Nome da Unidade Curricular: Finanças Públicas Número da Unidade Curricular: 7903N1 Licenciatura: Direito Escola de Economia e Gestão Universidade do Minho Ano do Curso: 2º Semestre: 1º Ano lectivo: 2008/09 Equipa Docente: Aulas teóricas: Nome: Linda Gonçalves Veiga Gabinete: 2.36 da Escola de Economia e Gestão Telefone: 253-604568 E-mail: linda@eeg.uminho.pt URL: http://www.eeg.uminho.pt/economia/linda/ Horário de apoio tutorial: Quarta-feira das 9:00 às 11:00 Aulas práticas: Nome: Paulo Alexandre F. Sousa Gabinete: 2.11 da Escola de Economia e Gestão Telefone: 253-605546 E-mail: paulos@eeg.uminho.pt Horário de apoio tutorial: Quarta-feira das 11:00 às 13:00 Web page da Unidade Curricular: http://elearning.uminho.pt e http://www.eeg.uminho.pt/economia/linda/direito.html/ 1. INTRODUÇÃO A unidade curricular de Finanças Públicas insere-se na área científica da Economia e surge no primeiro semestre do segundo ano do plano de estudos da Licenciatura em Direito. Trata-se de uma disciplina obrigatória, com uma carga lectiva semanal de duas horas teóricas e uma prática. Parte-se do princípio que os estudantes que a frequentam dispõem já de alguns conhecimentos de Economia adquiridos na unidade curricular de Economia Política, a funcionar no 1º ano do plano de estudos da Licenciatura. A disciplina pretende fornecer aos estudantes formação sobre as temáticas relacionadas com a intervenção do Estado na economia, na óptica das Finanças Públicas. Nas aulas teóricas serão analisados os conceitos e os modelos teóricos envolvidos nos diversos temas abordados. Nas aulas práticas serão resolvidos exercícios de aplicação e analisados dados relativos à Economia Portuguesa, integrada no contexto da internacional, em particular da União Europeia. 1
2. RESULTADOS DE APRENDIZAGEM 1º Identificar os motivos e os objectivos da intervenção do Estado na Economia e os principais problemas que se lhe associam. 2º Rever a evolução e a estrutura da despesa pública e as principais tendências em termos de produção pública. 3º Identificar as principais fontes de financiamento do Estado; explicar as características desejáveis de um sistema fiscal; relacionar as receitas públicas com a equidade e eficiência. 4º Analisar a realidade institucional e financeira do sector público administrativo português, nomeadamente no que diz respeito ao sistema fiscal e ao orçamento de Estado. 5º Reflectir sobre a política orçamental, atribuindo particular relevância à interdependência orçamental no contexto da União Europeia. 3. PROGRAMA DETALHADO DA UNIDADE CURRICULAR 1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FINANÇAS PÚBLICAS 1.1. Conceito e objecto das Finanças Públicas 1.2. Funções do sector público: afectação, distribuição e estabilização 1.3. Governo democrático, Estado e sociedade 2. FUNDAMENTOS PARA A INTERVENÇÃO PÚBLICA 2.1. Visão geral do problema 2.1.1. Concorrência perfeita e o óptimo de Pareto 2.1.2. Óptimo social 2.2. Intervenção por razões de eficiência 2.2.1. Concorrência imperfeita 2.2.2. Informação assimétrica 2.2.3. Bens públicos 2.2.4. Externalidades 2.2.5. Bens mistos 2.3. Intervenção por razões de equidade 2.3.1. Medidas de desigualdades 2.3.2. Critérios redistributivos 2.3.3. Bens de mérito 2.4. Conflito entre eficiência e equidade 2
3. DESPESAS PÚBLICAS 3.1. Avaliação e tendências 3.1.1. Dimensão, estrutura e classificação da despesa pública 3.1.2. Comparações internacionais 3.1.3. O crescimento da despesa pública 3.1.4. Desempenho e eficiência da despesa pública 3.2. Escolha colectiva e comportamento do sector público 3.2.1. O problema da escolha colectiva 3.2.2. Dificuldades na revelação da procura 3.2.3. Burocracia 3.2.4. Lóbis 3.2.5. Ciclos político-económicos 4. RECEITAS PÚBLICAS 4.1. Enquadramento normativo 4.1.1. Principais meios de financiamento do Estado 4.1.2. Características desejáveis para um sistema fiscal 4.1.3. Eficiência e tributação 4.1.4. Equidade e tributação 4.2. O sistema fiscal português 4.2.1. Estrutura e funções da Administração Fiscal 4.2.2. Evolução do sistema fiscal português 4.2.3. Composição do sistema fiscal actual 5. DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA 5.1. Na promoção de uma eficiente afectação dos recursos económicos 5.1.1. Bens públicos locais e bens de clube 5.1.2. Competição inter-municipal e o modelo de Tiebout 5.2. Na redistribuição 5.2.1. Equidade pessoal e territorial 5.2.2. Principais instrumentos de redistribuição 5.3. Descentralização financeira em Portugal 5.1. Âmbito e estrutura do sector público português 5.2. Contas e saldos das administrações públicas 3
6. ORÇAMENTO DE ESTADO PORTUGUÊS 6.1. Enquadramento geral 6.1.1. Noção, âmbito e conteúdo 6.1.2. Funções 6.1.3. Estrutura 6.2. Regras orçamentais 6.2.1. Anualidade 6.2.2. Unidade 6.2.3. Universalidade 6.2.4. Não-compensação 6.2.5. Não-consignação 6.2.6. Especificação 6.2.7. Equidade intergeracional 6.2.8. Autorização e publicidade 6.2.9. Equilíbrio 6.3. Processo orçamental 6.3.1. Preparação da proposta de Orçamento de Estado 6.3.2. Discussão e votação na Assembleia da República 6.3.3. Execução orçamental 6.3.4. Fiscalização e Conta Geral do Estado 7. POLÍTICA ORÇAMENTAL 7.1. Objectivos, instrumentos e indicadores da política orçamental 7.2. Política orçamental: perspectiva microeconómica 7.2.1. O peso do Estado 7.2.2. Suavização fiscal 7.2.3. Equidade intertemporal 7.2.4. Equidade espacial 7.3. Política orçamental: perspectiva macroeconómica 7.3.1. Abordagem Keynesiana 7.3.2. Efeito de crowding-out 7.3.3. Interdependência entre as políticas orçamental e monetária 7.3.4. Equivalência Ricardiana 7.3.5. Política orçamental discricionária e estabilizadores automáticos 4
7.4. Sustentabilidade das finanças públicas 7.4.1. Dívida Pública 7.4.2. Aritmética dos défices e da dívida pública 7.4.3. A questão da sustentabilidade 8. INTERDEPENDÊNCIA ORÇAMENTAL NA UNIÃO EUROPEIA 8.1. Vantagens e inconvenientes das regras orçamentais numa união monetária 8.2. O caso concreto da União Europeia 8.2.1. Tratado de Maastricht 8.2.2. Pacto de Estabilidade e Crescimento 8.2.3. Desempenho orçamental na União Europeia 4. AVALIAÇÃO A avaliação de conhecimentos reger-se-á pelo estabelecido no Regulamento sobre Inscrições, Avaliação e Passagem de Ano (RIAPA) da Universidade do Minho. A avaliação contínua terá em consideração os seguintes elementos: - Dois testes, sem consulta (35% cada); - Dois mini-testes, sem consulta (10% cada); - Assiduidade, participação nas aulas e resolução de fichas de trabalho, com uma ponderação de 10%. Não serão realizadas provas orais aos estudantes cuja classificação final tenha sido negativa. É proposta a seguinte calendarização dos testes e mini-testes, sujeita a aprovação pela Comissão Directiva do Curso: Testes: 12 de Novembro de 2008 e 8 de Janeiro de 2009; Mini - testes: 14 de Outubro e 2 de Dezembro. Os estudantes que não tenham sucesso no quadro da avaliação contínua podem submeter-se a avaliação por exame. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia principal: Pereira, Paulo; Afonso, António; Arcanjo, Manuela e Gomes, José Carlos (2007), Economia e Finanças Públicas, 2ª Edição, Escolar Editora, Lisboa. 5
Bibliografia adicional: Barbosa, António S. Pinto (1997), Economia Pública, McGraw-Hill, Lisboa. Carlos, Américo B. et al (2008), Guia dos Impostos em Portugal, Quid Júris. Fernandes, Abel (2008), Economia Pública, Edições Sílabo, Lisboa Franco, António Sousa (2002), Finanças Públicas e Direito Financeiro, 4ª ed., Livraria Almedina, Coimbra. Hyman, D.N. (2004), Public Finance: A Contemporary Application of Theory to Policy, 8ª ed., The Dryden Press. Quelhas, J. M. et al, (2006), Legislação de Finanças Públicas de Portugal e da União Europeia, Livraria Almedina, Coimbra. Ribeiro, J. J. Teixeira (1997), Lições de Finanças Públicas, 5ª Edição, Coimbra Editora, Coimbra. Rosen, Harvey S. (2008), Public Finance, 8ª ed., Irwin McGraw-Hill. Sousa Franco, António (2002), Finanças Públicas e Direito Financeiro, 4ª edição (1ª edição 1980), Almedina, Coimbra. Stiglitz, Joseph (2000), Economics of the Public Sector, 3ª ed., W. W. Norton & Company, New York. Ao longo das aulas será indicada, para cada capítulo do programa, a bibliografia aconselhada, incluindo legislação diversa e textos de apoio elaborados pela equipa docente. Os alunos poderão aceder a informações sobre a disciplina através da consulta da plataforma de e-learning da Universidade do Minho. 6