Vigor de Plântulas de Milho Submetidas ao Tratamento de Sementes com Produto Enraizador
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- Manuella Benke Maranhão
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1 Vigor de Plântulas de Milho Submetidas ao Tratamento de Sementes com Produto Enraizador RODRIGO B. SANTOS¹, ISABEL C. VINHAL-FREITAS 2, DIEGO A. F. FRANCO 3, CARLA V. FERREIRA 4 e HELVIO C. VIEIRA JUNIOR 5 1 Estudante de graduação em agronomia, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG); Fundação Educacional de Ituiutaba (FEIT). Rua Ver. Geraldo Moisés da Silva, S/N - Campus Universitário - Ituiutaba MG. CEP Cx. Postal rodrigobaltz@hotmail.com 2 Professora do curso de agronomia da UEMG/FEIT, isabelvinhal@yahoo.com.br 3 Estudante de graduação em agronomia, UEMG, FEIT. E- mail: diegoaffranco@hotmail.com ; 4 Engenheira agrônoma. carla_agro@yahoo.com.br 5 Coordenador do curso de agronomia,feit-uemg hcvjunior@ituiutaba.uemg.br Resumo: As falhas na emergência ou a formação de plântulas fracas podem causar sérios prejuízos e acréscimos no custo de produção. O trabalho objetivou avaliar a resposta da aplicação de diferentes doses de produto enraizante no comprimento e matéria seca de plântulas de milho. O produto utilizado para o tratamento das sementes foi o TS 500 Gold, de formulação líquida, contendo 7,6% de compostos orgânicos, 3% de molibdênio e 6% de zinco. Os testes de avaliação de plântulas foram realizados em rolo de papel toalha Germitest. As sementes de milho foram pesadas e tratadas com o produto utilizando-se doses equivalentes a 0, 100, 150, 200, 250 e 300 ml para cada 100 kg de sementes.foram utilizadas quatro repetições de 10 sementes Após permanência por 7 dias no germinador determinou-se a massa fresca separadamente(raízes e a parte aérea), e logo após foram postas para secar em estufa (durante 48 horas) determinando a massa seca. Observa-se pelos resultados que não houve diferença significativa de peso da parte aérea e raiz das plântulas nos diferentes tratamentos. Na matéria seca houve diferenças estatísticas havendo a mesma tendência tanto para raízes quanto parte aérea, os menores valores foram encontrados na testemunha e os melhores para a dose de 250 ml para cada 100 kg de sementes. Os tratamentos acima dessa dose pode causar efeito fitotóxico sobre as plantas de milho, pois apresentou valores decrescentes para massa seca e comprimento da plântula. Palavras-chave: TS 500 Gold, enraizador, Zea mays. Introdução O milho (Zea mays L.) é um cereal que pertence à família das Poáceas, e pode ser considerado uma das principais fontes de alimento. É utilizado como fornecedor de carboidratos e energia tanto para a alimentação humana quanto animal (Borém e Giúdice, 2004). Dentro da evolução mundial de produção de milho, o Brasil tem se destacado como terceiro maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China. A produção mundial ficou em torno de 590 milhões de toneladas em 2000, enquanto que Estados Unidos, China e Brasil produziram aproximadamente 253 milhões de toneladas, 105 milhões de toneladas e 32,3 milhões de toneladas respectivamente. As falhas na emergência ou a formação de plântulas fracas podem causar sérios prejuízos ou acréscimos no custo de produção. Atualmente a agricultura moderna apresenta inovações no sistema produtivo. A aplicação de produtos via sementes facilita a prática da agricultura. 3738
2 Alguns reguladores apresentam, em suas formulações, micronutrientes, eles são inseridos para minimizar problemas advindos da deficiência dos mesmos, durante os processos de germinação, desenvolvimento e produção de grãos. A importância dos micronutrientes pode ser entendida por meio das funções que exercem no metabolismo das plantas, atuando principalmente como catalisadores de várias enzimas, assim como o zinco e o molibdênio (LOPES, 1989). Nos últimos anos também foram desenvolvidos estudos com utilização de bioestimulantes apontando ganho em produtividade em grandes culturas como soja arroz,milho e feijão (KLAHOLD, 2006). Segundo Floss e Floss (2007), a utilização de bioestimulantes aumenta de importância na medida em que se busca atingir o potencial produtivo das culturas, principalmente na ausência de fatores limitantes de clima e solo. A grande diversidade de associações entre substâncias consideradas bioestimulantes e a falta de consistência nos resultados disponíveis pela utilização justificam a realização de um maior número de trabalhos desse tipo. O trabalho objetivou avaliar a resposta da aplicação de diferentes doses de produto enraizante no comprimento e matéria seca de plântulas de milho. Material e Métodos O experimento foi conduzido no LASE (Laboratório de Sementes) da Fundação Educacional de Ituiutaba, conveniada à Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). O híbrido de milho utilizado foi o DKB 435. O produto utilizado para o tratamento das sementes foi o TS 500 Gold, de formulação líquida, contendo 7,6% de compostos orgânicos, 3% de molibdênio e 6% de zinco. As sementes de milho foram pesadas e tratadas com o produto enraizador utilizando-se doses equivalentes a 0, 100, 150, 200, 250 e 300 ml para cada 100 kg de sementes. O produto foi aplicado por via líquida nas sementes dentro de um saco plástico, e foram agitadas junto com o produto por 5 minutos. Os testes de avaliação de plântulas foram realizados de acordo com Vieira e Carvalho (1994), em rolo de papel toalha Germitest à semelhança do teste padrão de germinação (BRASIL, 2009). O substrato foi umedecido com volume (ml) de água equivalente a três vezes a massa (g) do substrato seco. Os testes foram conduzidos à temperatura de 25 ºC. Foram utilizadas quatro repetições de 10 sementes. Após permanência por 7 dias no germinador, as plântulas normais de cada repetição foram retiradas do substrato e contadas. Com o auxílio de uma lâmina removeu-se o resíduo do tecido de reserva das sementes, sendo que as raízes e a parte aérea foram separadas por repetição, em sacos de papel. Determinou-se a massa fresca em balança de precisão de 3 casas decimais, separando-se as raízes e a parte aérea, e logo após foram postas para secar em estufa termoelétrica regulada a 70 C até peso constante (durante 48 horas). As repetições uma vez esfriadas em dessecador foram pesadas, determinando-se assim o peso da massa seca das plântulas da repetição. A massa foi dividida pelo número de plântulas da repetição, a fim de se determinar a massa em g plântula -1. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado. Realizou-se a análise de variância pelo teste de Tukey e regressão a 0,05 de significância, utilizando-se o software estatístico Sisvar. 3739
3 Resultados e Discussão Os dados de matéria fresca (MF) e matéria seca (MS) da parte aérea e raízes das plântulas aos 7 dias estão apresentados na tabela 1. O peso da matéria fresca de raízes e da parte aérea não houve diferença estatística entre os tratamentos utilizados (Tabela 1). Em relação ao peso da matéria seca houve diferenças estatísticas, havendo a mesma tendência tanto para raízes quanto parte aérea. Observa-se na tabela 1, que os menores valores de matéria seca foram encontrados na testemunha, havendo incremento de 44,25% na MS das raízes e de 28,48% na MS da parte aérea das plântulas na dose de 250 ml de produto para cada 100 kg de sementes, em relação ao tratamento controle. Os resultados de matéria seca da raiz estiveram relacionados à matéria seca parte aérea, ou seja, quanto mais baixa a massa da raiz, consequentemente mais baixa a massa da parte aérea. Tabela 1. Massa fresca (MF) e massa seca (MS) das raízes e da parte aérea (g plântula -1 ) das plântulas de milho tratadas com diferentes doses do produto TS 500 Gold. Tratamento a MF raízes MF aérea MS raízes MS aérea 0 2,49 a 4,06 a 0,189 b 0,344 b 100 2,63 a 5,14 a 0,282 ab 0,401 ab 150 2,79 a 5,26 a 0,306 ab 0,437 ab 200 2,84 a 5,93 a 0,313 ab 0,471 ab 250 2,92 a 5,99 a 0,339 a 0,481 a 300 2,69 a 4,91 a 0,280 ab 0,381 ab DMS 1,78 2,07 0,12 0,13 CV% 28,76 17,18 18,55 13,58 a Médias seguidas por letras distintas minúsculas na coluna diferem entre si pelo teste de Tukey a 0,05 de significância. O gráfico de regressão para as medidas de comprimento de raízes e parte aérea das plântulas de milho está representado na figura 1. A equação de regressão de segundo grau apresentou melhor ajuste para a medida das raízes (R 2 = 86,48%), apresentando x max e y max na dose estimada de 223 ml com um comprimento máximo de 25,69 cm, a partir desse ponto, o comprimento de raízes começa a decrescer. Para o comprimento da parte aérea, apresentou a mesma tendência, porém com um menor ajuste da equação, sendo a dose estimada para uma maior altura de plântulas de 192,25 ml, com média estimada de 15,89 cm, sendo que a partir dessa dose, o comprimento da parte aérea começa a decrescer. 3740
4 30 25 Milho (cm) Raiz: y = -0,0002x 2 + 0,0892x + 15,748 R 2 = 86,48% 5 Aérea: y = -0,0002x 2 + 0,0769x + 8,5 R 2 = 60,88% Dose (ml) Figura 1. Comprimento de raízes e parte aérea de plântulas de milho tratadas com TS 500 Gold. Nas características ligadas ao desenvolvimento das plântulas, o tratamento de sementes equivalente à dose de 300 ml de produto para cada 100 kg de sementes, pode estar apresentando efeito fitotóxico sobre as sementes. Nas sementes tratadas com esses produtos foram observados os menores valores de vigor obtidos pela massa seca e comprimento de plântulas (Figura 1). O produto TS 500 Gold tem em sua formulação 6% de zinco e 3% de molibdênio. O zinco apesar de ser um micronutriente essencial, pode afetar o crescimento e metabolismo normal de espécies vegetais, quando presente em níveis excedentes no ambiente (MARSCHNER, 1995). Conclusões: Os menores valores foram encontrados na testemunha e os melhores para a dose de 250 ml para cada 100 kg de sementes. Os tratamentos acima dessa dose pode causar efeito fitotóxico sobre as plantas de milho, pois apresentou valores decrescentes para massa seca e comprimento da plântula. Literatura citada BORÉM, A.; GIÚDICE, M. P. Cultivares transgênicos. In: GALVÃO, J. C.C.; MIRANDA, G.V. (Eds), Tecnologias de Produção do Milho. Editora: UFV- Universidade Federal de Viçosa, 2004, 85p. BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Departamento Nacional de Defesa Vegetal. Coordenação de Laboratório Vegetal. Regras para análise de sementes. Brasília, DF, p. FLOSS, E. L.; FLOSS, L. G. Fertilizantes organo-minerais de última geração: funções fisiológicas e uso na agricultura. Revista Plantio Direto, edição 100, julho/agosto de Aldeia Norte Editora, Passo Fundo, RS. Disponível em: < Acesso em: 05 mai
5 KLAHOLD, C.A. et al. Resposta da soja (Glycine max (L.) Merrill) à ação de bioestimulante. Acta Sci. Agron., Maringá, v. 28, n. 2, p , LOPES, A. S. Manual de fertilidade do solo. Traduzido por Alfredo Scheid Lopes. São Paulo: ANDA/Fotapos, MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. 2. ed. San Diego: Academic, p. VIEIRA, R. D.; CARVALHO, N. M. Testes de vigor em sementes. Jaboticabal: FUNEP,
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