n= 17. 12

O tratamento mais utilizado foi a enucleação cística concomitante com a extração do elemento dental. A segunda opção mais utilizada também foi a enucleação, porém mantendose o elemento dentário envolvido, deixandoo em sua posição após remoção da parede cística. Em um caso foi realizada primeiramente a descompressão do cisto para diminuição da lesão cística e deformação óssea, sendo posteriormente realizada a enucleação concomitante com a extração do elemento dental. A Figura 4 apresenta a distribuição dos tratamentos realizados em vinte e quatro casos. 9 8 7 6 número de casos 5 4 3 2 1 0 remoção+curet enucleação marsupialização enucleação+ext desc císt com dreno Fig. 4 Distribuição dos tratamentos aplicados na remoção das lesões de cisto dentígero, n=24. 13

DISCUSSÃO O presente estudo demonstrou uma predileção do cisto dentígero pelo gênero masculino, 57,7% dos casos analisados, resultado semelhante aos encontrados em outros estudos (BOON, 1990; MOURSHED, 1964; YEO et al., 2007). MOURSHED, (1964), em uma análise de 180 casos de cistos dentígeros relatou uma proporção de 1,6:1 entre os gêneros, sendo a maior preponderância do gênero masculino, resultado semelhante ao encontrado neste estudo cuja proporção foi de 1.36:1 com preponderância para o mesmo gênero. Quanto à localização dos cistos dentígeros, esta é intimamente relacionada a área da mandíbula com maior prevalência de dentes retidos, ou seja terceiros molares e prémolares e, da maxila os caninos. Neste estudo a mandíbula apresentouse mais afetada, 64% dos casos, resultados que condizem com o trabalho de MOURSHED, (1964), no qual a mandíbula foi alvo de 74% dos cistos dentígeros averiguados, e contrasta com os estudos de YEO et al., (2007), cujos resultados mostraram maior prevalência dos cistos na maxila, 50,9%. Acreditamse que tal alteração na localização prevalente possa ser explicada pela diferença étnica existente na população alvo dos estudos confrontados. Neste trabalho as lesões encontraramse localizadas mais freqüentemente na região posterior da mandíbula (64%) e anterior da maxila (28%), resultado similar ao relatado nos estudos de MOSQUETA et al., (2002) e SHEAR, (1999). Isto se deve provavelmente à freqüente associação desta entidade com terceiros molares inferiores impactados, caninos superiores e, às vezes, a dentes supranumerários superiores, cuja maior prevalência se dá na região anterior da maxila. MOURSHED, (1964), ao contrário, relatou uma maior predileção pela região posterior da mandíbula seguida pela região posterior da maxila. Esta alteração na localização de prevalência das lesões nos segmentos maxilares talvez possa também ser explicada pela heterogeneidade das populações estudadas. MOURSHED, (1964), afirma ocorrer redução na prevalência dos cistos dentígeros após a terceira década de vida. Este declínio se deve ao fato de boa parte dos terceiros molares não irrompidos ou impactados, assim como os cistos dentígeros, terem recebido tratamento prévio a este período. O presente estudo demonstrou maior prevalência de casos (10 casos) na segunda década de vida, período no qual todos os dentes permanentes estão irrompidos com exceção de alguns terceiros molares. O segundo período com maior prevalência de casos (05 casos) mostrouse a 14

primeira década de vida o que estudos como o de YEOet al., (2007), mostraram ser a década de menor incidência. Neste estudo também se pode averiguar um leve aumento na prevalência das lesões na quinta década de vida após ter sido detectado redução na terceira e quarta década, achados que corroboram com os estudos de BROWNE, (1971), que suspeita ser este simplesmente um achado decorrente do descobrimento tardio da lesão, opinião também compartilhada pelos autores do presente trabalho. Classicamente, o tratamento cirúrgico mais empregado ao cisto dentígero é a enucleação com concomitante remoção do elemento dental envolvido (SMITH et al., 2005).No presente estudo tal método de tratamento foi aplicado em 37,5% dos casos, sendo o método mais utilizado. Algumas vezes o dente pode ser preservado, quando se trata de pequenos cistos os quais podem ser enucleados mais facilmente. No presente trabalho esta técnica foi empregada em 33,33% dos casos, sendo o segundo método mais utilizado. SMITH et al., (2005), relataram que uma fase inicial descompressiva da lesão pode ser realizada. Aplicada a técnica de marsupialização, diminuirá o tamanho do cisto e do defeito ósseo, sendo perfeitamente aplicado em casos de cistos extensos, ou em crianças onde os germes dentários permanentes podem ser lesados ou desvitalizados ao se realizar a enucleação. Tal técnica foi realizada em dois dos casos averiguados neste estudo confirmando sua eficácia na redução do tamanho da lesão, já que a proservação do caso por meio de radiografias panorâmicas revelaram redução drástica no tamanho da lesão antes extensa. Em um caso posteriomente a técnica de marsupialização foi realizada a enucleação concomitante a extração do elemento dental. 15

CONCLUSÃO O cisto dentígero é geralmente encontrado na segunda década de vida. Tal fato relacionase ao processo de desenvolvimento dos terceiros molares ocorrer em parte desta fase da vida. Tal lesão apresenta predileção por terceiros molares não irrompidos ou impactados, sendo a região posterior da mandíbula a mais afetada. O método mais empregado no tratamento das lesões tratase da enucleação, somada à extração do elemento dentário. Um dado levantado neste estudo, que não apresenta correlação com demais estudos da literatura, tratase do segundo maior número de casos das lesões encontrarse na primeira década de vida, o que muitos relatos afirmam ser raro. 16

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ANEXOS 1. Tabela dos casos com diagnóstico de cisto dentígero Número Gênero Idade Região/Dente associado Tratamento Ano Região posterior da mandíbula (face distal do 1 F 30 dente 38) Remoção e curetagem 2004 2 F Região posterior da mandíbula (face distal do 27 dente 38 incluso) Enucleação 2008 3 M 40 Região posterior da mandíbula (dente 48) Remoção e curetagem sob anestesia geral 2007 4 F 22 Região posterior da mandíbula (dente 38) Enucleação 2005 5 M 48 Região posterior da mandíbula (dente 38) Remoção cirúrgica no HT 2005 6 M 13 Região anterior da maxila (dente 11 incluso) Remoção e curetagem 2007 7 F Região anterior da maxila (dentes 13 e 23 11 inclusos) Enucleação 2007 8 M Região posterior da maxila (região de seio 11 maxilar direito) Marsupialização 2006 9 M 9 Região posterior da mandíbula (dente 75) Enucleação do cisto + exodontia 2006 10 M 9 Região anterior da maxila (dente 21 incluso) Enucleação do cisto + manutenção do dente 2006 11 M 13 Região anterior da maxila (dente 11 incluso) Enucleaçao do cisto + manutenção do dente 2007 12 F 24 Região posterior da mandíbula (dente 38) Enucleação do cisto + exodontia 2007 13 F 10 Região posterior da mandíbula (dente 35) Enucleação do cisto + manutenção do dente 2008 14 M 11 Região anterior da maxila (dentes 11, 12 e 13) Enucleaçao do cisto + exodontia 2007 15 Enucleação do cisto + F 17 Região anterior da maxila (dente 13) manutenção do dente 2007 16 M Região posterior da mandíbula (dentes 74 e 8 75) Enucleação do cisto + exodontia 2005 Enucleação do cisto + 17 M 17 Região posterior da mandíbula (dente 48) exodontia Enucleação do cisto + 18 F 11 Região anterior da maxila (dente 23) manutenção do dente Enucleação do cisto + 19 M 9 Região posterior da mandíbula (dente 35) exodontia 20 M 47 Região posterior da mandíbula (dente 38) 21 F 9 Enucleação do cisto + 22 M 16 Região posterior da mandíbula (dente 38 e 48) exodontia Descompressão cística com 23 M Região posterior da maxila (dente 18 incluso) dreno 20

24 M Região posterior da mandíbula (dente 38) Enucleação do cisto + exo 38 25 F 22 Região posterior da mandíbula (dente 38) Enucleação do cisto + exo 38 Região anterior da mandíbula (face lingual do 26 F 45 dente 43) Curetagem 2002 21

2. Carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFPR. 22

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