Transmissão das obrigações Obrigação admite alteração nos elementos essenciais objetivo ou subjetivo Roma: pessoalidade da obrigação não admitia transferência de sujeitos, salvo por sucessão causa mortis Patrimonialidade da obrigação: individualidade própria independente de quem sejam os sujeitos (Direito Moderno) 1
Obrigação compõe o patrimônio do credor, logo, pode ser transferida a terceiros Regra: liberdade na transferência de obrigações, salvo estipulação negocial contrária. Transferência ativa ou passiva; inter vivos ou causa mortis Mantém-se o vínculo, mas se alteram os elementos subjetivos Conceito de cessão: é o ato determinante da transmissibilidade das obrigações ; é a transferência negocial, a título gratuitoouoneroso,deumdireito,deumdever,de umaaçãooudeumcomplexodedireitos,deverese bens, de modo que o adquirente(cessionário) exerça posição jurídica idêntica a seu antecessor (CEDENTE) (Carlos Roberto Gonçalves) 2
Sujeitos: Cedente, cessionário e CEDIDO Espécies: : credor transfere a outrem Assunção de débito: devedor transfere a outrem Cessão de contrato (cessão de posição contratual): transfere a posição contratual antes ocupada pelo cedente morte do locatário(esposa e filhos) Introdução. A transmissibilidade das obrigações: A cessão do crédito pela substituição, por ato entre vivos, da figura do credor; A cessão de posição contratual pela transferência a um terceiro do contrato como um todo; O valor do contrato no comércio jurídico. 3
Conceito de cessão de crédito: Cessão: a alienação que tem por fim bens imateriais; O negócio jurídico pelo qual o credor transfere a um terceiro seu direito, seu crédito integral, tal como contraído;. Afinidades Os acessórios acompanham o crédito na cessão, salvo se as partes convencionem em contrário (art. 287); A cessão pode ocorrer a título gratuito ou oneroso; não há distinção na lei e os respectivos efeitos não se alteram; Prescinde-se, na cessão de crédito, do consentimento do devedor: 4
Execução Aluguéis e encargos Cessão de crédito (artigo 567, II do Código de Processo Civil) Celebração entre vivos Concordância do devedor Desnecessidade. A cessão de crédito de que trata o artigo 567, II do Código de Processo Civil, operada entre vivos, independe, para sua formalização e prosseguimento da execução, de expressa concordância do devedor (2 o TACSP AI 789.639-00/2, 9-4-03, 5 a Câmara Rel. Oscar Feltrin). Posição do devedor: O devedor cedido não é parte no negócio da cessão, devendo apenas tomar conhecimento do ato para efetuar o pagamento; Na ocorrência de várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título cedido (art. 291); Pode o devedor opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente (art. 294). 5
Natureza jurídica: Contrato consensual, e, conforme a necessidade, obrigará o escrito particular ou a forma pública; A peculiaridade de ser contrato em que os créditos estão incorporados ao documento, sua condição de transferência; Forma genérica de alienação que pode ocorrer de forma gratuita ou onerosa. Requisitos. Objeto. Capacidade e legitimação: Possibilidade jurídica para a transmissão do crédito; É nula a cessão de um crédito que contrarie as exceções legais; Não havendo estipulação em contrário, a cessão abrange os acessórios; A cessão requer plena capacidade do cedente e poderes específicos no caso de representação; Questões de legitimação na cessão a serem observadas. 6
Responsabilidade: Cabe ao cedido pagar a dívida, ao cedente a responsabilidade pela existência do crédito ao tempo de cessão, se esta se operou a título oneroso (art. 295); na cessão gratuita de crédito, o cedente só responde pela solvência do devedor se assim o fizer expressamente (art. 296); Responsabilidade: O risco da solvência do cedido corre por conta do cessionário; conforme o art. 297 sua responsabilidade está limitada àquilo que efetivamente foi por ele recebido, os juros e despesas da cessão; Crédito penhorado não pode mais ser cedido (art. 1.077), mas se o devedor não tiver tomado conhecimento da penhora, pagará validamente ao cessionário (art. 298). 7
Espécies: Pro soluto: quando com a transferência o cedente deixa de ter qualquer responsabilidade pelo crédito, afora sua existência real; Pro solvendo: quando o cedente continua responsável pelo pagamento do crédito, caso o cedido não o faça; judicial, operada por força de decisão do juiz. Efeitos: O cessionário recebe o crédito, tal como se encontra, substituindo o cedente na relação obrigacional; O crédito é transferido com todos os direitos e obrigações, virtudes e defeitos. 8
Assunção de dívida Conceito: A assunção de dívida (denominada cessão de débito por alguns) não pode ocorrer sem a concordância do credor; Conceito delineado no atual art. 299. Assunção de dívida Características: Natureza contratual, negócio bilateral, quer se faça somente entre credor e terceiro, quer se faça com a intervenção expressa do devedor primitivo; Se o negócio exigir forma especial, assim deverá ser feito, caso contrário a forma é livre. 9
Assunção de dívida Espécies: Por dois modos pode ocorrer a assunção: por acordo entre o terceiro e o credor, e por acordo entre o terceiro e o devedor. Assunção de dívida Efeitos: As exceções oponíveis pelo primitivo devedor Transferem-se ao assuntor, salvo as exceções pessoais (art. 302); Não se restauram as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação (art. 301); O grande efeito da assunção é a substituição do devedor na mesma relação obrigacional. 10
ou cessão de contrato Introdução: A posição de parte em um contrato de execução continuada ou diferida com um valor de mercado; Transferência da posição contratual como um plus em relação ao próprio objeto do contrato, um valor agregado; O conjunto de relações jurídicas que não se esgotam unicamente em créditos e débitos existentes no contrato. Transmissão das obrigações em geral: O conhecimento das formas civis de transmissão de obrigações extrapola o campo do Direito Civil, aplicável também no campo do contrato administrativo, naquilo que não impedirem as normas de direito público; O aspecto do crédito em si, como objeto do direito. 11
Conceito: A cessão de posição contratual é negócio jurídico em que uma das partes (cedente), com o consentimento do outro contratante (cedido), transfere sua posição no contrato a um terceiro (cessionário); o contrato cuja posição é cedida é o contrato-base; Para o instituto há necessariamente o concurso de três vontades, salvo exceções expressamente autorizadas no contrato ou na lei; A cessão da posição contratual torna possível a circulação do contrato em sua inteireza complexa; O contrato, como objeto do tráfico jurídico, não prescinde do consentimento do cedido. 12
Natureza jurídica: Uma posição jurídica global é transferida: complexo de direitos, de deveres, débitos, créditos etc. Campo de atuação do instituto: Precípua atuação do instituto nas relações a prazo, duradouras; A possibilidade de cessão nos contratos bilaterais imperfeitos, como o mandato; Até o exaurimento do contrato restará a possibilidade de cessão da posição contratual. 13
Modos de formação: A concordância do terceiro-cedido para a formação da cessão de posição contratual; Aquiescência contemporânea ou posterior do cedido; O contrato-base transferível; As relações jurídicas oriundas da transferência do complexo contratual variadas conforme haja a exoneração do cedente ou não. Efeitos: O conteúdo do próprio contrato da cessão de posição contratual, que ocorre na forma de um trato trilateral, como as consequências jurídicas que desencadeia entre os participantes. 14
Efeitos entre cedente e cessionário: A responsabilidade do cedente, na cessão de posição contratual, pela existência do contrato, por sua validade e pela posição que está cedendo; Indenização por perdas e danos com ressarcimento da quantia acordada para a transferência da posição contratual, na inexistência da posição contratual contratada pelo cessionário. Efeitos entre cedente e cedido: No negócio trilateral podem as partes estipular que há uma cessão de posição contratual, mas que o cedido pode agir contra o cedente em caso de inadimplemento do cessionário; A cessão da posição contratual quando o cedente não se desonera completamente do adimplemento contratual. 15
Efeitos entre cessionário e cedido: Cessionário e cedido como partes no contratobase; O contrato cedido em trânsito só transfere relações jurídicas ainda existentes. no direito brasileiro: A cessão de posição contratual entra para o campo dos contratos atípicos e situa-se no direito dispositivo das partes (art. 425); A aplicação da cessão de posição contratual nos contratos de cessão de locação, residencial e não residencial, nos contratos de duração, fornecimento, empreitada e financiamento, entre outros. 16