AGROTÓXICOS E AFINS Legislação Federal e Fiscalização Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas - DFIA Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins - CGAA Luis Eduardo Pacifici Rangel Eng. Agrônomo - Fiscal Federal Agropecuário Coordenador-Geral de Agrotóxicos e Afins
Organograma MAPA SDA SRI SDA SDC SDA SDA SPA SPAE SDA DFIA CFIC CGAA CSM Avaliação Agronômica Fiscalização Avaliação de Equivalência
Missão do MAPA Promover o Desenvolvimento Sustentável e a Competitividade do Agronegócio em Benefício da Sociedade Brasileira.
Missão da CGAA Assegurar que os agrotóxicos e afins ofertados no mercado interno e externo sejam efetivos no controle de pragas de plantas cultivadas e atendam aos requisitos legais para a proteção do meio ambiente e da saúde humana.
População Mundial Área arável por pessoa 2.529.346.000 6.115.367.000 9.149.984.000 0.52 ha 0.26 ha 0.19 ha 1950 2000 2050 Fonte: United Nations, Março 2009; FAO, Maio 2009
Área agricultável Terra Fonte: Ilustratção de CropLife America, adaptado. Company Profile June 2010 Slide 6
População Mundial Aumento da demanda de Energia e alimento Decréscimo na renda per capita da terra Energia Alternativa Aumento da demanda por energia renovável e biocombustíveis Consumo Aumento do consumo de alimentos e culturas para o suprimento Decréscimo nos estoques de uso Mudanças Climáticas Perdas na produção devida a condições climáticas adversas Necessidade de diminuir a emissão de gases
kg/pessoa/ano Demanda Mundial por Alimento 200 160 1970 1980 1990 2000 2030 2050 120 80 40 0 Cereais Raízes e tubérculos Açúcar Óleos vegetais Carne Leite
Produção de grãos e área plantada Comparativo das safras 2009/10 e 2010/11 149,2 161,5 + 8,2% aumento na produção 47,4 49,6 2010 2011 + 4,7% aumento na área plantada milhões de hectares milhões de toneladas FONTE: CONAB (11º Levantamento das safras 2010/2011)
Perdas Atuais 172% Perdas Evitadas Hoje 100% Devido a ervas,pragas e doenças 72 % 52% Pelo controle de ervas,pragas e doenças 48 % Produção sem a Proteção de Plantas Produção Atual com a Proteção de Plantas Produção Teórica Principais culturas analisadas: arroz, trigo,cevada milho, batata soja, algodão e café Fonte: Oerke et al., Crop Production and Crop Protection, Elsevier, Amsterdam, 1994
O que é um agrotóxico? Produto químico? Defensivo agrícola? Veneno utilizado na lavoura?
Inciso I do Art. 2º da Lei 7.802/89 I agrotóxicos e afins: a) os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. b) substâncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento
O PRODUTO IDEAL DE PROTEÇÃO DAS PLANTAS EFICÁCIA BIOLÓGICA controle seguro de erva daninha, ou pragas, ou doenças Alta seletividade Ação rápida Resíduo como requerido Boa tolerância Redistribuiçã o em plantas Baixo potencial de resistência Apropriado para gerenciamen to integrado de pragas REQUISITOS DE MANUSEIO Baixa taxa de aplicação Boa qualidade de formulação Baixa toxicidade aguda Embalagem segura Aplicação fácil e segura Longa estabilidade de estocagem PERFIL AMBIENTAL Pouco ou não tóxico para flora e fauna Rápida degradação Baixa mobilidade no solo BENEFÍCIOS ECONÔMICOS Relação favorável de custo/benefí cio Potencial extenso de uso Química inovadora Competitivid ade PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR Baixa toxicidade Sem resíduos significantes na comida de ração
A Origem do Controle Parte do processo evolutivo da agricultura. Primeiros produtos fitossanitários começam a existir a partir da intensificação da agricultura. Os primeiros exemplos: Produtos inorgânicos: enxofre e cobre; Primeiros herbicidas: ácidos.
Base Legal
Histórico da Legislação 1934 Agricultura 1976 Agricultura Saúde 1989 Agricultura Saúde Meio Ambiente
Legislação de Agrotóxicos Lei 7.802/89 Lei 9.974/00 Decreto 4.074/02 DECRETO Decreto 5.981/06 4.074/02 Decreto 6.913/09 Instruções Normativas MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - IBAMA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA MINISTÉRIO DA SAÚDE - ANVISA LEGISLAÇÃO ESTADUAL Lei 4.716/1994 Decreto 9.367/1995
Inserir o número do ato (ex: 4074), o ano (ex: 2002) e o tipo de ato (ex: Decreto) e clicar em Pesquisar
REGISTRO
Avaliação pelo ano de protocolo Protocolados em até 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 abr Nr processo no ano 164 107 168 182 123 139 60 na fila 0 0 28 16% 74 40% 98 80% 135 97% 60 100% em analise 3 10 42 25% 57 31% 12 10% 4 3% 0 Concluídos 161 97 98 58% 51 28% 13 10% 0 0 Deferidos 114 71% 71 73% 78 80% 42 82% 11 85% Indeferidos 47 29% 26 27% 20 20% 9 18% 2 15%
O que vem por ai? Revisão do marco legal (decreto). Todos os envolvidos reconhecem que deve haver mudanças. Manutenção da qualidade dos estudos e das exigências nos padrões internacionais. Redução da burocracia e agilidade no procedimento. Adequação do quadro de funcionários em função da demanda
Política fitossanitária Erro de foco no estabelecimento da política: política baseada em produto e não no conceito de fitossanidade. Definição de estratégias e prioridades claras do governo para a agricultura nacional. Dimensionamento da estrutura em função da importância da agricultura.
Temas relevantes Genéricos (equivalentes); Minor Crops (suporte insuficiente); Gerenciamento permanente do risco (reavaliações tox e ecotox); Indústria Nacional; Controle de Qualidade; Resíduos em alimentos; Prioridades nacionais (soja, café, etc.)
FISCALIZAÇÃO
Artigo 1º do Decreto 4.074/2002 XIII - Fiscalização - ação direta dos órgãos competentes, com poder de polícia, na verificação do cumprimento da legislação especifica; XIX Inspeção - acompanhamento, por técnicos especializados, das fases de produção, transporte, armazenamento, manipulação, comercialização, utilização, importação, exportação e destino final de agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como de seus resíduos e embalagens;
Competências definidas pela Lei 7.802/1989 Competência Federal (MAPA): Controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produção, importação e exportação de agrotóxicos bem como os produtos a estes relacionados. Competência Estadual: fiscalizar o uso, o consumo, o comércio, o armazenamento e o transporte. Competência Municipal: legislar supletivamente sobre o uso e o armazenamento de agrotóxicos.
PRODUÇÃO
Universo de Estabelecimentos CGAA MAPA 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Produtores Nacionais Estações Experimentais Total
COMÉRCIO
Distribuição das 8.322 empresas registradas para comércio de agrotóxicos no Brasil. Fonte: DIAGNÓSTICO DA FISCALIZAÇÃO DE USO E COMÉRCIO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL (2011)
Fiscalização Estadual Recursos Humanos Número total (nível superior + nível médio) de profissionais envolvidos na fiscalização de agrotóxicos nas 27 Unidades da Federação em 2009 e 2010. Fonte: DIAGNÓSTICO DA FISCALIZAÇÃO DE USO E COMÉRCIO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL (2011)
USO
Produto Ideal Premissa básica de um agrotóxico: EFICIÊNCIA no controle de pragas; Aspectos de segurança: Toxicológica (para os trabalhadores da indústria, agricultores e consumidores); Aspectos de periculosidade ambiental: Ecotoxicologia (contaminação de solo, água e demais fatores de meio ambiente).
Identificar a praga é o primeiro e mais importante passo E depois?
Tecnologia de aplicação aliada a eficiência do tratamento Outras preocupações: Custo ambiental desta tecnologia? Freqüência e intensidade dos tratamentos?
Receituário Agronômico Lei 7.802/1989 (...) Art. 13. A venda de agrotóxicos e afins aos usuários será feita através de receituário próprio, prescrito por profissionais legalmente habilitados, salvo casos excepcionais que forem previstos na regulamentação desta Lei.
Receituário Agronômico Decreto 4.074/2002 (...) Art. 64. Os agrotóxicos e afins só poderão ser comercializados diretamente ao usuário, mediante apresentação de receituário próprio emitido por profissional legalmente habilitado.
UF Receituário Agronômico Número de receitas agronômicas fiscalizadas em canais de distribuição 2009 Número de receitas agronômicas fiscalizadas em canais de distribuição 2010 Rondônia 94690 96802 Rio Grande do Sul 12000 13000 Mato Grosso 2549 6165 Minas Gerais 4794 5075 Bahia 3720 4100 São Paulo 1815 3183 Pernambuco 2254 2676 Paraná 1473 1249 Sergipe 800 1100 Pará 558 1023 Piauí 710 392 Paraíba 20 22 Fonte: DIAGNÓSTICO DA FISCALIZAÇÃO DE USO E COMÉRCIO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL (2011)
Infrações Administrativas Lei 7.802/1989 (...) Art. 14. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a produção, comercialização, utilização, transporte e destinação de embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, não cumprirem o disposto na legislação pertinente, cabem: (Redação dada pelo(a) Lei 9.974/2000) a) ao profissional, quando comprovada receita errada, displicente ou indevida; b) ao usuário ou ao prestador de serviços, quando proceder em desacordo com o receituário ou as recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; (Redação dada pelo(a) Lei 9.974/2000) c) ao comerciante, quando efetuar venda sem o respectivo receituário ou em desacordo com a receita ou recomendações do fabricante e órgãos registrantes e sanitário-ambientais; (Redação dada pelo(a) Lei 9.974/2000)
Infrações Administrativas Decreto 4.074/2002 (...) Art. 84. As responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, em função do descumprimento do disposto na legislação pertinente a agrotóxicos, seus componentes e afins, recairão sobre: (...) IV - o profissional que prescrever a utilização de agrotóxicos e afins em desacordo com as especificações técnicas; V - o comerciante, quando efetuar a venda sem o respectivo receituário, em desacordo com sua prescrição ou com as recomendações do fabricante e dos órgãos registrantes e sanitárioambientais;
Sanções Administrativas Lei 7.802/1989 (...) Art. 16. O empregador, profissional responsável ou o prestador de serviço, que deixar de promover as medidas necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente, estará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, além de multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. Em caso de culpa, será punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, além de multa de 50 (cinqüenta) a 500 (quinhentos) MVR.
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