Fraudes no carnaval 2018 Fevereiro 2018
Oito em cada dez temem ser vítimas de fraudes. 30% passaram por problemas durante o carnaval DE 2017 Em feriados prolongados é comum haver aumento nas estatísticas de golpes, perda de documentos, assaltos e furtos. Basta lembrar que as festividades deixam as pessoas mais distraídas e expostas, seja por comemorarem o carnaval nas ruas, seja por frequentarem locais com grandes aglomerações. Uma pesquisa conduzida pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que oito em cada dez entrevistados temem ser vítima de algum tipo de fraude (82,6%), enquanto 8,2% dizem o contrário e 9,3% nunca pensaram sobre isso. A sondagem faz um mapeamento da vitimização por fraude no período do carnaval, bem como das formas de prevenção mais utilizadas e conhecidas pela população. Ao reunir multidões pelo país, o carnaval também traz riscos à segurança: a maioria dos entrevistados teme sofrer violência ou tornar-se vítima de fraudes variadas. Considerando o carnaval em 2017, três em cada dez pessoas disseram ter passado por problemas ou transtornos durante as comemorações (30,5%, aumentando para 37,6% entre os mais jovens). Neste caso, os principais contratempos foram furtos (10,0%), perda de documentos (7,4%), compra de itens falsificados sem saber (7,0%) e perda do cartão de crédito (6,7%). Por outro lado, a maioria garante que tudo transcorreu bem durante o período do evento (69,2%). 2
Passou por problemas ou transtornos no carnaval de 2017 RESPOSTAS RM Geral Sim (Total) 30% Sim, furto (subtração de bens ou documentos sem ameaça, ou seja, levaram os bens sem você perceber) 10% Sim, perda de documento (CPF, identidade etc) 7% Sim, compra de produto que era falsificado sem saber 7% Sim, perda de cartão de crédito 7% Sim, roubo/assalto (subtração de bens ou documentos com ocorrência de ameaça ou violência) 6% Sim, perda de cartão de débito 6% Sim, adquiriu algum pacote de viagem em agências de turismo e ao viajar as características de acomodação, transporte, alimentação, etc, foram diferentes das contratadas 5% Sim, clonagem de cartão de débito/crédito e/ou documentos 3% Sim, perda de cheques 1% Outros 0% Não 69% Praticamente sete em cada dez pessoas que perderam ou tiveram os documentos, cartão ou cheque roubados no carnaval de 2017 registraram boletim de ocorrência (67,0%), enquanto 28,4% não o fizeram. Considerando aqueles que foram roubados, os itens mais citados são o telefone celular (75,9%), dinheiro (57,0%), documentos (32,2%), cartão de crédito (28,6%, aumentando para 48,9% na Classe A/B) e cartão de débito (24,8%). Entre aqueles que foram roubados, os itens mais citados são o telefone celular, dinheiro, documentos, cartão de crédito e cartão de débito 3
Um dos dados mais preocupantes da sondagem é que 49,2% daqueles que tiveram os documentos, cartão ou cheque roubados no carnaval de 2017 foram vítimas de tentativa de fraude em compras, saques, uso de cartões, financiamentos ou empréstimos, sendo que todos cancelaram o cartão ao saber do ocorrido. 67,2% já pensaram em contratar um serviço anti-fraude para evitar dor de cabeça, sendo que 48,7% ainda não contrataram. 5,1% não conheciam este serviço. Praticamente a totalidade da amostra acredita que todos estejam sujeitos a ataques de fraudadores (98,3%). Entretanto, 10,6% julgam que os riscos existem apenas para os que não tomam os devidos cuidados com os documentos pessoais. Dentre as fraudes que acreditam que estar mais sujeitas de vivenciar no dia a dia estão as compras com o cartão de crédito (41,1%, aumentando para 57,1% na Classe A/B), a utilização de documentos pessoais para atividades ilegais (37,1%), as compras usando o cartão de débito (31,8%, aumentando para 39,5% na Classe A/B) e empréstimos usando o nome (31,5%). QUE TIPOS DE SITUAÇÃO DE FRAUDE ACREDITA QUE ESTEJA MAIS SUJEITO A VIVENCIAR Compras usando seu cartão de crédito 41% Utilização de seus documentos pessoais para atividades ilegais 37% Compras usando seu cartão de débito 32% Empréstimos usando seu nome 31% Emissões de cartão de crédito usando seu nome 26% Clonagem de documentos de veículo 25% Financiamento usando seu nome 22% Abertura de conta bancária com seus dados 21% Sou muito precavido, e por isto não corro risco de fraudes 15% Sou uma pessoa de sorte, não acredito que eu possa passar por estas situações de fraudes 3% Outros 2% 4
Já as principais consequências vivenciadas por quem passa por algum tipo de fraude envolvem ter compras feitas indevidamente em seu nome (64,8%), perder tempo regularizando sua situação na polícia, banco ou loja (63,8%, aumentando para 69,5% entre os homens e 80,6% na Classe A/B) e ficar com o nome sujo e impedido de fazer compras por meio de crédito (62,3%, aumentando para 72,5% na Classe A/B). 93,3% daqueles que vão comemorar o carnaval acreditam que as consequências causadas por fraudes geram algum tipo de preocupação (aumentando para 96,3% entre os homens), sendo que 58,0% tornam-se mais cuidadosos com o uso de cartões e documentos no dia a dia (aumentando para 63,9% entre os homens e na Classe 72,4% na Classe A/B), 25,2% confiam na proteção de Deus (aumentando para 28,4% na Classe C/D/E) e 22,6% cogitam contratar algum tipo de serviço antifraude. Oito em cada dez pessoas ouvidas garantem se preparar para não serem vítimas durante o carnaval: 83,3% pretendem se precaver, sendo que as medidas mais mencionadas são tomar cuidado com os pertences (42,0%), fazer compras somente em locais confiáveis (33,5%, aumentando para 39,2% entre os homens e 47,0% na Classe A/B) e não oferecer dados pessoais a estranhos (32,0%, aumentando para 41,0% na Classe A/B). Contudo, mesmo que muitos afirmem tomar ações preventivas, o fato é que boa parte dos foliões não sabe a quem recorrer caso haja problemas: apenas 55,3% conhecem algum órgão no qual podem fazer denúncias de fraudes (aumentando para 62,2% entre os homens e 68,8% entre os mais velhos), enquanto 44,7% admitem o contrário (aumentando para 51,6% entre as mulheres). 5
Dentre aqueles que têm conhecimento do assunto, 89,0% mencionam a Polícia, 42,6% os bancos (aumentando para 56,9% na Classe A/B) e 42,4% as administradoras de cartão (aumentando para 64,7% na Classe A/B). Somente 11,0% daqueles que vão comemorar o carnaval conhecem algum tipo de serviço antifraude. A grande maioria, portanto, desconhece tal coisa (89,0%). 11% daqueles que vão comemorar o carnaval conhecem algum tipo de serviço antifraude A economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, ressalta que ninguém está livre de incidentes, mas o consumidor pode tomar uma série de medidas para aproveitar o carnaval com mais segurança: Não custa lembrar: vai curtir a festa nos blocos de rua, em outras comemorações ao ar livre e propensas a multidões? Leve apenas o essencial e prefira cópias autenticadas de documentos, ao invés dos originais. Se for preciso levar cartões de crédito ou débito, mantenha-os sempre junto de você, fora da vista e do alcance das pessoas. Nada de bolsas e mochilas, se possível. Também é bom ter os dados do cartão e o telefone do serviço de atendimento ao consumidor anotados num local de fácil acesso, caso haja perda. Outra ação importante é sempre fazer o boletim de ocorrência para relatar extravios e furtos. O SPC Brasil oferece gratuitamente um serviço que dá ao consumidor a oportunidade de manter seus documentos em segurança, o SPC Alerta de Documentos. Quando o lojista for consultar seu nome para vendas a prazo, verá que os documentos foram furtados. Dessa forma, é possível detectar caso alguém esteja querendo se passar por você, evitando fraudes. Para isso, basta comparecer até o balcão de atendimento mais próximo de sua residência com o boletim de ocorrência dos documentos perdidos ou furtados em mãos. 6
METODOLOGIA PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem gastar com produtos/serviços exclusivamente relacionados ao Pesquisa realizada via web e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda e escolaridade. 1211 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de gastar no Carnaval. Em seguida, continuaram a responder o questionário 648 casos, que tinham a intenção de gastar. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 2,8 p.p e 3,8 p.p para um intervalo de confiança a 95%. 02 de janeiro a 10 de janeiro de 2018. Carnaval. 7