Aula 01 Cronu s Concursos Noções de Direito Penal Prof. Veranilson NOÇÕES DE DIREITO PENAL AULA 01. Prof. Veranilson.

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Transcrição:

NOÇÕES DE DIREITO PENAL AULA 01 Prof. Veranilson 0

SUMÁRIO AULA 01- TEMA DA AULA CONTEÚDOS O QUE É DIREITO PENAL 02 INFRAÇÃO PENAL E SEUS ELEMENTOS 02 ESPÉCIES DE INFRAÇÃO PENAL 03 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DAS INFRAÇÕES PENAIS 03 PRINCÍPIOS PENAS 04 SUJEITOS DA INFRAÇÃO PENAL 04 QUESTÕES COMENTADAS 05 QUESTÕES PARA REVISÃO 07 PÁGINA Olá amigo(a) da Cronu s Concursos, seja bem vindo(a) ao melhor caminho para o sucesso, pode ter certeza que você escolheu o veículo ideal e eficaz para conseguir a sua tão almejada vaga para torna-se Policial Militar no Estado do Rio Grande do Norte. Como sabemos, estudar exige dedicação e sempre que nos deparamos com dificuldades acabamos desistindo, porém, este material foi produzido por mim e tenha certeza que tomei o maior cuidado para abreviar significativamente seu processo de absorção do conhecimento, minha tarefa aqui é procurar deixar o mais claro possível os conceitos que devem ser trabalhados no que se refere as Noções de Direito Penal que poderão ser cobrados de você na prova. Estude, leia, assista as vídeo-aulas e faça os exercícios, só assim será possível percebermos o progresso e muito rapidamente você sentirá que aprender já não é mais um obstáculo, e sim uma consequência dos seus próprios esforços. Portanto, dedique-se, discipline-se e não deixe ninguém tomar a vaga que é sua! Sucesso e bons estudos! Atenciosamente: Prof. Veranilson 1

O que é Direito Penal? Percebam que em qualquer sociedade existe uma cadeia de relações entre os indivíduos, nesse sentido, alguns indivíduos são considerados indesejáveis por prejudicar isoladamente os outros ou o restante da sociedade. Sendo assim, na tentativa de restringir e até por fim a determinadas atitudes, a própria sociedade resolveu criar uma relação de punições para quem as realiza. Há uma variedade de punições a ser aplicada, desde a obrigação de reparar o dano, uma multa ou até penas mais gravosas como castigos, prisões e até a pena de morte. As condutas mais graves são qualificadas como crimes e toda vez que um crime é cometido surge o Direito de Punir do Estado que é chamado de Direito Subjetivo de Punir. O Direito Penal também é um ramo técnico e científico do Direito que busca regular as condutas chamadas de crimes com suas respectivas punições. É resumidamente um ramo do Direito Público que define as infrações penais e estabelece as penas e as medidas de seguranças aplicáveis a qualquer infrator. É chamado de Público porque está relacionado ao Direito do Estado de punir e o indivíduo que receberá a punição, ou seja, é uma relação entre Estado e indivíduo, cabendo ao primeiro estabelecer quais condutas são proibidas e quais serão as punições cabíveis ao caso concreto. Por fim, o Direito Penal objetiva proteger o que chamamos de bens jurídicos individuais e coletivos. Infração Penal Conduta previamente tipificada pela legislação como ilícita, permeada de culpabilidade, praticada com dolo ou culpa. O Estado tem que proibir e impor uma sanção ao agente. Elementos da Infração Penal Tipicidade: o caso concreto necessita ser enquadrado perfeitamente na legislação penal. Ilicitude: a ação tem que indubitavelmente ser contra o Direito. Lembrese que há exceções que permite algumas condutas, o que afasta a ilicitude da ação. Ex. Legítima Defesa. Culpabilidade: o agente precisa ter praticado o fato de forma intencional. 2

Espécies de Infração Penal Nós temos dois tipos de infrações penais: Crime ou delito: tem como característica um maior poder ofensivo, sendo assim, o mesmo é punido com reclusão ou detenção, em alguns casos inclui multa cumulativa ou alternativa. Tipos de Crimes Crime comum: qualquer pessoa pode praticá-lo. Crime próprio: é aquele que o agente precisa de uma condição específica para cometê-lo. Ex. Crimes contra a administração pública. Crime de mão própria: aquele que só pode ser praticado pela pessoa sem intermediários. Ex. Falsidade ideológica. Contravenção: tem como característica um menor poder ofensivo, pode ser punida com uma simples prisão ou multa. Obs. 01: Lembre-se que nem sempre infração penal é sinônimo de crime. Obs. 02: Espécies de Penas (Privativa de Liberdade / Restritiva de Direitos / Multa). Classificação Doutrinária das Infrações Penais Crime e Contravenção: estrutura jurídica igual. Preceitos denominados de primários e secundários. Ex. Art. 129 = Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: (descrição) Pena = detenção de três meses a um ano. (pena) Crimes: Previsto no Código Penal; Legislação Extravagante; Pena de multa será cumulativa e não pode ser isolada; Inclui a tentativa; Tipos de ação penal (pública e privada); Contravenção: Lei extravagante de Contravenções Penais (Dec. Lei nº = 3.688/41); Multa isolada; 3

Não inclui tentativa; Ação Penal Pública Incondicionada; Tabela Comparativa INFRAÇÃO PENAL CONTRAVENÇÃO CRIME Pena Prisão simples Reclusão ou Detenção Pena Máxima 5 30 Tentativa Não é possível É possível Ação Penal APPI Todas Multa Isolada Cumulativa Princípios Penais Reserva legal ou legalidade: não há crime sem legislação específica que o defina. Intervenção mínima: o Direito Penal só entra em ação nos casos mais gravosos de ataques a bens jurídicos. A vida em sociedade deve ter o mínimo de interferência do Direito Penal. Irretroatividade da Lei Penal: uma Lei Penal não pode voltar no tempo - ou seja, retroagir para prejudicar o réu, já para beneficiar é possível. Insignificância: quando uma conduta delituosa for considerada irrelevante, ou insignificante, não há o que se falar em tipicidade penal. Ofensividade: só as ações mais perigosas contra bens jurídicos podem ser objetos de criminalização. Limita o Estado e o Direito Penal. Proporcionalidade: deve-se manter um certo equilíbrio entre a pena e o crime, só assim, é possível haver uma adequação entre a proteção do bem jurídico e a pretensão punitiva do Estado. In Dubio Pro Reo: o réu sempre será absorvido no caso de dúvida, não é possível fazermos uma suposição de um crime. Sujeitos da Infração Penal Ativo: é aquele responsável pelo cometimento da infração penal. Pode ser pessoa jurídica ou física. Passivo: é a vítima, aquele que foi lesado em seu bem jurídico. Pode ser formal quando o Estado é prejudicado e material, quando a pessoa física ou jurídica é prejudicada. 4

Questões comentadas Questão 01 Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) No que diz respeito a noções gerais aplicadas no âmbito do direito penal, julgue os próximos itens. O direito penal subjetivo refere-se ao conjunto de princípios e regras que se ocupam da definição das infrações penais e da imposição de penas ou medidas de segurança. C. Certo E. Errado Comentário: errado, visto que a questão se refere ao direito penal objetivo Resposta: letra e Questão 02 Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) Quanto a tipicidade, ilicitude, culpabilidade e punibilidade, julgue os itens a seguir. São elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e culpabilidade, de forma que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica para o direito penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo configurar, por exemplo, ilícito administrativo. C. Certo E. Errado Comentário: errado, visto que a culpabilidade, não faz parte do fato típico. Resposta: letra e Questão 03 Fundação Carlos Chagas (FCC) Sobre a relação entre sistema penal e pobreza é correto afirmar que A. por se tratar de uma questão de saúde, a internação das pessoas com transtorno mental pelas medidas de segurança não se dá de maneira seletiva como no processo de criminalização. B. o surgimento da prisão como forma de punição por excelência nos séculos XVIII e XIX teve como fulcro a substituição de penas cruéis, mas somente nas últimas duas décadas passou a ser um mecanismo de controle social da pobreza. C. o efetivo respeito ao garantismo penal é capaz de reverter o caráter seletivo do sistema penal brasileiro e sua consequente gestão autoritária da miséria. D. a vertente criminológica do conflito identifica a pobreza como principal causa da criminalidade e defende maior investimento social para reduzir as taxas de crimes. E. tal qual o processo de criminalização, a vitimização também é um processo seletivo que tem como alvo preferencial os mais pobres. Comentário: a relação entre sistema prisional e pobreza é muito próxima. Resposta: letra e Questão 04 Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) Quanto à parte geral do Código Penal, assinale a opção correta; 5

A. A ineficácia do meio e a impropriedade do objeto, sejam tais circunstâncias relativas ou absolutas, configuram crime impossível e, portanto, tornam impunível a tentativa. B. Pode alegar estado de necessidade quem tem o dever legal de enfrentar o perigo, desde que demonstre que praticou o fato para salvar de perigo atual direito próprio cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. C. O ajuste, a determinação ou a instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. D. É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteira ou parcialmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de se determinar de acordo com esse entendimento. E. As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam ao corréu quando forem elementares do crime. Comentário: se o agente não chegar a tentar o crime, nos casos determinados em lei, não há punição. Resposta: letra c Questão 05 Fundação Carlos Chagas (FCC) Quando o agente não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível, ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado, há. A. preterdolo. B. dolo direto de segundo grau. C. dolo imediato. D. dolo mediato. E. dolo eventual. Comentário: geralmente o agente não quer o resultado, mas assumi o risco de eventualmente provocá-lo. Resposta: letra e 6

Questões para Revisão Questão 01 FUNCAB 2016 Leia as alternativas a seguir e assinale a correta: a) A pessoa jurídica só pode ser sujeito passivo em crimes patrimoniais. b) A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação. c) A pessoa jurídica pode figurar como sujeito ativo de crime contra a administração pública previsto no Código Penal. d) Os inimputaveis não podem ser vítimas de crimes contra a honra. e) O inimputável por embriaguez proveniente de caso fortuito não pode figurar como sujeito passivo. Questão 02 CESPE 2011 Sujeito ativo é aquele que pratica a conduta descrita no tipo penal. Em regra, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, independentemente de qualidades ou condições especiais, como, por exemplo, a de funcionário público no crime de peculato. O sujeito passivo, por sua vez, é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado de lesão, ou seja, a vítima da ação praticada pelo sujeito ativo. C. Certo E. Errado Questão 03 FCC 2011 João subtraiu, mediante destreza, a carteira do bolso de Paulo, contendo R$ 1.000,00 em dinheiro. Nesse caso, o sujeito passivo do crime é a) o Estado. b) Paulo. c) o patrimônio. d) a paz pública. e) a coletividade. Questão 04 CESPE 2009 O incapaz, a exemplo do recém-nascido, pode ser sujeito passivo de crimes, porque é titular de direitos e interesses jurídicos que o delito pode lesar ou expor a perigo. C. Certo E. Errado Questão 05 CESPE 2009 Acerca da sujeição ativa e passiva da infração penal, assinale a opção correta. a) Doentes mentais, desde que maiores de dezoito anos de idade, têm capacidade penal ativa. b) É possível que os mortos figurem como sujeito passivo em determinados crimes, como, por exemplo, no delito de vilipêndio a cadáver. c) No estelionato com fraude para recebimento de seguro, em que o agente se autolesiona no afã de receber prêmio, é possível se concluir que se reúnem, na mesma pessoa, as sujeições ativa e passiva da infração. 7

d) No crime de autoaborto, a gestante é, ao mesmo tempo e em razão da mesma conduta, autora do crime e sujeito passivo. e) O Estado costuma figurar, constantemente, na sujeição passiva dos crimes, salvo, porém, quando se tratar de delito perquirido por iniciativa exclusiva da vítima, em que não há nenhum interesse estatal, apenas do ofendido. GABARITO DA REVISÃO: 1. B 2. C 3. B 4. C 5. A 8