História Avaliação Mensal 2 os anos Lucas Ago/2012 Nome: Nº: Turma: Valor (10,0) Nota: Visto: INSTRUÇÕES GERAIS 1. Nenhum material deve estar embaixo das carteiras. Livros e mochilas devem estar guardados no armário. 2. Sobre a mesa, apenas o material indispensável e aceito para a prova. 3. Verifique se o tampo da sua carteira está limpo. Se não estiver, apague as anotações ou chame o professor. As anotações serão consideradas cola e sua prova será anulada. 4. Em nenhuma hipótese faça cálculos na carteira. 5. Régua, compassos, borracha, etc. não podem ser emprestados após o início das provas. 6. Esta prova terá a duração de 75min. Administre seu tempo. 7. Não é permitida a saída de alunos durante a realização da avaliação. Recomendamos, portanto, que façam uso dos banheiros e bebam água antes de entrar na sala. 8. Você só poderá sair da sala depois de transcorridos pelo menos 50min, contados a partir do início da prova. 9. Leia o enunciado das questões de modo atento e cuidadoso. Nenhuma pergunta referente a enunciado será respondida durante a prova. 10. Atenção para realizar exatamente o que estiver sendo pedido no enunciado de cada questão. Organize suas ideias antes de começar a escrever. Procure ser claro e objetivo em suas respostas. 11. Respeite o espaço limitado para cada resposta. O que exceder este espaço, não será considerado. 12. Para rascunho, utilize o verso das páginas. 13. As respostas devem ser feitas com tinta azul ou preta. Não use corretivos. Se extremamente necessário, passe um risco e prossiga escrevendo. Disciplina: 1º ano 1º Trimestre de 2010 Prof.: fl. de
1. Leia atentamente o texto a seguir: Primeiro, que sejam admissíveis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas, e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa (...). Segundo, que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que bem lhes parecer a benefício do comércio, e agricultura, que tanto desejo promover todos, e quaisquer gêneros, e produções coloniais, (...). (Carta de Abertura dos Portos de 1808) Este texto é parte do primeiro decreto feito por D. João VI ao desembarcar no Brasil: a) O que determinava este decreto? Justifique a sua resposta a partir da análise do texto. (1,0) A Carta de Abertura dos Portos determinava a instituição do livre comércio entre a colônia do Brasil e as nações consideradas amigas de Portugal (que não estavam em guerra). (0,3) Justificativa (análise do texto): - No primeiro parágrafo institui-se a permissão para a entrada de produtos estrangeiros transportados por embarcações pertencentes as nações aliadas a Portugal. (0,35) - No segundo parágrafo institui-se a liberdade de exportação dos bens produzidos na colônia para qualquer nação aliada de Portugal. (0,35) b) Explique os impactos desta medida para a economia da colônia. (1,0) A Carta de Abertura dos Portos significou o fim do pacto colonial. (0,5) Ela permitiu: - A liberdade de comércio desejada pela elite colonial brasileira, interessada na exportação dos produtos produzidos na colônia. (0,25) - A entrada de produtos industrializados ingleses a preços muito mais baratos, garantido à Inglaterra a hegemonia sobre o mercado consumidor da colônia portuguesa. (0,25) 2
2. (Unicamp - adaptada) Leia do texto a seguir: Passar de Reino a Colônia É desar [derrota] É humilhação que sofrer jamais podia brasileiro de coração. A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre "brasileiros" e "portugueses" até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, "uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados Livres da América do Norte". (Adaptado de Eduardo Schnoor,"Senhores do Brasil", Revista de História da Biblioteca Nacional, no. 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.) a) Estabeleça a relação entre os acontecimentos descritos no texto e a Revolução do Porto de 1820, em Portugal. (1,0) Análise do texto: O texto faz referência a volta da família real portuguesa a Portugal em 1821. (0,25) A Revolução do Porto de 1820 foi um movimento realizado pela burguesia lusitana com o intuito de impor em Portugal uma monarquia constitucional. (0,25) Relação: Entre as reivindicações dos revolucionários estava o retorno de D. João VI a Portugal para assinar a Carta Constitucional. Portanto, a volta de D. João VI a Portugal pode ser considerada uma conseqüência da Revolução do Porto. (0,5) 3
b) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI a Lisboa e a pressão das Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal. (1,0) A restituição do pacto colonial pelas Cortes de Lisboa (0,5) A proclamação da Independência através de um movimento popular e a instauração de um regime democrático caso D. Pedro I retornasse a Portugal. (0,5) 3. Observe a imagem a seguir e responda as questões propostas: (François-René Moreau, A Proclamação da Independência, 1844) a) Qual a interpretação do autor deste quadro sobre o processo de independência do Brasil? Compare-a ao processo histórico real. (0,75) Análise da imagem: No quadro D. Pedro I ao proclamar a Independência do Brasil está cercado de uma multidão, a qual representa o povo brasileiro (isto pode ser inferido a partir das vestimentas simples que eles vestem). Assim sendo, podemos concluir que o autor do quadro busca ressaltara figura de D. Pedro I 4
como herói popular e a participação da população no processo de independência. (0,35) Comparação: Existe uma disparidade entre a interpretação do autor do quadro sobre a independência e o processo histórico real. O processo de Independência não contou com a participação popular, sendo articulado pela elite colonial e D. Pedro I. (0,4) b) Em 1824 D. Pedro I outorgou a 1ª Constituição do Brasil. Qual o sistema político adotado e quais as suas principais característica. (1,25) Foi adotada a Monarquia Constitucional (0,5) Principais características: - Divisão quadripartite do poder (Judiciário, Legislativo, Executivo e Moderador) (0,4) - Ao imperador cabia o exercício do poder Executivo e do poder Moderador (que permitia a intervenção nas decisões dos demais poderes) (0,35) 4. (Unesp - adaptada) Leia atentamente o texto. O período de pré-independência assistiu ao nascimento de uma literatura de identidade, na qual os americanos glorificavam seus países, proclamavam seus recursos e louvavam seu povo. Enquanto mostravam a seus compatriotas as suas qualidades, esses autores apontavam as qualificações dos americanos para os cargos públicos e na verdade para o autogoverno. Os próprios termos instilavam confiança por repetição pátria, país, nação, nossa América, nós americanos. Embora ainda se tratasse de um nacionalismo mais cultural do que político e não fosse incompatível com a unidade imperial, mesmo assim ele preparava as mentes dos homens para a independência, ao lembrar-lhes que a América tinha recursos independentes e as pessoas para administrá-los. (John Lynch. As origens da independência da América Espanhola. Leslie Bethell: História da América Latina, 2001.) 5
a) Indique os principais motivos que levaram as colônias espanholas à independência. (0,75) Século XVIII: Reformas Bourbônicas e a intensificação da exploração colonial (aumento da insatisfação dos criollos em relação a Coroa espanhola e formação como indica o texto de um discurso nacionalista e emancipatório). (0,25) 1808 Invasão napoleônica e deposição do rei espanhol coloca em crise o sistema de dominação colonial (quebra da idéia de legitimidade da Coroa). (0,25) 1810 Criação das Juntas Governamentais nas colônias hispânicas (os criollos tiveram, pela primeira vez, acesso ao poder político). As experiências das Juntas Governamentais desencadearam as lutas por independência. (0,25) b) Compare o processo de independência das colônias hispânicas ao processo de independência do Brasil. (1,25) Convergem em relação ao contexto histórico: 1808 invasão da península Ibérica pelas tropas napoleônicas). (0,5) Divergem nos seguintes aspectos: - A luta pela independência no Brasil foi motivada pela defesa da liberdade econômica e na América Hispânica pela conquista da liberdade política. (0,4) - No caso brasileiro foi um movimento organizado pela elite colonial com a anuência de D. Pedro I, enquanto na América hispânica contou com a participação popular. (0,35) 5. (Unicamp - adaptada) Leia o texto a seguir e responda as questões: Eu considero o estado atual da América como quando arruinado o Império Romano. Cada desmembramento formou um sistema político, conforme os seus interesses e situação. Nós, que apenas conservamos os vestígios do que em outro tempo fomos, e que por outra parte, não somos índios, nem europeus, e sim uma meia espécie entre os legítimos proprietários do país e os usurpadores espanhóis. (Adaptado de Simon Bolívar, Carta da Jamaica de 1815, em "Escritos Políticos". Campinas: Ed. Unicamp, p.61). 6
a) Quem foi Bolívar e qual sua importância nos processos de Independência das colônias hispano-americanas? (0,75) Simon Bolívar era um membro da elite criolla do Vice-reino de Nova Granada. (0,35) Ele liderou o processo de independência da América Hispânica na parte Norte da América do Sul. (0,4) b) A partir da analise do texto explique qual era o projeto político de Bolívar para a América e porque este projeto não deu certo. (1,25) Análise do texto: No texto Simon Bolívar compara a fragmentação da América hispânica após as guerras de independência a fragmentação do império Romano do Ocidente após a sua queda, devido às invasões germânicas. (0,25) Bolívar defendia a manutenção da unidade da América hispânica após a sua independência e a constituição de um governo republicano forte. (0,5) Seu projeto falhou como aponta o texto devido à ação das elites locais (caudilhos) que buscaram defender a sua autonomia após o fim da dominação colonial. (0,5) 7