Os circuitos seqüenciais podem ser classificados em três tipos:

Documentos relacionados
3) PRÁTICA DE LABORATÓRIO

Circuitos Digitais. Tipos de circuitos digitais: Circuitos combinacionais Circuitos sequenciais

Capítulo VII Elementos de Memória

Circuitos Digitais. Conteúdo. Circuitos Sequenciais. Combinacionais x Sequenciais. Circuitos Sequenciais. Circuitos Sequenciais

Capítulo 5 - Flip-Flops e Dispositivos Correlatos

1 estado estável tempo indeterminado 1 estado quase estável tempo pré-determinado que depende dos componentes externos (resistor e capacitor).

CAPÍTULO 2 ELEMENTOS DE LÓGICA SEQUENCIAL

Biestáveis R S, J K e D

UFAL- Campus Arapiraca- Equipe:Igor Rafael, Matheus Torquato, Onassys Constant, Arthur Erick, Luis Eduardo. LÓGICA SEQUENCIAL

ELETRÔNICA DIGITAL 1 CAPÍTULO 4 FLIP-FLOP E LATCH

Capítulo 3 Circuitos lógicos seqüenciais: flip-flops, latches, contadores e registradores

FLIP-FLOPS JK e T. Na saída da porta A, temos J.Q e na saída da porta B temos K.Q

CIRCUITOS SEQÜENCIAIS. Um modo de classificar os circuitos digitais seria subdividi-los em: - circuitos combinacionais; - circuitos seqüenciais.

FLIP-FLOPS SINCRONIZADOS, COM ENTRADAS PR e CLR

FIGURA 5-1 Diagrama geral de um sistema digital. Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações Ronald J. Tocci e Neal S. Widmer Capítulo 5 Prentice Hall

FLIP-FLOPS SINCRONIZADOS, COM ENTRADAS PR e CLR

1 AULA 01 FLIP-FLOPS CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: CIRCUITOS DIGITAIS II PROFESSOR: VLADEMIR DE J. S. OLIVEIRA

Eletrônica Digital I TE050. Circuitos Seqüenciais

Circuitos Seqüenciais

FLIP-FLOPS: RS e D (teoria)

Aula 14. Contadores Assíncronos. SEL Sistemas Digitais. Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira

GERADOR DE CLOCK INTRODUÇÃO TEÓRICA. Sua forma de onda é geralmente quadrada, porém, o importante é que gera dois níveis lógicos: 0 e 1.

Um flip-flop S-R Sincrono depende da habilitação de suas entradas por um sinal de clock para que essas possam alterar o estado do mesmo.

Disciplina ELETRÔNICA DIGITAL

AULA 2 Implementação de Flip-Flops dos tipos JK e RS Livro Texto pág. 113 a 117 e 124 e 146 a 148 e 150 a 152.

Aula 18. Máquina de Estados Parte 2. SEL Sistemas Digitais. Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira

Sistemas Digitais Circuitos Sequenciais Básicos (Latches e Flip-Flops) Horácio Neto Nuno Horta João Paulo Carvalho

Eletrônica Digital II. Flip-Flop s. Prof. Msc. Getúlio Teruo Tateoki 1

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE COORDENADORIA DE ELETRÔNICA. Flip - Flops

LÓGICA DIGITAL CONCEITOS DE CLOCK RELÓGIOS (CLOCK) Prof. Celso Candido ADS / REDES / ENGENHARIA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE COORDENADORIA DE ELETRÔNICA CIRCUITOS OSCILADORES. Experimentos de Osciladores

Circuitos Digitais Contadores. Orivaldo Santana Jr.

Flip-flop D disparado pelo bordo ascendente ( Positive edge-triggered D flip-flop )

Contador. A ideia básica de um contador. Os flip-flops podem ser conectados juntos para realizar

CAPÍTULO 6. Introdução aos Circuitos Lógicos Seqüenciais

Organização e Arquitetura de Computadores I

INTRODUÇÃO TEÓRICA. Sua forma de onda é geralmente quadrada, porém, o importante é que gera dois níveis lógicos: 0 e 1.

Célula básica de memória - Notas de aula abril/2012

Circuitos Digitais Cap. 6

UFJF FABRICIO CAMPOS

Circuitos Integrados Temporizadores. Circuitos Temporizadores. O Circuito do Temporizador 555. O Circuito do Temporizador 555

Aula 28 - Contadores (continuação)

APÊNDICE A Resumo Teórico

Introdução aos multivibradores e circuito integrado 555

LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DIGITAL Experiência 7: Análise de Circuitos Biestáveis

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA EM TELEINFORMÁTICA DISCIPLINA: PROJETO LÓGICO DIGITAL PROFESSOR: ALEXANDRE COELHO

Eletrônica e Circuitos Digitais Aula 14 Contadores e Registradores. Daniel S Batista

Eletrônica Digital II

ELETRÔNICA DIGITAL 2

Normalmente o registrador de deslocamento é constituído de um conjunto de FFs (Flip-Flops) destinados a armazenar dados binários.

Descrição do componente

ENGC40 - Eletrônica Digital

P U C E N G E N H A R I A PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA LABORATÓRIO DE SISTEMAS DIGITAIS. Prof. Dr. João Antonio Martino

CAPÍTULO 14 MONOESTÁVEIS E ASTÁVEIS

Circuitos Sequenciais

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR CURSO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL ELÉTRICA PLANO DE ENSINO

ELETRÔNICA DIGITAL APLICADA Aula 8- Registradores de deslocamento como contadores

ELETRÔNICA DIGITAL. Prof. Arnaldo I. I. C. A. & I. T. Tech. Consultant

Multivibradores com Transistores Bipolares

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA DIGITAL - ET75C - Profª Elisabete N Moraes

Circuitos Seqüenciais: Latches e Flip-Flops. Fabrício Noveletto

Aula 8 Portas Lógicas. Programação de Computadores

FEI PROVA P1 SISTEMAS DIGITAIS II - NE /04/ TURMA A - Duração 80 min Sem Consulta Interpretação faz parte da prova. N.

TÉCNICAS DIGITAIS I (CURSO DE ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES)

Circuitos Sequenciais. Sistemas digitais

Experiência 5: Circuitos osciladores e conversores digital-analógicos

PCS 2304 PROJETO LÓGICO DIGITAL 19/05/2006 Gabarito Preliminar 6 a Lista de Exercícios Contadores

FLIP-FLOPS FLOPS. INTRODUÇÃO Os circuitos anteriormente estudados são chamados de

Fundamentos de Sistemas Digitais. Lógica Sequencial. Prof. Dr. Alexandre M. Amory Prof. Dr Edson I. Moreno

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA ENGENHARIA ELÉTRICA

Eletrônica Digital para Instrumentação

2. FLIP FLOP tipo D síncrono borda de descida e com entradas assíncronas preset e clear. PRE Q n F/F CLR

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

Memória SRAM 64x8 bits

Lista de Exercícios 1

1 Objetivos. 2 Material utilizado. 3 Normas de segurança e conduta no laboratório. 4 Contextualização. Pág 1/6

Conceitos básicos do

Circuito sensor de som

ELD - Eletrônica Digital Aula 7 Circuitos Sequenciais Contadores. Prof. Antonio Heronaldo de Sousa

CAPÍTULO 3 CIRCUITOS SEQUENCIAIS I: REGISTRADORES

Pré-Laboratório (Para ser entregue no início da aula prática)

Dispositivo de Selagem de Doce de Leite HI. Profª Danielle Casillo

CARGA HORÁRIA TOTAL : 108 h/aulas TEORIA: 72 h/aulas PRÁTICA: 36 h/aulas. CURSO(S): Engenharia Elétrica SEMESTRE/ANO : 02/2010

3 a Lista de Exercícios

CAPÍTULO 5 CIRCUITOS SEQUENCIAIS

3. MULTIVIBRADORES E PROJETOS DE TEMPORIZADORES Os Multivibradores Monoestáveis, Astáveis e Biestáveis.

Introdução teórica aula 12: Pisca- Pisca Controlado por Luz

Máquinas de estado. Rodrigo Hausen ... saída próx. estado. entrada estado. Circuito combinacional para o cálculo do próximo estado.

Aula 1. Funções Lógicas. SEL Sistemas Digitais. Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Escola de Educação Profissional Senai Plínio Gilberto Kröeff CADERNO DE EXERCÍCIOS DE ELETRÔNICA DIGITAL

CONTROLE PARA SEMÁFOROS DE UM CRUZAMENTO

Circuitos Seqüenciais (Máquinas Síncronas ou de Estados Finitos)

Exercícios e Fundamentos com Programmable Logic Devices (PLDs) IVAN JORGE CHUEIRI

Sistemas Digitais para Computação. AULAS TEÓRICAS 19 a 33

Teoria Geral de Osciladores

Eletrônica. Lógica Seqüencial

Eletrônica Digital. Prof. Valdir Dugo Zaragoza

Capítulo 7 Circuitos sequenciais: latches, flipflops, registradores, contadores

SISTEMAS DIGITAIS II Enunciados de Laboratório

Automação Industrial Parte 8

Transcrição:

1 Circuitos Combinacionais: São circuitos cuja saída depende apenas dos valores das entradas. Circuitos Sequenciais: São circuitos cuja saída depende tanto do valor atual das entradas quanto do valor anterior da saída. CIRCUITOS SEQUENCIAIS Os circuitos seqüenciais podem ser classificados em três tipos: 1) MULTIVIBRADOR BI-ESTÁVEL (FLIP-FLOPS): Apresentam 2 estados estáveis 2) MULTIVIBRADOR MONOESTÁVEL (Temporizadores): Apresenta 1 estado estável e 1 estado quase estável. 3) MULTIVIBRADOR ASTÁVEL (Osciladores): Apresenta 2 estados quase estável.

TERMINOLOGIA: 2 Q n+1 : estado atual da saída Q n+1 : complemento de Q n+1 Q n : estado anterior da saída Q n : complemento de Q n ESTADO SET: Q n+1 = 1 Q n+1 = 0 ESTADO RESET: Q n+1 = 0 Q n+1 = 1 PRESET: Coloca o Flip-Flop (FF) no estado set. É obtido aplicando um nível 0 ( PRESET: Coloca o Flip-Flop (FF) no estado reset. É obtido aplicando um nível 0 ( )na entrada PR do FF. )na entrada CL do FF. MULTIVIBRADORES BI-ESTÁVEIS OU FLIP-FLOPS Qualquer dispositivo ou circuito que tem dois estados estáveis é chamado de biestáveis. Como exemplo: o interruptor de luz pode estar fechado (luz acesa) ou aberto (luz apagada). O flip-flop é um bi-estável que possui memória, e pode ser construído através das portas NAND (Não E) e NOR (Não Ou).

FLIP-FLOP RS (Set-Reset) 3 O FF-RS é construído com portas NAND, das seguintes formas: Símbolo do FF-RS: O circuito 74LS279 possui 4 latches (ou FFs, ou bi-estáveis):

4 Para trabalhar com FFs, a tabela-verdade sempre deve ser consultada. Para fazer qualquer projeto: 1) Levantar as formas de onda das possíveis combinações de entrada 2) Desenhar as saídas desejadas 3) Verificar os locais onde se faz necessário uma memória 4) Escolher o FF adequado 5) Combinar a saída do FF com as entradas para realizar a lógica desejada. Exercício 1) Um torno deve usinar uma peça durante um intervalo de tempo ts (sinal de clock). Quando a peça estiver em posição é acionado um sinal B. A peça deve estar sempre posicionada antes de começar o tempo ts para ser usinada, caso contrário a peça não pode ser usinada.. FLIP-FLOP RS SINCRONIZADO Basicamente igual ao FF-RS apenas com a adição de uma porta de controle denominada de clock (Ck):

5 Quando o clock for 1 a saída é idêntica ao FF-RS. Quando o clock for 0 o circuito funciona como um lach. Símbolo FF_RS sincronizado: Exercício 2) Complete a forma de onde de saída do FF-RS sincronizado: Exercício 3) Uma caixa d água possui 2 sensores (A e B). Quando a água bate no sensor, ela gera um nível lógico 1 caso contrário é gerado um nível lógico 0. Deve-se ligar uma bomba d água (S = 1) para encher a caixa até o nível B quando, então, a bomba é desligada (S=0). A bomba deve permanecer desligada até que não haja água no sensor A (A=0). A figura seguinte mostra um sistema automático para realizar esta automação. Projete o controle digital desse sistema.

6 FLIP-FLOP TIPO D SENSÍVEL A NÍVEL É o FF-RS sincronizado que possui entre as entradas R e S um inversor. Com isso esse FF trabalha apenas com algumas linhas da tabela verdade do FF-RS sincronizado:

7 Exercício 4) Complete as formas de onda: Exercíco 5) Projetar um sistema para que na saída de uma fábrica selecionar ao acaso os funcionários que deverão ser vistoriados. Utilizar duas variáveis de entrada sendo um sinal de clock e um sinal vindo de um sensor de presença que detecta a passagem do funcionário. FLIP-FLOP TIPO D DISPARADO PELA BORDA

8 Esse FF só é habilitado na subida (ou descida) do sinal de clock. Fora isso ele mantém a saída anterior. Exercício 6) Complete as formas de onda Exercício 7) Projetar um sistema para contar os caminhões que transitam numa estrada de mão dupla em um sentido (A para B). Para isso foi construído um desvio onde só passa 1 carro de cada vez (tanto para a esquerda quanto para a direita). Foram colocados 2 sensores A e B separados por uma distância L. Os caminhões são sempre maiores do que L e os carros menores. Nunca os veículos se sucedem com uma distância menor do que 2.L.

FLIP-FLOP JK 9 É construído com um FF-RS realimentado da seguinte maneira: Pela tabela-verdade nota-se que a saída indesejável do FF-RS (R=S=1) é eliminada, mas em compensação se o clock for 1 o FF-JK ficará oscilando. FLIP-FLOP JK MESTRE-ESCRAVO (MASTER-SLAVE) Este FF elimina a oscilação indesejada do FF-JK. É construído com dois FF-RS, sendo que o mestre irá responder na borda positiva e o escravo irá responder na transição negativa, com isso a oscilação é eliminada.

10 Desenhando todas as portas lógica dentro do FF-JK MS (Máster-Slave): Um exemplo de C.I. é o 74LS76, que possui internamente 2 FF-JK mestre-escravo. Exercício 8) Complete a forma de onda: FLIP-FLOP JK MS TIPO D (DATA DADOS) É construído com o FF-JK MS, sendo que possui entre as entradas J e K um inversor. Com isso esse FF trabalha apenas com algumas linhas da tabela verdade do FF-JK MS:

11 Exercício 9) Complete a forma de onda FLIP-FLOP JK MS TIPO T (TOGGLE COMUTAR) É construído com o FF-JK MS, sendo que as entradas J e K são curto-circuitadas. Com isso esse FF trabalha apenas com algumas linhas da tabela verdade do FF-JK MS: Exercício 10) Complete a forma de onda:

12 Exercício 11) Complete a forma de onda e note que na saída temos um divisor de freqüência de 2 (ou multiplicador de período). Freqüência: f = (1/T) Exercício 12) Um sistema deve separar as peças que chegam em intervalos irregulares entre duas esteiras. Uma peça deve ser colocada na primeira esteira e a peça seguinte deve ser colocada na segunda esteira e assim sucessivamente. Projete esse sistema.

13 Exercício 13) Projete um sistema para ligar dois aquecedores A1 e A2. O sistema possui dois sensores: S16 (que gera um nível lógico 1 quando a temperatura passar de 16 o.c) S18 (que gera um nível lógico 1 quando a temperatura passar de 18 o.c). O sistema opera da seguinte maneira: - quando a temperatura for menor do que 16 o.c, os dois aquecedores devem ser ligados, - sempre que a temperatura estiver entre 16 o.c e 18 o.c deve-se ligar um dos aquecedores alternadamente, - quando a temperatura for maior do que 18 o.c deve-se desligar os dois aquecedores. Consulta: Idoeta Cap.06 Malvino vol.02 cap.08 Bignel vol.02 cap. 07 e 08