PROJETO: BICHO POR DENTRO - UMA PARCERIA ENTRE O LABORATÓRIO DE ANATOMIA VETERINÁRIA & ZOOLÓGICO DA UFMT



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Transcrição:

PROJETO: BICHO POR DENTRO - UMA PARCERIA ENTRE O LABORATÓRIO DE ANATOMIA VETERINÁRIA & ZOOLÓGICO DA UFMT Flávio de Rezende Guimarães - Coordenador do projeto e professor do Departamento de Ciências Básicas e Produção Animal da UFMT. Sandra Izilda Souza de Figueiredo Coordenadora do projeto e professora do Departamento de Ciências Básicas e Produção Animal da UFMT. Luiz Carlos de Sá Neves - Gerente do Zoológico da UFMT. Cristina Helena Alves - Médica Veterinária do Zoológico da UFMT. Érika Rondon Lopes* - Discente do Curso de Medicina Veterinária da UFMT. * responsável pela exposição Déborah Borges de Souza Mendes - Discente do Curso de Medicina Veterinária da UFMT. O zoológico da UFMT possui um acervo de animais das mais variadas espécies, proporcionando à população local, regional, aos turistas e aos alunos de escolas de primeiro e segundo graus, a possibilidade de conhecer a fauna silvestre do estado, em uma estrutura física que visa manter as condições similares aos habitats de cada espécie, tornando-se também um espaço para atividades de ensino e pesquisa. O laboratório de Anatomia Veterinária da UFMT tem realizado estudos morfo-fisiológicos com animais silvestres, o que tem gerado um acervo de vísceras e esqueletos dos mesmos. Esse projeto, que disponibiliza um acervo de esqueletos de animais silvestres, num espaço contextualizado dentro das dependências do zoológico, visa socializar o conhecimento da anatomia dos animais silvestres, instruindo e sensibilizando os visitantes quanto à constituição e a preservação da fauna regional, representando um espaço de educação informal. Esqueletos de sucuri, ema, jacaré do pantanal, lobo guará, veado catingueiro, raposa do campo, cutia, leão, macaco aranha, tuiuiú e ouriço-cacheiro encontram-se expostos. As visitações, sendo que muitas são previamente marcadas pelas escolas, são acompanhadas por monitores e um livro de assinaturas para os visitantes encontra-se disponível no local. O museu foi aberto ao público no dia 13/09/2007, tendo sido visitado até o momento por aproximadamente cinco mil pessoas, sendo na grande maioria estudantes (em torno de 80%). O projeto tem obtido êxito quanto aos seus objetivos, dada a visitação recebida e o interesse demonstrado pelos visitantes. Palavras-chave: Museu - Educação ambiental - animal silvestre

PROJETO: BICHO POR DENTRO - UMA PARCERIA ENTRE O LABORATÓRIO DE ANATOMIA VETERINÁRIA & ZOOLÓGICO DA UFMT Identificação do Objeto: O presente trabalho trata-se de um projeto de extensão desenvolvido pelo Laboratório de Anatomia Veterinária da UFMT, registrado na Pró-Reitoria de Vivência Acadêmica e Social - Provivas, sob o número 173/08. Para sua implantação, foi estabelecida uma parceria entre o Laboratório de Anatomia Veterinária e o Zoológico da UFMT, com o objetivo de disponibilizar ao público visitante do zoológico da UFMT esqueletos e órgãos de animais silvestres, dar destinação científica ao corpo dos animais que vêm a óbito no zoológico, permitir ao visitante a compreensão da constituição interna dos animais que ele visualiza vivo nos recintos do zoológico, socializando o conhecimento sobre o organismo dos animais silvestres. Para a parceria foram estabelecidas as seguintes competências: Compete à Anatomia Veterinária: - Ceder, a título de empréstimo, esqueletos e órgãos de animais silvestres para comporem o acervo. - Dar manutenção ao Acervo Anatômico Silvestre. - Disponibilizar estagiários para a monitoração das visitações. Compete ao zoológico: - fornecer cadáveres de animais silvestres que vierem a óbito no zoológico. - providenciar o espaço adequado para a exposição do acervo anatômico silvestre. - promover a guarda do acervo. - providenciar e organizar o fluxo de visitação.

Método: Os esqueletos são preparados a partir da retirada dos tecidos moles, sendo montados após a preparação dos ossos com técnicas de maceração e clareamento. O acervo encontra-se em um espaço contextualizado dentro das dependências do zoológico. Os estagiários auxiliam a preparação de peças e acompanham as visitações. O público-alvo é constituído por docentes e discentes da rede pública e privada, turistas, entidades não governamentais e a comunidade em geral. Fundamento teórico: De acordo com De Marchi et al.(2007) os museus têm condições de desempenhar uma importante função para o crescimento do nível educacional da população, completando a aprendizagem tanto dos alunos que ainda freqüentam as escolas, como do público em geral. De Marchi et al.(2005) citam que os museus desempenham um papel educacional amplo, pela sua abrangência, atendendo a população em geral ou a grupos específicos. Carter (1996) considera que a missão fundamental dos museus é colecionar e conservar os objetos relacionados com a sua natureza e cultura, mas a informação adquirida terá mais valor se for passada à comunidade mundial. Este processo de comunicação é definido pelo autor como uma atividade educacional do museu. Para Fernández (1993), independentemente do ponto de vista que se considere, as ações dos museus só se justificam social e culturalmente em função de seu público. Sendo esta a razão pela qual a maior parte das investigações e experiências desenvolvidas nos últimos anos está focando a dimensão pedagógica dos museus. Um museu é uma instituição a serviço da sociedade. O projeto ao abrir suas portas aos estudantes da rede pública e privada oferece novas opções para o trabalho didático, atua como um meio de comunicação para difusão da ciência, a qual não deve limitar-se exclusivamente ao espaço fechado da sala de aula e ao contexto escolar. Para De Marchi et al. (2005) os museus, constituem-se atualmente, espaços de educação informal e estão assumindo um papel cada vez maior para a alfabetização científica dos indivíduos.

Conforme Cazelli (1998), os professores ponderam que a visita ao museu é extremamente proveitosa por razões distintas como: contemplar a escola contribuindo para uma melhor sedimentação dos conteúdos trabalhados; motivar para a posterior abordagem de diferentes conteúdos programáticos; compensar a carência de recursos didáticos e laboratoriais da escola; criar oportunidade para uma relação entre a teoria e a prática. Para Silva (2005) O museu articulado com a educação formal amplia as possibilidades pedagógicas. De Marchi et al.(2005) relataram que a definição de museu mudou muito ao longo dos tempos. Atualmente sua função não se limita ao ato de coletar, restaurar e expor objetos que compreendem o acervo. A pesquisa, a divulgação, a socialização do conhecimento, tornaram-se, com o passar dos tempos, elementos determinantes nas funções sociais dos museus. Cada vez mais, o objetivo dos museus é ajudar as pessoas a compreenderem o mundo que as cerca, visando atingir, através disto, tanto a população num sentido global, como especialmente orientando suas ações para crianças e jovens em idade escolar e, por conseqüência, a professores que com eles atuam. O Museu é um espaço destinado à pesquisa, local de estágio de alunos e atua como elo entre a UFMT e a sociedade, divulgando sua produção, esclarecendo, participando do processo de construção da cidadania. O museu provê um ambiente de aprendizagem ideal, um lugar estimulante e aberto, é uma alternativa na construção do conhecimento, despertando a investigação e desenvolvendo a capacidade de solucionar problemas. Contribui com o ensino, porque transmite ao público uma mensagem. A maioria das visitas a museus é uma atividade de livre escolha, com motivação intrínseca que favorece a aprendizagem ao longo da vida e de uma forma casual. Assim sendo, vemos a aprendizagem informal do museu como uma aprendizagem casual, que segundo Mansur e Moretto (2000),...é quase espontânea, surge naturalmente da interação entre as pessoas e o ambiente em que vivem. Ela se dá pela convivência social, pela observação, leituras, conversas, etc. A Educação é um processo contínuo e ininterrupto que instrumenta o indivíduo para uma função na sociedade e constitui também processo de socialização. Entre os objetivos fundamentais dos museus a educação precede a todos os demais. (De Marchi et al., 2005)

Resultados: O espaço de visitação, anfiteatro do Zoológico da UFMT, foi aberto ao público no dia 13/09/2007 recebendo até o momento 5000 pessoas, sendo a maior parte composta por estudantes. Foram produzidos e disponibilizados para exposição os esqueletos dos seguintes animais: jacaré do pantanal, sucuri, ema, lobo guará, veado catingueiro, raposa do campo, cutia, leão, macaco aranha, tuiuiú e ouriço- cacheiro. A relevância do projeto se dá também pelo aproveitamento dos cadáveres provenientes do zoológico os quais são convertidos em materiais educativos e fontes de pesquisa. Considerando- se que algumas das espécies encontram-se ameaçadas de extinção, este projeto à médio e longo prazo constituir-se-á em um acervo museológico para as futuras gerações. Referências: CARTER, G. The Wider Role of Museum Educators. Committee for Education and Cultural Action (ICOM/CECA) Study Series, France, p.3-5, 1996. CAZELLI, S. Aprendizagem compartilhada em museus interativos de ciência. Cadernos de Memória: Museu em transformação. Rio de Janeiro, n.4, ano 6, p.128-132, 1998. DE MARCHI, A.C.B.; TESTA, C.D.; COSTA, A.C.R. Um ambiente de comunidade virtual baseado em objetos de aprendizagem para apoiar a aprendizagem em museus. Novas Tecnologias na Educação CINTED-UFRGS, v. 3, n. 1, 2005. DE MARCHI, A.C. B.; SILVA, F. B.; TESTA, C. D. CV-MUZAR - Uma Comunidade Virtual de Aprendizagem que aproxima os Museus de Ciências Naturais da Escola. In: XXVII CONGRESSO DA SBC E XII WORKSHOP SOBRE INFORMÁTICA NA ESCOLA. 2007, Rio de Janeiro-RJ. Anais... Rio de janeiro, 2007. FERNÁNDEZ, L. A. Museología Introducción a La Teoria Y Práctica Del Museo. Espana: Ediciones Istmo, 1993, p. 424.

MANSUR, O.M.F.C.; MORETTO, R. Aprendendo a ensinar. São Paulo: Elevação. 2000, 106p. SILVA, F. B. DA. A dinâmica de um museu de ciências naturais: a transformação paradigmática do museu zoobotânico Augusto Ruschi.. 173 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Passo Fundo. 2005