Porque discutir e implementar a Nova Agenda Urbana e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável? Montes Claros, 13 de setembro, de 2017

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Transcrição:

Porque discutir e implementar a Nova Agenda Urbana e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável? Montes Claros, 13 de setembro, de 2017

Documento tema 1 Cidades Inclusivas Apesar das obrigações para com todos os habitantes em defender os seus direitos e os benefícios evidentes de ter cidades mais inclusivas, uma ampla gama de fatores impulsionam a exclusão nas cidades, inclusive, mas não somente: Um foco da política no crescimento econômico em detrimento da inclusão; Alta competição entre as cidades por investimentos, o que incentiva a redução das proteções sociais e provisões para os pobres como parte dos esforços para atrair capital nacional e internacional; Ameaças ambientais para as cidades, incluindo a mudança do clima, que resultam na expulsão ou realocação dos pobres, que muitas vezes vivem em áreas frágeis ou expostas da cidade; Desequilíbrios extremos de poder e de recursos no acesso à governança e tomada de decisões; Mercantilização e consequente especulação da terra;

Documento tema 1 Cidades Inclusivas Diagnóstico (dados e fatos) As cidades muitas vezes têm desigualdades econômicas muito maiores do que o total do país. As maiores cidades do mundo também são, muitas vezes, as mais desiguais. Contudo, grandes desigualdades são encontradas em pequenas cidades na África e América Latina. Mais de dois terços da população mundial vive em cidades em que as desigualdades de renda aumentaram desde 1980, às vezes a níveis preocupantes, acima da linha de alerta das Nações Unidas. Existem sérias variações de renda e consumo no nível urbano de um mesmo país, e o valor agregado nacional raramente pode descrever o que acontece em todos os meios urbanos. Um terço dos habitantes urbanos no mundo em desenvolvimento (863 milhões de pessoas) vivem em condições similares às das favelas.

ODSs e Nova Agenda Urbana (NAU) ODSs Em 1º de janeiro de 2016 entrou em vigor a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulada Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, constituída por 17 objetivos, desdobrados em 169 metas, que foi aprovada pelos líderes mundiais, a 25 de setembro de 2015, na sede da ONU, em Nova Iorque (EUA). Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são a nossa visão comum para a Humanidade e um contrato social entre os líderes mundiais e os povos, Ban Ki-moon.

ODSs e a Nova Agenda Urbana (NAU) NAU Antecedentes Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (Habitat I), Vancouver, Canadá, em 1976. Criação do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU- HABITAT) em 1978. Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (Habitat II), Istambul, Turquia, em 1996. Realização desde 2002 do Fórum Urbano Mundial (Nairóbi, 2002; Barcelona, 2004; Vancouver, 2006, Nanjing, 2008; Rio de Janeiro, 2010; Nápoles, 2012; Medellín, 2014). Conferência das Nações Unidas para Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável Quito, 20 de Outubro de 2016 adoção da Nova Agenda Urbana.

Como se relacionam a Nova Agenda Urbana e os ODSs? Esta Nova Agenda Urbana reafirma nosso comprometimento global para com o desenvolvimento urbano sustentável como um passo decisivo para a concretização do desenvolvimento sustentável de maneira integrada e coordenada a nível global, regional, nacional, subnacional e local, com a participação de todos os atores relevantes. A implementação da Nova Agenda Urbana contribui para a implementação e localização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável de maneira integrada, e para a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e suas metas, inclusive o ODS 11 para tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. ODSs objetivos e metas Nova Agenda Urbana meios de implementação

Estrutura dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) Obje&vo n 11 Tornar as cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis Metas: Até 2030, garan&r o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço acessí- vel, e aos serviços básicos, e melhorar as condições nos bairros de lata Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária através da expansão da rede de transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos par&cipa&vos, integrados e sustentáveis, em todos os países; Até 2030, reduzir o impacto ambiental nega&vo per capita nas cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros

Estrutura da Nova Agenda Urbana (NAU) Declaração de Quito sobre Cidades Sustentáveis e Assentamentos Humanos para todos Visão compartilhada Princípios e compromissos Chamada para ação Plano de Implementação de Quito para Nova Agenda Urbana Compromissos de transformadores para o desenvolvimento urbano sustentável Desenvolvimento urbano sustentável para inclusão social e fim da pobreza Prosperidade urbana sustentável e inclusiva e oportunidades para todos Desenvolvimento urbano resiliente e ambientalmente sustentável Implementação Efetiva Construindo a estrutura da governança urbana Planejamento e gestão do desenvolvimento urbano espacial Meios de implementação Monitoramento e revisão

Visões de cidade em disputa no processo preparatório para o Habitat III Cidades competitivas Cidades como bem comum realização do direito à cidade

Definição do direito à cidade Direito à Cidade (documento preparatório) O Direito à Cidade é, portanto, definido como o direito de todos os habitantes presentes e futuros, de ocupar, usar e produzir cidades justas, inclusivas e sustentáveis, definidas como um bem comum essencial à qualidade de vida. O Direito à Cidade também implica responsabilidades sobre os governos e às pessoas de reivindicarem, defenderem e promoverem esse direito. (A cidade é uma construção coletiva)

Componentes estratégicos para realização do direito à cidade A cidade como bem comum (componentes do direito à cidade) Uma cidade livre da discriminação baseada em gênero, idade, condição de saúde, renda, nacionalidade, etnia, condição migratória, política, ou religiosa ou orientação sexual. Uma cidade de cidadania inclusiva na qual todos os habitantes, tanto permanentes ou em trânsito, são considerados cidadãos e a eles concedidos direitos iguais; ex.: mulheres, pessoas vivendo em situação de pobreza ou de risco ambiental, trabalhadores de economia informal, grupos religiosos e étnicos, LGBT, pessoas com deficiência, crianças, jovens, idosos, migrantes, refugiados, moradores de rua, vítimas de violência e populações indígenas. Uma cidade com melhor participação política na definição, implementação, monitoramento, e orçamento das política urbanas e planejamento espacial com o propósito de reforçar a transparência, efetividade e inclusão da diversidade dos habitantes e suas organizações. Uma cidade cumprindo suas funções sociais, isto é, assegurando acesso equitativo para todos ao abrigo, a bens, serviços e oportunidades no meio urbano, particularmente para mulheres e outros grupos marginalizados; uma cidade que prioriza o interesse público definido coletivamente, garantindo o uso socialmente justo e ambientalmente balanceado dos espaços urbanos e rurais.

Componentes estratégicos para realização do direito à cidade A cidade como bem comum (componentes do direito à cidade) Uma cidade com espaços públicos de qualidade que aumentam interações sociais e participação política, promove expressões socio-culturais, aceita diversidade, e fomenta coesão social; uma cidade onde espaços públicos contribuem para a construção de cidades mais seguras e o cumprimento das necessidades dos habitantes. Uma cidade de igualdade de gêneros que adota todas as medidas necessárias para combater a discriminação, em todas as suas formas, contra as mulheres, homens, e pessoas LGBT nas formas políticas, sociais, econômicas e culturais; uma cidade que toma todas as medidas para garantir o pleno desenvolvimento de mulheres, para garantir a elas igualdade no exercício e realização dos direitos humanos fundamentais, e uma vida livre de violência. Uma cidade com diversidade cultural, que respeita, protege, e promove meios de vida diversificados, costumes, memória, identidades, expressões, e formas socio-culturais dos seus habitantes. Uma cidade com economias inclusivas que assegura acesso aos meios de vida segura e trabalho decente a todos os habitantes, que dá espaço a outras economias, tal como a economia solidária, a economia do compartilhamento, economia circular, e que reconhece o papel da mulher na economia do cuidado. Uma cidade como um sistema dentro do assentamento e ecossistema comum que respeita as ligações rurais-urbanas, e protege a biodiversidade, os habitats naturais, e ecossistemas adjacentes, e dá suporte a cidades-regiões, cooperação cidade-povoado, e conectividade.

Direito à Cidade na Nova Agenda Urbana Visão compartilhada Compartilhamos a visão de cidade para todos, referente à fruição e ao uso igualitários de cidades e assentamentos humanos, almejando promover inclusão e assegurar que todos os habitantes, das gerações presentes e futuras, sem discriminações de qualquer ordem, possam habitar e produzir cidades e assentamentos humanos justos, seguros, saudáveis, acessíveis, resilientes e sustentáveis, fomentar prosperidade e qualidade de vida para todos. Salientamos os esforços envidados por governos nacionais e locais no sentido de consagrar esta visão, referida como direito à cidade, em suas legislações, declarações políticas e diplomas. Objetivamos realizar cidades e assentamentos humanos em que todas as pessoas possam desfrutar de direitos e oportunidades iguais, assim como de liberdades fundamentais, guiados pelos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, incluindo o respeito às leis internacionais. A esse respeito, a Nova Agenda Urbana fundamenta-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos, tratados internacionais de direitos humanos, na Declaração do Milénio e nos resultados da Cúpula Mundial de 2005. É ainda informada por outros instrumentos como a Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento.

Temas estruturantes da Nova Agenda Urbana Desenvolvimento Territorial Integrado; Democratização do Território; Economia Local; Governança