Norma Internacional de Relatório Financeiro para Pequenas e Médias Empresas. (IFRS para PMEs)

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Transcrição:

Norma Internacional de Relatório Financeiro para Pequenas e Médias Empresas (IFRS para PMEs)

The International Financial Reporting Standard for Small and Medium-sized Entities (IFRS for SMEs) is issued by the International Accounting Standards Board (IASB), 30 Cannon Street, London EC4M 6XH, United Kingdom. Tel: +44 (0)20 7246 6410 Fax: +44 (0)20 7246 6411 Email: info@ifrs.org Web: www.ifrs.org The International Accounting Standards Committee Foundation (IASCF), the authors and the publishers do not accept responsibility for loss caused to any person who acts or refrains from acting in reliance on the material in this publication, whether such loss is caused by negligence or otherwise. The IFRS for SMEs and its accompanying documents are published in three parts: ISBN for this part: 978-85-89324-06-9 ISBN for complete publication (three parts): 978-85-89324-05-2 Copyright 2009 IASCF All rights reserved. No part of this publication may be translated, reprinted or reproduced or utilised in any form either in whole or in part or by any electronic, mechanical or other means, now known or hereafter invented, including photocopying and recording, or in any information storage and retrieval system, without prior permission in writing from the IASCF. This Brazilian Portuguese translation of the IFRS for SMEs included in this publication, has been approved by a Review Committee appointed by the IASCF. The Brazilian Portuguese translation is published by the Ibracon - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil in Brazil with the permission of the IASCF. The Brazilian Portuguese translation is the copyright of the IASCF. International Financial Reporting Standards (including International Accounting Standards and SIC and IFRIC Interpretations), Exposure Drafts, and other IASB publications are copyright of the IASCF. The approved text of International Financial Reporting Standards and other IASB publications is that published by the IASB in the English language. Copies may be obtained from the IASCF. Please address publications and copyright matters to: IASC Foundation Publications Department, 1st Floor, 30 Cannon Street, London EC4M 6XH, United Kingdom. Tel: +44 (0)20 7332 2730 Fax: +44 (0)20 7332 2749 Email: publications@ifrs.org Web: www.ifrs.org The IASB logo/the IASCF logo/ Hexagon Device, the IASC Foundation Education logo, IASC Foundation, eifrs, IAS, IASB, IASC, IASCF, IASs, IFRIC, IFRS, IFRSs, International Accounting Standards, International Financial Reporting Standards and SIC are Trade Marks of the IASCF. The IASCF changed its name to IFRS Foundation on 1 July 2010. The IFRS Foundation reserves all interests in IASCF copyright as it existed prior to 1 July 2010 and all copyright arising post 1 July 2010.

Norma Internacional de Relatório Financeiro para Pequenas e Médias Empresas (IFRS para PMEs)

Esta Norma Internacional de Relatório Financeiro para Pequenas e Médias Empresas (IFRS para PMEs) é emitida pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB), 30 Cannon Street, Londres EC4M 6XH, Reino Unido. Tel: +44 (0)20 7246 6410 Fax: +44 (0)20 7246 6411 E-mail: info@ifrs.org Website: www.ifrs.org A Fundação Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (IASCF), os autores e a editora não assumem responsabilidade por prejuízo causado a qualquer pessoa que agir ou deixar de agir com base no material contido nesta publicação, seja essa perda causada por negligência ou outro motivo. A IFRS para PMEs e seus documentos anexos são publicados em três partes: ISBN para esta parte: 978-85-89324-06-9 ISBN para a publicação completa (três partes): 978-85-89324-05-2 Direitos Autorais 2009 IASCF Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser traduzida, reimpressa, reproduzida ou utilizada de qualquer forma, seja total ou parcialmente, por qualquer meio eletrônico, mecânico ou outro, atualmente conhecido ou desenvolvido no futuro, incluindo fotocópia e gravação, ou em qualquer sistema de armazenamento e recuperação de informações, sem a autorização prévia por escrito da IASCF. Esta tradução para o Português da IFRS para PMEs incluída nesta publicação foi aprovada por um Comitê de Revisão nomeado pela IASCF. A tradução para o Português é publicada no Brasil pelo Ibracon - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, com a autorização da IASCF. A IASCF detém os direitos autorais sobre a tradução para o Português. A IASCF é a titular dos direitos autorais sobre as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRSs) (incluindo as Normas Internacionais de Contabilidade (IASs) e as Interpretações SIC e IFRIC), as Minutas de Exposição e outras publicações do IASB. O texto aprovado das Normas Internacionais de Relatório Financeiro e de outras publicações do IASB é aquele publicado pelo IASB no idioma Inglês. Cópias podem ser obtidas através da IASCF. Questões relacionadas a publicações e direitos autorais devem ser encaminhadas ao: Departamento de Publicações da Fundação IASC 1º andar, 30 Cannon Street, Londres EC4M 6XH, Reino Unido. Tel: +44 (0)20 7332 2730 Fax: +44 (0)20 7332 2749 E-mail: publications@ifrs.org Website: www.ifrs.org O logotipo do IASB/o logotipo da IASCF/ Figura Hexagonal, o logotipo da Fundação IASC Ensino, Fundação IASC, eifrs, IAS, IASB, IASC, IASCF, IASs, IFRIC, IFRS, IFRSs, Normas Internacionais de Contabilidade, Normas Internacionais de Relatório Financeiro e SIC são Marcas Registradas da IASCF. A IASCF mudou seu nome para Fundação IFRS em 1º de julho de 2010. A Fundação IFRS reserva todos os interesses no direito autoral da IASCF que existia antes de 1º de julho de 2010 e todo o direito autoral resultante após 1º de julho de 2010.

Comitê de Revisão O processo de revisão coordenado pelo Ibracon Instituto dos Auditores Independentes do Brasil foi conduzido pelos seguintes profissionais: José Luiz Ribeiro de Carvalho Plínio Biscalchin Os demais membros da equipe revisora para esta edição foram os seguintes profissionais: Guy Almeida Andrade Ricardo Julio Rodil IASCF 5

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Norma internacional de relatório financeiro para pequenas e médias empresas : (IFRS para PMEs). -- São Paulo : IBRACON-Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, 2010. 1. Balanço consolidado (Contabilidade) - Normas 2. Bens incorporéos 3. Empresas subsidiárias - Contabilidade - Normas 4. Imposto de renda 5. Joint ventures - Contabilidade - Normas 6. Normas Internacionais de Informações Financeiras (IFRS) 7. Pequenas e médias empresas - Contabilidade - Normas. 10-12842 CDD-657.0218 Índices para catálogo sistemático: 1. Pequenas e médias empresas : Norma internacional de relatório financeiro : Contabilidade 657.0218

Sumário Introdução página Norma InternacionaL de Relatório financeiro para PequenAS e MédiAS EMPRESAS (IFRS para PMEs) Prefácio 10 Seção 1 PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 14 2 CONCEITOS E PRINCÍPIOS ABRANGENTES 16 3 APRESENTAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 27 4 DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA 33 5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 38 6 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO E DE LUCROS ACUMULADOS 41 7 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 43 8 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 49 9 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS E SEPARADAS 51 10 POLÍTICAS CONTÁBEIS, ESTIMATIVAS E ERROS 58 11 INSTRUMENTOS FINANCEIROS BÁSICOS 63 12 QUESTÕES SOBRE OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS 79 13 ESTOQUES 87 14 INVESTIMENTOS EM COLIGADAS 92 15 INVESTIMENTOS EM EMPREENDIMENTOS EM CONJUNTO (JOINT VENTURES) 96 16 PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTO 100 17 IMOBILIZADO 103 18 ATIVOS INTANGÍVEIS EXCETO ÁGIO 110 19 COMBINAÇÕES DE NEGÓCIOS E ÁGIO 116 20 ARRENDAMENTOS 122 21 PROVISÕES E CONTINGÊNCIAS 132 Apêndice Orientação para reconhecer e mensurar provisões 22 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 142 Apêndice Exemplo de contabilização do emitente para dívida conversível 23 RECEITA 151 Apêndice Exemplos de reconhecimento de receitas de acordo com os princípios na Seção 23 24 SUBVENÇÕES GOVERNAMENTAIS 166 25 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS 168 IASCF 7

26 PAGAMENTO BASEADO EM AÇÕES 169 27 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS 176 28 BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS 185 29 IMPOSTO SOBRE A RENDA 198 30 CONVERSÃO DE MOEDA ESTRANGEIRA 206 31 HIPERINFLAÇÃO 212 32 EVENTOS APÓS O FINAL DO PERÍODO DE RELATÓRIO 215 33 DIVULGAÇÕES SOBRE PARTES RELACIONADAS 219 34 ATIVIDADES ESPECIALIZADAS 224 35 TRANSIÇÃO PARA A IFRS PARA PMEs 229 glossário 235 TABELA DE DERIVAÇÃO 255 APROVAÇÃO PELO CONSELHO DA IFRS PARA PMEs EMITIDA EM JULHO DE 2009 258 BASE PARA CONCLUSÕES vide livreto em separado DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ILUSTRATIVAS E LISTA DE VERIFICAÇÃO DE APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO vide livreto em separado 8 IASCF

A Norma Internacional de Relatório Financeiro para Pequenas e Médias Empresas (IFRS para PMEs) está definida nas Seções 1-35 e no Glossário. Os termos definidos no Glossário estão em negrito na primeira vez em que aparecem em cada seção. A IFRS para PMEs está acompanhada de um prefácio, uma orientação de implementação, uma tabela de derivação, demonstrações financeiras ilustrativas e uma lista de verificação de apresentação e divulgação, e uma base para conclusões. IASCF 9

Prefácio à IFRS para PMEs O IASB P1 P2 O Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (IASC) foi estabelecido em 2001 como parte da Fundação Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (IASCF). Os objetivos da Fundação IASC e do IASB são: (d) desenvolver, no interesse público, um conjunto único de normas contábeis globais de alta qualidade, compreensíveis e exeqüíveis que exijam informações de alta qualidade, transparentes e comparáveis em demonstrações financeiras e outros relatórios financeiros, para ajudar os participantes nos mercados de capital do mundo e outros usuários a tomarem decisões econômicas; promover o uso e a aplicação rigorosa dessas normas; no cumprimento dos objetivos associados a e, considerar, conforme apropriado, as necessidades especiais de pequenas e médias empresas e economias emergentes; e realizar a convergência de normas nacionais de contabilidade e Normas Internacionais de Contabilidade e Normas Internacionais de Relatório Financeiro para soluções de alta qualidade. P3 P4 A governança da Fundação IASC é exercida por 22 Curadores. As responsabilidades dos Curadores incluem nomear os membros do IASB e conselhos e comitês associados, bem como garantir o financiamento para a organização. O IASB é o órgão normatizador da Fundação IASC. Desde 1º de julho de 2009 o IASB é composto por quinze membros e esse número será aumentado para dezesseis até 1º de julho de 2012. Até três membros podem ser membros em período parcial. O IASB é responsável pela aprovação das Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRSs, incluindo Interpretações) e dos respectivos documentos, tais como a Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação de Demonstrações Financeiras, minutas de exposição e documentos de discussão. Antes do IASB iniciar as operações, as Normas Internacionais de Contabilidade (IASs) e as respectivas Interpretações foram estabelecidas pelo Conselho do IASC, que foi criado em 29 de junho de 1973. Mediante resolução do IASB, as IASs e as respectivas Interpretações continuam aplicáveis, com a mesma autoridade das IFRSs desenvolvidas pelo IASB, a menos e até que sejam alteradas ou revogadas pelo IASB. Normas Internacionais de Relatório Financeiro P5 O IASB atinge seus objetivos principalmente ao desenvolver e publicar as IFRSs e promover o uso dessas normas em demonstrações financeiras para fins gerais e outros relatórios financeiros. Outros relatórios financeiros compreendem 10 IASCF

informações fornecidas fora das demonstrações financeiras que auxiliam na interpretação de um conjunto completo de demonstrações financeiras ou melhoram a capacidade dos usuários de tomar decisões econômicas eficientes. O termo relatório financeiro abrange demonstrações financeiras para fins gerais, além de outros relatórios financeiros. P6 As IFRSs estabelecem requisitos de reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação relacionados a transações e outros eventos e condições que sejam importantes em demonstrações financeiras para fins gerais. Elas também podem estabelecer requisitos para transações, eventos e condições que surgirem principalmente em setores específicos. As IFRSs são baseadas na Estrutura Conceitual que trata dos conceitos subjacentes das informações apresentadas em demonstrações financeiras para fins gerais. O objetivo da Estrutura Conceitual é facilitar a formulação consistente e lógica das IFRSs. Ela também fornece uma base para o uso de julgamento na resolução de questões contábeis. Demonstrações financeiras para fins gerais P7 P8 As IFRSs são destinadas para aplicação a demonstrações financeiras para fins gerais e outros relatórios financeiros de todas as entidades com fins lucrativos. Demonstrações financeiras para fins gerais são destinadas às necessidades de informações comuns de uma ampla variedade de usuários, por exemplo, acionistas, credores, empregados e o público em geral. O objetivo das demonstrações financeiras é fornecer informações sobre a posição financeira, o desempenho e os fluxos de caixa de uma entidade, que sejam úteis a esses usuários na tomada de decisões econômicas. Demonstrações financeiras para fins gerais são aquelas destinadas às necessidades de informações financeiras gerais de uma ampla gama de usuários que não estão em posição de exigir relatórios para atender suas necessidades específicas de informações. Demonstrações financeiras para fins gerais incluem aquelas apresentadas separadamente ou dentro de um outro documento público, como por exemplo, um relatório anual ou um prospecto. IFRS para PMEs P9 P10 O IASB também desenvolve e publica uma norma separada destinada para aplicação a demonstrações financeiras para fins gerais de entidades e outros relatórios financeiros por entidades que em muitos países são referidas por uma série de termos, incluindo pequenas e médias empresas (PMEs), entidades privadas e entidades sem obrigação de prestação pública de contas. Esta norma é a Norma Internacional de Relatório Financeiro para Pequenas e Médias Empresas (IFRS para PMEs). O termo pequenas e médias empresas conforme utilizado pelo IASB é definido e explicado na Seção 1 Pequenas e Médias Empresas. Muitas jurisdições ao redor do mundo desenvolveram suas próprias definições de PMEs para uma ampla variedade de fins, incluindo a prescrição de obrigações de relatório financeiro. Essas definições nacionais ou regionais geralmente incluem critérios quantitativos baseados em IASCF 11

receita, ativos, empregados ou outros fatores. Freqüentemente, o termo PMEs é utilizado para designar ou incluir entidades muito pequenas, sem considerar se elas publicam demonstrações financeiras para fins gerais para usuários externos. P11 P12 PMEs freqüentemente elaboram demonstrações financeiras somente para uso por proprietários-gerentes, ou somente para uso de autoridades fiscais ou outras autoridades governamentais. Demonstrações financeiras produzidas exclusivamente para esses fins não são necessariamente demonstrações financeiras para fins gerais. As leis tributárias são específicas para cada jurisdição e os objetivos de relatórios financeiros para fins gerais diferem dos objetivos de reportar lucro tributável. Desse modo, é improvável que as demonstrações financeiras preparadas em conformidade com a IFRS para PMEs cumpram plenamente todas as mensurações requeridas por leis ou regulamentos tributários de uma jurisdição. Uma jurisdição pode ser capaz de reduzir o duplo ônus de relatório sobre as PMEs estruturando relatórios fiscais baseados em reconciliações a partir dos lucros e perdas determinados de acordo com a IFRS para PMEs e por outros meios. Autoridade da IFRS para PMEs P13 As decisões sobre quais entidades são obrigadas ou autorizadas a utilizar as normas do IASB cabem às autoridades regulatórias e legislativas e normatizadores em jurisdições individuais. Isso é verdadeiro para IFRSs completas e para a IFRS para PMEs. Contudo, uma definição clara da classe de entidade para as quais se destina a IFRS para PMEs conforme previsto na Seção 1 das IFRSs é essencial de modo que o IASB possa decidir sobre os requisitos de contabilização e divulgação que são apropriados para essa classe de entidade e as autoridades regulatórias e legislativas, normatizadores e entidades que reportam e seus auditores sejam informados do alcance de aplicabilidade pretendido da IFRS para PMEs. Também é essencial uma definição clara de modo que entidades que não são pequenas ou médias, e portanto não são elegíveis para utilizar a IFRS para PMEs, não afirmem que estão em conformidade com ela (vide parágrafo 1.5). Organização da IFRS para PMEs P14 P15 A IFRS para PMEs está organizada por tópicos, com cada tópico sendo apresentado em uma seção numerada e separada. As referências cruzadas a parágrafos são identificadas por um número de seção seguido por um número de parágrafo. Os números de parágrafos estão na forma xx.yy, sendo que xx é o número da seção e yy é o número do parágrafo sequencial dentro dessa seção. Em exemplos que incluem valores monetários, a unidade de medida é Unidades de Moeda (abreviado como UM). Todos os parágrafos na IFRS têm igual importância. Algumas seções incluem apêndices de orientação de implementação que não fazem parte da IFRS mas, em vez disso, são uma orientação para aplicá-la. 12 IASCF

Manutenção da IFRS para PMEs P16 P17 P18 O IASB espera realizar uma revisão completa da experiência das PMEs na aplicação da IFRS para PMEs quando dois anos de demonstrações financeiras com a utilização da IFRS tiverem sido publicadas por uma ampla gama de entidades. O IASB espera propor alterações para tratar de questões de implementação identificadas nessa revisão. Ele também considerará IFRSs novas e alteradas que tenham sido adotadas desde a emissão da IFRS. Após essa revisão da implementação inicial, o IASB espera propor alterações à IFRS para PMEs por meio da publicação de uma minuta de exposição abrangente aproximadamente uma vez a cada três anos. Ao desenvolver essas minutas de exposição, ele espera considerar IFRSs novas e alteradas que tenham sido adotadas nos três anos anteriores, bem como questões específicas que tenham sido trazidas à sua atenção relacionadas a possíveis alterações à IFRS para PMEs. O IASB pretende que o ciclo de três anos seja um plano experimental não um compromisso firme. Na ocasião, ele pode identificar uma questão para a qual uma alteração da IFRS para PMEs precise ser considerada antes do ciclo normal de três anos. Até que a IFRS para PMEs seja alterada, quaisquer alterações que o IASB possa realizar ou propor com relação às IFRSs completas não se aplicam à IFRS para PMEs. O IASB espera que ocorra um período de pelo menos um ano entre o momento em que as alterações à IFRS para PMEs forem emitidas e a data de vigência dessas alterações. IASCF 13

Norma Internacional de Relatório Financeiro (IFRS) para Pequenas e Médias Empresas Seção 1 Pequenas e Médias Empresas Alcance pretendido desta IFRS 1.1 A IFRS para PMEs destina-se ao uso por pequenas e médias empresas (PMEs). Esta seção descreve as características de PMEs. Descrição de pequenas e médias empresas 1.2 Pequenas e médias empresas são entidades que: não têm obrigação de prestação pública de contas, e publicam demonstrações financeiras para fins gerais para usuários externos. Exemplos de usuários externos incluem proprietários que não estão envolvidos na gestão do negócio, credores existentes e potenciais e agências de classificação de crédito. 1.3 Uma entidade tem obrigação de prestação pública de contas se: seus instrumentos de dívida ou de patrimônio forem negociados em um mercado público ou se ela estiver em processo de emissão desses instrumentos para negociação em um mercado público (uma bolsa de valores nacional ou estrangeira ou um mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais), ou mantiver ativos em uma capacidade fiduciária para um grupo amplo de agentes externos como um de seus principais negócios. Este é tipicamente o caso de bancos, cooperativas de crédito, companhias seguradoras, corretoras/ distribuidoras de títulos, fundos mútuos e bancos de investimento. 1.4 Algumas entidades também podem manter ativos em uma capacidade fiduciária para um grupo amplo de agentes porque eles mantêm e administram recursos financeiros a eles confiados por clientes ou membros que não estão envolvidos na administração da entidade. Entretanto, se assim o fazem por razões incidentais ao seu negócio principal (como, por exemplo, pode ser o caso de agências de viagens ou imobiliárias, escolas, organizações beneficentes, empresas cooperativas que exigem um depósito nominal de associação e vendedores que recebem pagamento antecipado pela entrega dos produtos ou serviços, tais como empresas de serviços públicos), isso não impõe a elas a obrigação de prestação pública de contas. 1.5 Se uma entidade com obrigação de prestação pública de contas utiliza esta IFRS, suas demonstrações financeiras não serão descritas como em conformidade com 14 IASCF

a IFRS para PMEs mesmo que a lei ou regulamento em sua jurisdição permitir ou exigir que esta IFRS seja utilizada por entidades com obrigação de prestação pública de contas. 1.6 Uma subsidiária cuja controladora utiliza IFRSs completas, ou que seja parte de um grupo consolidado que utiliza IFRSs completas, não está proibida de utilizar esta IFRS em suas próprias demonstrações financeiras se essa subsidiária, por si só, não tem obrigação de prestação pública de contas. Se suas demonstrações financeiras são descritas como em conformidade com a IFRS para PMEs, ela deve cumprir todas as disposições desta IFRS. IASCF 15

Seção 2 Conceitos e Princípios Gerais Alcance desta seção 2.1 Esta seção descreve o objetivo das demonstrações financeiras de pequenas e médias empresas (PMEs) e as qualidades que tornam úteis as informações nas demonstrações financeiras de PMEs. Ela também define os conceitos e princípios básicos subjacentes das demonstrações financeiras de PMEs. Objetivo das demonstrações financeiras de pequenas e médias empresas 2.2 O objetivo das demonstrações financeiras de pequenas e médias empresas é fornecer informações sobre a posição financeira, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade que sejam úteis para a tomada de decisões econômicas por uma ampla gama de usuários que não estão em posição de exigir relatórios para atender suas necessidades específicas de informações. 2.3 As demonstrações financeiras também apresentam os resultados da atuação da administração a prestação de contas da administração em relação aos recursos confiados a ela. Características qualitativas das informações nas demonstrações financeiras Compreensibilidade 2.4 As informações apresentadas nas demonstrações financeiras devem ser apresentadas de modo a torná-las compreensíveis por usuários que têm um conhecimento razoável de atividades comerciais e econômicas e de contabilidade e que desejam estudar as informações com diligência razoável. Contudo, a necessidade de compreensibilidade não permite que informações relevantes sejam omitidas uma vez que isso poderia ser muito difícil para alguns usuários compreenderem. Pertinência 2.5 As informações fornecidas nas demonstrações financeiras devem ser pertinentes às necessidades de tomada de decisão dos usuários. Informações possuem a qualidade de pertinência quando são capazes de influenciar as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar eventos passados, presentes ou futuros, ou confirmando ou corrigindo suas avaliações anteriores. 16 IASCF

Relevância 2.6 As informações são relevantes e, portanto, têm relevância - se sua omissão ou divulgação distorcida puder influenciar as decisões econômicas tomadas por usuários com base nas demonstrações financeiras. A relevância depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas circunstâncias específicas de sua omissão ou divulgação distorcida. Entretanto, é inadequado fazer ou deixar sem correção desvios irrelevantes das IFRSs para PMEs para atingir uma apresentação específica da posição financeira, desempenho financeiro ou fluxos de caixa de uma entidade. Confiabilidade 2.7 As informações fornecidas nas demonstrações financeiras devem ser confiáveis. As informações são confiáveis quando estão isentas de erros relevantes e sem tendências e representam fielmente as informações que pretendem representar ou que seria razoável esperar que representassem As demonstrações financeiras são tendenciosas (ou seja, não são neutras) se, pela seleção ou apresentação de informações, elas têm a intenção de influenciar a tomada de uma decisão ou um julgamento de modo a alcançar um resultado ou desfecho predeterminado. Essência sobre a forma 2.8 As transações e outros eventos e condições devem ser contabilizados e apresentados e acordo com sua essência e não simplesmente de acordo com sua forma legal. Isso aumenta a confiabilidade das demonstrações financeiras. Prudência 2.9 As incertezas que inevitavelmente envolvem muitos eventos e circunstâncias são reconhecidas pela divulgação de sua natureza e extensão e pelo exercício de prudência na elaboração das demonstrações financeiras. A prudência é a inclusão de um grau de cautela no exercício dos julgamentos necessários ao fazer as estimativas necessárias sob condições de incerteza, de modo que os ativos ou receitas não sejam superavaliados e os passivos ou despesas não sejam subavaliados. Contudo, o exercício da prudência não permite a subavaliação deliberada de ativos ou receitas, ou a superavaliação deliberada de passivos ou despesas. Em resumo, a prudência não permite tendências. Integridade 2.10 Para serem confiáveis, as informações nas demonstrações financeiras devem ser completas dentro dos limites de relevância e custo. Uma omissão pode fazer com que as informações sejam falsas ou enganosas e, desse modo, não confiáveis e deficientes em termos de sua pertinência. IASCF 17

Comparabilidade 2.11 Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações financeiras de uma entidade ao longo do tempo para identificar tendências em sua posição financeira e desempenho. Os usuários também devem ser capazes de comparar as demonstrações financeiras de diferentes entidades para avaliar sua posição financeira relativa, desempenho e fluxos de caixa. Portanto, a mensuração e a apresentação dos efeitos financeiros de transações similares e outros eventos e condições devem ser realizadas de forma consistente em uma entidade e ao longo do tempo para essa entidade e de forma consistente entre entidades. Além disso, os usuários devem ser informados sobre as políticas contábeis utilizadas na elaboração das demonstrações financeiras, e de quaisquer mudanças nessas políticas e os efeitos dessas mudanças. Tempestividade 2.12 Para serem pertinentes, as informações financeiras devem ser capazes de influenciar as decisões econômicas dos usuários. Tempestividade envolve o fornecimento de informações dentro do prazo de decisão. Se houver uma demora indevida na divulgação de informações, elas podem perder sua pertinência. A administração pode precisar equilibrar os méritos relativos de fornecer informações tempestivas e de fornecer informações confiáveis. Para obter um equilíbrio entre a pertinência e a confiabilidade, a principal consideração é como atender melhor às necessidades dos usuários ao tomar decisões econômicas. Equilíbrio entre benefício e custo 2.13 Os benefícios decorrentes das informações devem exceder o custo de fornecêlas. A avaliação de benefícios e custos é substancialmente um processo que envolve julgamento. Além disso, os custos não são necessariamente arcados por esses usuários que usufruem dos benefícios, e freqüentemente os benefícios das informações são usufruídos por uma ampla gama de usuários externos. 2.14 As informações de relatórios financeiros auxiliam os provedores de capital a tomar melhores decisões, que resultam em um funcionamento mais eficiente dos mercados de capitais e um menor custo de capital para a economia como um todo. Individualmente, as entidades também usufruem dos benefícios, incluindo maior acesso aos mercados de capitais, efeito favorável nas relações públicas e, talvez, menores custos de capital. Os benefícios também podem incluir melhores decisões administrativas porque as informações financeiras utilizadas internamente geralmente são baseadas, pelo menos parcialmente, em informações preparadas para relatórios financeiros para fins gerais. 18 IASCF

Posição financeira 2.15 A posição financeira de uma entidade é a relação entre seus ativos, passivos e patrimônio líquido em uma data específica, conforme apresentados na demonstração da posição financeira. Esses elementos estão definidos a seguir: Um ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados, e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade. Um passivo é uma obrigação presente da entidade, decorrente de eventos passados, cuja liquidação espera-se que resulte em uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos da entidade. Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. 2.16 Alguns itens que se enquadram na definição de um ativo ou um passivo podem não ser reconhecidos como ativos ou passivos na demonstração da posição financeira porque não atendem aos critérios de reconhecimento nos parágrafos 2.272.32. Em particular, antes que um ativo ou passivo seja reconhecido a expectativa de que benefícios econômicos futuros fluirão para ou de uma entidade deve ser suficientemente certa para atender ao critério de probabilidade. Ativos 2.17 O benefício econômico futuro de um ativo é seu potencial de contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa e equivalentes de caixa da entidade. Esses fluxos de caixa podem resultar da utilização do ativo ou de sua alienação. 2.18 Muitos ativos, por exemplo, imobilizado, possuem uma forma física. Entretanto, a forma física não é essencial para a existência de um ativo. Alguns ativos são intangíveis. 2.19 Ao determinar a existência de um ativo, o direito de propriedade não é essencial. Dessa forma, por exemplo, o imóvel detido em um arrendamento é um ativo se a entidade controlar os benefícios que se espera que fluam do imóvel. Passivos 2.20 Uma característica essencial de um passivo é que a entidade tem uma obrigação presente de agir ou de executar de uma determinada maneira. A obrigação pode ser legal ou uma obrigação presumida. Uma obrigação legal é legalmente exigível como consequência de um contrato vinculante ou de exigência estatutária. Uma obrigação presumida é uma obrigação que decorre das ações de uma entidade, quando: por um padrão estabelecido de prática passada, políticas divulgadas ou uma declaração atual suficientemente específica, a entidade indicou às outras partes que aceitará determinadas responsabilidades; e IASCF 19

como resultado, a entidade criou uma expectativa válida nessas outras partes de que irá cumprir com essas responsabilidades. 2.21 A liquidação de uma obrigação presente geralmente envolve o pagamento em caixa, transferência de outros ativos, prestação de serviços, a substituição dessa obrigação por outra obrigação, ou conversão da obrigação em patrimônio líquido. Uma obrigação também pode ser extinta por outros meios, tais como a renúncia ou perda de direitos por um credor. Patrimônio líquido 2.22 O patrimônio líquido é o valor residual de ativos reconhecidos menos passivos reconhecidos. Ele pode ser subclassificado na demonstração da posição financeira Por exemplo, em uma companhia, as subclassificações podem incluir recursos integralizados por acionistas, lucros acumulados e ganhos e perdas reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Desempenho 2.23 Desempenho é a relação entre as receitas e despesas de uma entidade durante um período de relatório. Esta IFRS permite que as entidades apresentem o desempenho em uma única demonstração financeira (uma demonstração do resultado abrangente) ou em duas demonstrações financeiras (uma demonstração do resultado e uma demonstração do resultado abrangente). O resultado abrangente total e lucros e perdas são freqüentemente utilizados como medidas de desempenho ou como base para outras medidas, tais como retorno sobre o investimento ou lucro por ação. Receitas e despesas são definidas a seguir: Receita refere-se a aumentos nos benefícios econômicos durante o período de relatório na forma de fluxos de entrada ou aumentos nos ativos ou reduções nos passivos que resultam em aumentos no patrimônio líquido, e que não sejam provenientes de aportes dos investidores do patrimônio. Despesas são reduções nos benefícios econômicos durante o período de relatório na forma de saídas de caixa ou redução de ativos ou aumento de passivos que resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles relacionados a distribuições a investidores do patrimônio. 2.24 O reconhecimento de receita e despesas resulta diretamente do reconhecimento e mensuração de ativos e passivos. Os critérios para o reconhecimento de receita e despesas são discutidos nos parágrafos 2.27 2.32. Receita 2.25 A definição de receita abrange tanto a receita quanto os ganhos. A receita propriamente dita surge no curso das atividades normais de uma entidade e é referida por diversos nomes diferentes, incluindo vendas, taxas, juros, dividendos, royalties e aluguéis. 20 IASCF

Ganhos são outros itens que se enquadram na definição de receita mas não constituem receita. Quando os ganhos são reconhecidos na demonstração do resultado abrangente, eles são geralmente apresentados separadamente, pois o seu conhecimento é útil para a tomada de decisões econômicas. Despesas 2.26 A definição de despesas abrange perdas bem como despesas que surgem no curso das atividades normais da entidade. As despesas que surgem no curso das atividades normais da entidade incluem, por exemplo, custo de vendas, salários e depreciação. Elas geralmente assumem a forma de um fluxo de saída ou exaustão de ativos, tais como caixa e equivalentes de caixa, estoque ou imobilizado. As perdas são outros itens que atendem à definição de despesas e podem surgir no curso das atividades normais da entidade. Quando as perdas são reconhecidas na demonstração do resultado abrangente, elas são geralmente apresentadas separadamente, pois o seu conhecimento é útil para a tomada de decisões econômicas. Reconhecimento de ativos, passivos, receita e despesas 2.27 O reconhecimento é o processo de incorporar nas demonstrações financeiras um item que se enquadra na definição de um ativo, passivo, receita ou despesa e atende aos seguintes critérios: é provável que qualquer benefício econômico futuro associado ao item fluirá para/ou da entidade, e o item tem um custo ou valor que pode ser mensurado de forma confiável. 2.28 O não-reconhecimento de um item que atende a esses critérios não é corrigido pela divulgação das políticas contábeis utilizadas nem pelas notas explicativas ou materiais explicativos. A probabilidade de benefício econômico futuro 2.29 O conceito de probabilidade é utilizado no critério de reconhecimento inicial para se referir ao grau de incerteza de que os benefícios econômicos futuros associados ao item fluirão para/ou da entidade. As avaliações do nível de incerteza inerentes ao fluxo de benefícios econômicos futuros são feitas com base na evidência relativa a condições no final do período de relatório disponível quando as demonstrações financeiras são elaboradas. Essas avaliações são feitas individualmente para ativos individualmente significativos e para um grupo para uma expressiva população de itens individualmente insignificantes. IASCF 21

Confiabilidade da mensuração 2.30 O segundo critério para o reconhecimento de um item é que ele tenha um custo ou valor que possa ser mensurado de modo confiável. Em muitos casos, o custo ou valor de um item é conhecido. Em outros casos, ele pode ser estimado. O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração das demonstrações financeiras e não prejudica sua confiabilidade. Quando uma estimativa razoável não pode ser feita, o item não é reconhecido nas demonstrações financeiras. 2.31 Um item que não atende aos critérios de reconhecimento pode qualificar-se para reconhecimento em uma data posterior como resultado de circunstâncias ou eventos subseqüentes. 2.32 Um item que não atende aos critérios de reconhecimento pode, contudo, justificar a divulgação em notas explicativas, materiais explicativos ou quadros suplementares Isso é apropriado quando o conhecimento do item é pertinente para a avaliação da posição financeira, desempenho e mudanças na posição financeira de uma entidade pelos usuários das demonstrações financeiras. Mensuração de ativos, passivos, receita e despesas 2.33 Mensuração é o processo de determinar os valores monetários pelos quais uma entidade mensura os ativos, passivos, receita e despesas em suas demonstrações financeiras. A mensuração envolve a seleção de uma base de mensuração. Esta IFRS especifica que base de mensuração uma entidade utilizará para muitos tipos de ativos, passivos, receita e despesas. 2.34 As duas bases de mensuração comuns são custo histórico e valor justo: Para ativos, custo histórico é o valor de caixa ou equivalentes de caixa pago ou o valor justo da contrapartida dada para adquirir o ativo no momento de sua aquisição. Para passivos, o custo histórico é o valor dos proventos de caixa ou equivalentes de caixa recebidos ou o valor justo de ativos que não envolvem caixa recebidos em troca da obrigação na ocasião em que a obrigação é incorrida ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto sobre a renda), pelos valores de caixa ou equivalentes de caixa que se espera sejam pagos para liquidar o passivo no curso normal dos negócios. Custo histórico amortizado é o custo histórico de um ativo ou passivo mais ou menos a parcela de seu custo histórico anteriormente reconhecido como despesa ou receita. Valor justo é o valor pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras e interessadas, em uma transação em bases usuais de mercado. Princípios gerais de reconhecimento e mensuração 2.35 Os requisitos para reconhecimento e mensuração de ativos, passivos, receita e despesas nesta IFRS estão baseados em princípios abrangentes decorrentes da Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação de Demonstrações 22 IASCF

Financeiras do IASB e das IFRSs completas. Na ausência de um requisito nesta IFRS que se aplique especificamente a uma transação, outro evento ou condição, o parágrafo 10.4 fornece orientação para fazer um julgamento e o parágrafo 10.5 estabelece uma hierarquia para uma entidade seguir ao decidir sobre a política contábil apropriada nas circunstâncias. O segundo nível dessa hierarquia exige que uma entidade recorra às definições, critérios de reconhecimento e conceitos de mensuração para ativos, passivos, receita e despesas e os princípios abrangentes estabelecidos nesta seção. Regime de competência 2.36 Uma entidade elaborará suas demonstrações financeiras, exceto as informações de fluxos de caixa, utilizando a contabilização pelo regime de competência. Pelo regime de competência, os itens são reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio líquido, receita ou despesas quando atendem às definições e aos critérios de reconhecimento para esses itens. Reconhecimento nas demonstrações financeiras Ativos 2.37 Uma entidade reconhecerá um ativo na demonstração da posição financeira quando for provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e o ativo possuir um custo ou valor que possa ser mensurado de forma confiável. Um ativo não é reconhecido na demonstração da posição financeira quando um gasto for incorrido, para o qual seja improvável que benefícios econômicos fluam para a entidade após o período de relatório corrente. Em vez disso, essa transação resulta no reconhecimento de uma despesa na demonstração do resultado abrangente (ou na demonstração do resultado, se apresentada). 2.38 Uma entidade não reconhecerá um ativo contingente como sendo um ativo. Entretanto, quando o fluxo de benefícios econômicos futuros para a entidade for praticamente certo, então o respectivo ativo não é um ativo contingente e seu reconhecimento é apropriado. Passivos 2.39 Uma entidade reconhecerá um passivo na demonstração da posição financeira quando: a entidade tiver uma obrigação no final do período de relatório como resultado de um evento passado, for provável que a entidade será obrigada a transferir recursos que incorporem benefícios econômicos na liquidação, e o valor de liquidação puder ser mensurado de modo confiável. IASCF 23

2.40 Um passivo contingente é uma obrigação possível, porém incerta, ou uma obrigação presente que não é reconhecida porque não atende uma ou ambas as condições e no parágrafo 2.39. Uma entidade não reconhecerá um passivo contingente como um passivo, exceto passivos contingentes de uma adquirida em uma combinação de negócios (vide Seção 19 Combinação de Negócios e Ágio). Receita 2.41 O reconhecimento de receita resulta diretamente do reconhecimento e mensuração de ativos e passivos. Uma entidade reconhecerá uma receita na demonstração do resultado abrangente (ou na demonstração do resultado, se apresentada) quando tiver surgido um aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado a um aumento em um ativo ou uma redução em um passivo que possam ser mensurados de forma confiável. Despesas 2.42 O reconhecimento de despesas resulta diretamente do reconhecimento e mensuração de ativos e passivos. Uma entidade reconhecerá despesas na demonstração do resultado abrangente (ou na demonstração do resultado, se apresentada) quando tiver surgido uma redução nos benefícios econômicos futuros relacionada a uma redução em um ativo ou um aumento em um passivo que possam ser mensurados de forma confiável. Resultado abrangente total e lucros e perdas 2.43 O resultado abrangente total é a diferença aritmética entre receita e despesas. Não é um elemento separado das demonstrações financeiras e não é necessário um princípio de reconhecimento separado para ele. 2.44 Lucros e perdas é a diferença aritmética entre receita e despesas que não aqueles itens de receita e despesas que esta IFRS classifica como itens de outros resultados abrangentes. Não é um elemento separado das demonstrações financeiras e não é necessário um princípio de reconhecimento separado para ele. 2.45 Esta IFRS não permite o reconhecimento de itens na demonstração da posição financeira que não atendem à definição de ativos ou passivos, independentemente de resultarem da aplicação da noção comumente referida como confronto entre receitas e despesas para mensurar lucros e perdas. Mensuração no reconhecimento inicial 2.46 No reconhecimento inicial, uma entidade mensurará ativos e passivos pelo custo histórico, exceto se esta IFRS exigir a mensuração inicial em uma outra base, tal como valor justo. 24 IASCF

Mensuração subseqüente Ativos financeiros e passivos financeiros 2.47 Uma entidade mensura ativos financeiros básicos e passivos financeiros básicos, conforme definido na Seção 11 Instrumentos Financeiros Básicos, pelo custo amortizado menos redução ao valor recuperável, exceto para investimentos em ações preferenciais não-conversíveis e não-resgatáveis e ações ordinárias não-resgatáveis que são negociados publicamente ou cujo valor justo pode ser mensurado de forma confiável, que são mensurados pelo valor justo com as mudanças no valor justo reconhecidas em lucros e perdas. 2.48 Um entidade geralmente mensura todos os outros ativos financeiros e passivos financeiros pelo valor justo, com as mudanças no valor justo reconhecidas em lucros e perdas, salvo se esta IFRS exigir ou permitir a mensuração em uma outra base, tal como custo ou custo amortizado. Ativos não-financeiros 2.49 A maioria dos ativos não-financeiros que uma entidade reconheceu inicialmente pelo custo histórico é subsequentemente mensurada em outras bases de mensuração. Por exemplo: Uma entidade mensura o imobilizado pelo menor entre o custo depreciado e o valor recuperável. Uma entidade mensura os estoques pelo menor entre o custo e o preço de venda menos custos para concluir e vender. Uma entidade reconhece uma perda por redução ao valor recuperável relativa a ativos não-financeiros que estão em uso ou que são mantidos para venda. A mensuração de ativos por esses valores menores destina-se a assegurar que um ativo não seja mensurado por um valor maior do que aquele que a entidade espera recuperar da venda ou do uso desse ativo. 2.50 Para os seguintes tipos de ativos não-financeiros, esta IFRS permite ou exige a mensuração pelo valor justo. investimentos em coligadas e empreendimentos em conjunto que uma entidade mensura pelo valor justo (vide parágrafos 14.10 e 15.15, respectivamente). propriedade para investimento que uma entidade mensura pelo valor justo (vide parágrafo 16.7). ativos agrícolas (ativos biológicos e produtos agrícolas no momento da colheita) que uma entidade mensura pelo valor justo menos custos estimados para vender (vide parágrafo 34.2). IASCF 25

Passivos que não sejam passivos financeiros 2.51 A maioria dos passivos que não são passivos financeiros é mensurada pela melhor estimativa do valor que seria exigido para liquidar a obrigação na data do relatório. Compensação 2.52 Uma entidade não compensará ativos e passivos ou receita e despesas, exceto se exigido ou permitido por esta IFRS. Mensurar ativos líquidos das provisões para perdas por exemplo, provisões para obsolescência de estoques e provisões para créditos incobráveis não é uma compensação. Se as atividades operacionais normais de uma entidade não incluem comprar e vender ativos não-circulantes, inclusive investimentos e ativos operacionais, então a entidade reconhece ganhos e perdas na alienação desses ativos deduzindo dos proventos da alienação o valor contábil do ativo e respectivas despesas de venda. 26 IASCF

Seção 3 Apresentação de Demonstrações Financeiras Alcance desta seção 3.1 Esta seção explica a apresentação adequada das demonstrações financeiras, o que o cumprimento da IFRS para PMEs exige e o que é um conjunto completo de demonstrações financeiras. Apresentação adequada 3.2 As demonstrações financeiras apresentarão adequadamente a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa de uma entidade. A apresentação adequada exige a representação fiel dos efeitos das transações, outros eventos e condições, de acordo com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos, receita e despesas definidos na Seção 2 Conceitos e Princípios Abrangentes. Presume-se que a aplicação da IFRS para PMEs, com divulgação adicional, quando necessária, resulta em demonstrações financeiras que alcançam uma apresentação adequada da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de PMEs. Conforme explicado no parágrafo 1.5, a aplicação desta IFRS por uma entidade com obrigação de prestação pública de contas não resulta em uma apresentação adequada de acordo com esta IFRS. As divulgações adicionais referidas no item são necessárias quando o cumprimento dos requisitos específicos contidos nesta IFRS for insuficiente para permitir que os usuários compreendam o efeito de transações específicas, outros eventos e condições sobre a posição financeira e o desempenho financeiro da entidade. Cumprimento da IFRS para PMEs 3.3 Uma entidade cujas demonstrações financeiras cumpram a IFRS para PMEs fará uma declaração explícita e sem reservas desse cumprimento nas notas explicativas. As demonstrações financeiras não serão descritas como cumpridoras da IFRS para PMEs, a menos que cumpram todos os requisitos desta IFRS. 3.4 Em circunstâncias extremamente raras em que a administração concluir que o cumprimento desta IFRS seria tão inadequado que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações financeiras de PMEs definido na Seção 2, a entidade não aplicará esse requisito, como disposto no parágrafo 3.5, salvo se a estrutura regulatória proibir esse procedimento. IASCF 27

3.5 Quando uma entidade não aplicar um requisito desta IFRS de acordo com o parágrafo 3.4, ela divulgará o seguinte: que a administração concluiu que as demonstrações financeiras apresentam adequadamente a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa da entidade. que ela cumpriu a IFRS para PMEs, exceto pela não aplicação de um requisito específico para obter uma apresentação adequada. a natureza da não aplicação, incluindo o tratamento que a IFRS para PMEs exigiria, a razão pela qual esse tratamento seria tão inadequado nas circunstâncias que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações financeiras definido na Seção 2 e o tratamento adotado. 3.6 Quando uma entidade não aplicar um requisito desta IFRS em um período anterior e essa não aplicação afetar os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras do período corrente, ela fará as divulgações estabelecidas no parágrafo 3.5. 3.7 Em circunstâncias extremamente raras em que a administração concluir que o cumprimento de um requisito contido nesta IFRS seria tão inadequado que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações financeiras de PMEs definido na Seção 2, mas a estrutura regulatória proibir a não aplicação do requisito, a entidade reduzirá, na máxima extensão possível, os aspectos inadequados identificados no cumprimento, divulgando o seguinte: a natureza do requisito contido nesta IFRS e a razão pela qual a administração concluiu que o cumprimento desse requisito é tão inadequado nas circunstâncias que entra em conflito com o objetivo das demonstrações financeiras estabelecido na Seção 2. para cada período apresentado, os ajustes de cada item nas demonstrações financeiras que a administração concluiu serem necessários para obter uma apresentação adequada. Continuidade operacional 3.8 Ao elaborar demonstrações financeiras, a administração de uma entidade que utiliza esta IFRS fará uma avaliação da capacidade da entidade de continuar em operação. Uma entidade está em continuidade operacional a menos que a administração pretenda liquidar a entidade ou encerrar suas atividades, ou não tenha alternativa realista senão fazê-lo. Ao avaliar se o pressuposto de continuidade operacional é apropriado, a administração leva em consideração todas as informações disponíveis sobre o futuro que cubram pelo menos, porém não limitadas a, doze meses a partir da data de relatório. 3.9 Quando a administração tiver ciência, ao fazer sua avaliação, de incertezas relevantes relacionadas a eventos ou condições que gerem dúvidas significativas sobre a capacidade da entidade de continuar em operação, a entidade divulgará essas incertezas. Quando uma entidade não elaborar demonstrações financeiras 28 IASCF