MODELOS MATEMÁTICOS E CURVAS DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO DE SEMENTES DE JACARANDÁ-DA-BAHIA, ANGICO-VERMELHO E ÓLEO-COPAÍBA

Documentos relacionados
ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

ISOTERMAS DE SORÇÃO DAS ESPIGAS DE MILHO: OBTENÇÃO E MODELAGEM

HIGROSCOPIA DAS FOLHAS DE LOURO (Lauro nobilis L.) Curso de Engenharia Agrícola, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas/UEG RESUMO

COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS ESTÁTICO E DINÂMICO NA DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIGROSCÓPICO DAS ESPÍGAS DE MILHO

ESTUDO DO FENÔMENO DE ADSORÇÃO DE ÁGUA E SELEÇÃO DE MODELOS MATEMÁTICOS PARA REPRESENTAR A HIGROSCOPICIDADE DO CAFÉ SOLÚVEL RESUMO

19 ESTUDO DO FENÔMENO DE ADSORÇÃO DE ÁGUA E SELEÇÃO DE MODELOS MATEMÁTICOS PARA REPRESENTAR A HIGROSCOPICIDADE DO CAFÉ SOLÚVEL RESUMO

EQUILÍBRIO HIGROSCÓPICO E ATIVIDADE DE ÁGUA PARA OVO INTEGRAL PROCESSADO EM SPRAY DRYER

Hygroscopic equilibrium and viability of angico vermelho (Anadenanthera peregrina (L.) Speng) seeds under different storage environmental conditions

ISOTERMAS DE DESSORÇÃO DE GRÃOS DE FEIJÃO MACASSAR VERDE (Vigna unguiculata (L.) Walpers), VARIEDADE SEMPRE-VERDE.

DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DE SECAGEM EM CAMADA DELGADA DE SEMENTES DE MILHO DOCE (Zea mays L.)

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA PREDIÇÃO DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO DE PLANTAS MEDICINAIS

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS FRUTOS DE MAMONA DURANTE A SECAGEM

MODELAGEM MATEMÁTICA DAS CURVAS DE EQUILÍBRIO HIGROSCÓPICO DE SEMENTES DE MARACUJÁ DOCE (Passiflora alata Curtis)

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

INCERTEZA NA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA DE EQUILÍBRIO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

CINÉTICA DE SECAGEM DE MASSA ALIMENTÍCIA INTEGRAL. Rebeca de L. Dantas 1, Ana Paula T. Rocha 2, Gilmar Trindade 3, Gabriela dos Santos Silva 4

UMA EQUAÇÃO EMPÍRICA PARA DETERMINAÇÃO DE TEOR DE ÁGUA DE EQUILÍBRIO PARA GRÃOS

CINÉTICA DE SECAGEM E QUALIDADE DE GRÃOS DE MILHO-PIPOCA KINETICS OF DRYING AND THE QUALITY OF POPCORN

EQUILÍBRIO HIGROSCÓPICO DE SEMENTES DE GERGELIM

ARMAZENAMENTO E PROCESSAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

Isotermas e Calor Isostérico de Sorção do Feijão 1

Secagem e Armazenagem de Grãos e Sementes Aula 04

CINÉTICA DA CONTRAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS GRÃOS DE DUAS CULTIVARES DE MILHO-PIPOCA DURANTE O PROCESSO DE SECAGEM

INCERTEZA NA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA DE EQUILÍBRIO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

ESTUDO DAS ISOTERMAS DE EQUILÍBRIO DO FARELO DE SOJA 1

Obtenção e modelagem das isotermas de dessorção e do calor isostérico para sementes de arroz em casca

DETERMINAÇÃO DAS ISOTERMAS DE EQUILÍBRIO DAS SEMENTES DE UVA DAS VARIEDADES CABERNET SAUVIGNON E BORDÔ

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA (Ricinus communis L.) CULTIVAR NORDESTINA, SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO.

Isotermas de dessorção de grãos de café com pergaminho

MODELO DE SIMULAÇÃO DE SECAGEM DE PRODUTOS AGRÍCOLAS USANDO ENTALPIA DO AR CONSTANTE

Efeito da secagem na qualidade fisiológica de sementes de pinhão-manso

Isotermas de dessorção e calor isostérico dos frutos de crambe

ISOTERMAS DE EQUILÍBRIO E CURVAS DE SECAGEM PARA ARROZ EM CASCA EM SILOS DE ARMAZENAGEM

EFEITO DO TIPO DE SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE AMENDOIM (Arachis hypogaea L.)

DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE SEMENTE DE FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.) VARIEDADE EMGOPA OURO

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

MODELAGEM MATEMÁTICA DAS CURVAS DE SECAGEM DA PIMENTA DE CHEIRO

MODELAGEM MATEMÁTICA PARA DESCRIÇÃO DA CINÉTICA DE SECAGEM DO FEIJÃO ADZUKI (Vigna angularis)

CINÉTICA DE SECAGEM E MODELAGEM MATEMÁTICA DO FRUTO DE BURITI (Mauritia flexuosa)

61 CINÉTICA DA CONTRAÇÃO VOLUMÉTRICA DOS GRÃOS DE DUAS CULTIVARES DE MILHO-PIPOCA DURANTE O PROCESSO DE SECAGEM

CINÉTICA DE SECAGEM EM CAMADA FINA DO MALTE VERDE DE CEVADA

OSVALDO RESENDE. VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS E DA QUALIDADE DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.) DURANTE A SECAGEM E O ARMAZENAMENTO

ANÁLISE DA CINÉTICA DE SECAGEM, CONTRAÇÃO VOLUMÉTRICA E DIFUSÃO LÍQUIDA DA ACEROLA IN NATURA

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

O TAMANHO ÓTIMO DE PARCELA EXPERIMENTAL PARA ENSAIOS COM EUCALIPTOS

Qualidade de Sementes de Milho Armazenadas em Embalagens Alternativas

AVA LIA ÇÃO D A CIN ÉTICA D E SECAGEM D O TIJO LO CERÂM ICO

Estimativa da infiltração de água no solo através de pedofunções em área de floresta plantada

Anais do II Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais

Isoterma de dessorção e calor latente de vaporização da semente de pimenta Cumari Amarela (Capsicum chinense L.)

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE CAMPINA GRANDE-PB

USO DE PLANEJAMENTO COMPOSTO CENTRAL NA AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS TEMPERAURA E CONCENTRAÇÃO DE SOLVENTES NO ESTUDO DA SOLUBILIDADE DA UREIA

CINÉTICA DE SECAGEM EM CAMADA FINA DO MALTE VERDE DE CEVADA

INFLUENCE OF THE TEMPERATURE ON THE LATENT HEAT OF VAPORIZATION OF MOISTURE FROM COWPEA (Vigna unguiculata (L.) Walp.), ALWAYS-GREEN VARIETY

UTILIZAÇÃO DE MODELOS PARA CORRELACIONAR DADOS EXPERIMENTAIS DE SOLUBILIDADE DO FERTILIZANTE NITROGENADO UREIA EM MISTURAS HIDRO-ALCOÓLICAS

DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO

CALOR ISOSTÉRICO DA POLPA DE BANANA VARIEDADES MAÇÃ E NANICA

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NOS PARÂMETROS DE MODELOS BI- PARAMÉTRICOS QUE PREDIZEM ISOTERMAS DE ADSORÇÃO DE UMIDADE DO GUARANÁ

Resistência de café em coco e despolpado ao fluxo de ar

Comparação dos modelos de Gompertz e Verhulst no ajuste de dados de uma variedade de feijão

ESTUDO DA SOLUBILIDADE DO PARACETAMOL EM ALGUNS SOLVENTES UTILIZANDO O MODELO NRTL

MAMONA: DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA DO TEOR DE ÓLEO ( 1 )

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

Utilização do sabugo de milho como fonte energética no processo de secagem

CALIBRAÇÃO DE TDR PARA DOIS SOLOS DE IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA NO RS

LONGEVIDADE DE SEMENTES DE Crotalaria juncea L. e Crotalaria spectabilis Roth EM CONDIÇÕES NATURAIS DE ARMAZENAMENTO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE SEMENTES DE MAMONA: TAMANHO, PESO, VOLUME E UMIDADE

EFEITO DA DESFOLHA DA PLANTA DO MILHO NOS COMPONENTES DE PRODUTIVIDADE

AVALIAÇÃO DE SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA SOB DIFERENTES VAZÕES E COMPRIMENTO DE MICROTUBOS

TÉCNICAS PARA A DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR DURANTE A OPERAÇÃO DE FRITURA. Nathalia Pezini¹; Gustavo Ferreira Leonhardt²

EFEITO DOS NÍVEIS DE SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA PRODUÇÃO DO FEIJOEIRO COMUM*

MÓDULOS DE DEFORMIDADE DE FRUTOS DE CAFÉ EM FUNÇÃO DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DO PRODUTO E DE SUA ORIENTAÇÃO DURANTE A COMPRESSÃO

EXTRATO SECO DE URUCUM (Bixa Orellana L)

CINÉTICA DE SECAGEM DO FARELO DE MAMONA

DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DA CINÉTICA DE SECAGEM DO MORANGO.

ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE JACARANDÁ-DE-MINAS (Jacaranda cuspidifolia Mart.) Graduandos do Curso de Agronomia, UnU Ipameri - UEG 2

GOUVEIA, et al (2011) CINÉTICA DE FEIJÃO PRETO (PHASEOLUS VULGARIS, L.) EM SECADOR DE BANDEJA

CINÉTICA DE SECAGEM DAS FOLHAS DE MORINGA OLEÍFERA LAM RESUMO

AVALIAÇÃO DA CINÉTICA DE SECAGEM EM LEITO FIXO E CAMADA FINA DE BAGAÇO DE LARANJA E SEMENTES DE MAMÃO PAPAIA COM MUCILAGEM

EFEITO DO TEOR DE UMIDADE DAS SEMENTES DURANTE O ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO DE MILHO CRIOULO

PROPRIEDADES FÍSICAS DE SEMENTES DE FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.) VARIEDADE EMGOPA 201 OURO

AJUSTE DE CURVA DA VARIAÇÃO DA MASSA DO AGREGADO GRAÚDO (PEDRA BRITA) SUBMERSO NA ÁGUA EM FUNÇÃO DO TEMPO 1. Fernanda Maria Jaskulski 2.

Modelagem matemática das curvas de secagem de grãos de feijão carioca cultivar brs pontal RESUMO

ESTUDO DA SECAGEM DE COENTRO (coriandrum sativum) NO SECADOR DE BANDEJA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A SECAGEM DE GRÃOS DE GIRASSOL EM LEITO FIXO E EM LEITO DE JORRO

Vigor de Plântulas de Milho Submetidas ao Tratamento de Sementes com Produto Enraizador

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

ANÁLISE ENERGÉTICA DA SECAGEM DE CAFÉ EM SECADORES HORIZONTAL E VERTICAL DE FLUXOS CRUZADOS

VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO CEARÁ

Comportamento da secagem da hortelã da folha miúda. Drying behavior of mint leaf tiny

Edy Eime Pereira BARAÚNA 1, Valmir Souza DE OLIVEIRA 2

AJUSTE DE DADOS EXPERIMENTAIS DA SOLUBILIDADE DA UREIA EM SOLUÇÕES DE ISOPROPANOL+ÁGUA COM O USO DE EQUAÇÕES EMPÍRICAS

Determinação de matérias estranhas, impurezas e fragmentos em milho

DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO NO FORNO MICROONDAS EM DIFERENTES POTÊNCIAS

A UMIDADE DE EQUILÍBRIO E A SECAGEM DA MADEIRA EM BRASÍLIA (The equilibrium moisture contents and drying wood in Brasilia) RESUMO

Lista de Exercícios 8 Resolução pelo Monitor: Rodrigo Papai de Souza

ESTUDO DE CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE CAFÉ ARÁBICA E ROBUSTA 1

DESEMPENHO DE NOVAS CULTIVARES DE CICLO PRECOCE DE MILHO EM SANTA MARIA 1

CINÉTICA DE EVAPORAÇÃO DO ÓXIDO DE ZINCO. N. Duarte 1, W.B. Ferraz 2, A.C.S.Sabioni 3. Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto, Brasil

Mecânica dos solos AULA 4

Transcrição:

MODELOS MATEMÁTICOS E CURVAS DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO DE SEMENTES DE JACARANDÁ-DA-BAHIA, ANGICO-VERMELHO E ÓLEO-COPAÍBA João Basílio Mesquita 1, Ednilton Tavares de Andrade 2, Paulo Cesar Corrêa 3 RESUMO: Apesar da higroscopicidade da maioria das sementes e grãos agrícolas já ter sido estudada, observou-se, na literatura consultada, a carência de relatos sobre umidade de equilíbrio de sementes de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) e óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.). O presente trabalho teve como objetivo determinar experimentalmente as curvas de dessorção para estas sementes e ajustar diferentes modelos matemáticos já tradicionalmente utilizados para outras sementes aos dados experimentais. A equação de Sigma-Copace, com as constantes determinadas para as espécies de jacarandá-da-bahia e angicovermelho, foi o modelo que melhor se ajustou aos dados experimentais, já para a óleo-copaíba, a equação de Henderson-Modificada foi a que melhor representou os dados experimentais. Palavras-chave: Sementes florestais, umidade de equilíbrio, modelos MATHEMATICAL MODELS AND CURVES OF EQUILIBRIUM MOISTURE CONTENT OF SEEDS OF JACARANDA-DA-BAHIA, ANGICO- VERMELHO AND ÓLEO-COPAÍBA ABSTRACT: The hygroscopic capacity of most of seeds and agricultural grains have already been studied, however, it can be observed in the specialized literature a lack of reports on equilibrium moisture content of seeds of jacaranda-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) and óleo-copaiba (Copaifera langsdorffii Benth.). This research objectived to determine the desorption curves for these seeds, and to adjust different mathematical models already traditionally used for another seeds, to the experimental data. The equation of Sigma- Copace, with the constants determined for the species of jacaranda-da-bahia and angico-vermelho, was the model that better adjusted to the experimental data, while for óleo-copaiba the of Henderson- Modified equation represented better the experimental data. Key words: Forest seeds, equilibrium moisture content, models 1 Engenheiro Florestal, professor adjunto da UFS, São Cristovão-SE, CEP 49.100-000. 2 Engenheiro Agrícola, professor adjunto da UFF, Niterói RJ, CEP 24.210-240. 3 Prof. Adjunto, Bolsista CNPq, Departamento de Eng. Agrícola, UFV, Viçosa, MG, CEP 36.751-000.

Modelos matemáticos e curvas de umidade de equilíbrio de sementes de... 13 1. INTRODUÇÃO Dentre as espécies florestais nativas, podem-se citar como as que mais se destacam o jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), o angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) e o óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.), por permitirem várias aplicações de sua madeira (Rizzini, 1971). Em razão da importância econômica, estas espécies têm sido bastante estudadas, principalmente no que diz respeito a técnicas silviculturais. Entretanto, não se tem conhecimento de quais são as condições ideais para o armazenamento de suas sementes por períodos mais longos. De acordo com Freitas (1978), freqüentemente observam-se prejuízos econômicos causados pela morte de sementes de várias espécies florestais. Por esta razão, diversos autores têm mostrado a importância do controle das condições ambientais para a manutenção da viabilidade de diversas espécies de sementes (Carvalho & Nakagawa, 1988; Bilia et al., 1994). Segundo Freitas (1978), a longevidade da semente é, primeiramente, uma função da temperatura de armazenamento e da umidade da semente e, secundariamente, da atmosfera do ambiente. O teor de umidade de equilíbrio de uma semente ou grão pode ser definido como sendo o teor de umidade deste produto depois de exposto a um ambiente com condições de temperatura e umidade relativas controladas, por um período de tempo suficiente para que ocorra o equilíbrio. Assim, a umidade contida nas sementes está em equilíbrio com determinada umidade relativa do ar, para uma mesma temperatura (Christ, 1996). Normalmente, dois métodos são utilizados para determinar as curvas de umidade de e- quilíbrio (Brooker et al., 1992): o método estático e o método dinâmico. No método estático, a umidade de equilíbrio entre a semente e a atmosfera circundante é atingida sem movimentação do ar ou da semente; no método dinâmico, o ar, ou a semente, é movimentada até que o equilíbrio seja atingido. A umidade de equilíbrio estabelece parâmetros (temperatura e umidade relativa) que determinam a umidade em que as sementes podem ser secadas ou armazenadas seguramente. Cada espécie e/ou material apresenta uma diferente característica de pressão de vapor de água para cada temperatura e umidade relativa (Corrêa et al., 1998a; Corrêa et al., 1998b). Para a modelagem das curvas de umidade de equilíbrio, têm sido utilizadas relações matemáticas semiteóricas e empíricas, uma vez que nenhum modelo teórico desenvolvido tem sido capaz de predizer com precisão o teor de umidade de equilíbrio de grãos em todas as faixas de temperatura e umidade relativa do ar (Brooker et al., 1992). Dentre as diversas equações utilizadas para expressar o teor de umidade de equilíbrio de sementes, em função da temperatura e umidade relativa de equilíbrio ou atividade de água, algumas das mais utilizadas, pela sua relativa precisão e generalidade de uso, são as de Henderson, Henderson-Modificada, Chung-Pfost, Sabbah, Copace e Sigma -Copace (Pfost et al., 1976; Sokhansaj et al., 1986; Pereira & Queiroz, 1987; Chen & Morey, 1989a; Chen & Morey, 1989b; Mazza & Jayas, 1990; Mazza & Jayas, 1991; Brooker et al., 1992; Corrêa et al., 1995; Morey et al., 1995; Sokhansanj & Yang, 1996; Chen & Jayas, 1998; Corrêa et al., 1998b; ASAE, 1999). Apesar da maioria das sementes e grãos agrícolas já terem sido estudadas com relação à sua higroscopicidade, não foi encontrado, em literatura especializada consultada, relato sobre umidade de equilíbrio de sementes de jacarandáda-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angicovermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) e óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.). Do exposto, o presente trabalho teve como objetivo determinar experimentalmente as curvas de dessorção para estas sementes e ajustar diferentes modelos matemáticos já tradicionalmente utilizados para outras sementes de outras espécies florestais.

14 MESQUITA, J.B; ANDRADE, E.T. de; CORRÊA, P.C. 2. MATERIAL E MÉTODOS Este trabalho foi realizado no Laboratório de Clínica de Doenças de Plantas do Departamento de Fitopatologia e no Laboratório de Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola, ambos na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Foram utilizadas sementes de jacarandáda-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angicovermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) e óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.), provenientes do Parque Estadual do Rio Doce, na região de Marliéria estado de Minas Gerais, colhidas em novembro de 1997. Depois de colhidas, as sementes foram acondicionadas em sacos de polietileno e armazenadas em câmara fria, no Departamento de Engenharia Florestal da UFV, à temperatura aproximada de 5ºC até os testes de determinação da umidade de equilíbrio. Foram separadas, para cada repetição, amostras de 10 sementes de cada espécie. As amostras foram colocadas em placa de Petri e acondicionadas em dessecadores contendo soluções saturadas de sais (Tabela 1), para controle das seis umidades relativas desejadas, preparadas de acordo com metodologia descrita por Dhingra & Sinclair (1995). Os dessecadores foram colocados em estufas incubadoras B.O.D., reguladas para as temperaturas de 5 e 25 C. As sementes foram pesadas diariamente em balança analítica com precisão de quatro casas decimais e a umidade de equilíbrio foi considerada atingida quando seu peso manteve-se constante. Neste ponto, determinou-se a umidade de equilíbrio para cada repetição pelo método padrão da estufa, 105 ± 3 o C, durante 24 horas, de acordo com as Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992). A partir dos pontos amostrais das umidades de equilíbrio determinadas para as duas temperaturas e as seis umidades relativas, obtiveramse, por regressão não linear, as curvas de umidade de equilíbrio para cada espécie. O experimento foi conduzido com três espécies, duas temperaturas e seis umidades relativas para cada temperatura de equilíbrio, com dez repetições. Para o ajuste dos modelos matemáticos aos dados experimentais de umidade de equilíbrio, realizou-se análise de regressão não linear, pelo método Quasi-Newton, utilizando-se o programa computacional STATISTICA 5.0. Estimaram-se os valores dos parâmetros dos modelos, em função das variáveis independentes temperatura do ar e umidade de equilíbrio do produto. Tabela 1. Umidades relativas (%) obtidas por soluções saturadas de sais para as temperaturas de 5ºC e 25ºC. Table 1. Relative humidities (%) obtained by saturated solutions of salts for the temperatures of 5ºC and 25ºC. Sais Temperatura (ºC) 5 25 Cloreto de magnésio MgCl 2 6H 2 O 34,5 32,5 Nitrato de magnésio Mg(NO 3 ) 2.6H 2 O 59,0 53,0 Cloreto de sódio NaCl 75,0 64,0 Sulfato de amônio (NH 4 ) 2 SO 4 82,5 75,5 Sulfato de zinco Zn 2 SO 4.7H 2 O 94,5 88,5 Sulfato de potássio K 2 SO 4 98,5 97,5 Fonte: Dhingra & Sinclair (1995)

Modelos matemáticos e curvas de umidade de equilíbrio de sementes de... 15 Tabela 2. Modelos matemáticos utilizados para ajuste dos dados de umidade de equilíbrio por meio da análise de regressão. Table 2. Mathematical models used for adjustment of the data of equilibrium moisture content through the regression analysis. Henderson Henderson modificada Chung-pfost Modelo Equação U e = ( l n(1 -UR)/(-a.(T + 273))) U = ( l n(1-ur)/(-a.(t + b))) e U e (1/c) = a b. l n(-(t + c). ln( UR)) Sabbah U = a.(( UR )/(T )) Copace = exp(a b.t + c. UR) Sigma-copace U e = exp(a b.t + c.exp( UR) ) em que, UR = Umidade relativa, decimal; T = Temperatura do ambiente, o C; U e = Umidade de equilíbrio, (Ue/100), b.s., decimal; a,b,c = Parâmetros que dependem da natureza do produto. e U e b c (1/b) Para selecionar o modelo que melhor se ajustou a cada espécie, foram utilizados o coeficiente de determinação (R 2 ) e o erro médio (SE), dados por Chen & Morey (1989a), Chen & Morey (1989b) e Chen & Jayas (1998): em que, SE n 2 (Y i Ŷ i ) = 1 GLR = i (1) Yi = valor observado experimentalmente; $Y i = valor calculado pelo modelo; GLR = graus de liberdade do modelo. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 3 são apresentados os dados experimentais do teor de umidade de equilíbrio (b.s.) para as sementes de jacarandá-da-bahia, angico-vemelho e óleo-copaíba. Os modelos não lineares adotados foram ajustados aos dados experimentais por meio da técnica de regressão. A temperatura e a umidade relativa são as variáveis independentes e os teores de umidade de equilíbrio, a variável dependente. As estimativas dos parâmetros das diversas equações encontram-se na Tabela 4, juntamente com seus respectivos coeficientes de determinação (R 2 ) e erro médio estimado (SE). Observa-se, pela Tabela 4, que todos os modelos ajustados para as três espécies florestais apresentaram uma satisfatória representação dos dados experimentais quando observados os resultados para o coeficiente de determinação (R 2 ) e o erro médio estimado (SE). Para as sementes de jacarandá-da-bahia e angico-vemelho, o modelo de Sigma-Copace foi o que apresentou melhor ajuste aos dados experimentais; para as sementes de óleo-copaíba, o modelo de Henderson-Modificada foi o que melhor representou os dados experimentais. Nota-se que não houve grandes diferenças entre os modelos quanto aos coeficientes de determinação (R 2 ) e erro médio (SE), pois o me-

16 MESQUITA, J.B; ANDRADE, E.T. de; CORRÊA, P.C. nor R 2 foi de 0,9016 e o maior de 0,9779. Para a espécie jacarandá-da-bahia, esta diferença ainda foi menor. Isso sugere que qualquer dos modelos poderia ser usado para descrever o comportamento da umidade de equilíbrio em função da umidade relativa e da temperatura. As curvas de umidade de equilíbrio dos modelos que apresentaram o melhor ajuste para as sementes de jacarandá-da-bahia, angicovemelho e óleo-copaíba determinadas por meio de regressão não linear estão representadas, respectivamente, nas Figuras 1, 2 e 3. Estas curvas serão muito úteis para auxiliar na análise de condições de armazenamento adequado (com controle de temperatura e umidade relativa) das sementes. Nas mesmas figuras observam-se também os desvios em relação ao teor de umidade de equilíbrio médio. Quando se analisa o desvio padrão para cada curva, observa-se, para as três espécies, que os menores desvios ocorreram sempre para as umidades relativas ou atividades de água mais baixas. As sementes de jacarandá-da-bahia, angico-vermelho e óleo-copaíba apresentam as mesmas características de higroscopicidade da maioria dos produtos agrícolas já estudados, como ipê-amarelo (Freitas, 1978), madeira (Corrêa et al., 1998b), canola (Sokhansanj et al., 1995), milho (Morey et al., 1995), milho pipoca (Corrêa et al., 1998a) e cebola (Matos et al., 1999). O teor de umidade de equilíbrio diminui com o aumento de temperatura para uma mesma umidade relativa do ar e aumenta com o aumento da umidade relativa para uma mesma temperatura do ar. Tabela 3. Teores médios de umidade de equilíbrio das sementes, em b.s. (decimal), de jacarandá-dabahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) e óleocopaíba (Copaifera langsdorffii Benth.), em função da temperatura e umidade relativa. Table 3. Medium of equilibrium moisture content of the seeds, b.s. (decimal), of jacaranda-of-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) and óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.), in function of the temperature and relative humidity. Temperatura UR Espécie (ºC) (%) JACARANDÁ ANGICO COPAÍBA 5 34,5 0,0871 0,0734 0,0964 59,0 0,1198 0,1621 0,1138 75,0 0,1891 0,2154 0,1945 82,5 0,3425 0,4786 0,243 94,5 0,5396 0,8886 0,3412 98,5 0,6455 1,0751 0,5047 25 32,5 0,0739 0,0668 0,0784 53,0 0,0959 0,1472 0,0891 64,0 0,1422 0,1827 0,1109 75,5 0,1635 0,1881 0,168 88,5 0,2473 0,3519 0,2369 97,5 0,5425 0,8467 0,3058

Modelos matemáticos e curvas de umidade de equilíbrio de sementes de... 17 Tabela 4. Estimativas dos parâmetros dos seis modelos usados para calcular a umidade de equilíbrio (b.s.) das sementes de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) e óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.), e respectivos coeficientes de determinação (R 2 ) e erro médio estimado (SE). Table 4. Estimates of the parameters of the six models used to calculate the equilibrium moisture content (b.s.) of the seeds of jacaranda-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.), angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) and óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.), and respective determination coefficients (R 2 ) and estimated medium error (SE). JACARANDÁ ANGICO COPAÍBA Constantes R 2 SE Constantes R 2 SE Constantes R 2 SE Henderson a= 2,35 x10-4 0,9538 4,21 6,11 x10-4 0,9295 9,03 1,85 x10-4 0,9331 3,20 0,99244 0,66954 1,15151 Henderson- Modificada a= 6,27 x10-4 91,87021 0,9626 3,80 7,92 x10-4 91,00828 0,9597 6,86 6,92 x10-4 41,12123 0,9779 1,85 c= 0,99942 0,84378 1,25803 a= 58,03018 94,41614 36,83505 Chung-Pfost 13,62549 0,9505 4,38 23,53284 0,9360 8,65 8,42184 0,9490 2,81 c= 33,93772 36,22719 18,90682 a= 85,33445 154,8577 60,36053 Sabbah 3,73803 0,9368 4,95 4,95544 0,9542 7,29 2,47842 0,9016 3,90 c= 0,14601 0,17597 0,18697 a= -0,12954-0,82051 0,74530 Copace 0,01144 0,9590 3,98 0,01380 0,9667 6,21 0,01498 0,9411 3,02 c= 4,42138 5,66743 3,16586 Sigma- Copace a= -0,90539 0,01112 0,9707 3,37-1,63659 0,01346 0,9742 5,49 0,05009 0,01494 95,85 2,54 c= 1,92105 2,39278 1,43231 Com base nas Figuras 1, 2 e 3, pode-se determinar as circunstâncias em que as sementes com umidade conhecida ganharão ou per- derão umidade, quando armazenadas ou expostas a condições conhecidas de temperatura e umidade relativa.

18 MESQUITA, J.B; ANDRADE, E.T. de; CORRÊA, P.C. 0,7 Ue =exp(-0,905386-(0,011124*t)+1,921054*(exp(ur))) R 2 = 0,9707 5ºC Umidade de Equilíbrio (b.s.) 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 25ºC 0 30 40 50 60 70 80 90 100 Umidade Relativa (%) Figura 1. Curvas de umidade de equilíbrio para sementes de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.) estimadas com base no modelo de Sigma-Copace, ajustadas aos dados experimentais. Figure 1. Curves of equilibrium moisture content for seeds of jacaranda-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.) estimated starting from the model of Sigma-Copace, adjusted to the experimental data. Umidade de Equilíbrio (b.s.) 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Ue = exp(-1,63659-(0,013456*t)+2,392784*(exp(ur))) R 2 = 0,9742 97 42% 30 40 50 60 70 80 90 100 Umidade Relativa (%) 5ºC 25ºC Figura 2. Curvas de umidade de equilíbrio para sementes de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.), estimadas com base no modelo de Sigma-Copace, ajustadas aos dados experimentais.

Modelos matemáticos e curvas de umidade de equilíbrio de sementes de... 19 Figure 2. Curves of equilibrium moisture content for seeds of angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.) estimated starting from the model of Sigma-Copace, adjusted to the experimental data. Umidade de Equilíbrio (b.s.) 0,55 0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 0,05 0 Ue = ((LN(1-UR))/(-0,000692*(T+41,12123))) (1/1,258034) R 2 = 0,9779 30 40 50 60 70 80 90 100 Umidade Relativa (%) Figura 3. Curvas de umidade de equilíbrio para sementes de óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.), estimadas com base no modelo de Henderson-Modificada, ajustadas aos dados experimentais. Figure 3. Curves of equilibrium moisture content for seeds of óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii Benth.) estimated starting from the Henderson-modified model, adjusted to the experimental data. 5ºC 25ºC 4. CONCLUSÕES Apartir dos resultados obtidos neste trabalho concluiu-se que: O modelo de Sigma-Copace ajustou-se melhor aos teores de umidade para as espécies de jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Fr. All.) e angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa Benth.); já para óleo-copaíba (Copaifera langsdorffii) a equação de Henderson-Modificada foi a que melhor ajustou-se; Os demais modelos testados também se ajustaram satisfatoriamente aos dados experimentais, podendo ser utilizados para o cálculo da umidade de equilíbrio. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASAE STANDARDS. Transactions of ASAE. St. Joseph, MI, 1999. 980 p. BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília, DF, 1992. 365 p. BILIA, D. A. C.; FANCELLI, A. L.; MARCOS FILHO, J. Comportamento de sementes de milho híbrido durante o armazenamento sob condições variáveis de temperatura e umidade relativa do ar. Scientia Agricola, Piracicaba, v. 51, n. 1, p. 153-157, jan./jun. 1994. BROOKER, D. B.; BAKKER-ARKEMA, F. W.; HALL, C. W. Drying and storage of grains and oilseeds. New York: The AVI, 1992. 450 p.

20 MESQUITA, J.B; ANDRADE, E.T. de; CORRÊA, P.C. CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 3. ed. Campinas, SP : Fundação Cargil, 1988. 424 p. CHEN, C.; JAYAS, D. S. Evaluation of the GAB equation for the isotherms of agricultural products. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 41, n. 6, p. 1755-1760, Nov./Dec. 1998. CHEN, C.; MOREY, V. Comparison of four EMC/ERH equations. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 32, n. 3, p. 983-990, May/June 1989a. CHEN, C.; MOREY, V. Equilibrium relativity humidity (ERH) relationships for yellow-dente corn. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 32, n. 3, p. 999-1006, May/june 1989b. CORRÊA, P. C.; MARTINS, D. S. R.; MELO, E. C. Umigrãos: programa para o cálculo do teor de umidade de equilíbrio para os principais produtos agrícolas. Viçosa: Centreinar - UFV, 1995. 10 p. CORRÊA, P. C.; MARTINS, J. H.; CHRIST, D. et al. Curvas de dessorção e calor latente de vaporização para sementes de milho pipoca (Zea mays). Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina grande, v. 2, n. 1, p. 75-79, jan./abr. 1998a. CORRÊA, P. C.; VITAL, R. B.; MARTINS, J. H. Higroscopicidade e entalpia de vaporização para madeira de Eucalyptus grandis. Revista Árvore, Viçosa, v. 22, n. 4, p. 555-561, out./dez. 1998b. CHRIST, D. Curvas de umidade de equilíbrio higroscópico e de secagem da canola (Brassica napus L. var. oleifera), e efeito da temperatura e da umidade relativa do ar de secagem sobre a qualidade das sementes. 1996. 50 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. DHINGRA, O. D.; SINCLAIR, J. B. Basic plant pathology methods. 2. ed. Boca Raton: CRC Press, 1995. 434 p. FREITAS, S. C. Determinação de equilíbrio higroscópico e viabilidade de sementes de Ipê amarelo (Tabebuia Serratifolia Vahl. Nichols) armazenadas em diferentes umidades relativas. 1978. 24 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. MATOS, A. T.; CORRÊA, P. C.; FINGER, F. L. Higroscopia das folhas e películas externas de bulbos da cebola (Allium cepa L.). Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 18, n. 2, p. 81-91, dez. 1999. MAZZA, G.; JAYAS, D. S. Equilibrium moisture characteristics of sunflower seeds, hulls, and kernels. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 34, n. 2, p. 534-538, Mar./Apr. 1991. MAZZA, G.; JAYAS, D. S.; WHITE, N. D. G. Moisture sortion isotherms of flax seed. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 33, n. 4, p. 1313-1318, July/Aug. 1990. MOREY, V.; WILCKE, W. F.; MERONUCK, R. A. et al. Relationship between equilibrium relative humidity and deterioration of shelled corn. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 38, n. 4, p. 1139-1145, July/Aug. 1995. PEREIRA, J. A. M.; QUEIROZ, D. M. de. Higroscopia, Viçosa: CENTREINAR, 1987. 28 p. PFOST, H. B.; MAURER, S. G.; CHUNG, D. S. et al. Sumarizing and reporting equilibrium moisture data for grains. St. Joseph: ASAE, 1976. (Paper, 76-3520).

Modelos matemáticos e curvas de umidade de equilíbrio de sementes de... 21 RIZZINI, C.T. Árvores e madeiras úteis do Brasil. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1971. 214 p. SOKHANSANJ, S.; YANG, W. Revision of the ASAE standard D245.4: moisture relationships of grains. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 39, n. 2, p. 639-642, Mar./Apr. 1996. SOKHANSANJ, S.; ZHIJIE, W.; JAYAS, D. S. et al. Equilibrium relative humidity- moisture content of rapessed (canola) from 5ºC to 25ºC. Transactions of ASAE, St. Joseph, v. 29, n. 3, p. 837-839, May/June 1986.