LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA...



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Transcrição:

14 de junho de 2013 Moore Stephens Edição Diária PRECISE. PROVEN. PERFORMANCE. ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA...2 Empresas terão que mudar forma de entrega de imposto (DCI SP)...2 Comissão aprova dedução de parcelas do valor a ser pago por empresas do Supersimples (Agência Senado)...2 Sem certidão negativa, Petrobras pode ter operações interrompidas (O Globo)...3 Teles podem usar créditos de ICMS de energia (Valor Econômico)...3 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA...4 Acidente de trabalho e desoneração da folha (Valor Econômico)...4 Aluguel de salas é saída para microempresas (DCI SP)...4 CONTABILIDADE / AUDITORIA...6 Provas do EQT serão realizadas este mês (CRC SP)...6 CFC lançará resolução sobre lavagem de dinheiro em 2014 (Ibracon)...7 Auditar PMEs é nova fronteira para profissionais (Ibracon)...7 OUTROS ASSUNTOS...8 Fim de IOF sobre câmbio futuro faz dólar cair 0,97% (O Globo)...8 EUA querem investir no Brasil, mostra pesquisa (Valor Econômico)......9 "Ter uma marca forte gera valor financeiro às empresas" (Brasil Econômico)......9 Brasil se defende de questionamentos na OMC (Valor Econômico)......11 Sobre a Moore Stephens Auditores e Consultores A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo. A empresa é formada por aproximadamente 630 escritórios e está presente em mais de 100 países. Está entre as 12 maiores posições no ranking mundial, com faturamento anual de mais de US$ 2 bilhões. A Moore Stephens Auditores e Consultores presta serviços em auditoria, consultoria tributária e empresarial, tecnologia de informação, outsourcing de serviços contábeis, tributários e administrativos, e corporate finance. Há ainda determinadas divisões, com estruturas próprias, criadas para atendimento de interesses específicos, como a Divisão de Auditoria Interna e a Divisão de Small Business, entre outras. Fale com a Moore Stephens: mscorp@msbrasil.com.br Siga-nos na internet e nas redes sociais: Homepage: www.msbrasil.com.br Facebook: http://www.facebook.com/moorestephensbr Twitter: http://twitter.com/#!/moorestephensbr Linkedin: http://www.linkedin.com/companies/moore-stephens-brasil Blog: http://msbrasil.com.br/blog/ SlideShare: http://www.slideshare.net/moorestephensbr Youtube: http://www.youtube.com/moorestephensbr

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA deve facilitar a entrega das informações. "Isto porque todo o Sped que já existe, Sped Fiscal, Contábil e este que está chegando precisam ser parametrizados com o sistema da Empresas terão que mudar forma de entrega de empresa e pelo previsto na legislação vai amarrar imposto informações que está no Sped Contábil [cruzamento de informações]. Nos próximos anos, contudo, a situação ficará mais fácil para a vida dos contadores", prevê. Enquanto grande parte das empresas está com as atenções voltadas para sua adaptação ou envio das informações de PIS e Cofins para a Escrituração Fiscal Digital (EFD) dentro do chamado Sped, a Receita Federal divulgou mais uma obrigação. Desta vez, até mesmo as companhias que não conheciam este universo terão que enviar dados relacionados à cobrança de imposto de renda (IR) para o sistema digital. Por meio da publicação da Instrução Normativa 1.353 de 2013, em 30 de abril, foi criado o EFD do IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica (CSLL), o EFD-IRPJ ou Sped Imposto de Renda como já ficou conhecido pelos especialistas. A obrigação substituirá a entrega da antiga Declaração de Ajuste Anual de IRPJ (DIPJ). De acordo com os especialistas, a entrega será obrigatória para as pessoas jurídicas sujeitas à apuração do Imposto de Renda pelo regime do Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado, e para as pessoas jurídicas imunes e isentas, como sindicatos, associações e até igrejas, a partir de 2014, com primeira entrega até 30 de junho de 2015. O diretor da Divisão de Auditoria Contábil da BDO Brazil, Hugo Amano, comenta que as empresas isentas ou imunes de IR podem ter mais dificuldades para à adequação por ter uma estrutura menor para tanto do que as grandes empresas. "Mas a tendência, no médio prazo, é que todos estarão dentro desse sistema, inclusive os integrantes do Simples Nacional", diz. A sócia da Trevisan Gestão e Consultoria e da Efycaz Trevisan, Geuma Nascimento, disse ao DCI que uma fonte da Receita Federal afirmou à ela que, em 2016, as empresas do regime simplificado de tributação terão que se adaptar ao sistema. "É preciso ficar atento a isso. Já há percepções disso, mas em algum momento a população empresarial vai acordar e ver que o Sped é uma importante ferramenta de gestão", avalia. O diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota, comenta que como não foi divulgado o layout do EFD-IRPJ não é possível saber qual deve ser o impacto dessa nova obrigação para as empresas. Contudo, ele acredita que há uma possibilidade de que o contador tenha que informar nota por nota a quantidade de imposto a ser pago. "O documento deverá demonstrar o mesmo Plano de Contas da EFD [Sped Contábil], mesmos saldos das contas contábeis, todos os ajustes para a apuração do Lucro Real [adições e exclusões] e compensações de prejuízos fiscais [quando for o caso]", explica. Na opinião de Amano, no primeiro ano, o EFD-IRPJ não A norma prevê ainda que nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a EFD-IRPJ deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras, até o último dia útil do mês subsequente ao do evento, exceto nos casos em que o evento ocorrer de janeiro a maio do ano-calendário. O presidente da Associação Brasileira de Advocacia Tributária (Abat), Halley Henares, entende que a maior preocupação das empresas é o cruzamento de informações. "O contribuinte está mais exposto e se não enviar as informações com exatidão pode receber punições e autuações", diz. "Outro problema é o custo que isto vem gerando. Eu conheci uma empresa que em dois anos gastou milhões para se adaptar ao sistema e acredita que para fazer a manutenção vai ter uma despesa de 50% do custo de implementação", acrescentou. Segundo Mota, a não apresentação do Sped nos prazos varia de R$ 500 por mês-calendário ou fração, para a pessoa jurídica que tenha apurado lucro presumido a R$ 1.500, no Lucro Real. Autuações Levantamento feito pela contadora e advogada tributarista da TAF Consultoria, Tania Gurgel revelou que com as mudanças com o Sped, o índice de autuações cresceu muito nos últimos anos e, não necessariamente, devido aos empresários estarem tendo os desvios descobertos, mas, em muitos casos, o gestor é surpreendido por não saber como proceder corretamente frente às novas obrigações. "Em 2010, o resultado das autuações no Brasil gerou R$ 90 bilhões para os cofres públicos. No ano seguinte, esse montante avançou 20,9%, com autuações na ordem de R$ 109 bilhões. Já no ano passado, o aumento foi de 5,6%, somando as autuações R$ 115,8 bilhões. Esses números com o SPED são muito grandes, porque o universo de conferência do fisco é gigantesco com a implementação da Escrituração Digital", avalia. Fonte: DCI SP (). Comissão aprova dedução de parcelas do valor a ser pago por empresas do Supersimples A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou, na quarta-feira (12), o Projeto de Lei Complementar 221/12, do deputado Vaz de Lima (PSDB- SP), que cria parcelas dedutíveis do valor devido mensalmente por empresas pertencentes ao Simples Nacional, também conhecido como Supersimples. 2

A proposta altera a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06). De acordo com o texto, as parcelas dedutíveis variam conforme a faixa de renda da empresa. Hoje, no Simples, para cada faixa de faturamento, o microempresário recolhe uma determinada alíquota de imposto prevista em tabela própria. A proposta autoriza o empresário a pagar somente o percentual equivalente ao excedente de cada faixa de faturamento, a exemplo do que ocorre no Imposto de Renda. Mudança de faixa O relator na comissão, deputado José Augusto Maia (PTB- PE), defendeu a aprovação da proposta argumentando que ela evita que uma empresa cuja renda se localize no limite de mudança de faixa, simplesmente por produzir um real a mais, mude de faixa e passe a sofrer tributação muito superior ao que vinha recolhendo antes da produção dessa unidade adicional. Segundo Maia, essa sistemática é um forte desincentivo ao crescimento da empresa, fato que não ocorreria se somente a unidade produzida a mais estivesse sujeita à nova alíquota. Tramitação A proposta tramita em regime de prioridade e será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; e, em seguida, pelo Plenário. A Petrobras acionou nesta quinta-feira o Superior Tribunal de Justiça (STJ) com um pedido de medida cautelar para suspender a decisão da PGFN, mas seu requerimento foi negado pelo ministro Benedito Gonçalves, que indicou que cabe ao próprio TRF-2 avaliar o caso. Segundo o ministro, a Petrobras não demonstrou de forma convincente, em seu pedido, o risco de danos irreparáveis. De acordo com reportagem publicada no site da Folha S. de Paulo, a Petrobras alegou em seu requerimento ao STJ, assinado pelo advogado Leo Krakowiak, que a empresa, após a decisão da PGFN fica impedida de proceder a importação de petróleo necessária ao abastecimento de combustível no mercado nacional, fica impedida de exportar sua produção, fica impossibilitada de participar em rodadas de licitação da ANP, inclusive relativa ao pré-sal, fica impossibilitada de fruir dos benefícios fiscais federais etc Em relatório a investidores protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 9 deste mês, a Petrobras apontou o processo como uma das discussões jurídicas relevantes para a decisão de seus acionistas. Sem provisão de recursos Segundo a empresa, a cobrança estava suspensa exatamente por medida cautelar do TRF-2, mas a chance de perda da empresa era considerada possível e seu impacto descrito como financeiro somente, limitado ao valor máximo de exposição. Mas a empresa alegava que não havia recursos provisionados para dar conta do débito em discussão. Fonte: Agência Senado (). Sem certidão negativa, Petrobras pode ter operações interrompidas Segundo Receita, há uma dívida de R$ 7 bi A Petrobras corre o risco de ter boa parte de suas operações comerciais interrompidas, depois que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) determinou a suspensão da certidão negativa de débitos da empresa junto ao governo, neste mês, sustentada em decisão judicial. A estatal teve sua certidão suspensa depois que a Procuradoria conseguiu que o Tribunal Regional Federal na 2º Região (Estado do Rio de Janeiro) reconhecesse uma dívida da empresa de R$ 7,39 bilhões em valores atualizados. A dívida tem origem em um questionamento sobre o recolhimento de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) entre 1999 e 2002. A disputa envolvia a tributação de remessas da empresa efetuadas ao exterior para pagar o frete de plataformas móveis. A Receita Federal entende que o imposto é devido, mas a Petrobras diz que não, por se tratar de negócio fechado no exterior. Procurada pela reportagem do GLOBO, a Petrobras informou nesta quinta-feira que está tomando as medidas cabíveis para recorrer dessa decisão, mas não quis comentar o conteúdo da ação. A PGFN também não se manifestou. Fonte: O Globo (). Teles podem usar créditos de ICMS de energia Pela segunda vez em pouco mais de um ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu vitória às empresas de telecomunicação em uma disputa bilionária com os governos estaduais. Por quatro votos a três, a 1ª Seção decidiu na quarta-feira que as teles têm direito de utilizar créditos do ICMS decorrentes da compra de energia elétrica. Proferida depois de duas horas de intenso debate entre os ministros, a decisão, por meio de recurso repetitivo, terá impacto para todos os Estados. Em razão do impacto econômico, as secretarias da Fazenda dos 26 Estados e do Distrito Federal atuaram no processo como partes interessadas (amicus curie). Aos ministros, afirmaram que a perda de arrecadação anual do ICMS poderá chegar a R$ 300 milhões. 3

Com a derrota no STJ, os governos depositam, agora, suas esperanças no Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará a questão por repercussão geral. O relator do recurso da Oi contra o Estado do Paraná é o ministro Luiz Fux. A Fazenda de São Paulo estima que o uso dos créditos pelas teles acarretará perda de R$ 74 milhões ao ano na arrecadação. O Fisco paulista ainda informou aos ministros que há o risco de devolução de aproximadamente R$ 360 milhões recolhidos pelas empresas. Minas Gerais estima perda de R$ 10 milhões por ano. A arrecadação do Estado estimada para este ano é de R$ 35 bilhões. Os advogados das empresas dizem que o impacto estimado é irreal porque as empresas já têm usufruído dos créditos. De acordo com eles, mesmo que haja impacto, será "um grão de areia" diante dos bilhões de reais arrecadados de ICMS. "Os Estados estimam perda de R$ 300 milhões diante de uma arrecadação anual de R$ 300 bilhões. Significa 0,1%. Não haverá perda", afirmou na tribuna do STJ o advogado André Mendes, que representou a Telemig (atual Vivo) na disputa contra o Estado de Minas Gerais. Schenk, que representou o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), que abrange 61 companhias do setor. "Há um processo de transformação da energia em pulso e em voz", completa Schenk, do Paulo Cezar Pinheiro Carneiro - Advogados Associados, escritório que representa a Oi no recurso a ser julgado pelo STF. Fonte: Valor Econômico (). RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Acidente de trabalho e desoneração da folha Por Mauricio Pallotta Rodrigues Com o argumento de estimular a adoção de políticas empresariais voltadas às melhorias do meio ambiente do trabalho por meio de ações de medicina, segurança, saúde e higiene do trabalho, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alterou em 2010 as regras de fixação de alíquotas do Seguro Acidente de Trabalho (SAT), incluindo no ordenamento a metodologia do Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Na prática, a decisão desta semana confirma a jurisprudência da Corte, firmada em maio de 2012 na análise de um recurso do Estado do Rio Grande do Sul contra a Brasil Telecom (hoje Oi). No julgamento do casoque durou dois anos por causa dos pedidos de vista - apenas o ministro Herman Benjamin concordou com a tese da Fazenda desde o início. Na sessão de quarta-feira, os ministros Humberto Martins e Arnaldo Esteves Lima mudaram de posição em relação ao julgamento de 2012 e acompanharam a tese do Fisco. Para eles, o serviço de telecomunicação não consiste em industrialização de um produto final. Logo, não poderia utilizar os créditos. Os votos baseiam-se no artigo 33 da Lei Kandir (Lei Complementar nº 87, de 1996). O dispositivo determina que a energia elétrica só gera créditos quando utilizada em processos de industrialização. "O uso da energia não termina com produto final e acabado. O serviço é imaterial, envolve eletricidade, luz e eletromagnetismo", disse, na tribuna a procuradora do Estado de Minas Gerais, Vanessa Abreu. A maioria dos ministros da 1ª Seção, ao seguir o voto do relator, ministro Sérgio Kukina, entendeu que a energia elétrica é o principal insumo da atividade de telecomunicação. Dessa forma, para não violar o regime da não cumulatividade do ICMS, as empresas devem tomar os créditos decorrentes da compra de energia. Ainda no entendimento de Kukina, uma lei complementar (Lei Kandir) não poderia banir o uso de crédito de um insumo essencial para o setor. "O usuário pode carregar e descarregar a bateria do celular, mas se não firmar um contrato com a operadora não haverá comunicação", disse o advogado Leonardo O FAP é um multiplicador variável aplicado sobre a alíquota do SAT de cada empresa, o qual, por sua vez, é estabelecido segundo a sua atividade principal conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). O resultado prático da aplicação do FAP será a majoração ou a diminuição do SAT. Na composição do FAP, o INSS leva em consideração principalmente os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho dentro de certo período, que tenham resultado em pagamento de benefícios. O prêmio representado pela redução do FAP está se mostrando como uma penalização às empresas. Nesse modelo, o FAP serve para aferir o desempenho das empresas, estimular a introdução de políticas de segurança e saúde do trabalho e, consequentemente, reduzir os índices de acidente de trabalho. Em tese, deveria ser oferecido um prêmio (a redução do SAT em até 50%) para as empresas que, em razão de melhorias implantadas no meio ambiente do trabalho, conseguissem reduzir o número de acidentados na sua atividade empresarial. No entanto, na apuração do FAP, além dos acidentes comunicados pela empresa (através da CAT), são utilizados também aqueles estabelecidos pelo próprio INSS por meio dos nexos técnicos previdenciários (NTP), que são os critérios técnicos que possibilitam a presunção de que determinada moléstia esteja direta ou indiretamente relacionada com as atividades desempenhadas pelo empregado, ainda que a empresa assim não entenda. 4

Moore Stephens Assim, no momento da perícia médica realizada no MS News - Abril de 2012 Aluguel de salas é saída para microempresas empregado pelo INSS, ainda que o afastamento decorra de doença não relacionada com o trabalho, portanto, sem O crescimento exponencial de empreendedores que emissão prévia de Comunicação de Acidente de Trabalho trabalham de casa, conhecido como home office, tem (CAT), o perito poderá enquadrar a doença como trazido ao mercado de trabalho uma nova opção: o aluguel acidentária, cabendo ao empregador o dever de de escritórios físicos apenas para reuniões e encontros demonstrar que no caso específico a patologia que esporádicos. Só em São Paulo, segundo o Ministério do incapacitou o cidadão não guarda nenhum vínculo com as Trabalho, mais de 1,5 milhão de pessoas exercem suas tarefas por ele exercidas. funções da própria residência, abrindo oportunidade para Em relação a essa conduta do INSS, é importante salientar que a concessão mediante enquadramento por nexo técnico, bem como aquela decorrente da emissão da CAT, também reflete no cálculo do FAP, pois todos os benefícios decorrentes de acidente de trabalho são considerados para esse fim. Além da majoração do FAP e consequente oneração tributária da empresa, os enquadramentos acidentários do INSS por nexos técnicos podem refletir em outras áreas e gerar prejuízos ao empregador, tais como: implicações trabalhistas decorrentes da obrigatoriedade de manutenção dos depósitos de FGTS durante todo o período de afastamento e dever de respeitar a estabilidade de um ano após o retorno e possíveis ações trabalhistas indenizatórias. Outra possibilidade são as implicações civis decorrentes da possibilidade de ação de regresso por parte do INSS para recuperar as despesas decorrentes da concessão de benefício acidentário. Ainda há as implicações ambientais decorrentes de fiscalizações ambientais, tanto por parte da administração pública, quanto dos sindicatos. É simples concluir que o prêmio representado pela redução do FAP, fundamento da adoção do novo método, está se mostrando cada vez mais como uma penalização às empresas. Por vezes, mesmo as empresas que efetivamente reduziram seus índices de acidente, podem ter os seus índices deturpados por atos unilaterais da perícia médica pela incorreta aplicação dos NTP's. Cabe às empresas a impugnação legal desses enquadramentos por nexo técnico sempre que verificada a ausência de fundamentos que os justifiquem. Para tanto, é imprescindível a manutenção de uma eficiente gestão de acidentados, com o controle por meio de laudos médicos e de engenharia de segurança do trabalho, relativamente ao cumprimento das normas regulamentadoras (NR's) e da existência ou não de acidente ou doença do trabalho. De tal modo, tem se mostrado cada vez mais importante que as empresas, principalmente aquelas que em função de sua atividade estão mais sujeitas a acidentes, administrem esse passivo acidentário e avaliem essa contingência de enquadramentos por NTP, pois o sucesso nas impugnações acarreta na diminuição do FAP e, consequentemente, na desoneração da folha das empresas. Fonte: Valor Econômico (). empresas que fornecem tecnologia alugadas. e infraestrutura Segundo dados da Associação Nacional dos Centros de Negócios e Escritórios Virtuais (ANCNev ), o País conta com mais de 600 companhias de escritório virtual e o investimento mensal feito pelos clientes fica entre R$ 200 e R$ 500. Exemplo disso, a Virtual Office, oferece aos clientes um espaço físico que conta com itens como atendimento telefônico personalizado, salas de reunião, endereço comercial e fiscal para as empresas, além de assessoria tributária e contábil. A empresa projeta um crescimento de 20% este ano e ao longo dos últimos doze meses ganhou 2.300 clientes. "Essa tendência é muito forte no Brasil nos últimos cinco anos. Este tipo de negócio reduz muito os custos pelo conceito de compartilhamento de espaços e de mão de obra, oferecendo serviços de muita qualidade para um público que está acostumado a ter suas secretárias próprias e, se iniciam o seu business em espaço próprio, muitas vezes ficam sem caixa para ter uma assistência completa", detalha Mari Gradilone, sócia-diretora da Virtual Office. A executiva explica que modalidade de negócio é muito procurada por profissionais liberais, advogados, consultores, engenheiros fazendeiros e até jogadores de futebol. "O empresário que busca esse tipo de negócio quer tranquilidade para gerir o seu próprio negócio e necessita do nosso suporte administrativo com eficiência e excelência", completou. A empresa possui seis unidades próprias, sendo três em São Paulo, duas Alphaville e uma Rio de Janeiro, além de uma parceria com a ANCNev em diferentes Estados do País, como por exemplo, Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE). "Existem mercados muito bons, embora o de São Paulo seja muito receptivo a negócios em geral. Entre as apostas do grupo está o mercado do Rio de Janeiro, onde a gente já atua, e para futuras unidades, nossa aposta fica em mercados próximos a São Paulo, no interior", diz, lembrando que cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba já têm suas unidades. A empresa, uma das maiores no segmento de escritórios compartilhados do País, tem cerca de 30% da receita vindos de clientes de outros estados e quer alavancar ainda mais essa fatia. "Nossa meta é aumentar o número de clientes da empresa em 40% até o final deste ano. 5

Estamos concentrando esforços para ampliar nossa Contabilidade), a partir do dia 17 de junho de 2013. participação no Rio de Janeiro e no Nordeste, por exemplo", reforça Mari. Com a perspectiva de aumentar em até 40% a carteira de clientes este ano a empresa projeta alta na casa de 20% em faturamento. "Nosso faturamento de 2012 foi na ordem R$ 10 milhões, queremos chegar a R$ 12 milhões", diz. O modelo de negócio adotado pela empresa tem se desenvolvido também em outros países. "este mercado é crescente no mundo, principalmente na Europa e Estados Unidos", explicou. A empresária disse ainda que o nascimento da empresa aconteceu há quase duas décadas, inspiradas também em modelos bem sucedidos deste negócio pelo mundo. "O nosso modelo foi inspirado na Suiça há 18 anos. Vimos uma oportunidade de implantar no Brasil este conceito, inovador para a época", explicou. Este mês a Virtual Office passou a adotar um novo padrão visual em sua marca e suas ferramentas de comunicação. "O mundo se renova a cada momento, nós precisamos acompanhar. Renovar nossos serviços e linguagem, sem perder os valores que nos conduziram até aqui", disse. A executiva explicou ainda que a nova marca teve todas as peças de comunicação criadas pela agência 1818Br Comunicação. "O logo do Virtual Office ganha um ar mais jovial, com traços mais leves e visual claro", continuou. Fonte: DCI SP (). CONTABILIDADE / AUDITORIA Provas do EQT serão realizadas este mês Primeira avaliação, de Qualificação Técnica Geral, acontece no dia 26 de junho de 2013 No dia 26 de junho acontece a primeira prova do 13º EQT (Exame de Qualificação Técnica) que possibilita o registro no CNAI (Cadastro Nacional de Auditores Independentes) do Conselho Federal de Contabilidade. O exame é composto por três provas e os aprovados estarão habilitados para atuar como Auditores Independentes no mercado de valores mobiliários, financeiro e de seguros privados: Os editais das provas estão disponíveis no Portal do CRC SP - www.crcsp.org.br. Fonte: CRC SP (). CFC lançará resolução sobre lavagem de dinheiro em 2014 Aos profissionais de contabilidade, a Lei de Lavagem de Dinheiro traz um indicativo claro. Basta de jeitinho. Essa é a opinião de Guilherme Bottrel Pereira Tostes, vicepresidente Região Sudeste da Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas). Carioca, Tostes arrancou risos da plateia na última palestra do primeiro dia da 3ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente em São Paulo. Isso porque segundo ele, dar o jeitinho para viabilizar operações ilícitas é agir como "mané" na gíria carioca. "Se ajudar a alguém lavar dinheiro é crime", enfatizou. "Para nós meditarmos: sermos lenientes, permissivos, complacentes com alguns dos clientes", vai nos levar a algum lugar? Para Tostes, esse é momento dos contadores resgatarem a credibilidade da profissão agindo conforme a lei, e não aceitando facilitar operações de origem duvidosa. "As informações (ao Coaf) se prestam a alimentar uma base de dados." Tostes esclareceu que as prerrogativas da profissão estão resguardadas. "A Lei 12638 não se contrapõe ao código de ética." A categoria contábil é uma das que terá assento no Coaf. A conduta própria da profissão será divulgada ao longo do segundo semestre por entidades da classe contábil em campanhas de esclarecimento. A resolução do CFC entrará em vigor em janeiro de 2014. Enory Luiz Spinelli, vice-presidente de Desenvolvimento Operacional do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), destacou que "é na preparação da contabilidade que se deve ter cuidado. Nem sempre o profissional sabe o que transita no ERP. O cuidado deve estar voltado para a operação que deu origem aquele dinheiro. Como as operações acontecem - aí que se deve ter o cuidado maior", enfatizou. - dia 26 de junho: prova de Qualificação Técnica Geral; - dia 27 de junho: prova específica para o Banco Central do Brasil; - dia 28 de junho: prova específica para a Susep. Todas as provas serão aplicadas das 14h às 18h, horário de Brasília, nas seguintes cidades: Campinas, Marília, Ribeirão Preto e São Paulo. Os locais serão divulgados nos sites do CFC e dos CRCs (Conselhos Regionais de César Almeida, coordenador-geral de Supervisão do Coaf, disse que é preciso ter atenção com operações complexas nas quais não se distingue quem é o dono. "Várias empresas em estruturas desnecessariamente complexas devem ser observadas. Volume de negócios fora do comum e movimentação de forma unusual podem levantar suspeitas. É preciso conhecer o cliente, manter registro das operações - se algum dia a policia ou MP precisarem refazer a operação, além de comunicar ao Coaf." 6

Moore Stephens lmeida explicou que o Coaf cruza dados a partir das MS News - Abril de 2012 humanos, educação continuada e profissionais treinados. informações prestadas com bancos de dados e cria um Não há obrigatoriedade de auditoria em PMEs, apesar da relatório de inteligência financeira, que não será prova. prática ser recomendada. "Quem contou ao Coaf não irá aparecer no relatório. O sistema do Coaf tem a mesma tecnologia do sistema de Na auditoria feita em empresas de maior porte, como as declaração do IR", informou. de capital aberto, deve-se considerar nos honorários uso de especialistas externos, que apresentem avaliações e Fonte: Ibracon (). laudos e dêem consistência ao trabalho. Nas empresas, é aconselhável política de monitoramento e sócio revisor, além do uso de softwares, que simplifiquem o trabalho do Auditar PMEs é nova fronteira para profissionais auditor. Na União Europeia, as PMEs (pequenas e médias empresas) chegam a 28 milhões. Nos Estados Unidos, a 20 milhões. No Brasil, as PMEs estão em número de 6 milhões. Esse é o tamanho do potencial campo de trabalho adicional para auditores e contadores. "Quantas dessas podem ser alvo de auditoria? Muitas delas não têm contabilidade. Nosso desafio é muito grande", admite Almir Peloi, membro de grupo de trabalho do Ibracom (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil). De acordo com Peloi, a norma CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) PME não é simples aplicar. O CPC é o órgão brasileiro que adapta as normas internacionais às práticas brasileiras a partir de consultas e audiências públicas. Segundo Peloi, cabe o cuidado de conhecer bem o controle interno praticado pela empresa e depois avaliar o tipo de trabalho que será executado. Peloi indica fazer a diferenciação da auditoria. Nesse caso, se será complexa ou simples. Com até 50 funcionários, uma situação comum nas PMEs é a percepção que "muitas vezes que não da para fazer auditoria", descreve Peloi. "Muitas dessas empresas ainda se encontram em fase de discussões básicas como o reconhecimento de receita. Nota fiscal não é garantia. Bens do imobilizado precisam de controle e ajustes de períodos anteriores, com reflexo no balanço atual. Empresas listadas em bolsa não podem pensar em ressalvas, ao contrario das PMEs, que as utilizam constantemente." No emprego das normas contábeis cabe a esses profissionais observar a proporcionalidade. Esse princípio reforça o bom senso do auditor. Ao traçar seu plano de trabalho, o profissional deve considerar o porte da empresa e só aplicar as normas que forem necessárias. Economizando tempo e cobrança de honorários. É preciso que o "tamanho seja compatível das empresas que vão auditar e ser auditadas", esclarece Marco Antônio Papini, membro do Grupo de Trabalho do Ibracom, sobre a proporcionalidade. Segundo Papini, na CVM estão inscritas 358 empresas de menor porte. Destas, 96% têm de 1 a 5 responsáveis. Entre as vantagens de se auditar as PMEs estão práticas, sistemas e relatórios menos complexos. Da parte dos auditores cabe política de avaliação periódica em recursos Fonte: Ibracon (). OUTROS ASSUNTOS Fim de IOF sobre câmbio futuro faz dólar cair 0,97% Moeda americana fecha a R$ 2,133. Reação à medida do governo é considerada tímida Um dia depois de o governo anunciar o fim do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1% que incidia sobre operações no mercado de câmbio futuro, o dólar comercial fechou ontem em baixa frente ao real. A moeda americana se desvalorizou 0,97%, cotada a R$ 2,131 na compra e a R$ 2,133 na venda. Na máxima do dia, a divisa foi negociada a R$ 2,152, enquanto a mínima bateu em R$ 2,132. Mesmo com a queda, segundo especialistas, a reação do câmbio foi considerada tímida pelo mercado, já que ainda persistem desconfianças em relação aos fundamentos da economia brasileira. Além disso, no exterior, as incertezas sobre a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação ao programa de estímulo à economia americana deixam os investidores em compasso de espera. Em relatório, o banco HSBC afirma que o real pode se valorizar no curto prazo, mas os fundamentos permanecem fracos e apontam para uma desvalorização da moeda brasileira no médio prazo. "O fato é que a retirada do IOF ajuda a restaurar a transparência e a eficiência ao mercado, o que é por si só positivo", avalia o HSBC. Felipe Pellegrini, gerente de câmbio do Banco Confidence, lembra que o dólar manteve ontem a tendência de baixa desde a abertura, sem volatilidade. Mas ele avalia que, mesmo com o fim do IOF, a tendência do dólar no médio prazo continua sendo de alta. O dólar continuará testando o patamar de R$ 2,15 nos próximos dias, até porque o fim do IOF só deve surtir efeito num prazo mais longo, com a vinda do capital externo. Mas é preciso lembrar que hoje há uma percepção ruim entre os investidores dos fundamentos da 7

Moore Stephens economia brasileira e acontece uma recuperação da MS News - Abril de 2012 nos últimos anos não tirou o ímpeto dos empresários economia dos EUA. americanos de investir no país. "Estão olhando o potencial, não para o curto prazo", disse ela, ressaltando o Bolsa sobe interesse de investimentos americanos imediatos. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, se recuperou um pouco das perdas recentes e subiu 2,51%, aos 50.414 pontos, recuperando o patamar dos 50 mil pontos. O volume negociado foi de R$ 7,9 bilhões. A alta das ações da Vale e a valorização dos principais índices americanos, que subiram mais de 1%, ajudaram o Ibovespa a fechar no azul. Entre as ações mais negociadas, Vale PNA (preferencial, sem direito a voto) subiu 4,56%, a R$ 28,64, acompanhando a valorização de papéis de mineradoras, como a Rio Tinto, no exterior. Petrobras PN teve alta de 3,75%, a R$ 18,81; Itaú Unibanco PN caiu 0,26%, a R$ 30,02, e Bradesco PN recuou 1,37% a R$ 30,14. Fonte: O Globo (). EUA querem investir no Brasil, mostra pesquisa Empresários americanos mostram grande interesse em investir no Brasil no curto prazo, atraídos principalmente pelas perspectivas de crescimento do mercado interno, indica pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) com 92 empresas dos Estados Unidos, das quais 60% ainda não têm negócios no país. Desse grupo, 65% das companhias estão dispostas a começar a operar no país nos próximos seis meses. Das empresas que já têm vínculos com o Brasil, 89% pretendem ampliar operações ou abrir um escritório no país, com 47% planejando fazê-lo já no próximo semestre. A pesquisa da Amcham recolheu informações de empresas automobilísticas, de logística, varejo, bens de consumo, educação, petróleo e gás, tecnologia da informação e comunicações, agronegócio e transporte e turismo. As possibilidades de crescimento da economia brasileira nos próximos anos, com oportunidades de investimento em infraestrutura, atraem Brad Lurie, presidente da Bright Light Systems, que fabrica equipamentos de iluminação para aumentar a eficiência energética em portos, aeroportos e grandes fábricas. Lurie disse que pretende montar uma operação no Brasil daqui seis meses ou um ano. O empresário ainda tem dúvidas se vai se estabelecer sozinho ou se terá um parceiro brasileiro. "O Brasil é um mercado em expansão, e a expectativa é que haverá muito investimento em infraestrutura e logística", afirmou Lurie, participante do seminário "Como fazer negócios e investir no Brasil", promovido pela Amcham, em Atlanta. Montar o negócio no Brasil e criar uma cadeia de fornecimento local lhe parece hoje a melhor opção. Para a gerente de comércio exterior da Amcham, Camila Moura, a pesquisa indica que o crescimento mais fraco Das empresas que ainda não têm ligações com o Brasil, 37% apontam o crescimento do mercado consumidor como o principal motivo para querer investir no país, com 22% citando a importância diversificação de mercados e de depender menos da economia dos EUA. No caso das companhias que já fazem negócios no Brasil, o crescimento do mercado interno é mencionado por 50% dos entrevistados como a grande vantagem. Diretor de operações e analista-sênior da Libreum Capital Management, Tony Martin considera normal o país ter um período de menor crescimento. "O Brasil não está imune ao ciclo de negócios." A proximidade da Copa do Mundo e da Olimpíada oferecerá oportunidades interessantes de investimento, disse ele, considerando que as obras de infraestrutura continuarão a beneficiar o país mesmo depois dos eventos. Martin foi ao evento da Amcham para buscar mais informações sobre qual a melhor opção de investir no Brasil nesse momento: se por meio do fundo de hedge ou fundo de participação no capital (private equity) da Libreum. Para a sua empresa, é importante entender questões de regulação, taxação e da liquidez das alternativas de investimento. Otimista com as perspectivas de crescimento de longo prazo do país, Martin planeja investir no Brasil num prazo de seis meses a um ano. Radicado em Atlanta, o presidente Advanced Global Advisers, Wilson Faure, faz consultoria para empresas americanas que pretendem atuar no Brasil. Segundo ele, os empresários dos EUA veem o crescimento do mercado interno, com a ascensão da classe média, como boa opção de negócios na área de bens de consumo, além de mostrar muito interesse no setor de infraestrutura. "A Geórgia (Estado cuja capital é Atlanta) é muito forte na área de logística, serviços e tecnologia." Para Faure, as recentes mudanças nas regras de concessões são um ponto favorável, que podem atrair mais capital americano para o país. A taxa de retorno das concessões de rodovias e ferrovias, por exemplo, foi elevada. Um fator que preocupa bastante os empresários dos EUA é a complexidade do sistema tributário brasileiro, destacou Faure. Na pesquisa da Amcham, a alta carga tributária aparece como o segundo maior obstáculo para fazer negócios e investir no Brasil. O peso dos impostos é mencionada por 21% das empresas que já atuam no Brasil e por 20% das que ainda não estão no país. A burocracia dos processos administrativos e aduaneiros ficou à frente como o grande problema, apontado por 33% das companhias que já atuam no país e por 27% das que não têm negócios no Brasil. 8

"Os empresários olham para esses problemas, mas isso não impede que queiram investir no país", diz Camila, para quem esse interesse no mercado brasileiro contribui para sustentar o elevado fluxo de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil, que totalizam US$ 64 bilhões nos 12 meses até abril. Fonte: Valor Econômico (). "Ter uma marca forte gera valor financeiro às empresas" Fizemos um trabalho prévio para a Arezzo antes de ela abrir o capital. Na época, o Anderson tinha se associado à gestora de recursostarpon. O empresário tinha Arezzo, Schutz, Ana Capri e Alexandre Birman, quatro marcas independentes que não se relacionavam com a marca corporativa, que é a Arezzo Holding. Com a mudança que fizemos, basicamente, a companhia passou a ser uma gestora de marcas - e não mais um fabricante de sapatos. E foi um sucesso porque ao criarmos uma marca forte fizemos com que ela trabalhasse para o negócio. Outro caso interessante é o Buscapé, que nasceu de uma empresa de buscador criada por Romero Rodrigues. Ana Couto é uma das pioneiras do branding no Brasil. Pelo seu escritório, fundado há 20 anos, já passaram mais de 80 marcas. Entre elas, nomes como P&G, Coca-Cola e Vale, que trabalham com a designer há mais de uma década. De folhetos para o Itaú, à ambientação das lojas e embalagens para a Loungerie, passando para eventos como o Vale Day (para investidores estrangeiros) ou o Coca-Cola Vibezone, até a construção de personalidade de marca, como na fusão da Cozan e Shell, com a criação da Raízen, ou a junção de 16 companhias que deram origem à Eletrobras, todas essas mudanças tiveram a participação dela. "A marca é apenas a ponta do iceberg. O branding não cumpriu seu papel de explicar o que ele é, porque ele alinha muita coisa, transforma o negócio, não é só comunicação. ", afirma Ana Couto. A seguir, ela fala sobre como uma marca forte agrega valor financeiro para uma empresa e os erros mais frequentes cometidospelos empreendedores brasileiros. Ter uma marca fortalecida significa ter lastro? A história do branding está muito ligada à maneira de como as ações são valorizadas no mercado financeiro. A Kraft comprou a Philip Morris e pagou seis veses o valor do patrimômio dela por casa dos ativos intangíveis. O que estava por trás disso era a aquisição da marca Marlboro, a mais valiosa do mundo na época. A marca tem um papel importantíssimo para a geração de valor. A partir daí o mercado começou a despertar para a geração de valor, financeiro, da marca. A decisão do gestor de fundos de investimento passa pela marca, que é o quinto atributo que o investidor analisa. E com isso começa a fechar o ciclo da valor da marca, que passa por todos os stackholders. Com a era digital tudo está mais interligado. O branding é muito importante nos processos de abertura de capital e de fusões ou aquisições. Ele é a resposta aos anseios do século 21. A marca é apenas a ponta do iceberg. O branding é muito importante na abertura de capital das empresas, aqui ou no exterior, ou em processos de fusões. Você poderia citar um exemplo aqui no Brasil? O negócio cresceu, e a Naspers entrou como investidor. Juntos, eles adquiriram mais de trinta empresas apenas em um ano e onde estava sua marca corporativa? Não havia nada, era um mar de marcas sem nada em comum. Hoje ela tem isso tudo, valores, atitudes e, principalmente, posicionamento. Deixou de ser uma companhia que vende coisas e passa a ser a Buscapé Company. A marca tem que gerar valor para as empresas, essa é a tendência atual. Porque todos precisam em algum momento de financiamento. Somos muito procurados por start-ups, por isso, acredito que a próxima geração de empreendedores terá marcas fortes. Como o Brasil está nesse quesito, de construção de marca? O maior questionamento que eu tinha era porque não havia aqui no Brasil marcas à altura do nosso mercado. Um país que está entre as dez maiores economias do mundo tem poucas marcas que atuam globalmente. Porque nosso mercado foi durante muito tempo fechado e orientado ao produto, com o enfoque em construir um negócio e não uma marca. Esse esforço não era necessário. Temos no Brasil empresas de cem anos com marcas pouquissímo conhecidas. Tinha também aqui a premissa de que você só precisava construir uma marca se estava no segmento de produto de consumo. Mas as empresas precisam de parceiros, necessitam abrir o capital e hoje os gestores entendem muito melhor do papel da marca para o negócio. A construção de marca passa pelo financeiro e a relação com os investidores, pelo comercial, pelo RH por conta da cultura que será estabelecida na empresa. Não é mais uma parte do marketing. Só que o grande desafio é sair da plataforma da marca, do planejamento estratégico, para entrar na prática, como a identidade daquela organização. Como começa a construção de uma marca? Se você traçar a plataforma da marca, que é o fio condutor do seu negócio em longo prazo, a construção da marca vai acontecer todos os dias. Mas sai caro explorar apenas a visão de produtos e serviços e não trabalhar o diferencial da proposta de valor na comunicação. Que perguntas são essenciais para fazer uma comunicação voltada para a marca? 9

Qual é minha proposta de valor? Porque eu existo? Em suma, é brand driven business. O produto muda muito. A Apple há trinta anos nasceu como uma empresa de computadores. O mercado de referência dela hoje é outro, é comportamento. E ela consegue fazer isso porque a proposta de valor dela não se limitou ao computador. Já a Xerox, que foi construída com base em um produto, tem dificuldade em fazer a transição quando o seu mercado entra em crise, porque nesse caso é necessário reconstruir o papel da marca e isso custa muito caro. A proposta de valor é também como a marca impacta a sociedade. É o fio condutor do papel social da marca. Muitas vezes, as corporações tem um papel social importante, mas que é descolado da marca. Nesse caso, trata-se de mecenato e não de algo que constroi valor para a marca.a marca para o negócio, para o cliente, para os colaboradores, isso é a proposta de valor. Quais são os erros mais frequentes no branding? O over, ter uma marca que invade os espaço do consumidor, é agressivo. Tem alguns anúncios de algumas redes varejistas em que o garoto propaganda grita, eu desligo a televisão. As marcas não podem ser invasivas, elas tem que criar relevância. Sou muito cética em relação a esse tipo de ação. O branding surgiu da seguinte pergunta: até que ponto você pode vender? As pessoas estão mais dispostas a contruir uma relação de valor que as beneficie. O Itaú colocar bicicletas na rua, me beneficia. Vai além do patrocínio, não é uma venda. É relevante. O over, o vender por vender, o aparecer por aparecer, isso acabou. Como o Starbucks, que vai além de servir o café porque criou um ambiente que permite reuniões e faz com que o consumidor se sinta acolhido. O benefício, nesse caso, é funcional pois traz a experiência da marca naquele ambiente. Outro caminho é trazer a relevância para além do produto, enfocando como aquela marca pode mudar a vida do consumidor. Como por exemplo o mote da Nike, "Cada corpo tem um atleta". Eu, como consumidora, entendo isso, sei que eles tem bons produtos, que trabalham com os atletas profissionais, que a relação é focada na performance e é isso que o atleta amador busca. É a essencia da marca, que é genuina. Não tem posicionamento bom ou ruim, só que é consistente ou não. E o maior desafio? Tem empresas que fazem sua proposta de valor, mas isso não a transforma. Implementar é mais dificil do que construir a plataforma da marca. O branding não é um projeto, algo que tem começo, meio e fim, e sim um processo contínuo, uma vez é necessário que se vivencie os valores e a essência da marca. O branding não cumpriu seu papel de explicar o que ele é, porque ele alinha muita coisa, mexe muito com negócio, não é só comunicação. Por exemplo, fizemos o reposicionamento do PIC, do Itaú, que era vendido com o enfoque em investimento. Os gerentes tinham que vender, porque tinham cotas a cumprir, e acabavam empurrando o produto com o argumento errado. Definimos com o banco que o argumento deveria ser o de um jogo em que você não perdia seu investimento - o PIC é uma loteria sem risco. O Roberto Setubal, o presidente do Itaú, destacou o aumento das vendas em um evento. Fizemos recentemente o lançamento do Classic, uma companhia que oferece cuidados extensivos em hospital. Quando fomos fazer o trabalho de branding começamos a conceituar aquilo perguntando como eles planejavam ingressar no mercado e qual era a cadeia de relacionamento desse setor. Nosso questionamento ajudou a estruturar o negócio da empresa. Como sair do conceito e ir para a prática? As marcas, assim como as pessoas, tem um propósito, uma forma de pensar, de falar, e nascem com um DNA, que é a essência. É o que chamamos de personalidade de marca. O design vem da identidade, mas o branding cria esse instrumental, que tem quatro dimensões: a proposta de valor, a personalidade, a atitude e o posicionamento, que é de curto prazo e é calcado na proposta de valor. Como, por exemplo, a Apple, que tem como proposta Challenge the status quo. Até por isso ela deixou de ser uma empresa que fabrica computadores. Já a Microsoft tinha como visão ter um computador em cada mesa. Ela conquistou isso, mas tem que rever esse conceito em longo prazo porque as vendas de computadores estão caindo no mundo. Acho que a empresa fundada por Bill Gates, ao contrário da Apple, não tem muito definida qual é sua essência e, por consequência, sua proposta de valor. O caminho de valor da Apple é mais claro. E por ser uma empresa orientada ao produto, a Microsoft sofre mais. A sua empresa de branding completa 20 anos de atuação neste ano. o que mudou nesse período na forma como as empresas posicionam suas marcas? Olhar para trás, há vinte anos e falar de branding era um desafio.nesse período tivemos a abertura do mercado brasileiro, a globalização, o desenvolvimento da internet, o fortalecimento do mercado financeiro, o processo de abertura de capital das empresas, e com isso tudo as marcas ficaram mais expostas. Antigamente existia o conceito de marcalow profile, que não é mais possível hoje em dia. A marca tem que se posicionar, porque está sempre exposta. Um exemplo disso era o relatório anual das marcas, que aqui no Brasil era um balanço financeiro. Trouxemos o conceito da marca para o relatório anual. Fizemos o da Lojas Americanas, que até então era super formal, parecia com o de um banco, e colocamos um pouco da identidade e comunicação do varejo nesse documento. Ir além da mera prestação de contas foi uma pequena revolução. Há 18 anos nós casamos as visões financeira e do marketing da marca, que é a gestão da marca, mostrando o que era a visão para o longo prazo, quais eram os seus valores e 10

como o resultado reflete isso. O relatório anual é O Brasil informou, também, que 93,3% dos financiamentos importantíssimo para a criação de valor de uma marca. para investimentos agrícolas foram fornecidos pelo governo ou por fundos privados com juros controlados. Fonte: Brasil Econômico (). Fonte: Valor Econômico (). Brasil se defende de questionamentos na OMC **************************************************** O Brasil informou ontem a seus parceiros na Organização Mundial do Comércio (OMC) que não faz exigência de "desempenho exportador" para segmentos do agronegócio beneficiados com desonerações pelo Plano Brasil Maior. Atualmente um dos maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo, o país tem sua política agrícola monitorada atentamente por outros países, que utilizam o Comitê de Agricultura da OMC para fazer constantes questionamentos. Ontem, o Canadá voltou a fazer indagações a respeito de segmentos contemplados com a isenção de 20% da contribuição previdenciária se 50% ou mais do faturamento tiver origem em exportações. A resposta brasileira foi que o governo apenas alterou a metodologia de cálculo da contribuição e que a não se trata de um subsidio. Também a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) se mobilizou para esclarecer que "a desoneração da folha não está ligada às receitas de exportações, e sim ao que é produzido com destinação ao mercado interno", externando seu receio de que isso seja interpretado internacionalmente como subsídio às exportações. Os canadenses questionaram se outros segmentos, alem de suínos, frango, bovinos, vinho, nutrição animal e lácteos, estavam cobertos pelo beneficio. A resposta foi que a cobertura está definida desde janeiro e que a mudança na metodologia foi "apenas para simplificação burocrática". Quanto ao questionamento dos Estados Unidos sobre qual o real montante de subsídios domésticos no Brasil, especificamente os referentes ao Programa de Escoamento da Produção (PEP), a delegação brasileira respondeu que, "no momento", o governo não pode fornecer a informação, mas que a Conab está desenvolvendo um "mecanismo de controle" que poderá tornar os dados disponíveis no futuro. União Europeia, Austrália e Nova Zelândia, outros países de peso no comércio agropecuário mundial, questionaram os apoios oferecidos pelo Brasil com base em notificação feita pelo país de seus subsídios agrícolas em 2010. Uma das questões foi se o programa de alimentos nas escolas exige suprimento apenas de produção doméstica. O Brasil respondeu que a exigência é que pelo menos 30% do volume venha da agricultura familiar. Explicou que a agricultura familiar, definida como quem tem entre 5 e 110 hectares, representa 33% do PIB da agricultura brasileira e emprega 74% da mao de obra no setor. 11