SÉCULO XXI: O DESAFIO PARA ENSINAR

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Transcrição:

SÉCULO XXI: O DESAFIO PARA ENSINAR Denise de Queiroga Nascimento 1* ; Mayara Gomes da Silva 1 ; Simone Silva dos Santos Lopes 2 1 Graduanda em Ciências Biológicas, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 2 Professora Orientadora e Doutora em Pós Graduação em Genética pela Universidade Federal de Minas Gerais *Email: dennise.queiroga@gmail.com RESUMO: Lecionar hoje se tornou desafiante para os professores atuantes e aqueles que pensam em seguir essa carreira profissionalmente. Os dias atuais pedem mudanças na forma de viver do homem e dessa forma acabam refletindo no modo de ensinar/formar crianças e adolescentes. A formação dos professores é um tema bastante discursivo quanto se tratam de sistemas educativos, além do mais quando atribui essa formação para resolver diversos problemas educacionais É impossível desassociar qualidade de ensino com formação de professores, pois ambos se interligam. Com o crescimento da investigação sobre a profissão docente nas universidades e instituições de pesquisa no Brasil, um grande debate vem sendo fundamentado para analisar os cursos de licenciatura e investigar o exercício da profissão no país. Vale ressaltar que os cursos de graduação em licenciatura permanecem sem alterações significativas no seu modelo desde a década de 1930. O objetivo desse trabalho é analisar como o curso de licenciatura, em específico o de Ciências Biológicas, está formando os seus professores. A análise desse trabalho foi realizada a partir da investigação de duas grades curriculares do curso de licenciatura plena em ciências biológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Universidade Federal do Piauí (UFPI). O critério de escolha foi feito baseado na avaliação do Mistério da Educação (MEC). Observamos algumas diferenças entre elas. Por isso é preciso rever os cursos de preparação de licenciatura em Ciências Biológicas das instituições superiores do país e reformulado para que se adaptem as exigências do mundo globalizado. Palavras-chaves: Ensino superior, licenciatura, formação de professores. 1. INTRODUÇÃO: Quando se trata a cerca de entrar em uma sala de aula e passar a ensinar, inúmeros pensamentos e críticas negativas vêm à tona, pois lecionar hoje se tornou desafiante para os professores atuantes e aqueles que pensam em seguir essa carreira. No contexto político-econômico aliado a evolução científica e tecnológica, os dias atuais pedem mudanças na forma de viver do homem e dessa forma acabam refletindo no modo de ensinar/formar crianças e adolescentes (HAGEMEYER, 2004). A formação dos professores é um tema bastante discursivo quanto se tratam de sistemas educativos, além do mais quando atribui essa formação para resolver diversos problemas educacionais (PACHECO, 2003). Uma das constatações é que a perda de prestígio do professor e a necessidade de formar professores para preencher as necessidades educativas tendem a obter

soluções empobrecidas que nem sempre leva a uma formação de qualidade. É impossível desassociar qualidade de ensino com formação de professores, pois ambos se interligam. Em anos anteriores, o professor que terminasse sua graduação seguiria aquele plano de trabalho e metodologias planejadas o resto de sua carreira profissional, sem precisar se renovar e avaliar se há êxito nas suas práticas educacionais. Hoje é diferente, o professor tem uma formação continuada e segundo Snyders (1996), este não deve para de abastecer-se, atualizar-se constantemente. Com o crescimento da investigação sobre a profissão docente nas universidades e instituições de pesquisa no Brasil, um grande debate vem sendo fundamentado para analisar os cursos de licenciatura e investigar o exercício da profissão no país. Vale ressaltar que os cursos de graduação em licenciatura permanecem sem alterações significativas no seu modelo desde a década de 1930. Dessa forma, é importante buscar informações a cerca do assunto, pois este necessita estar bem embasado em conhecimento e prática relacionados à educação para saber lhe dar com a sala de aula. O objetivo desse trabalho é analisar como o curso de licenciatura, em específico o de Ciências Biológicas, está formando os seus professores e quais seriam as possíveis adaptações precisas para que ao término dessa graduação o futuro profissional tenha êxito na sua execução. 2. METODOLOGIA A análise desse trabalho foi realizada a partir da investigação de duas grades curriculares do curso de licenciatura plena em ciências biológicas de duas Universidades públicas diferentes do país sendo elas a: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Universidade Federal do Piauí (UFPI). O critério de escolha foi feito baseado na avaliação do Mistério da Educação (MEC). A Universidade Federal do Espírito Santo ainda não foi avaliada pelo MEC, diferente da Universidade Federal do Piauí que já obtiveram sua avaliação e aprovação da ementa do curso. Além disso, foram feitas buscas por artigos acadêmicos que mostrassem a realidade da educação e os desafios que os professores enfrentam na execução de suas tarefas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais do MEC e os debates a cerca do Projeto Político Pedagógico tornaram-se comum em todo o país. Essa questão tem enfatizado os

atuais requisitos profissionais que são elaborados para a educação em Ciências Biológicas. A UFPI foi reconhecida pelo MEC através da Portaria Nº. 1.071 em 21 de julho de 2000. Este oferta de vagas no turno noturno e vespertino, com duração ideal de 4,5 (quatro anos e meio) e no máximo 6,5 (seis anos e meio). E segundo a universidade, a grade curricular contém disciplinas com conteúdos teóricos, teóricos e práticos e conteúdos eminentemente práticos no campo profissional. Todos estão organizados com base na duração ideal do curso. No quadro 1, a seguir destacamos apenas os componentes curriculares voltados a educação do curso de licenciatura de biologia da UFPI. Disciplina Carga Horária Filosofia da Educação 60 História da Educação 60 Sociologia da Educação 60 Psicologia da Educação 60 Legislação e Organização da Educação Básica 60 Didática Geral 60 Metodologia do Ensino de Ciências e de Biologia 60 Estágio Supervisionado I 75 Estágio Supervisionado II 90 Estágio Supervisionado III 120 Tópicos Especiais de Educação Ambiental 60 Libras 45 Quadro 1. Componentes Curriculares voltados à educação do curso de licenciatura de biologia da UFPI. A UFES teve a autorização para execução do curso em 2007 na resolução n.º 38/2007 - CONSUNI (Secretaria dos órgãos deliberativos da administração superior), mas não foi avaliada pelo MEC. Possui em média a mesma durabilidade de curso da UFPI. O quadro 2, menciona os componentes curriculares apenas relacionados a educação do curso de licenciatura em biologia.

Disciplina Carga Horária Fundamentos Histórico-Filosóficos da Educação 60 Psicologia da Educação 60 Política e Organização da Educação Básica 60 Didática 60 Instrumentação para o ensino de Ciências I 90 Instrumentação para o ensino de Ciências II 90 Instrumentação para o ensino de Biologia I 90 Instrumentação para o ensino de Biologia II 90 Educação Ambiental 45 Educação inclusiva 60 Quadro 2. Componentes Curriculares voltados à educação do curso de licenciatura de biologia da UFES. Ao analisarmos os dois quadros, observamos algumas diferenças entre elas. Primeiramente o número de disciplinas da UFPI é superior ao da UFES quanto se trata de educação, segundo porque a UFPI apresenta a sociologia da educação e metodologia do Ensino de Ciências e de Biologia que são disciplinas acadêmicas importantes nos dias de hoje para uma boa preparação profissional. A sociologia quem como ementa a educação como fato social, processo social e reprodução de estruturas sociais, a produção das desigualdades sociais e a desigualdade das oportunidades educacionais, formas de seleção e organização dos conhecimentos escolares, conexões entre processos culturais e educação e questões atuais que envolvem a relação educação e sociedade. A metodologia do ensino é voltada a elaboração de trabalhos acadêmicos, como resumo, fichamento, projetos de pesquisa entre outros. Além disso, a UFPI ainda apresenta como disciplina a libra. Hoje sabemos que ela é fundamental para o curso de licenciatura, pois nos dias atuais muitos deficientes auditivos estão ingressando dentro das salas de aula junto com os demais e precisam se sentir inclusos nas instituições escolares. Muitas instituições superiores não abordam essa disciplina e dificulta o êxito do futuro professor que venha a se deparar com tal situação. Em compensação a UFES apresenta a educação inclusiva que instrui ou deve instruir os

profissionais da educação a como lidar com alunos que portem algum tipo deficiência ou venham a apresentar algum tipo de rejeição social. Ela também possui a instrumentação para o ensino de Ciências e Biologia que frisa o estudo das estratégias de ensino, além da interdisciplinaridade e elaboração de projetos de pesquisa relacionados a ciências no caso do ensino fundamental e Biologia no caso do ensino médio que se encontra ausente na ementa da UFPI. Mesmo assim, ambas possuem um quadro reduzido de componentes voltados à educação, pois deveriam abordar mais disciplinas relacionadas à licenciatura por se tratar de um curso voltado a preparação de professores. Dentre eles encontramos a educação digital, pelo fato de hoje vivermos em um mundo tecnológico que valoriza o uso de metodologias diferenciadas e mais rápida. Tornar a aula mais dinâmica e que envolvam os alunos utilizado meios tecnológicos é fundamental, mas muitas vezes o futuro educador conclui seu curso sem saber como adequar suas aulas a esses recursos atuais, como por exemplo o uso de aplicativos, de programas apropriados a aprendizagem biológica. Há também a imensa necessidade de inserir libras nas universidades, pois quando presente se encontra em uma carga inferior as demais e a maioria delas não tem focado este ensino na sala de aula do ensino superior, quando conclui os alunos recém-formados não se sentem preparados para tal, precisando recorrer a cursos extras. Muitos docentes também sentem dificuldade de lidar com o desenvolvimento de atividades extraclasse, ou seja, levar alunos para uma aula de campo, uma elaboração de experimento em laboratório, porque na graduação não há um respaldo dessa área ou instruções para promover tal atividade, precisando desenrolar-se no momento de precisão. Além do mais, hoje os professores de ensino médio vivem pressionados para preparar bem os alunos para ingressarem na universidade, mas infelizmente lá dentro, no decorrer da graduação não há um preparo específico para lidar com tal exame, visto que o estágio supervisionado é visto como mais uma carga horária a se cumprir. Muitas instituições ainda sofrem com a falta de docentes capacitados para ministrar esse componente por não terem formação especifica na área de educação. Dessa forma, vemos a necessidade de rever os cursos superiores de licenciatura que tem por finalidade preparar os alunos para exercer sua carreira. Todos dependem de uma boa graduação para obter êxito em sua profissão. As críticas feitas são construtivas a fim de levar ao crescimento

educacional do país, visto que é da universidade que devem sair os profissionais preparados para o mercado de trabalho. 4. CONCLUSÃO: Visto que a educação hoje exige que o professor esteja bem capacitado e preparado para assumir seu lugar, é indispensável que seja revisto os cursos de preparação de licenciatura em Ciências Biológicas das instituições superiores do país e reformulado para que se adaptem as exigências do mundo globalizado. 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: HAGEMEYER, R, C, C. Dilemas e desafios da função docente na sociedade atual: os sentidos da mudança. Educar, Curitiba, n. 24, p. 67-85, 2004. PACHECO, J.A. Formação de professores. Universidade do Minho, Guimarães, Portugal, 2003. SNYDERS, G. Alunos felizes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.