PROGRAMAS 1. REESTRUTURAÇÃO DA GESTÃO CULTURAL



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Transcrição:

CULTURA A Cultura deve ser aproveitada em seu potencial mobilizador, educador, criativo e produtivo. Sua instrumentalização burocrática e excludente por sucessivos governos não tem produzido o impacto social, estético e econômico que poderia gerar no DF. É preciso potencializar a cultura, em suas várias linguagens, expressões e manifestações como motor para o desenvolvimento e valorizar a extraordinária diversidade brasileira, sintetizada na capital do País. É preciso romper com as formas tradicionais das relações políticas baseadas no apadrinhamento e no privilégio e dar um tratamento efetivamente democrático e participativo, a partir de uma rede institucional integrada, que reformule e fortaleça o Conselho de Políticas Culturais do DF e também opere com Conselhos Regionais de Cultura, a partir de políticas públicas estruturantes, elaboradas e discutidas sob a ótica de Estado, e não de governo. Políticas dotadas de recursos orçamentários previstos plurianualmente, que sejam, de fato, da cidade. Políticas transversais, dotadas de mecanismos transparentes de acompanhamento, fiscalização e controle social. OBJETIVOS Incorporar a cultura como eixo estratégico e transversal para o desenvolvimento do DF. Garantir o acesso dos cidadãos à fruição e à produção cultural, aos bens culturais, à memória e ao patrimônio cultural e histórico do DF. Estimular e fortalecer as cadeias produtivas da economia criativa no DF. Ampliar os recursos para a cultura e democratizar o atendimento a todos os setores culturais e linguagens artísticas, regiões e localidades do DF. Preservar a disponibilidade dos recursos do FAC. Ampliar a oferta de espaços e equipamentos culturais multimídia de qualidade, em todas as regiões do DF, garantindo a qualidade e manutenção de suas estruturas e programação. Disseminar circuitos de arte e cultura, criando um círculo virtuoso com projetos estruturantes, em todas as cidades, bem como políticas para a distribuição e formação de apreciadores da arte.

Instituir e manter instrumentos de comunicação para a cultura e definir uma política arrojada para a cultura digital, que fortaleça todas as suas manifestações, coletivos, tecnologias e processos. Promover, em todo o DF, as vocações artísticas e culturais, nas suas diferentes manifestações (cinema, música, dança, teatro, artes visuais, literatura, livro e leitura) e dimensões (cidadã, estética, simbólica e econômica). Valorizar e promover as diversas identidades do DF, em suas expressões e manifestações rurais e urbanas (cultura popular, cultura afro-brasileira e cultura indígena, manifestações tradicionais, ações para segmentos etários crianças, jovens e idosos, manifestações de gênero e demais segmentos culturais). Implementar uma política de patrimônio cultural que transcenda a área tombada e contemple a dimensão metropolitana de Brasília, em suas dimensões material e imaterial. PROGRAMAS 1. REESTRUTURAÇÃO DA GESTÃO CULTURAL É preciso romper com as formas tradicionais das relações políticas baseadas no apadrinhamento e no privilégio e dar um tratamento efetivamente democrático e participativo, a partir de uma rede institucional integrada, que reformule e fortaleça o Conselho de Políticas Culturais do DF e também opere com Conselhos Regionais de Cultura, a partir de políticas públicas estruturantes, elaboradas e discutidas sob a ótica de Estado, e não de governo. Políticas dotadas de recursos orçamentários previstos plurianualmente, que sejam, de fato, da cidade. Políticas transversais, que integrem a Cultura com as políticas de Educação, Segurança, Ciência, Tecnologia e Inovação, Meio Ambiente, Turismo, Saúde, Comunicação e Desenvolvimento Econômico e que sejam dotadas de mecanismos transparentes de acompanhamento, fiscalização e controle social. Deve-se fortalecer a Secretaria de Cultura e os equipamentos culturais e seus serviços para que contem com servidores públicos na quantidade necessária e com qualificação para o planejamento e execução de uma gestão eficaz, garantindo a manutenção da memória e a continuidade das ações. 2

Compromissos Mudança da sede da Secretaria de Cultura e transformação do Teatro Nacional num grande centro cultural. Reforma administrativa e revisão dos processos de gestão, com desaparelhamento partidário e realização de concurso público para a Secretaria de Cultura. Reestruturar a carreira dos servidores da cultura e oferecer ações permanentes de qualificação do corpo funcional. Informatizar os processos de gestão. Criação de uma rede institucional de formulação e gestão das políticas culturais, com conselhos regionais e Colegiados Setoriais integrados a um forte Conselho de Políticas Culturais do DF. Implementação da Política Intersetorial de Cultura. Incorporação dos projetos tradicionais exitosos da cidade nas políticas públicas de cultura, com autonomia orçamentária, artística e administrativa. Criar o Sistema de Indicadores de Cultura do DF. Instituir o Plano Distrital de Cultura. Implementar a Política Intersetorial de Cultura. Integrar as políticas locais com as federais: Plano Nacional de Cultura (PNC) e do Sistema Nacional de Cultura (SNC) e Plano Nacional de Educação (PNE). 2. FINANCIAMENTO CULTURAL A cultura tem recebido historicamente um tratamento acessório e secundarizado nas estruturas de governo, sempre afetada por cortes, pela pulverização dos recursos, pela descontinuidade das ações e pela diluição do foco em eventos. O financiamento cultural deve operar a partir de diretrizes de políticas públicas, com atendimento amplo e democrático a todos os setores culturais e linguagens, regiões e localidades do DF. É preciso ampliar os investimentos em cultura, com recursos diretos e incentivados e criar novas linhas de financiamento junto às estatais. É preciso qualificar a regulamentação da Lei de Incentivo à Cultura do DF LIC e reestruturar o Fundo de Apoio à Cultura FAC para que seja este, de fato, um fundo incontigenciável, voltado para o fomento cultural, democrático, menos burocratizado, alinhado às políticas públicas, com fluxo contínuo de editais e com suficientes recursos humanos e tecnológicos para o acompanhamento das ações financiadas. 3

Compromissos Fortalecimento, reestruturação e modernização do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), com participação da sociedade civil, a fim de simplificar e desburocratizar os processos e exigências documentais, que não podem ser um fator de exclusão a análise do mérito cultural deve ser priorizada. Estabelecer editais abertos para concorrência em qualquer época do ano e rever os formatos de contrapartida, que devem ser alinhados às políticas públicas, para que o trabalho do artista seja incorporado como forma de contrapartida. Estabelecer nova regulamentação que ofereça alternativa de contratação direta das pessoas físicas em projetos de baixo custo. Rever a regulamentação da LEI 34.577/2013 do GDF, que criou o SisCult, por conta de suas arbitrariedades. Estabelecimento de carteiras de projetos culturais do BRB, com taxas e procedimentos diferenciados. Qualificar a regulamentação da Lei de Incentivo à Cultura do DF. Estimular a participação das estatais para a criação de novas linhas de financiamento, sob diretrizes de políticas públicas. Disciplinar o uso de emendas parlamentares para a cultura. Criação de protocolos eletrônicos, a exemplo do SalicWeb do Ministério da Cultura. Priorização de artistas locais nas contratações de eventos públicos em festividades do DF. Oferecimento de apoio técnico para a elaboração de projetos e a prestação de contas. Acesso digital aos dados de execução financeira e de investimento em projetos culturais. Fortalecer a formação de operadores de cultura. 3. INFRAESTRUTURA CULTURAL A desvalorização da cultura tem sua ferida mais exposta no sucateamento e abandono dos espaços culturais. É preciso recuperar esses espaços e ampliar a oferta de equipamentos culturais para todas as regiões do DF, que sejam equipados, com infraestrutura adequada, iluminados e seguros, de fácil acesso, com manutenção e recursos humanos, programação permanente, bem como devem ser ofertados cursos e 4

oficinas regulares. E que haja uma política para a ocupação desses espaços, com canais permanentes de participação e diálogo com as comunidades. Deve-se ter, pelo menos, um centro cultural para cada região administrativa. Compromissos Recuperação física, manutenção e renovação tecnológica e estrutural de equipamentos e aparelhos dos espaços culturais em todo o DF. Fortalecimento dos espaços culturais ativos e otimização dos ociosos. Criação de centros culturais multimídia, seja em prédios próprios do GDF, seja em parceria com instituições não governamentais. Promover circuitos e programação permanente, bem como cursos e oficinas regulares nesses equipamentos. Fortalecer e apoiar a criação de teatros (italiano, de arena e modulado). Revitalização e ampliação da rede de bibliotecas do DF a serem integradas como um sistema e implantação da biblioteca-parque do DF. Fortalecer e apoiar a criação e manutenção de cineclubes. 4. PROMOÇÃO DA CULTURA Os índices de acesso à cultura nas regiões do DF são muito baixos, cerca de 80% dos moradores que vivem na capital brasileira afirmam nunca ter visitado espaços culturais. É preciso garantir o acesso dos cidadãos à fruição, à produção e aos bens culturais, bem como instituir e manter instrumentos de comunicação para a cultura, desenvolvendo políticas para a distribuição e circulação cultural e para formação de apreciadores da arte. Deve-se disseminar circuitos de arte e cultura em todas as cidades, criando um círculo virtuoso com projetos estruturantes. Compromissos Programa de acesso e produção cultural e artística no sistema de ensino do DF. Poesia e arte nas estações de metrô; rodoviárias, terminais e paradas de ônibus. Ampliação do passe livre estudantil para acesso a atividades de lazer e cultura. 5

Garantir o bom funcionamento do transporte noturno para acesso a atividades culturais realizadas à noite (corujão). Programa Brasília: cidade jardim, com programação cultural nos parques. Programa de ocupação cultural dos espaços públicos e ações permanentes de incentivo e apoio a artistas de rua. Criação do Portal da Cultura para divulgar as atividades e manifestações culturais da cidade, bem como aplicativo móvel com a agenda cultural e o circuito turístico do DF. Desenvolver programa de acessibilidade cultural para aumentar a participação de pessoas com deficiência física na produção e fruição cultural. Implantar programa de acesso e produção cultural e artística no sistema de ensino do DF. Estimular a ocupação cultural dos espaços públicos e ações de apoio aos artistas de rua. Incentivar cursos, oficinas e núcleos de pesquisa em cultura, bem como circuitos livres de conhecimento. Criar o Conselho de Comunicação Social do DF. Reestruturar e fortalecer a Rádio Cultura, para que retome o seu papel para o desenvolvimento cultural do DF. 5. CULTURA DIGITAL A cultura digital não tem sido valorizada em Brasília, não apenas em sua dimensão cultural, mas também estruturante para o aproveitamento das novas tecnologias nos processos de gestão. É preciso investir na consolidação e manutenção de uma infraestrutura de rede de alta capacidade (Internet avançada) em todo o DF e criar uma política arrojada e participativa que garanta o acesso, a livre expressão, o fortalecimento, a formação e a difusão das redes e coletivos virtuais. Deve-se articular as políticas públicas de Cultura com as políticas públicas de Ciência e Tecnologia (C&T) e qualificar a máquina administrativa e os gestores para lidarem com os desafios e as possibilidades abertas pelas novas Tecnologias da Informação e Comunicação. 6

Também é fundamental a criação de uma plataforma para a democracia digital no DF, com canais permanentes de participação e fiscalização dos programas e ações do governo, por meio de ferramentas de fácil uso, que não só disponibilizem números da execução, mas também a transparência dos protocolos de modo que cada cidadão possa acompanhar processos, contratações, atendimento e execução de projetos e obras do GDF. Compromissos Investir na expansão e manutenção de uma infraestrutura de rede de alta capacidade (Internet avançada) em todo o DF. Criação do Gabinete Digital, com plataforma para a democracia digital no DF. Criação de um programa de incentivo de redes e coletivos da cultura digital e incentivo a criação de laboratórios e projetos experimentais de cultura digital. Implantação dos Pontos de Mídia Livre no DF ação de desenvolvimento e acompanhamento de políticas públicas para iniciativas de comunicação livre e compartilhada, não atreladas ao mercado. Estimular desenvolvimento de softwares e aplicativos para a cultura. Realizar programa de formação continuada de educadores para o uso de tecnologias nos processos pedagógicos e culturais do sistema de ensino e garantir estrutura de qualidade para esta formação. Desenvolver programa de Qualificação Digital, para capacitar gestores diante dos desafios e possibilidades abertas pelas novas Tecnologias da Informação e Comunicação. 6. PATRIMÔNIO Tombada em três níveis distrital, federal e mundial Brasília e a sua a contribuição genuína do Brasil para o mundo deve ser preservada e reinventada; protegida das ameaças ao patrimônio edificado e à paisagem natural e monumental, para que cumpra sua função gregária, socializante, inclusiva e econômica, como motor para o turismo no DF. As políticas de patrimônio não devem se restringir ao Plano Piloto, devem transcender à área tombada e contemplar a dimensão metropolitana de Brasília, em suas 7

dimensões material e imaterial, com estruturas autônomas para a preservação patrimonial e para a integração do planejamento e da gestão urbanística e regional do DF. É preciso resgatar e valorizar o patrimônio de cada bairro e região (e dos demais municípios da RIDE), para que sejam devidamente apropriados e cuidados por seus cidadãos e tratados, de fato, como componentes de uma história viva e marcante para o povo brasileiro. Compromissos Criar o Instituto Lúcio Costa de proteção do Patrimônio do DF, órgão autônomo e autorizativo frente a qualquer intervenção nos bens tombados da capital. Recriar o Instituto de Planejamento Urbano e Territorial do DF, como autarquia independente, com atuação intersetorial e mecanismos de participação e controle social. Instituir o Sistema Distrital de Patrimônio. Desenvolver a Política de Museus do Distrito Federal e criar o Sistema Distrital de Museus. Participar da construção de museus que mostrem a história, a criatividade e a inventividade do povo brasileiro. Criar programa de ampliação e manutenção de acervos dos museus do DF. Integrar o sistema de patrimônio do DF ao marco legal e práticas da União. Adensar o marco legal dos mecanismos de preservação (lei federal e leis distritais). Interromper o processo em curso de aprovação do atual projeto do PPCUB (Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília) para restabelecer o processo de análise e revisão pelo grupo técnico. Efetivar a Educação Patrimonial nas instituições de ensino em todo o DF na Educação Básica e no Ensino Superior, com a inclusão de um programa de documentação e divulgação da história de Brasília, desde a construção à atualidade. 8

Criar e vincular equipamentos culturais e corredores culturais âncoras do turismo e do entretenimento. Qualificar os espaços públicos do DF para que sejam espaços adequados de uso do cidadão. Instituir um programa de documentação e divulgação da história de Brasília, desde a construção até os tempos modernos. 7. DESENVOLVIMENTO DAS ARTES As artes devem retomar o seu papel propulsor para o DF, seja na força estética, social e cidadã de suas manifestações, seja no seu papel estratégico para o desenvolvimento econômico do Distrito federal, com estímulos aos os arranjos produtivos locais e à geração de emprego e renda. É preciso promover o desenvolvimento do potencial das vocações artísticas e culturais de todas as regiões do DF, com foco na promoção e estímulo a diversidade de linguagens e segmentos artísticos, com políticas estruturantes para a produção das artes, para a formação de artistas, técnicos e operadores de cultura, para a difusão e circulação artística, para a formação de plateia, para a infraestrutura destinada a espetáculos, para o incentivo e manutenção de artistas, bem como para a preservação da memória artística da nossa capital. Brasília é um celeiro de talentos que são levados a abandonar a cidade em busca de sobrevivência e projeção. É preciso identificar e potencializar esses talentos e oferecer as condições adequadas para que desenvolvam sua arte na capital, com condições e incentivo para se projetarem no mercado cultural e, também, nos espaços para experimentação e inovação. Compromissos Políticas inovadoras, participativas e integradas para as artes, que contemplem a produção, o acesso, a difusão, a promoção e a circulação das artes, com programas específicos para os setores: Audiovisual, Música, Dança, Teatro, Artes Visuais, Livro, Leitura e Literatura. Programa Circula Cultura, com ações permanentes de difusão cultural, formação de apreciadores da arte, bem como de circulação de espetáculos, exibições, mostras em todas as cidades. Incentivo à implantação de cursos de Produção Cultural no DF. 9

Programas de residência artística para as diversas linguagens, bem como sistema de bolsas de estudo, manutenção de artistas e incentivo à pesquisa. Programas de capacitação técnica e artística de jovens e mediadores culturais e de incentivo a novos talentos bem como para a formação técnica de operadores de cultura. Desenvolvimento e incentivo a cursos e oficinas livres para as artes. Criação e fortalecimento dos programas de formação de plateia. Política pública de estímulo e desenvolvimento de co-produções artísticas. Ampliação dos espaços e redes de divulgação para as artes. Desenvolver circuitos de trocas de vivências interregionais e internacionais, em articulação com as Embaixadas e governos estaduais e municipais. AUDIOVISUAL Criar condições para que Brasília possa participar de forma efetiva do mercado audiovisual nacional, conquistando protagonismo e competitividade, a partir de políticas públicas estruturantes para o setor. Para isso, torna-se estratégica a criação de uma empresa de cinema e audiovisual brasiliense. Vamos aprofundar as discussões para a criação da Brasília Filmes, com um modelo próprio para o DF, voltado à promoção do desenvolvimento econômico, social, cultural, artístico, tecnológico e científico da atividade cinematográfica e audiovisual do DF. Desenvolver uma política distrital do audiovisual arrojada, a partir de amplo diagnóstico do setor, calcada no tripé produção, exibição e distribuição e também na preservação e formação. Realizar diagnóstico do setor audiovisual no Centro-Oeste e criar um programa de apoio ao desenvolvimento do audiovisual (PRODAV) para a região. Instalar o Núcleo de Produção Digital no DF, vinculado ao programa da Rede Olhar Brasil/MinC. Desenvolver e consolidar novas ações de fomento e a implementação de editais regulares das empresas estatais locais voltados para o setor (notadamente Caesb, CEB, Terracap e BRB) a exemplo de estados como Minas Gerais (CEMIG) e da própria União (Petrobrás, Eletrobrás, BNDES). Fortalecer e apoiar cineclubes e investir na infraestrutura de exibição para que haja, pelo menos, uma sala em cada região, equipadas com modernos projetores para a exibição de filmes 10

digitais e película 35mm (o Cine Brasília é o único cinema público da cidade em funcionamento). Desenvolver ações permanentes que dêem suporte ao ciclo produtivo, com a criação de editais para a cadeia produtiva do audiovisual, que estimulem os arranjos produtivos locais. Investir na formação audiovisual não só na capacitação técnica, mas em fluxos de produção. Brasília precisa de cursos de produção executiva, que formem profissionais qualificados para desenvolver projetos e captar recursos. MÙSICA Criar programa para a formação, produção e difusão da Música, garantindo a estrutura e condições de produção e acesso para o desenvolvimento do setor na capital. Tornar efetivo o ensino de música nas escolas. Implementar o Estúdio Móvel e disponibilizar os equipamentos de espaços culturais para apoiar a gravação do CDs de novos talentos. Ampliar núcleos de informação musical, memória da cultura musical da cidade e garantia do acesso às partituras. Criar circuitos continuados de espetáculos que contemplem a diversidade da música no DF. Fortalecer o trabalho da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional. Apoiar a Orquestra Filarmônica de Brasília. Revitalização da estrutura física da Escola, bem como a aquisição de instrumentos e a contratação dos professores que passaram no concurso, além da efetivação de uma regulamentação adequada para o ensino de música em escolas profissionalizantes - que permita, por exemplo, o retorno da prática conjunta entre professores e alunos. Criar novas Escolas de Música em outras regiões do DF. Valorizar a diversidade de gêneros musicais, com programas específicos que contemplem desde a música instrumental, erudita e popular até manifestações experimentais. Firmar convênios com a rede de televisões comunitárias, públicas e institucionais, como Câmara e Senado, para divulgação da música no DF. DANÇA Criar programa para a formação, produção e difusão da Dança, garantindo a estrutura e condições de produção e acesso para o desenvolvimento do setor na capital. Reformar centro de dança, a ser gerido com a participação da classe. 11

Criar uma companhia oficial de dança do DF. Ampliar a formação de dançarinos para todo o DF. Apoiar a circulação de espetáculos de dança no DF. TEATRO Criar programa para a formação, produção e difusão do Teatro, garantindo a estrutura e condições de produção e acesso para o desenvolvimento do setor na capital. Criar projetos plurianuais de formação, criação, financiamento e exibição de espetáculos. Criar cursos de teatro nas instituições de ensino profissionalizante. Vincular os programas de teatro à escola. Ampliar os espaços e redes de divulgação do teatro. Equipar os espaços culturais com estrutura de qualidade com elementos de iluminação cênica e condições técnicas para receber espetáculos artísticos. Criar política pública de estímulo e desenvolvimento de co-produções, possibilitando a inserção e o reposicionamento da produção de Brasília no cenário nacional e mundial. ARTES VISUAIS Criar programa para a formação, produção e difusão das Artes Visuais, garantindo a estrutura e condições de produção e acesso para o desenvolvimento do setor na capital. Criar circuitos regulares para a promoção de debates, oficinas, transporte e visitas guiadas a exposições. Promover a volta dos Salões de Artes. Revitalizar o Museu de Arte Brasileira e retomar a experiência do MAB Itinerante, que realizava recortes temáticos no acervo e promovia cursos, debates e circulação. Promover a volta dos Salões de Artes; e instituir outras mostras. LITERATURA, LIVRO E LEITURA Criar programa para a formação, produção e difusão da Literatura, do Livro e Leitura, garantindo a estrutura e condições de produção e acesso para o desenvolvimento do setor na capital. Criar programa intersetorial, envolvendo as Secretarias de Cultura e de Educação, para dinamização e gestão da rede de bibliotecas do DF. 12

Retomar o Prêmio Nacional de Literatura de Brasília. Retomar o Programa de Historia Oral do Arquivo Público a partir das bibliotecas. Instituir programa de agentes de leitura. Integrar a ação das editoras particulares do DF com um sistema para edição, impressão de publicações. Resgatar a Feira do Livro de Brasília, bem como promover a Bienal do Livro e a Bienal de Poesia no DF. Vincular rede de bibliotecas comunitárias com a criação de Centros de Memória locais ou integradas ao Programa Pontos de Memória do IBRAM-Minc. Apoiar a produção e distribuição do livro digital (e-book). Qualificar pessoal mediadores, bibliotecários, professores, agentes de leitura. Vincular eventos feiras, bienais com ações permanentes do livro, leitura e literatura. 8. ECONOMIA CRIATIVA É extremamente vantajoso investir na economia criativa além de ser altamente rentável, não é poluente e tem a cara da vocação de Brasília. Baseada na criatividade como força da economia contemporânea e no entendimento de que o desenvolvimento cultural e econômico não se dá de forma isolada, mas de forma integrada como parte de um amplo processo de desenvolvimento sustentável, a Economia Criativa incorpora aspectos econômicos, culturais e sociais, interagindo com a tecnologia, a propriedade intelectual e o turismo. Hoje o setor já representa 11% do PIB norte-americano. No Brasil, responde por apenas 2,5% do PIB, apesar do imenso potencial que representa. O Distrito Federal tem todas as características para se tornar referência no desenvolvimento desse setor que agrega, no ato criativo, valores simbólicos e ativos intangíveis, revertidos em produção de riqueza cultural e econômica. São setores da Economia Criativa: artes cênicas, música, artes visuais, artes cênicas, música, artes visuais, literatura e mercado editorial, audiovisual, animação, games, 13

software aplicado à Economia Criativa, publicidade, rádio, TV, moda, arquitetura, design, gastronomia, cultura popular, artesanato, entretenimento, eventos e turismo cultural; e demais segmentos cujo processo produtivo seja baseado na imaginação, criatividade, na habilidade no talento dos profissionais envolvidos. Compromissos Criação de um Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa do DF que tenha por objetivo potencializar os setores da Economia Criativa como vetores de desenvolvimento socioeconômico. Articular as políticas públicas de cultura com as de desenvolvimento econômico, turismo, trabalho e renda, ciência e tecnologia, educação e de meio ambiente; Ampliar o potencial da Economia Criativa para a geração de emprego e renda no DF e investir na qualificação de agentes da Economia Criativa Criação de um centro de promoção do artesanato e restauração da Casa do Artesão, em Planaltina. Ordenação urbana do Pólo de Moda do DF e estudar a viabilidade de implementação de novo PRÓ DF exclusivo para a moda, Investimento em cursos de formação técnica para operadores da economia criativa. Criação de mecanismos para estimular as cadeias produtivas da economia criativa, bem como o empreendedorismo cultural. Contribuir para a construção e implementação de políticas de fomento e desenvolvimento ao turismo cultural, por meio da promoção e consolidação de polos, cidades e territórios criativos do DF. Discutir calendário anual de eventos, encontros e seminários no DF para favorecer a articulação entre essas produções. Divulgar e difundir bens e serviços do DF em eventos nacionais e internacionais, com estímulo a produções inovadoras e originais. Fortalecer incubadoras, aceleradoras e centros de pesquisa e tecnologia do campo da Economia Criativa; Ampliar as experiências de qualificação na área de gestão e as de geração de negócios e conhecimento a fim de consolidar micro, pequenos e médios empreendimentos 14

9. CIDADANIA E DIVERSIDADE A cultura do povo de Brasília deve ser a protagonista na refundação da cidade. Os valores simbólicos da Cultura, suas expressões estéticas e manifestações tradicionais e cidadãs devem ser prioridades para o desenvolvimento pleno do DF. É preciso valorizar a extraordinária diversidade cultural, a história de Brasília e sua constituição plural como capital do País. Deve-se reconhecer e promover as várias linguagens, expressões e manifestações da cultura, rural e urbana, que compõem as identidades do DF e, também, contemplar a dimensão da identidade, do território e história de Brasília na elaboração de políticas públicas. Compromissos Realizar uma cartografia das expressões e manifestações culturais do DF, com a valorização de suas identidades históricas e territoriais. Expansão da rede de Pontos e Pontões de Cultura no DF. Promoção da integração e estímulo a circuitos entre escolas formais e as manifestações da cultura popular. A cultura deve ser incorporada efetivamente no sistema de ensino integral. Toda escola pública deve ter um agente cultural. Adequar os instrumentos de financiamento para o atendimento da cultura popular e desenvolver linhas de financiamento específicas para o setor (capoeira, grupos regionais e populares, hip hop, folia de reis, quadrilhas juninas e demais manifestações da cultura popular no DF) bem como para as culturas tradicionais, como os povos indígenas, quilombolas, dentre outras comunidades presentes no DF. Reconhecer os mestres e expressões da cultura popular e criar circuitos para o setor. Estabelecer redes de promoção e formação cultural específicas em locais com alto índice de violência. Apoiar programas que contemplem as pessoas com deficiência em atividades culturais e desportivas. Desenvolver programa para a promoção da Cultura Afro-Brasileira. 15

Implementar programa para a prevenção do uso de drogas e redução dos índices de violência por meio de atividades culturais específicas. Incorporar a dimensão cultural nas medidas socioeducativas desenvolvidas no DF. Criar e implantar programas que contemplem as pessoas com deficiência em atividades culturais e desportivas. Desenvolver programa para a promoção da Cultura Afro-Brasileira, com a criação de Fundo Distrital para o fomento ao segmento. 16